segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Ana.Maria.soc.3bim.1ano

Ana.Maria.soc.3bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. 1 ano 3 bimestre. Sociologia do Brasil.

Freire, Gilberto. Casa-grande & senzala, 2004 (1933).

Prefácio a 1 edição (1933). 31. Freire diz que a miscigenação é o que se preocupa. 38. o senhor do engenho, dono da casa-grande, ‘venceu’ os jesuítas e vice-reis, em matéria de poder, porém, nem sempre se transmitiu o poder aos descendentes. 43. as casas-grandes criou uma instituição estável.

cap.I. colonização do br em geral. 70. os port. foram promíscuos com a mulher indígena e africana. 94. nos primeiros séculos de colonização a base da alimentação foi indígena, mandioca e milho. 108. BA e MG foi onde se espalhou o africano. 109. Sífilis foi a principal doença nas casas-grandes e senzalas.

cap. II. o indígena na formação da família brasileira. 163. a mulher indígena foi responsável pela inserção de vários costumes, como os remédios caseiros, banhos, etc. 167. os indígenas tratam os animais como humanos, por terem alma, daí serem domésticos e não comerem. 224. os pátios dos colégios houve reciprocidade cultural entre a cultura europeia e indígena. 230. alimentos transportados da África: feijão, banana, quiabo, boi, carneiro, cabra, cana de açúcar.

cap.III. o português. 266. o br se tornou feudal. 269. como na luta contra os islâmicos, no br os cristãos lutaram contra os bugres, na Europa contra os hereges. 280. os autóctones de port são morenos, baixos, etc. 289. de port e da esp veio os moinhos de vento; dos mouros os moinhos de água. 313. as ordens religiosas formaram a classe pensante de port (em especial os administradores e diplomatas). 314. as crônicas só se registram o excepcional. 320. port ficou improdutivo ao priorizar o comércio “mero explorador ou transmissor de riqueza”. 333. no séc. XVII D” Aulnoy diz que os jovens aristocráticos de 14 anos eram promíscuos com as escravizadas, gerando muitas doenças venéreas.

cap.IV. a vida sexual no br. 367. em todo o br se vê traços do negro e do indígena, tanto fisicamente, como culturalmente. 384. há poucos registros da “imigração” de escravizados pois Rui Barbosa em 1891 mandou queimar os arquivos (https://www.slavevoyages.org/). 390. os africanos são superiores aos brancos e indígenas: trabalho com metais e criação de gado. Herskovits (1935) estudo da África: a) hotentote (sudoeste africano): criação de gado; b) Boximane (deserto do sul): nômades; c) áfrica oriental (banto): ferro, madeira, agricultura e pastoreio; d) Congo (banto): agricultura (banana), caça, pesca, pecuária (cabra, porco, galinha), posse da terra comum; Horn Oriental (chifre oriental): islamismo pastoril (vaca, cabra, carneiro, camelo); f) sudão oriental (abaixo do egito): islã como a anterior; g) sudão ocidental (abaixo do deserto até o golfo da guiné): reinos Daomé, Benin, Ioruba; criação de gado, comércio, ferro. 396. Senegal estão os negros mais altos; no sul da Af estão os mais baixos e redondos. 413. as negras velhas que contavam as histórias port com modificações para as crianças. 421. há muitos casos de violência de esposas brancas contra amantes negras. 425. os casamentos entre parentes também geram disputas pela herança. 429. era comum, pelo menos até o sec. XIX meninas de 12, 13 anos se casarem com homens de 30, 40 ou 50 anos. 435. os escravizados domésticos eram como que ‘da casa’, em especial as mulheres que cuidavam das crianças (suavização da escravidão).

Cap.V. a vida sexual no br (cont.). 501. os colégios jesuítas eram focos de irradiação da cultura; negros eram barrados nessas escolas.

Holanda. Raízes do Brasil, 1995 (1936).

cap.1. Fronteiras da Europa. 31. as instituições vindas da Europa nos fazem “desterrados em nossa terra”. 34. a filosofia tomista: os reinos da terra são espelhos da hierarquia celeste (Agostinho?). 35. no br a hierarquia nunca foi plena; as castas não são totalmente fechadas. 38. os protestantes valorizam o esforço manual, as nações ibéricas, com vista a antiguidades clássica, o ócio. 39. a obediência e não a lealdade é fundamental.

Cap.2. Trabalho & aventura. 44. da dicotomia entre caçadores/lavradores vem aventureiros (ignora fronteiras)/trabalhadores(esforço lento). 46. os port são aventureiros. 48. os indígenas não tinham constância (inconstância) para os latifundiários, daí a opção pelos africanos. 49. com a Índia os port se acostumaram a grandes lucros. 50. como as técnicas eram rudimentares, sem arado, as fazendas eram transitórias, como os costumes indígenas. 53. os portugueses são mestiços. 56. os port incentivavam casamentos com indígenas, mas não com os negros. 58. na época da colônia se havia preconceito com os trabalhos manuais, não dignos aos nobres; além disso o comércio era mais lucrativo.

cap.3. Herança rural. 73. a estrutura do br colonial se fez no rural e não no urbano. 1888, data da abolição, representa um marco na evolução nacional (do rural ao urbano). fazendeiros organizam a política. 81. nas áreas rurais do br se seguia o direito romano, da família e os agregados. 82. a vinda da corte em 1808 enfraqueceu os senhores rurais. 87. “mentalidade de casa-grande invadiu assim as cidades e conquistou todas as profissões”.

cap.4. o semeador e ladrilhador. 95. as cidades espanholas eram mais organizadas que as port. 98. ex disso são as universidades; 1538 São Domingos; São Marcos em Lima em 1551, entre outros. 100. os port preferiram o litoral, os esp o interior. 107. a coroa se preocupava em evitar que a colônia concorresse com ela. 133. os comerciantes, para conquistar o cliente, fazem dele um amigo.

cap.5. O homem cordial. 141. para Holanda, família e Estado “pertencem a ordens diferentes em essência”.

