sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Proposta de vivencias musical a partir da roda

 Proposta de vivencias musical a partir da roda

A proposta de vivencias musical a partir da roda é um desdobramento de experiências musicais coletivas que vivenciei ao longo dos últimos 10 anos em barão Geraldo, campinas, em especial no samba.  Essa proposta está dentro do projeto de doutorado que estou desenvolvendo na FE-Unicamp. Eu não sou o único que a pensar e a propor atividades nessa direção, perto de nós, o Núcleo Cupinzeiro trabalha nessa direção (Souza, 2007), na Vila Teixeira também, há o livro de Roberto M. Moura No Princípio, era a roda (2004), e claro, o Cacique de Ramos (Gabioneta, Andrietta, Pedrazoli, Pinheiro, 2015). Vou sintetizar aqui a proposta inicial de elementos nos quais temos que ficar atentos, por isso fiquem a vontade para comentar, modificar, indicar reflexões e criticar. Os elementos são: a pulsão da música, as diversas camadas, as tradições, os contextos de execução, o condutor principal e as dinâmicas de alternância e os erros comuns.

A pulsão da música. É o pulso no qual a música, seu movimento, a intenção, o espírito. João Bosco Stecca frequentemente dá um curso livre na Casa do Lago sobre percepção rítmica.

As diversas camadas. Toda música é composta por diversas camadas, diversas vozes compõem sua estrutura. Algumas fazem o pulso mais característico, outras acompanham, dando apoio a outros sons.

As tradições. Há diversas tradições musicais, sejam de modos de tocar instrumento ou de cantar, seja nos lugares e nos rituais onde determinada música é executada.

Os contextos de execução. Do mesmo modo que as tradições são diversas, também os contextos o são. Uma coisa é tocar numa roda aberta, outra coisa é tocar num bar, uma coisa é tocar num teatro, outra é numa gravação.

O condutor principal e as dinâmicas de alternância. Toca música executada possui um condutor, mas não é raro a condução ser realizada em dupla, ou mesmo trio. Normalmente quem conduz é que faz a melodia, seja no instrumento, seja na voz, acompanhado de quem executa a harmonia e faz a marcação rítmica. É comum também um som de fundo que ‘oferece’ a base ao condutor (reco reco, chocalho, prato). Sugiro que treinemos conduzir e ser conduzido. Apresentei isso em Gabioneta, 2019, Ética no Candomblé.

Erros comuns. Não perceber os itens anteriores. Lembrando meu amigo Rodrigo “não tem problema errar, mas a ideia é não errar” ou Tio Beiço: “só erra quem toca”. 


Alguns dos textos indicados podem ser vistos em:

https://independent.academia.edu/RobsonGabioneta

fiz alguns vídeos com intenção de mostrar algumas pulsões:

https://www.youtube.com/watch?v=ekXUjtnIPOI&t=2s

obs: faço vários vídeos, em especial de filosofia e sociologia, os vídeos sobre música começam com o título música em roda.


Os encontros, inicialmente, irão ocorrer na academia de dança do Nelson na rua Francisco Andreo Aledo, n.6, Barão Geraldo,Campinas, SP.

Frequencia inicial: a cada quinze dias, iniciando em 17/10/2020.