na última aula fizemos um exercício a partir das questões de filosofia antiga do Enem e da Unicamp
fizemos até a questão 8, mas inicialmente iremos discutir até a 4
FILOSOFIA
ANTIGA NO ENEM E UNICAMP
1-
(UEL/PR) Mito e Filosofia, a segunda se desvincula da primeira.
"Há, porém,
algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do
seu problema último - da origem e essência das coisas - as observações
empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem
como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos,
fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos
sobre o nascimento do mundo." Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur
M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197. Com base no texto e
nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto
afirmar:
a) Em que pese ser
considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o
influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
b) A filosofia
representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova
forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.
c) Apesar de ser
pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
d) Filosofia e
mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o
pensamento filosófico necessita do mito para se expressar.
e) O mito já era
filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto
da pesquisa filosófica.
2
- (PUC/SP-2007) Mito e Filosofia
“No caso da
Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo (séc. VIII a.C.) a
Aristóteles (séc. IV a.C.) pareceu-nos seguir, no essencial, duas orientações:
em primeiro lugar, estabelece-se uma distinção clara entre o mundo da natureza,
o mundo humano, o mundo das forças sagradas, sempre mais ou menos mesclados ou
aproximados pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos
domínios” (…) (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990). A
partir da citação acima e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que, no
período indicado, os gregos:
a) Separavam
completamente a razão do mito, diferenciando a experiência humana de suas
crenças irracionais .
b) Acreditavam em
seus mitos, relacionando-os com acontecimentos reais e usando-os para entender
o mundo humano.
c) Definiram o
caráter irracional do ser humano, garantindo plena liberdade de culto e crença
religiosa.
d) Privilegiavam o
mundo sagrado em relação ao humano e natural, recusando-se a misturar um ao
outro.
e) Defendiam a
natureza como um reino intocável, tomando o homem como um risco para o
bem-estar do mundo.
3
– (Enem 2015) Nietzsche, pré-socráticos, Tales e Parmênides: tudo vem da água,
pois tudo é um.
A filosofia grega
parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a
matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três
rações: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem
das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em
terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido
o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos.
São Paulo: Nova Cultural, 1999. O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o
surgimento da filosofia entre os gregos?
A o impulso para
transformar os elementos sensíveis em verdades racionais.
B O desejo de
explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
C A necessidade de
buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
D A ambição de
expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
E a tentativa de
justificar a partir de elementos empíricos, o que existe no real.
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- (UFU-MG) Pré-Socráticos, Heráclito: tudo é fluxo; Parmênides: tudo é um
Leia os seguintes
fragmentos, atribuídos, respectivamente, a Heráclito de Éfeso e a Parmênides de
Eléia:
Frag.51: Não
compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões
contrárias, como de arco e lira. os pré-socráticos. são paulo: abril cultural,
1973, p. 84. (col. os pensadores)
Frag. 8,
26-28,34-36: Por outro lado, imóvel em limites de grandes liames é sem
princípio e sem pausa, pois geração e perecimento bem longe afastaram-se,
rechaçou-os fé verdadeira (...) (...) O mesmo é pensar e em vista do que é
pensamento. Pois não sem o que é, no qual é revelado em palavra, acharás o
pensar (...). sobre a natureza, vv. 8, 26-28; 34-36. os pré-socráticos. são
paulo: abril cultural, 1973, p. 149. (col. os pensadores)
Tomando os
fragmentos citados como referência, assinale com (V) as afirmativas verdadeiras
e com (F) as afirmativas falsas.
1- ( ) Para
Heráclito, a guerra entre contrários, como as tensões do arco e das cordas de
uma lira, geram uma unidade. Tal unidade expressa a harmonia segundo a qual o
kosmos é ordenado num equilíbrio dinâmico de sucessão de opostos, movimento
contínuo e pluralidade, cujo Logos é Um.
2 - ( ) O ser
parmenidiano é ingênito, incorruptível e, por conseguinte, imóvel, imutável e
uno. Sempre idêntico a si mesmo, o ser não admite diferenciações. Ser e
pensamento coincidem, se há ser, então o não-ser é impossí- vel e impensável,
por isso, os opostos não podem coexistir ou alternar-se um ao outro.
3 - ( ) Heráclito,
ao contrário de Parmênides, concebe toda a physis como um fluxo incessante e
como multiplicidade que exclui a possibilidade de alternância de opostos no
kosmos. A afirmação de que ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio indica
que o movimento contínuo das coisas sensíveis ocorre num sentido que não admite
a contradição.
4 -( ) Parmênides,
ao identificar o ser imutável, incorruptível e imóvel com o pensamento, mostra
que o "caminho da verdade" surge a partir do devir e da
multiplicidade que caracterizam a physis. O pensamento e o logos formamse a
partir dos sentidos e da percepção do múltiplo, já que o pensamento depende da
existência de algo real.
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