Cap.6. Novos tempos. 156. Holanda diz que no br as pessoas são individualistas, e não coletivistas, prova disso é que os profissionais almejam mudar de profissão para alcançar altos postos. 157. em port bacharel foi uma ‘carta de recomendação’ para cargos públicos. 167. na república seguimos o partido inglês de dois partidos.

Cap.7. nossa revolução. 176. o café não foi muito afetado pela abolição, mas o engenho de açúcar no Norte sim, em especial pela indústria. 179. as nações ibero-americanas adotaram os ideias da rev. fra. 180. “Uma superação da doutrina democrática só será efetivamente possível, entre nós, quando tenha sido vencida a antítese liberalismo-caudilhismo”. 182. na AL as leis são feitas para ser violadas e favorecer as oligarquias. 183. formação do br que impede a democracia: 1. repulsa, dos filhos dos colonizadores e indígenas na hierarquia racional; 2. não há resistências ao primado do urbano; preconceitos de raça e cor. 185. o homem cordial (predomínio do afeto) x liberalismo (neutro, jurídico); a cordialidade não gera bons princípios que precisa de norma ou tirania para a construção do social.

Atividade 1: A partir do que estudamos, converse com seu profissional: a) formule ao menos quatro perguntas (duas de cada autor); b) anote suas respostas; c) exposição das respostas

Atividade 2: Façam apenas a questão 1 e 2. Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

1 (enem). “A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que, de outro modo, se teria conservado enorme entre a casa-grande e a senzala. O que a monocultura latifundiária e escravocrata realizou no sentido de aristocratização, extremando a sociedade brasileira em senhores e escravos, com uma rala e insignificante lambujem de gente livre sanduichada entre os extremos antagônicos, foi, em grande parte, contrariado pelos efeitos sociais da miscigenação” (FREYRE, 1999). A temática discutida é muito presente na obra de Gilberto Freyre e a explicação para essa recorrência está no empenho do autor em:

a) buscar as causas históricas do atraso social.

b) destacar a violência étnica da exploração colonial.

c) descrever as debilidades fundamentais da colonização portuguesa.

d) defender os aspectos positivos da mistura racial.

2. (UFT). A concepção de democracia racial no Brasil acaba por ocultar as discriminações sofridas diariamente pelos(as) negros(as) e indígenas, pois imaginamos uma sociedade em que brancos(as), negros(as) e indígenas convivem harmoniosamente e não há discriminação étnico-racial. Assinale a alternativa CORRETA.

a) Nascemos livres e iguais e depende dos indivíduos a conquista econômica, educacional e cultural.

b) Vivemos em um país democrático e sem nenhum tipo de distinção que provoque desigualdades.

c) As desigualdades entre brancos(as), negros(as) e indígenas é histórica e podem ser verificadas pelos dados, por exemplo, de desemprego, renda e escolaridade.

d) Negros(as) e indígenas têm historicamente as mesmas oportunidades que os(as) brancos(as).

3. “Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade – daremos ao mundo o ‘homem cordial’. A Ilhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal” (HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil). A partir dessa afirmação, é correto concluir-se que o termo “homem cordial” se refere a um sujeito

a) pacífico, educado e atencioso: características que o tornam ordeiro e respeitoso.

b)  que respeita as regras coletivas que orientam a sociedade, e que se rege conforme essas regras socialmente estabelecidas.

c) que prefere viver afastado das outras pessoas, demonstrando sua preferência pela solidão, na proteção do espaço privado.

d)  que utiliza, como artifício, a astúcia e a sagacidade que fazem parte de sua formação como parte de um povo e como forma de aproximação do outro.

4 (enem/2015). “Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras” (Holanda, 1995). Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na

a rigidez das normas jurídicas.

b legitimidade das ações burocráticas.

c solidez da organização institucional.

d prevalência dos interesses privados.


Ana.Maria.fil.3bim.1ano

 Ana.Maria.fil.3bim.1ano

EE Ana Maria Prof. filosofia Robson 1 ano 3Bim. Filosofia do Brasil.

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música, de preferencia dissertativa (que não seja narrativa) que fale algo do Brasil; b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.

Sugestões de músicas: Kizomba (Festa da Raça) de Luiz Carlos da Vila; Aquarela do Brasil de Ary Barroso; Aquarela brasileira de Martinho da Vila; Que País é este de Legião Urbana; Aluga-se Raul Seixas.

Hansen, 2010. Manuel da Nóbrega. Contextualização: 52. em 1415, os portugueses, em busca de ouro, com financiamento de italianos e alemães expulsam os mulçumanos em Ceuta e inicia a exploração da África. 53. em 1500 os portugueses compram africanos e revendem na própria África. 55. auge económico português: 1481-1521. 77. como os franceses, entre 1500-1530 os portugueses fizeram pequenas trocas com os indígenas no Br. 78. em 1549, com o governo geral, Portugal abriu três frentes: “exploração e defesa militares do território, agricultura extensiva e conquista espiritual”; no Nordeste (PE e BA) e Sudeste (São Vicente). 79. em 1537 Port. proíbe a escravização dos índios; declara a liberdade dos índios em 1570; porém os colonos escravizam e matam. 79. reis espanhóis e portugueses (depois de 1640) regularizam a escravidão pois os índios não possuem Fé, Lei e Rei (F, L e R).  61. 1517 teses de Lutero (defendia que o contato com Deus se dava pela bíblia, dispensando os ritos e o clero). 63. “Nóbrega executa as determinações teológico-políticas do Concílio de Trento (1540-1563) seguidas pela Companhia [de Jesus]”. 65. os textos eram escritos em português, castelhano, italiano, latim, língua brasílica (língua geral ou nheengatu), língua de Angola (provavelmente banto) (e não o inglês); a escrita não é informal, mas recupera autores latinos.

