Ana.Maria.fil.3bim.1ano
EE Ana Maria Prof. filosofia Robson
1 ano 3Bim. Filosofia do Brasil.
Hansen, 2010. Manuel da Nóbrega.
Contextualização: 52. em 1415, os portugueses, em busca de ouro, com
financiamento de italianos e alemães expulsam os mulçumanos em Ceuta e inicia a
exploração da África. 53. em 1500 os portugueses compram africanos e revendem
na própria África. 55. auge económico português: 1481-1521. 77. como os
franceses, entre 1500-1530 os portugueses fizeram pequenas trocas com os
indígenas no Br. 78. em 1549, com o governo geral, Portugal abriu três frentes:
“exploração e defesa militares do território, agricultura extensiva e conquista
espiritual”; no Nordeste (PE e BA) e Sudeste (São Vicente). 79. em 1537 Port.
proíbe a escravização dos índios; declara a liberdade dos índios em 1570; porém
os colonos escravizam e matam. 79. reis espanhóis e portugueses (depois de
1640) regularizam a escravidão pois os índios não possuem Fé, Lei e Rei (F, L e
R). 61. 1517 teses de Lutero (defendia
que o contato com Deus se dava pela bíblia, dispensando os ritos e o clero).
63. “Nóbrega executa as determinações teológico-políticas do Concílio de Trento
(1540-1563) seguidas pela Companhia [de Jesus]”. 65. os textos eram escritos em
português, castelhano, italiano, latim, língua brasílica (língua geral ou
nheengatu), língua de Angola (provavelmente banto) (e não o inglês); a escrita
não é informal, mas recupera autores latinos.
A Companhia de Jesus e os indígenas:
24. Os tupis do litoral eram nômades, mas Nóbrega os fixava em aldeias, criando
a primeira escola. 27. os padres ensinavam ofícios manuais; inicialmente os
missionários recebiam esmolas, mas depois salários; em 1553 chegou Anchieta,
fluente em português, espanhol e latim, depois aprendeu tupi. 28. os índios
eram batizados e levados para aldeia para não praticarem “o nomadismo, o
xamanismo, a nudez, a poligamia, a guerra por vingança, a cauinagem e a
antropofagia ritual”. 37. “A lei que
lhes hão-de dar é defender-lhes comer carne humana e guerrear sem licença do
Governador; fazer-lhes ter uma só mulher; vestirem-se, pois têm muito algodão,
ao menos depois de cristãos; tirar-lhes os feiticeiros; mantê-los em justiça
entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos, sem se mudarem para
outra parte senão for para entre cristãos, tendo terras repartidas que lhes
bastem, e com estes Padres da Companhia para os doutrinarem” (Manuel da
Nóbrega. “Carta da Bahia, 8 de maio de 1558”. In: Serafim Leite, 1977).
Alencastro, o trato dos viventes, 2000.
91. os port. aprenderam sobre as comidas indígenas (mandioca, milho e batata
doce) e africana (banana). 90. Conflito entre Portugal e Holanda de 1621-1665.
234. port. expulsam os holandeses em 1648. 239. com os bandeirantes derrotaram
o quilombo dos Palmares em 1694. 298. Os portugueses derrotaram o Congo na
batalha de Ambuíla em julho de 1666. 344. Vieira diz que não se pode permitir
os quilombos para que eles não se espalhassem, perdendo a unidade portuguesa.
346. os mulatos (filhos de negras e indígenas) trabalhavam como intermediários
e na guerra.
Castro, 2002, O mármore e a murta. 126.
Sermão do Espírito Santo (1657 de Antonio Vieira compara os indígenas (em
especial os Tupinambá da costa) a murta, planta decorativa, pois eles são
maleáveis, e os europeus ao mármore que, apesar de sólida (ou mesmo por isso)
gera estátuas que duram no tempo. 128. Anchieta enumera os entraves: “Os
impedimentos que ha para a conversão e perseverar na vida cristã de parte dos Índios,
são seus costumes inveterados […] como o terem muitas mulheres; seus vinhos em
que são muito contínuos […] Item as guerras em que pretendem vingança dos
inimigos, e tomarem nomes novos, e títulos de honra; o serem naturalmente pouco
constantes no começado, e sobretudo faltar-lhes temor e sujeição” […] (1584:
333).
Maxwell, 2004, Marquês de Pombal
(Sebastião José de Carvalho e Melo) (1699-1782). contexto histórico: 54.
domínio espanhol: 1580-1640; reconhecimento de Port. por parte da Ing, Hol e
Esp; 1808 Napoleão toma Lisboa e a coroa vai para o Brasil. 54. D. João V reina
Port no começo do sec. xviii com muitas riquezas vinda do Br; de 1750-1777
reina D. José I com a ajuda de Pombal; 1777-1792 D. Maria (louca); 1792 D.
