aula de 06 de junho dada no colégio Francisco Álvares referente a estágio de sociologia realizado com o prof Cesar.
o link dos textos completos é:
https://unisantos.academia.edu/TFranco/Papers
quem quiser discutir comigo os textos pode me mandar um e-mail: robsongabioneta@yahoo.com.br
daqui a duas semanas estarei na escola
1 ano Francisco Álvares – Cultura: o que cultuar?
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daqui a duas semanas estarei na escola
1 ano Francisco Álvares – Cultura: o que cultuar?
Sobre cultura – o
inicio: comunidade isolada
Uma comunidade (num primeiro momento vamos
pensar nela isolada) cria seu modo de viver, seu modo de conviver em grupo, seu
modo de se relacionar com o divino, seu modo de plantar, seu modo de construir
casas e roupas (em alguns casos, sem roupas), seu modo de falar, de pensar, de
dançar, de festejar, de permitir aos jovens se acasalar, de gerar e depois de cuidar
dos seus filhos. Porém essas separações são para nós que discutimos a cultura
(de outro), para quem as vivi - como se diz por ai - É TUDO JUNTO E MISTURADO. Não se
separa a relação com o divino e o modo de se plantar, ou de se cuidar dos
filhos.
Quando
porém os seres humanos deslocam-se, interessam-se por mulheres e homens de
outros lugares, as misturas culturais (e humanas pela geração) tornam-se
inevitáveis. um ser que nasce de pais de diferentes culturas vive este conflito
diariamente, e por mais que escolha uma delas, não pode fugir da mistura, da
miscigenação. A cultura abandonada será sempre uma referencia, ela está no
sangue do sujeito, na sua geração, na história da relação dos seus pais. Por
mais que o indivíduo queira apagá-la, ela esta viva dento dele. O samba, como o
Brasil, é uma mistura. O samba normalmente é descrito como uma mistura da rica
melodia européia com a infinita rítmica africana.
Cantar: pensar o
sentimento ou sentir o pensamento
Quando
falamos de canto, temos três tipos de pessoas: o primeiro é o compositor; o
segundo é o cantor; e o terceiro é o ouvinte. O primeiro e o segundo podem ser
o mesmo; o primeiro e o terceiro também; o segundo e o terceiro também. Quando
alguém canta uma música, ela pode estar falando dos seus sentimentos, dos seus
pensamentos ou da sua história. Esses três elementos tornam-se seis quando
estão combinados: sentimento de algum pensamento, sentimento da algo que
aconteceu; pensamento de um sentimento, pensamento de algo acontecido; algo
acontecido por causa de um sentimento ou pensamento. No caso da narração, temos
alguns elementos importantes: o narrador, os personagens e o enredo.
Qual é a nossa
(cultura)?
Se fossemos
descrever nossa vida (a vida de um ocidental padrão), talvez chegaríamos a essa
descrição: nascemos, somos batizados, vamos para a escola, estudamos para se
formar (cursos, universidades), trabalhamos, casamos, temos filhos, nos
aposentamos e morremos. (para ouvir outra: nascer e florescer da velha guarda
da Portela).
Darcy Ribeiro
em seu livro (e documentário) o povo brasileiro diz que o Brasil é formado pelo
europeu (português), o africano e o índio. O problema é para minimamente se
aproximar desses dois últimos temos que ‘esquecer’ do nosso padrão ocidental.
Tente fazer isso, procure seus ancestrais. Viaje pelo Brasil para conhecê-los.
Uma pergunta
que pode ser feita é: quais são as coisas que nos obrigam a nos relacionar uns
com os outros? Quais são os mediadores? Outra pergunta que pode ser feita é: o
que produzimos coletivamente? Reunimos-nos para que? Outra seria: qual nosso
desejo de continuarmos juntos? O que nos impulsiona?
2
ano Francisco Álvares - Industria cultural Escola de Frankfurt
Indústria
cultural é um conceito, uma ideia, apresentada por filósofos marxistas da
escola de Frankfurt. Adorno, Horkheimer, Beijamin. Marx, autor que os inspira, pensa
que o capitalismo, cujo o centro é a produção
de mercadorias, só foi (e é) possível por que houve a expropriação de
terras em torno das grandes cidades que ele chamou de expropriação originária.
No
que tange a mercadoria, Marx diz que ela possui duas características
fundamentais: ela é aquilo que seu uso permite, o valor de uso, e a troca que ela lhe possibilita no mercado, valor de troca. Assim a mercadoria
chega no mercado, lugar onde se realiza as trocas, com o valor que o uso lhe
possibilita e com a possibilidade de troca que lhe é pertinente.
O
uso é limitado, mas a troca não, pode-se trocar qualquer objeto por qualquer
outro objeto, porém como determinar o valor deles? Quanto vale uma casa cujo
seu terreno foi expropriado? Quanto vale um saco de arroz que foi produzido
numa fazenda roubada? Quanto vale uma roupa que é produzida por pessoas
escravizadas? E pensando na nossa discussão, em especial, quanto vale realmente uma produção artística: uma música, um CD,
uma hora de um músico para animar uma festa, uma banda que toca num bar para as
pessoas dançarem?