A Companhia de Jesus e os indígenas: 24. Os tupis do litoral eram nômades, mas Nóbrega os fixava em aldeias, criando a primeira escola. 27. os padres ensinavam ofícios manuais; inicialmente os missionários recebiam esmolas, mas depois salários; em 1553 chegou Anchieta, fluente em português, espanhol e latim, depois aprendeu tupi. 28. os índios eram batizados e levados para aldeia para não praticarem “o nomadismo, o xamanismo, a nudez, a poligamia, a guerra por vingança, a cauinagem e a antropofagia ritual”. 37.  “A lei que lhes hão-de dar é defender-lhes comer carne humana e guerrear sem licença do Governador; fazer-lhes ter uma só mulher; vestirem-se, pois têm muito algodão, ao menos depois de cristãos; tirar-lhes os feiticeiros; mantê-los em justiça entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos, sem se mudarem para outra parte senão for para entre cristãos, tendo terras repartidas que lhes bastem, e com estes Padres da Companhia para os doutrinarem” (Manuel da Nóbrega. “Carta da Bahia, 8 de maio de 1558”. In: Serafim Leite, 1977).

Alencastro, o trato dos viventes, 2000. 91. os port. aprenderam sobre as comidas indígenas (mandioca, milho e batata doce) e africana (banana). 90. Conflito entre Portugal e Holanda de 1621-1665. 234. port. expulsam os holandeses em 1648. 239. com os bandeirantes derrotaram o quilombo dos Palmares em 1694. 298. Os portugueses derrotaram o Congo na batalha de Ambuíla em julho de 1666. 344. Vieira diz que não se pode permitir os quilombos para que eles não se espalhassem, perdendo a unidade portuguesa. 346. os mulatos (filhos de negras e indígenas) trabalhavam como intermediários e na guerra.

Castro, 2002, O mármore e a murta. 126. Sermão do Espírito Santo (1657 de Antonio Vieira compara os indígenas (em especial os Tupinambá da costa) a murta, planta decorativa, pois eles são maleáveis, e os europeus ao mármore que, apesar de sólida (ou mesmo por isso) gera estátuas que duram no tempo. 128. Anchieta enumera os entraves: “Os impedimentos que ha para a conversão e perseverar na vida cristã de parte dos Índios, são seus costumes inveterados […] como o terem muitas mulheres; seus vinhos em que são muito contínuos […] Item as guerras em que pretendem vingança dos inimigos, e tomarem nomes novos, e títulos de honra; o serem naturalmente pouco constantes no começado, e sobretudo faltar-lhes temor e sujeição” […] (1584: 333).

Maxwell, 2004, Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) (1699-1782). contexto histórico: 54. domínio espanhol: 1580-1640; reconhecimento de Port. por parte da Ing, Hol e Esp; 1808 Napoleão toma Lisboa e a coroa vai para o Brasil. 54. D. João V reina Port no começo do sec. xviii com muitas riquezas vinda do Br; de 1750-1777 reina D. José I com a ajuda de Pombal; 1777-1792 D. Maria (louca); 1792 D. João; 1816 D. João VI unifica o reino do Br e Port. 56. em 1690 paulistas, mestiçados com índios, descobriram ouro de aluvião (em rochas) a 600 km do RJ, na serra da Mantiqueira, nascente do rio São Francisco, em Ouro Preto e Diamantina MG.  68. conflito entre port e esp entre 1735-1737. 1750 tratado de Madrid (substituição do tratado de Tordesilhas): fronteira é o rio Uruguai, assim as sete missões jesuítas (no RS) são de port que exigia a saída dos jesuítas e índios convertidos para lá.

Trajetória de Pombal: Em 1733 Pombal entra na Academia Real de História Portuguesa (os iluministas disputavam com os jesuítas a educação e formas de governo) (p.29); entre 1739-1743 substituiu o tio como embaixador na Inglaterra, lá conhecer a ciência inglesa (Newton, Locke, Bacon) (p.20); em 1745 vai para Viena (p.23); em 1750  morre o rei D. João V e assumi D. José I; Pombal é indicado para primeiro-ministro (p.26). 37. Propaganda de Pombal contra a Companhia de Jesus. Texto: Relação abreviada da república que os religiosos das províncias de Portugal e Espanha estabeleceram nos domínios ultramarinos das duas monarquias e da guerra que neles tem movido e sustentado contra os exércitos espanhóis e portugueses. Publicada em 1756; tradução em português, italiano, francês, alemão e inglês, com 20 mil cópias). Os jesuítas criticam a propaganda.

Ação Política de Pombal: 39. Terremoto em Lisboa em 01/11/1755, destruindo ⅓ da cidade com cerca de 15 mil mortos. 41. Pombal assumiu a liderança: saqueadores são enforcados; cadáveres lançados no mar; alimentos e materiais de construção tiveram o preço fixado antes do evento. 42. os oficiais-engenheiros eram controlados por Pombal. 77. Os jesuítas na AM tinham uma organização comercial: gado; frutos; drogas nativas; Mendonça Furtado escreve ao irmão Pombal sugerindo a importação de escravos para a AM e tirar a influência dos jesuítas. 78. Em 1756 Pombal cria a Companhia do Gão-Pará e Maranhão, dando-lhes direitos exclusivos de comércio e navegação por 20 anos, revoga os direitos de tutela dos jesuítas de 1680, substituindo por funcionários do Estado. 93-94. houve um motim em 1557 que Pombal foi enérgico: alguns foram enforcados, outros enviados à África, outros chicoteados, outros para prisão; os bens foram confiscados; Porto viveu estado de sítio (proibido se reunir à noite ou usar arma). 96. em 1757 Pombal substitui por padres de confiança os jesuítas que eram confessores da família real. 102. se opunha a Pombal os puritanos, aqueles que não tinham origem judia ou mouro; isso era necessário para servir o exército e assumir cargos públicos a partir de 1496 (esses ligados a propriedade rural); em 1758 D José I sofreu um atentado, obrigando a rainha a assumir o governo. 103. os supostos culpados foram condenados a crime de rebelião, sendo partidos, queimados e decapitados, como se fazia em toda a Europa. 106. em 1759, dizendo que os jesuítas participaram da rebelião contra o rei, os expulsando das colônias, inclusive o Brasil; nas missões guarani, no sul, os jesuítas se opõem às decisões de Port e arma os índios. 109. em 1773 eles são suprimidos pelo Papa (voltando em 1814, em especial na Rússia). 115. em 1761 Pombal criou o Erário Régio “Com altos salários para os funcionários, técnicas modernas de contabilidade, o sistema de partidas dobradas e a publicação de balancetes regulares”. 116. ruptura de Port com Roma foi de 1760-1768. 117. a Inquisição ficou a cargo do Estado: entre 1684-1747 condenou-se 4.672 pessoas com 46 mortes na fogueira; entre 1750-1759 houve 1.107 sentenças e 18 mortos na fogueira. 122. os jesuítas tinham 34 colégios em port e 17 no Br; Pombal visava: “colocar o ensino sob a tutela do Estado, secularizar a instrução e uniformizar os programas”; rapazes aprendiam ler, contar e a doutrina cristã; as raparigas a ler, cuidar da casa; os índios eram proibidos de falar sua língua e sim falar português. 229. os cursos superiores foram reformados; em medicina pode-se dessecar cadáveres que não era permitido devido a religião; criou-se a faculdade de matemáticas e filosofia. nota 68. Pombal abole a escravidão em Port (decreto de 1761 e lei de 1773), dai os escravos das colônias terem solicitado também a abolição.