João; 1816 D. João VI unifica o reino do Br e Port. 56. em 1690 paulistas,
mestiçados com índios, descobriram ouro de aluvião (em rochas) a 600 km do RJ,
na serra da Mantiqueira, nascente do rio São Francisco, em Ouro Preto e
Diamantina MG. 68. conflito entre port e
esp entre 1735-1737. 1750 tratado de Madrid (substituição do tratado de Tordesilhas):
fronteira é o rio Uruguai, assim as sete missões jesuítas (no RS) são de port
que exigia a saída dos jesuítas e índios convertidos para lá.
Trajetória de Pombal: Em 1733 Pombal
entra na Academia Real de História Portuguesa (os iluministas disputavam com os
jesuítas a educação e formas de governo) (p.29); entre 1739-1743 substituiu o
tio como embaixador na Inglaterra, lá conhecer a ciência inglesa (Newton,
Locke, Bacon) (p.20); em 1745 vai para Viena (p.23); em 1750 morre o rei D. João V e assumi D. José I;
Pombal é indicado para primeiro-ministro (p.26). 37. Propaganda de Pombal
contra a Companhia de Jesus. Texto: Relação abreviada da república que os
religiosos das províncias de Portugal e Espanha estabeleceram nos domínios
ultramarinos das duas monarquias e da guerra que neles tem movido e sustentado
contra os exércitos espanhóis e portugueses. Publicada em 1756; tradução em
português, italiano, francês, alemão e inglês, com 20 mil cópias). Os jesuítas
criticam a propaganda.
Ação Política de Pombal: 39. Terremoto
em Lisboa em 01/11/1755, destruindo ⅓ da cidade com cerca de 15 mil mortos. 41.
Pombal assumiu a liderança: saqueadores são enforcados; cadáveres lançados no
mar; alimentos e materiais de construção tiveram o preço fixado antes do
evento. 42. os oficiais-engenheiros eram controlados por Pombal. 77. Os
jesuítas na AM tinham uma organização comercial: gado; frutos; drogas nativas;
Mendonça Furtado escreve ao irmão Pombal sugerindo a importação de escravos
para a AM e tirar a influência dos jesuítas. 78. Em 1756 Pombal cria a
Companhia do Gão-Pará e Maranhão, dando-lhes direitos exclusivos de comércio e
navegação por 20 anos, revoga os direitos de tutela dos jesuítas de 1680,
substituindo por funcionários do Estado. 93-94. houve um motim em 1557 que Pombal
foi enérgico: alguns foram enforcados, outros enviados à África, outros
chicoteados, outros para prisão; os bens foram confiscados; Porto viveu estado
de sítio (proibido se reunir à noite ou usar arma). 96. em 1757 Pombal
substitui por padres de confiança os jesuítas que eram confessores da família
real. 102. se opunha a Pombal os puritanos, aqueles que não tinham origem judia
ou mouro; isso era necessário para servir o exército e assumir cargos públicos
a partir de 1496 (esses ligados a propriedade rural); em 1758 D José I sofreu
um atentado, obrigando a rainha a assumir o governo. 103. os supostos culpados
foram condenados a crime de rebelião, sendo partidos, queimados e decapitados,
como se fazia em toda a Europa. 106. em 1759, dizendo que os jesuítas
participaram da rebelião contra o rei, os expulsando das colônias, inclusive o
Brasil; nas missões guarani, no sul, os jesuítas se opõem às decisões de Port e
arma os índios. 109. em 1773 eles são suprimidos pelo Papa (voltando em 1814,
em especial na Rússia). 115. em 1761 Pombal criou o Erário Régio “Com altos
salários para os funcionários, técnicas modernas de contabilidade, o sistema de
partidas dobradas e a publicação de balancetes regulares”. 116. ruptura de Port
com Roma foi de 1760-1768. 117. a Inquisição ficou a cargo do Estado: entre
1684-1747 condenou-se 4.672 pessoas com 46 mortes na fogueira; entre 1750-1759
houve 1.107 sentenças e 18 mortos na fogueira. 122. os jesuítas tinham 34
colégios em port e 17 no Br; Pombal visava: “colocar o ensino sob a tutela do
Estado, secularizar a instrução e uniformizar os programas”; rapazes aprendiam
ler, contar e a doutrina cristã; as raparigas a ler, cuidar da casa; os índios
eram proibidos de falar sua língua e sim falar português. 229. os cursos
superiores foram reformados; em medicina pode-se dessecar cadáveres que não era
permitido devido a religião; criou-se a faculdade de matemáticas e filosofia.
nota 68. Pombal abole a escravidão em Port (decreto de 1761 e lei de 1773), dai
os escravos das colônias terem solicitado também a abolição.