Para
facilitar as trocas, foi inventado o dinheiro. Ele é o equivalente universal.
Com ele pode-se comparar tudo. Mas quem produz o dinheiro? Quem determina o
valor de cada coisa? É o Estado ou o mercado? Ou os dois? Mas eles conseguem
mensurara quanto tempo as pessoas gastam para produzir cada produto? E as
coisas imateriais (intangíveis)? Como uma música, um quadro, uma aula de
filosofia, uma consulta espiritual, uma consulta médica?
Marx não se
preocupa com a cultura, ou melhor, para ele só será possível uma
verdadeira arte, e consequentemente uma verdadeira cultura, depois que
superarmos o capitalismo e atingirmos o comunismo. Aqui entra a escola de
Frankfurt, para eles o capitalismo
conseguiu se armar (blindar) de um jeito que não é mais possível a
revolução do operariado (classe social que seria o principal agente do
comunismo). Só é possível fazer a
crítica. Renato Ortiz (p.9) aponta o que para eles são os elementos de
crítica: a arte, a cultura e a teoria crítica. Os elementos que se opõem a eles
são: a arte a cultura de massa, a cultura a civilização e a teoria crítica o
positivismo.
Para
eles então a cultura de massa, na qual está dentro a cultura popular, seriam
uma degeneração da arte ou da verdadeira arte.
Para
eles, assim como para na oferta de uma simples mercadoria existem agenciadores
que super-valorizam seu produto, há também ‘mecenas’ que fabricam hits,
sucessos. Para isso eles controlam a distribuição e a reprodução dos meios de
comunicação. Um dos modos de se criar um
sucesso é a repetição. Toca-se a música, apresenta-se a imagem, a
propaganda, o filme, até as pessoas
aprenderem. Assim, o sucesso não é algo que descreva o que as pessoas
sentem ou descrevem algo que aconteceu com elas, as pessoas simplesmente
decoram. As pessoas possuem a ilusão que gostam do artista, da música, do
filme, quando na verdade, elas apenas estão reconhecendo o que já ouviram.
Uma
característica importante da cultura de massa para Adorno, segundo Ortiz é: “ela se realizaria como entretenimento;
o público, ao se divertir, seria captado pelo fetichismo do produto, se
afastando de qualquer atitude reflexiva”.
Basta a diversão, não importa a letra da música, o conteúdo do filme, da
novela, basta que façam as pessoas rirem. Ortiz (p.19) e
"Divertir-se significa estar de acordo" (Adorno, 1969, p. 180).
Assim,
por um lado, divertir-se é ocupar-se com algo enquanto não está no mundo do
trabalho, por outro lado ao diverti-se se preocupar com sua vidas, com seus
problemas, e se entregam a alienação, ou seja, deixa de viver suas vidas para
serem escravas do sistema. De algum modo, as pessoas continuam trabalhando
mesmo fora do trabalho.
3 ano Francisco
Álvares - Estado: uma invenção quase real
Podemos
começar discutindo Estado com um definição simples: Estado é um tipo de
associação (organização) humana onde um grupo de pessoas ‘cuidam’ (administram)
aquilo que é coletivo. A partir da
quantidade de pessoas que formam este grupo temos os nomes que classicamente
conhecemos para distinguir um governo do outro. Assim, quando uma só pessoa
governa, temos a monarquia; quando poucos, a aristocracia; quando muitos, a
democracia; quando todos governam, ainda não temos um nome para representar
essa utopia. Uma questão importante é que esse grupo, seja lá qual for o
tamanho, sucedeu outro, ou seja, quando um grupo começa a administrar aquilo
que é de todos, isso, o cuidado com o que é de todos, já acontecia. Em outros
termos, antes de existir Estado, o seres humanos, homens e mulheres, já viviam
juntos. Os modernos, com a abstração estado de natureza, naturalizaram o
Estado.
dicionário
de Abbgnano classifica em três: ‘podem ser distinguidas três concepções
fundamentais: 1ª a concepção organicista, segundo a qual o Estado é
independente dos indivíduos e anterior a eles; 2ª a concepção atomista ou
contratualista, segundo a qual o Estado é criação dos indivíduos; 3ª a
concepção formalista, segundo a qual o Estado é uma formação jurídica.’ (2007,
p.423)
Distinção
do que é público e privado
História:
Pré-Estados históricos: cidades gregas (polis), Roma (império romano),
cristianismo (criador de uma unificação (as vezes forçada) da Europa). Surgimento
do Estado Moderno, revoluções, surgimento do capitalismo. Divisão dos poderes
estatais: Executivo, Judiciário e Legislativo. Necessitamos de mais algum? Como
os Estados formaram seus exércitos.
Estados
dentre de um Estado mais. Marx: Estado: uma invenção da burguesia. Legião
Urbana: ‘nosso estado que não é nação’. ‘pra seu governo, o meu estado, é
independente’.
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