Atividade 2. Façam apenas as questões 1, 2 e 3. Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Questão 1 (Enem, 2021). “É preciso usar de violência e rebater varonilmente os apetites dos sentidos sem atender ao que a carne quer ou não quer, mas trabalhando por sujeitá-la ao espírito, ainda que se revolte. Cumpre castigá-la e curvá-la à sujeição, a tal ponto que esteja disposta para tudo, sabendo contentar-se com pouco e deleitar-se com a simplicidade, sem resmungar por qualquer incômodo” (KEMPIS, 2015). Qual característica do ascetismo medieval é destacada no texto?

a Exaltação do ritualismo litúrgico. /b Afirmação do pensamento racional. / c Desqualificação da atividade laboral.

d Desvalorização da materialidade corpórea.

Questão 2 (Cunha, 2018). Manuel da Nóbrega (1517-1570) acreditava que deveria contar com a presença de um grupo de músicos para garantir o sucesso das expedições de catequização. Dizia-se que os índios permitiriam a entrada de inimigos em suas aldeias, e até poupariam da morte os guerreiros capturados, caso soubessem cantar e tocar. Os jesuítas ensinavam os meninos índios, nos primeiros tempos de Brasil Colônia, a:

A Tocar guitarra e violão / B Compor cantos religiosos

C Cantar, tocar e fazer teatro / D Ler, escrever, contar e cantar

Questão 3 (São Camilo, 2021). “A ordem que desejamos era fazerem ajuntar ao gentio em povoações convenientes, e fazer-lhes favores em favor de sua conversão, e castigar neles os males que forem para castigar, e mantê-los em justiça e verdade entre si como vassalos de El-Rei, e sujeitos à Igreja, e fazer-lhes também justiça nos agravos e escândalos dos cristãos, o que se faria bem se a justiça secular e eclesiástica fosse mais zelosa” (Manuel da Nóbrega, 2017). O padre Manoel da Nóbrega, superior da Ordem dos Jesuítas no Brasil, escreveu de Salvador, na Bahia, uma carta para o padre Miguel de Torres, em Lisboa. A carta data de agosto de 1557 e, nesse trecho, Manoel da Nóbrega:

A revela a disputa entre Igreja e Estado na colônia e a oposição eclesiástica à exploração da mão de obra escrava.

B expõe um projeto de colonização e a necessidade de atuação eficaz das instituições instaladas na colônia.

C reconhece a importância da formação de uma sociedade colonial miscigenada e a homogeneidade da cultura indígena.

D exalta os progressos da conversão dos índios ao cristianismo e o clima de entendimento entre os diversos grupos sociais da colônia.

Questão 4 (FGV). A longa administração pombalina (1750-1777) causou controvérsias ao expulsar os jesuítas de Portugal e de todos seus domínios, em 1759. Tal expulsão, que implicava o confisco dos bens dos religiosos, pode ser atribuída:

a) ao enorme déficit do Tesouro português, provocado pelas despesas feitas com construção de Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755.

b) à antipatia que o ministro, seguidor da filosofia iluminista, nutria pelos jesuítas, responsáveis pelo atraso cultural do país.

c) ao processo de centralização administrativa que exigia a eliminação da Companhia de Jesus, acusada de formar um estado à parte.

d) à vontade de igualar-se à monarquia francesa que praticava o despotismo esclarecido.

Questão 5 (UEA). “Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos” (Alden, 1999). O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua decisão visou, entre outros objetivos:

A Afastar uma instituição relativamente independente dentro do Estado e incorporar as riquezas da Ordem em período de dificuldades financeiras.

B Diversificar as atividades econômicas no Império e suspender o monopólio comercial da Metrópole sobre as especiarias exportadas.

C Consolidar as fronteiras com os territórios espanhóis nas regiões de floresta e isolar internamente os aliados dos reis católicos de Castela.

D Favorecer a escravização dos indígenas das missões religiosas e combater o contrabando das drogas do sertão.


Ana.Maria.soc.3bim.2ano

 Ana.Maria.soc.3bim.2ano

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.


Atividade 2: Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado


contribuições das civilizações para com o chamado ocidente
Pepe Escobar (a partir do livro The Once and Future World Order de Amitav Acharya)
https://www.youtube.com/watch?v=wpFtBfxixeY
o próprio Amitav: https://www.youtube.com/watch?v=jCzzpdvbJKU
outros que trataram disso: Giovanni Aguirre, Emmanuel Wallerstein, Enrique Dussel
contribuições das civilizações
Egito, Mesopotâmia e Pérsia (para os gregos): astronomia, química, matemática, reinado divino
Fenícia: rudimentos da língua grega
Grécia: arte, ciência e filosofia
Roma: direito, a ideia de império, administração
Índia (para China): budismo, filosofia, numerais, exploração do algodão, aço
China (para Europa): seda, pólvora, compasso, impressão, exame para ingresso no serviço público pela meritocracia. 
Mundo Islâmico: medicina, química, fundamentos da óptica, preservação da filosofia grega.
o que o resto (não ocidente): anti-imperialismo, nacionalismo, soberania (Conferência de Bandung em 1955: Ásia e África; depois movimentos dos não-alinhados)

Ana.Maria.fil.3bim.2ano

 Ana.Maria.fil.3bim.2ano

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.

