Aula sobre o início da filosofia na Grécia antiga
Observação geral: o texto foi concebido para pensarmos nosso
presente, assim pode-se (e deve-se) fazer um paralelo entre a Grécia, em
especial Atenas, e nossa cidade, a minha Campinas, a de vocês Valinhos.
Como não sei o quanto vocês estão familiarizados com esse
assunto, vou apresentar resumidamente o que julgo necessário para discutirmos o
começo da filosofia. Antes, porém, é importante lembrar um debate
contemporâneo: há ou não há filosofia em outros lugares? Deixemos
momentaneamente em suspenso esse problema.
A Grécia Antiga costuma ser descrita com o ‘berço’ do
Ocidente. Na verdade, geograficamente, ela é o limite entre o Oriente e o
Ocidente. Assim, o comercio, as trocas de produtos e costumes são fundamentais.
Em especial Atenas é um lugar de passagem do centro da Grécia mais rural para o
litoral Grego, o mar Mediterrâneo.
(quem puder, olhe um
mapa) (pode-se estudar junto ao professor de geografia as paisagens da Grécia
Antiga)
Como todo lugar (ontem, hoje e talvez sempre), também Atenas
era administrada e organizado por um grupo de pessoas que hoje chamaríamos de
elite (os historiadores chamam eles de aristocratas).
Estas capacidades de planejar e organizar a cidade eram
transmitidas de pai para filho. Então um político jovem observava para manter a
organização da cidade. Mas alguns políticos implantaram algumas inovações,
entre eles: Sólon, Drácon, Clístenes, Péricles. (junto ao professor de história
pesquisar essas inovações). É importante destacar duas novidades: a escrita e a
assembléia. Com a primeira podia-se
registrar as discussões da segunda e, num segundo momento, pensar sobre elas. (ver
resenha do José Lins Brandão e Assembléia na Ilíada)
Nas assembléias eram discutidos as guerras, o comercio e algum
problema fora do normal. (pesquisa possível) Esses políticos, velhos e novos,
reuniam-se e deliberavam. Aquele que dentre os políticos (ou aristocratas, ou a
elite) consegue convencer os outros tem um papel de destaque. Um orador pode
falar do presente, do passado e do futuro. Um bom orador é aquele que consegue
relacionar todos eles.
As primeiras narrativas do Ocidente que chegaram até nós
são: a Ilíada e a Odisseia. A primeira conta o 10 ano da guerra de Tróia e a
segunda conta a volta de um dos principais generais grego, Odisseu. (pesquisa possível)
Essas histórias eram contadas por aedos e rapsodos que
encontravam-se para formulá-las e depois iam de cidade em cidade declamando-as.
Essa atividade deu aos gregos certa unidade lingüística. Mas antes a guerra deu-lhes
os laços de amizade.
Pois bem, no século VI a.C., quando esses poemas já eram
conhecidos, começou aquilo que mais tarde passou a ser chamado de filosofia, ou
melhor, alguns pensadores começaram a se reunir, não para declamar esses poemas,
mas para discuti-los. Do mesmo modo, eles discutiam a organização da cidade.
Essas escolas começam a organizar as primeiras bibliotecas, irão discutir as
formas dos textos.
Então, antes de lermos os filósofos vamos pesquisar a
mitologia grega (sugestão de site: http://greciantiga.org/), assim:
- Escolha um mito;
- Procure as indicações dos livros onde ele aparece;
- Se possível, relacione o mito com a história geral do livro;
- Se possível, relacione o mito grego com os mitos da sua família
Na próxima aula, cada um irá apresentar o mito que escolheu.
Depois, na aula seguinte, iremos analisar o mito: o que ele diz e como ele diz.