Sequência para resolução de questões de
múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o
significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz
dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas
anteriores, diga o que está certo e o que está errado
Questão 1 (Enem, 2021). “É preciso usar de violência e
rebater varonilmente os apetites dos sentidos sem atender ao que a carne quer
ou não quer, mas trabalhando por sujeitá-la ao espírito, ainda que se revolte.
Cumpre castigá-la e curvá-la à sujeição, a tal ponto que esteja disposta para
tudo, sabendo contentar-se com pouco e deleitar-se com a simplicidade, sem
resmungar por qualquer incômodo” (KEMPIS, 2015). Qual característica do
ascetismo medieval é destacada no texto?
a Exaltação do ritualismo
litúrgico. /b Afirmação do pensamento racional. / c Desqualificação da
atividade laboral.
d Desvalorização da materialidade
corpórea.
Questão 2 (Cunha, 2018). Manuel da Nóbrega (1517-1570)
acreditava que deveria contar com a presença de um grupo de músicos para
garantir o sucesso das expedições de catequização. Dizia-se que os índios
permitiriam a entrada de inimigos em suas aldeias, e até poupariam da morte os
guerreiros capturados, caso soubessem cantar e tocar. Os jesuítas ensinavam os meninos
índios, nos primeiros tempos de Brasil Colônia, a:
A Tocar guitarra e violão / B Compor
cantos religiosos
C Cantar, tocar e fazer teatro / D Ler,
escrever, contar e cantar
Questão 3 (São Camilo, 2021). “A ordem que desejamos era fazerem
ajuntar ao gentio em povoações convenientes, e fazer-lhes favores em favor de
sua conversão, e castigar neles os males que forem para castigar, e mantê-los
em justiça e verdade entre si como vassalos de El-Rei, e sujeitos à Igreja, e
fazer-lhes também justiça nos agravos e escândalos dos cristãos, o que se faria
bem se a justiça secular e eclesiástica fosse mais zelosa” (Manuel da Nóbrega,
2017). O padre Manoel da Nóbrega, superior da Ordem dos Jesuítas no Brasil,
escreveu de Salvador, na Bahia, uma carta para o padre Miguel de Torres, em
Lisboa. A carta data de agosto de 1557 e, nesse trecho, Manoel da Nóbrega:
A revela a disputa entre Igreja e
Estado na colônia e a oposição eclesiástica à exploração da mão de obra
escrava.
B expõe um projeto de colonização e
a necessidade de atuação eficaz das instituições instaladas na colônia.
C reconhece a importância da
formação de uma sociedade colonial miscigenada e a homogeneidade da cultura
indígena.
D exalta os progressos da conversão
dos índios ao cristianismo e o clima de entendimento entre os diversos grupos
sociais da colônia.
Questão 4 (FGV). A longa administração pombalina
(1750-1777) causou controvérsias ao expulsar os jesuítas de Portugal e de todos
seus domínios, em 1759. Tal expulsão, que implicava o confisco dos bens dos
religiosos, pode ser atribuída:
a) ao enorme déficit do Tesouro
português, provocado pelas despesas feitas com construção de Lisboa, destruída
pelo terremoto de 1755.
b) à antipatia que o ministro,
seguidor da filosofia iluminista, nutria pelos jesuítas, responsáveis pelo
atraso cultural do país.
c) ao processo de centralização
administrativa que exigia a eliminação da Companhia de Jesus, acusada de formar
um estado à parte.
d) à vontade de igualar-se à
monarquia francesa que praticava o despotismo esclarecido.
Questão 5 (UEA). “Da ilha amazônica de Marajó ao
interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e
de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os
anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e
salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A
Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em
Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos” (Alden,
1999). O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de
Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua decisão visou, entre outros
objetivos:
A Afastar uma instituição relativamente independente dentro do Estado e incorporar as riquezas da Ordem em período de dificuldades financeiras.
B Diversificar as atividades econômicas no Império e suspender o monopólio comercial da Metrópole sobre as especiarias exportadas.
C Consolidar as fronteiras com os territórios espanhóis
nas regiões de floresta e isolar internamente os aliados dos reis católicos de
Castela.
D Favorecer a escravização dos
indígenas das missões religiosas e combater o contrabando das drogas do sertão.
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