Texto da filosofia moderna (ênfase na construção do Estado)

https://drive.google.com/file/d/1l4JMy85bMK6iPnR-tqHI-rzffKgxvFhy/view?usp=drive_link

Atividade 2: Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Ana.Maria.soc.3bim.3ano

Ana.Maria.soc.3bim.3ano

Atividade 1: Estruturas da ONU. Etapas: a) em grupos de 2 a 4 pessoas escolha uma das Organizações da ONU; b) pesquise na internet (pode ser o próprio site ou IA ou Wikipédia) as informações básicas (quando surgiu, como funciona, o que faz, etc); c) escolha uma notícia ou um relatório para sintetizar; d) formule perguntas (pelo menos 3) a partir da síntese.

Atividade 2: Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado
Link com as questões:

Link das páginas das instituições internacionais.

Assembleia geral
https://brasil.un.org/pt-br/278975-assembleia-geral-da-onu
Conselho de Segurança
https://main.un.org/securitycouncil/es
Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos (CNUDH)
Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR)
https://acnudh.org/pt-br/
https://www.ohchr.org/es/ohchr_homepage
Fundo Monetário Internacional (FMI) (IMF - International Monetary Fund)
https://www.imf.org/es/home
Banco Mundial (BM) (WBG = World Bank Group)
https://www.worldbank.org/ext/en/home
https://www.worldbank.org/pt/country/brazil
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla do inglês Food and Agriculture Organization) 
https://www.fao.org/brasil/pt/
https://www.fao.org/brasil/publicacoes/pt/
Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International Labour Organization)
https://www.ilo.org/pt-pt/regions-and-countries/latin-america-and-caribbean/brasil/conheca-oit
https://www.ilo.org/es/all-publications-for-topic?cf0=3791%2B3796
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — (acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)
https://www.unesco.org/es
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF - United Nations Children's Fund)
https://www.unicef.org/brazil/
https://www.unicef.org/brazil/painel-de-dados#educacao




Outras: 
Organização Internacional para as Migrações (OIM)
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) ou Agência da ONU para Refugiados[1] (em inglês: United Nations High Commissioner for Refugees, UNHCR)
União Internacional de Telecomunicações (UIT)
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial ou UNIDO
Programa Alimentar Mundial' (sigla: PAM; em inglês: World Food Programme; sigla: WFP)
Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos ( ONU-Habitat )
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (português brasileiro) ou Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas (português europeu) (CEPAL)


Ana.Maria.fil.3bim.3ano

 Ana.Maria.fil.3bim.3ano

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.
Sugestões: Iluminado do Djavan; Comida do Titãs;

Atividade 2: Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Link com as questões:

https://drive.google.com/file/d/1LbND0Hr1K54wHyE1b_8Dqh0yB8k78ptM/view?usp=sharing


Críticas ao direito humano: 

  1. é pensado a partir de um referencial urbano. Portanto, no mundo rural e das populações tradicionais (quilombolas, ribeirinhos, indígenas), o DH tem pouco a dizer.
  2. não leva em consideração que o ser humano para existir, necessita da existencia de outros seres: rios, lagos, mar, montanha, florestas, plantas, animais, etc. Portanto, seria necessário um direito para todos os seres.

https://bolivia.justia.com/nacionales/nueva-constitucion-politica-del-estado/

https://drive.google.com/file/d/1X94ETcuVSOqRmJT1CqDb9t_BXXkHfVyL/view?usp=sharing

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Ana.Maria.fil.soc.2bim.1ano.prova

EE Ana Maria Prof. Robson. 1 ano 2 bimestre. Filosofia

Atividade 1: a partir dos mitos apresentados: a) encontre um elemento em comum em dois mitos; b) a partir do elemento em comum diga as semelhanças e as diferenças.

Atividade 2: a partir do mito que você analisou diga o que está certo e errado em cada alternativa

Questão 1. Segundo o mito Iorubá, qual foi a "semente de uma ideia" que Olorum colocou na cabeça de Oxalá e que não estava contida no saco da Criação, sendo fundamental para o mundo?
a) A capacidade de criar o mundo.
b) O conhecimento para semear as plantas.
c) A habilidade de modelar e dar vida aos seres humanos.
d) A sabedoria para evitar as artimanhas de Exu.

Questão 2. De acordo com o mito Yanomami recontado por Davi Kopenawa, qual foi a razão pela qual Omama precisou criar uma nova floresta, e qual o nome dessa floresta?
a) A floresta anterior era muito escura e Omama queria mais luz; o nome da nova floresta é Aruanã.
b) A floresta anterior era frágil e o céu desabou sobre ela; o nome da nova floresta é Hutukara.
c) A floresta anterior não produzia frutos suficientes para Omama e Yosi; o nome da nova floresta é Yãnomami.
d) Omama queria testar seus poderes de criação; o nome da nova floresta é Xapiri.

Questão 3. De acordo com o mito do nascimento dos seres contado por Platão, o que aconteceu com os homens após receberem o fogo e a sabedoria das artes, antes da intervenção de Zeus com o pudor e a justiça?
a) Eles construíram grandes cidades harmonicamente.
b) Eles se tornaram imortais e viveram como os deuses.
c) Eles causavam danos uns aos outros por falta de "arte política" e se dispersavam.
d) Eles se tornaram caçadores habilidosos e dominaram todos os outros animais.

