desculpem a demora...
Filosofia antiga no Enem e unicamp
2015
QUESTÃO 21 Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
QUESTÃO 21 Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma
importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia
central, do ponto de vista filosófico evidencia:
A caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.
B sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
D sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
E teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
A caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.
B sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
D sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
E teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
QUESTÃO 42
A utilidade do escravo é semelhante à do animal. Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como
A indicador da imagem do homem no estado de natureza.
B condição necessária para a realização da virtude humana.
C atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.
D referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.
E mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.
A utilidade do escravo é semelhante à do animal. Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como
A indicador da imagem do homem no estado de natureza.
B condição necessária para a realização da virtude humana.
C atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.
D referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.
E mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.
QUESTÃO 13
Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS, J. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista trasimaco, personagem imortalizado no dialogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
A determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
B verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
C mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
D convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
E sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS, J. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista trasimaco, personagem imortalizado no dialogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
A determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
B verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
C mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
D convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
E sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
QUESTÃO 34
A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com
a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo
necessário deter-nos nela e levá-la a
sério? Sim, e por três rações: em primeiro lugar, porque essa proposição
enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em
estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE, F.
Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da
filosofia entre os gregos?
A o impulso para
transformar os elementos sensíveis em verdades racionais.
B O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres
e das coisas.
C A necessidade de buscar, de forma racional, a causa
primeira das coisas existentes.
D A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças
entre as coisas.
E a tentativa de
justificar a partir de elementos empíricos, o que existe no real.
2012
QUESTÃO 25
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que
o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente,
a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e
Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um
aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De
acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
A Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
B Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a
eles.
C Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação
são inseparáveis.
D Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a
sensação não.
E Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é
superior à razão.
QUESTÃO 28
Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário
de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua
descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e,
ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada,
transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transformase em
pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro:
PUC-Rio, 2006 (adaptado).
Texto II
Basílio Magno,
filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em
face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os
quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os
Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de
quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.” GILSON, E.; BOEHNER, P. História
da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos
tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a
partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego
antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação
teorias que
A eram baseadas nas ciências da natureza.
B refutavam as teorias de filósofos da religião.
C tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
D postulavam um princípio originário para o mundo.
E defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
QUESTÃO 27
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais
aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na
inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a
melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos
estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a
identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes
atributos, Aristóteles a identifica como
A busca por bens materiais e títulos de nobreza.
B plenitude espiritual e ascese pessoal.
C finalidade das ações e condutas humanas.
D conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
Unicamp 2013
QUESTÃO 1
A sabedoria de
Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto
de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de
Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio
dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à
conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria
ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) aquele que se
reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios
do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos
dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia
é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante
dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
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