Questão 4. De acordo com a história Ofaié sobre o xiãwn (fogo), qual característica principal permitiu ao weõe (preá) obter o fogo da itxiateié (mãe do fogo)?
a) A velocidade e agilidade para fugir da ohti (onça).
b) A força para lutar contra os outros tikã (bichos) e a ohti.
c) A astúcia, abordagem direta e respeitosa com a itxiateié.
d) A capacidade de hipnotizar a itxiateié para que ela adormecesse.

Atividade 3:  Escolha 1 (uma) questão e siga a sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) anote e pesquise as palavras desconhecidas / e) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa.

Questão 5 (Enem 2019). “A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos”. (REGO; FONSECA; GIACOMINI, 2014). As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
a) asseguram as expressões multiculturais.
b) promovem a diversidade de etnias.
c) falseiam os dogmas teológicos.
d) restringem a liberdade de credo.

Questão 6 (Enem/2016). “As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente ‘para a salvação de sua alma’ e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.” (VERGER, 1981). O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados para
a. compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b. preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
c. integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
d. possibilitar a adoração de santos católicos.

Questão 7. (Enem/2017). Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. (BRASIL, 1988). A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a vinculação histórica fundamental entre
A) etnia e miscigenação racial.
B) sociedade e igualdade jurídica.
C) espaço e sobrevivência cultural.
D) progresso e educação ambiental.
E) bem-estar e modernização econômica.

EE Ana Maria Prof. Robson. 1 ano 2 bimestre. Sociologia

Atividade 1: Escolha 2 (duas) questões e siga a sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) anote e pesquise as palavras desconhecidas / e) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa.

Questão 1. No livro História dos índios no Brasil, de 1992, p.15, na introdução, Manuela apresenta, a partir do texto do viajante francês Abbeville (1614), uma fala de um velho tupinambá: “vi a chegada dos peró [portugueses] em Pernambuco e Potiú; e começaram eles como vós, franceses, fazeis agora. De início, os peró não faziam senão traficar sem pretenderem fixar residência [...] mas tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles e que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e cidades, para morarem conosco [...] mais tarde afirmaram que nem eles nem os paí [padres] podiam vivem sem escravos para os servirem e por eles trabalharem [...]”. De acordo com a fala do velho Tupinambá qual foi a estratégia gradual dos portugueses (peró) ao se estabelecerem no Brasil?
a) Eles imediatamente exigiram a construção de fortalezas e escravos para se defenderem e trabalharem.
b) Eles começaram com o tráfico de bens, para depois pedirem permissão para fixar residência, construir estruturas e, por fim, exigir escravos.
c) Eles ofereceram presentes e alianças de paz duradouras antes de qualquer solicitação de terras ou trabalho.
d) Eles se limitaram ao comércio e nunca expressaram o desejo de morar ou construir cidades entre os indígenas.

Questão 2. (Unicamp, 2025). “Os brancos se dizem inteligentes. Não o somos menos. Nossos pensamentos se expandem em todas as direções e nossas palavras são antigas e muitas. Elas vêm de nossos antepassados. Porém, não precisamos, como os brancos, de peles de imagens para impedi-las de fugir da nossa mente. Não temos de desenhá-las, como eles fazem com as suas. Nem por isso elas irão desaparecer, pois ficam gravadas dentro de nós. Por isso nossa memória é longa e forte. O mesmo ocorre com as palavras dos espíritos xapiri, que também são muito antigas. Mas voltam a ser novas sempre que eles vêm de novo dançar para um jovem xamã, e assim tem sido há muito tempo, sem fim.”  (KOPENAWA; ALBERT, 2015). De acordo com o texto, é correto afirmar sobre os yanomamis que
A as palavras e imagens dos espíritos xapiris perderam-se com a chegada dos portugueses ao Brasil.
B a memória dos seus antepassados é gravada em imagens desenhadas em suportes de pele animal.
C os brancos e os yanomamis consideram culturalmente o passado e o presente do mesmo modo.
D a oralidade tem um papel importante na preservação da memória e na transmissão de conhecimentos aos jovens.

Questão 3. (UFSCAR, 2016). “A principal contribuição dos povos indígenas para a riqueza socioeconômica do país é a megabiodiversidade existente em suas terras, que representam quase 13% do território brasileiro, a maior parte totalmente preservada. Fotos de satélites mostram que as terras indígenas são verdadeiras ilhas de florestas verdes, estando rodeadas por pastos e cultivos de monoculturas. Esta não é apenas uma riqueza dos índios, mas de todos os brasileiros e dos viventes do planeta, na medida em que são florestas que contribuem para amenizar os graves desequilíbrios ambientais da Terra nos tempos atuais”. (Gersem Baniwa, 2006). O texto tem como finalidade demonstrar
A a fragilidade das lutas dos povos indígenas pela demarcação de terras no Brasil.
B a necessidade de integrar os povos indígenas à sociedade nacional não indígena.
C a falta de estrutura para o desenvolvimento das terras indígenas demarcadas
D a importância da demarcação das terras indígenas para o Brasil como um todo.

Questão 4. (Unicamp, 2022). ‘As cotas são uma conquista histórica importante no processo de democratização do direito à educação superior no Brasil e na promoção da igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, tendo em vista a grande diversidade sociocultural, econômica e de trajetória escolar que existe no país. Mas a política de cotas, assim como todas as políticas de ações afirmativas, não pode ser considerada como um fim em si mesmo nem como uma solução única para todos os problemas de desigualdade e exclusão educacional no país. É um ponto de partida para pensar o enfrentamento mais pragmático das desigualdades associadas à exclusão e às discriminações racial, sociocultural, econômica e étnica. Neste sentido, o alcance da Lei depende de ações e estratégias a serem adotadas pelo Ministério da Educação e pelas Instituições Federais de Ensino”. (Gersem Baniwa, 2019) O autor do trecho acima considera que as políticas de ação afirmativa sejam
a) a solução para os problemas de discriminação racial, econômica, sociocultural e étnica no Brasil.
b) promotoras do preconceito e discriminação racial, e da desigualdade e exclusão educacional no país.
c) o início do processo de enfrentamento da desigualdade e exclusão educacional no país.
d) ações realizadas pelo Ministério da Educação para promover a igualdade de oportunidades para todos.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Ana.Maria.fil.2bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. Filosofia 1 ano 2 bimestre. Mito / História / Filosofia

Pasta com livros completos: https://drive.google.com/drive/folders/164BEnDLzOPCIMhERWy26OWINySywyZ7B?usp=sharing

O Mito é uma história que não pode ser verificada. Nos Mitos, muitas vezes, é apresentado a relação entre os humanos e seres não humanos, contando como surgiram o cosmos (universo), o planeta Terra, os elementos da natureza (sol, mar, trovão, ar, chuva, etc.), os seres humanos, os animais, as plantas. Esses Mitos são chamados de Mitos da criação. Muitos Mitos falam sobre a luta dos seres humanos para sobreviver e os problemas sociais que eles causam. Por isso eles são fonte de conhecimento das sociedades, tanto as sociedades antigas como as sociedades atuais.

A História, saber humano que estuda os fatos ocorridos, se baseia nos Mitos, mas busca se distinguir deles. Vejamos uma ilustração desta distinção:

Mito

História

Surgimento do mundo a partir de Omama contado por Davi Kopenawa

O modo de vida dos Ianomamis no Am

A humanidade é criada a partir da lama de Nanã, sendo moldada por Oxalá

O modo como os afrodescendentes cultuam seus deuses.

O modo como weõe (preá) pegou o xiãwn (fogo) de itxiateié (velha)

Como os Ofaié de TL fazem fogo

Travessia do mar vermelho do povo hebreu na saída do Egito

Migração do povo hebreu do Egito para Canãa

Descrição da guerra de Troia por Homero

Guerra real entre troianos e gregos a partir de resquícios arqueológicos

O fim do mundo para os Maias (21/12/2012)

Como os Maias se organizavam

Hesíodo, poeta grego, na Teogonia (1995), diz que as Musas o ensinaram que no inicio nasceu o Caos, depois Urano (céu) Eros e Gaia (terra). Urano e Gaia geram Oceano e Cronos. Este último tira o poder de Urano mas é destronado por seu filho Zeus. Este, para acabar a guerra, divide o poder entre seus irmãos Posidão (águas) e Hades (submundo).

Mito do surgimento do mundo para os Iorubás (contada por Prandi, 2007, um antropólogo): “[...] antes do início dos tempos, Olorum, o ser supremo, já habitava a eternidade. Ele vivia só, e tudo á sua volta era igual, sem diversidade e sem movimento. Acabou se cansando de tanto nada, de tanta mesmice, e decidiu fazer um mundo onde seu olhar pudesse pousar a cada instante numa coisa diferente [...] Olorum criou os orixás e atribuiu a cada um deles um de seus poderes [...] Olorum entregou o saco da criação para Oxalá, seu filho mais velho e disse: ‘vá e crie mas antes faça uma oferenda a Exu que ele te ajudará na criação do mundo’. Como Oxalá se esqueceu de Exu, este lhe preparou três incidentes: primeiro fez Oxalá cair e sujar as vestes na lama da estrada [...]; mais adiante Oxalá tropeçou numa cabaça de azeite de dendê, e de novo sua roupa teve que ser substituída. [...] na terceira vez, foi com carvão que Oxalá se sujou. E lá foi ele de novo se trocar [...] Odudua, outro irmão de Oxalá, resolveu tirar proveito da situação [...] e foi se aconselhar com seu irmão Ifá. [...] Ifá jogou seus dezesseis búzios mágicos no chão e disse a Odudua que suas pretensões poderiam se concretizar. Antes de mais nada deveria oferecer a Exu [...] Oxalá parou sob um dendezeiro e com seu cajado fez um furo no caule da palmeira [...] Oxalá bebeu do vinho-de-palma até matar a sede, mas a bebida lhe deu muito sono. Ali mesmo, na estrada, Oxalá adormeceu, embriagado [...] Odudua pegou o saco da Criação e foi no local adequado. Lá ele tirou do saco da Criação um punhado de terra que atirou sobre as águas [...] Em seguida soltou a galinha de pés de cinco dedos, e ela se pós a ciscar, espalhando por todos os lados a terra do montículo. Uma grande superfície sólida foi se formando sobre os pés da galinha. [...] Oxalá acordou e viu que o mundo já existia, então voltou a casa de Olorum que o repreendeu: ‘nunca mais beberá vinho-de-palma [...] ainda falta o mais importante no mundo. Eu pus na sua cabeça a semente de uma ideia que não pus no saco da Criação’. Olorum mandou Exu acompanhar Oxalá. [...] Oxalá depositara na primeira encruzilhada presentes para Exu. [...] Com as próprias mãos, Oxalá amassou o barro e com ele modelou os bonecos aos quais deu a vida com o sopro de Olorum, transformando-os em seres humanos.

Mito do surgimento do mundo para os Yanomami (contada por Davi Kopenawa, 2015, um indígena): “[...] no começo, Omama e seu irmão Yosi vieram à existência sozinhos. [...] Então, foi a vez de Omama vir a existir e recriar a floresta, pois a que havia antes era frágil. Virava outra sem parar, até que, finalmente, o céu desabou sobre eles. Seus habitantes foram arremessados para debaixo da terra [...] Por isso Omama teve de criar uma nova floresta, mais sólida, cujo nome é Hutukara. [...] Depois, para evitar que desabasse, plantou nas suas profundezas imensas peças de metal, com as quais também fixou os pés do céu. Mais tarde, com o metal que ficou, depois de fazer com que ficasse inofensivo, Omama também fabricou as primeiras ferramentas de nossos ancestrais. [...] Também desenhou o primeiro sol, para nos dar luz. Mas era por demais ardente e ele teve de rejeitá-lo, destruindo sua imagem. Então, criou aquele que vemos até hoje no céu, bem como as nuvens e a chuva, para poder interpô-los quando esquenta demais. Isso ouvi os antigos contarem. Omama criou também as árvores e as plantas, espalhando no solo, por toda parte, as sementes de seus frutos. [...] Certo dia, Omama trabalhava em sua roça com o filho, que começou a chorar de sede. Para matar-lhe a sede, ele perfurou o solo com uma barra de metal. Quando a tirou da terra, a água começou a jorrar violentamente em direção ao céu e jogou para longe o menino que se aproximara para bebê-la. [...] No início, nenhum ser humano vivia ali. Omama e seu irmão Yoasi viviam sozinhos. Nenhuma mulher existia ainda. [...] Nós saímos, mais tarde, da esposa de Omama, Thuëyoma, a mulher que ele tirou da água. [...] O sol e a lua têm imagens que só os xamãs são capazes de fazer descer e dançar. Elas têm a aparência de humanos, como nós, mas os brancos não são capazes de conhecê-las.

Mito do nascimento dos seres (contado por Platão, séc. IV a.C., 1980): “Houve um tempo em que só havia deuses, sem que ainda existissem criaturas mortais. Quando chegou o momento determinado pelo Destino, para que estas fossem criadas, os deuses as plasmaram nas entranhas da terra, utilizando-se de uma mistura de ferro e de fogo, acrescida dos elementos que o fogo e à terra se associam. Ao chegar o tempo certo de tirá-los para a luz, incumbiram Prometeu e Epimeteu de provê-los do necessário e de conferir-lhes as qualidades adequadas a cada um. Epimeteu, porém, pediu a Prometeu que deixasse a seu cargo a distribuição. Depois de concluída, disse ele, farás a revisão final. Tendo alcançado o seu assentimento, passou a executar o plano. Nessa tarefa, a alguns ele atribuiu força sem velocidade, dotando de velocidade os mais fracos, a outros deu armas; para os que deixara com natureza desarmada, imaginou diferentes meios de preservação [...] Destarte agiu com todos, aplicando sempre o critério de compensação. Tomou essas precauções, para evitar que alguma espécie viesse a desaparecer. Depois de haver providenciado para que não se destruíssem reciprocamente [...] De seguida, determinou para todos eles alimentos variados, de acordo com a constituição de cada um: a estes, erva do solo; a outros, frutos das árvores; a terceiros, raízes, e a alguns, ainda, até mesmo outros animais como alimento, limitando porém, a capacidade de reprodução daqueles, ao mesmo tempo que deixava prolíficas suas vítimas, para assegurar a conservação da espécie. [...] Prometeu para inspecionar a divisão e verificou que os animais se achavam regularmente providos de tudo; somente o homem se encontrava nu, sem calçados, nem coberturas, nem armas [...] Prometeu para assegurar ao homem a salvação, roubou de Hefesto e de Atena a sabedoria das artes juntamente como fogo e os deu ao homem. [...] o homem, em virtude de sua afinidade com os deuses, o único dentre os animais a crer na existência deles, tendo logo passado a levantar altares e a fabricar imagens dos deuses. Não demorou, e começaram a coordenar os sons e as palavras, a engenhar casas, vestes, calçados e leitos, e a procurar na terra os alimentos. [...] quando se juntavam, justamente por carecerem da arte política, causavam-se danos recíprocos, com o que voltavam a dispersar-se e a serem destruídos como antes. Preocupado Zeus com o futuro de nossa geração, não viesse ela a desaparecer de todo, mandou que Hermes levasse aos homens o pudor e a justiça, como princípio ordenador das cidades e laço de aproximação entre os homens”.

Uma história sobre o xiãwn (recontada pelos Ofaié a partir de Darcy Ribeiro, 2021): “Tinha uma itxiateié (velha). Ela era a xiãwnteié (mãe do fogo). Todos queriam o xiãwn (fogo) porque no inverno todos passavam muito frio e, também porque sabiam que o xiãwn tinha outras utilidades. Então eles se juntaram para tomar o tição da itxiateié. [...] o chefe dos tikãnhé mandou o känawra (tatu) tomar o xiãwn da itxiateié. O känawra deitou-se. Depois ele começou a coçar a itxiateié para ela dormir. [...] Aí o känawra pegou o tição e saiu correndo. Mas a itxiareié acordou, assoviou alto para seu filho que era uma ohti (onça) muito ágil. Aquela ohti pegou o rastro do känawra, saiu correndo atrás dele e, facilmente tomou o tição. [...] esta história é muito comprida, porque foi lá roubar o xiãwn, tudo quanto foi tikã: a fwitaié, o kregrai, o häto, tudo. Mas ninguém podia com a ohti. Por incrível que pareça, quem conseguiu pegar o xiãwn foi um bichinho atoa. Foi o weõe (preá). [...] quando ele chegou lá, foi diretamente ao assunto: ‘bom dia vó! Como vai por aqui? Eu já vim para levar este xiãwn’. E foi pegando o tição e foi amarrando no pescoço [...] o weõe deu uma volta, passou por trás da ohti e foi cortando o mato por outro caminho. [...] (depois de dias a ohti encontrou o weõe e então conversaram como amigos). A ohti ensinou tudo, até fazer xiãwn quando acabasse o tição. Ela falou: ‘você mesmo pode fazer xiãwn. É só pegar um pauzinho bem seco e esfrega-lo com a mão em cima de outro pau, esfrega bastante que sai xiãwn”.

Análises dos mitos:

1.    Escolha um mito e com suas palavras descreva os principais acontecimentos;

2.    Imagine e escreva, a partir do mito escolhido, o que aconteceu antes e depois do acontecimento principal;

3.    Quem é o eu lírico do mito? Quem viu ou ouviu o mito que está sendo contado?

4.    Quem são os personagens e como eles se relacionam?

5.    Que elemento da natureza é apresentado no mito? Qual a importância desse elemento hoje? Como as pessoas na nossa época se relaciona com esse elemento?

6.    Qual o princípio ou os princípios que estão por trás do mito?

7.    Quais frases genéricas podemos fazer a partir do mito?

8.    Que perguntas podemos fazer para o mito?

9.    Escolha outro mito e faça a sequencia de 1 a 7, depois compare-os.