6 aula: 14/06/2017
olá a todos
desculpe pela demora ...
sobre a filosofia moderna duas coias são importantes: a organização política (a criação dos Estados Nacionais) e a criação da ciência experimental moderna (a física, o método)
segue as questões dos vestibulares
tentem responder as seguintes perguntas: 1) qual é a pergunta?; 2) o que o examinador acha que você precisava saber?
Questão
1 - Enem 2016 QUESTÃO 41
Ser
moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria,
crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor — mas ao
mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que
somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras
geográficas e raciais, de classe e nacionalidade nesse sentido, pode-se dizer
que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma
unidade de desunidade. BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da
modernidade. São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).
O
texto apresenta uma interpretação da modernidade que a caracteriza como um(a)
A dinâmica social
contraditória.
B interação
coletiva harmônica.
C fenômeno
econômico estável.
D sistema
internacional decadente.
E processo
histórico homogeneizador.
Questão
2 - Enem 2016 QUESTÃO 20
Nunca
nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as
demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver
toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os
raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o
que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências,
mas histórias. DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo:
Martins Fontes, 1999. Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o
conhecimento, de modo crítico, como resultado da
A investigação de
natureza empírica.
B retomada da
tradição intelectual.
C imposição de
valores ortodoxos.
D autonomia do
sujeito pensante.
E liberdade do
agente moral.
Questão
3 - Enem 2015 QUESTÃO
26
A natureza fez os homens tão
iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se
encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo
do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a
diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um
deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente
aspirar. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Para Hobbes,
antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo
objeto, eles
A entravam em conflito.
B recorriam aos clérigos.
C consultavam os anciãos.
D apelavam aos governantes.
E exerciam a solidariedade.
Questão
5 - Enem 2013 QUESTÃO 04
TEXTO I - Há já algum tempo eu me
apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal
assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente,
uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera
crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e
inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofa. São
Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II - É o caráter radical do
que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo
o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí
terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente
nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA,
F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001
(adaptado). A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para
viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se:
A retomar o método da tradição
para edificar a ciência com legitimidade.
B questionar de forma ampla e
profunda as antigas ideias e concepções.
C investigar os conteúdos da
consciência dos homens menos esclarecidos.
D buscar uma via para eliminar da
memória saberes antigos e ultrapassados.
E encontrar ideias e pensamentos
evidentes que dispensam ser questionados.
Questão
6 - Enem 2013 QUESTÃO 10
Nasce daqui uma questão: se vale
mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas
seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser
temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode
dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e
ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o
sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está
longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de
Janeiro: Bertrand, 1991. A partir da análise histórica do comportamento humano
em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:
A munido de virtude, com
disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
B possuidor de fortuna,
valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
C guiado por interesses, de modo
que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
D naturalmente racional, vivendo
em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
E sociável por natureza, mantendo
relações pacíficas com seus pares.
Questão
7 - Enem 2013 QUESTÃO
30
TEXTO I -
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência
nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R.
Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II - Sempre
que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem
nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta
suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial,
isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o
entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos
os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação
dos excertos permite assumir que Descartes e Hume:
A defendem os
sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.
B entendem que é
desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e
crítica.
C são legítimos
representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
D concordam que
conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.
E atribuem
diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
Questão
8 - Enem 2013 QUESTÃO
31
Não ignoro a
opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por
Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às
grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à
conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso
livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos
atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL,
N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe,
Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o
autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo
renascentista ao:
A valorizar a
interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
B rejeitar a
intervenção do acaso nos processos políticos.
C afirmar a confiança
na razão autônoma como fundamento da ação humana.
D romper com a
tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
E redefinir a ação
política com base na unidade entre fé e razão.
Questão
9
- Unicamp 2016 QUESTÃO 56
Quanto
seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com
integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela
experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas,
mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia,
transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um
príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe
torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir. (Nicolau
Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p.73-85.) A
partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:
a) O
jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas
da política moderna explicitadas por Maquiavel.
b) A
prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de
estar de acordo com os princípios da fé.
c) Os
princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem
do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.
d) A
questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso,
ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.
Questão
10 - Unicamp 2015 QUESTÃO 50
A
maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova
de que não é inato. (John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.) O empirismo, corrente filosófica da qual
Locke fazia parte,
a)
afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da
experiência.
b) é
uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.
c)
aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias
inatas.
d)
defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
Questão
11 - Unicamp 2015 QUESTÃO 54
A
igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam
uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência
americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei
inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de
1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos
direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos
ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.
(Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos direitos humanos: uma história.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.) Assinale a alternativa correta.
a) A
prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos
EUA e assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.
b) A
lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os
privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais
como procedimento jurídico.
c) No
contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos
tradicionais da nobreza.
d) Os
direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros,
significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem
prevalecer os princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os
humanos.
Questão
12 - Unicamp 2014 QUESTÃO 9
A
dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico
moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão
provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião.
A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. (Adaptado de
Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo,
1970, p. 11.) A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A
Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos
equivalentes.
b) A
dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e
dispensar o rigor metodológico.
c) O
espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e
verdades são coincidentes.
d) A
dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do
pensamento filosófico moderno.
Questão
13 - Unicamp 2012 QUESTÃO 32
De uma
forma inteiramente inédita, os humanistas, entre os séculos XV e XVI, criaram
uma nova forma de entender a realidade. Magia e ciência, poesia e filosofia
misturavam-se e auxiliavam-se, numa sociedade atravessada por inquietações
religiosas e por exigências práticas de todo gênero. (Adaptado de Eugenio
Garin, Ciência e vida civil no Renascimento italiano. São Paulo: Ed.
Unesp, 1994, p. 11.) Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) O
pensamento humanista implicava a total recusa da existência de Deus nas artes e
na ciência, o que libertava o homem para conhecer a natureza e a sociedade.
b) A
mistura de conhecimentos das mais diferentes origens - como a magia e a ciência
- levou a uma instabilidade imprevisível, que lançou a Europa numa onda de
obscurantismo que apenas o Iluminismo pôde reverter.
c) As
transformações artísticas e políticas do Renascimento incluíram a inspiração
nos ideais da Antiguidade Clássica na pintura, na arquitetura e na escultura.
d) As
inquietações religiosas vividas principalmente ao longo do século XVI
culminaram nas Reformas Calvinista, Luterana, Anglicana e finalmente no
movimento da Contrarreforma, que defendeu a fé protestante contra seus
inimigos.
TEXTO
PARA AS QUESTÕES 34 E 35
“O
homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor
dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social,
porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá
sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade.
Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e
não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um
povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma
associação; nela não existe bem público, nem corpo político.” (Jean-Jacques
Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p.
28,36.)
Questão
14 - Unicamp 2012 QUESTÃO 34
No
trecho apresentado, o autor:
a)
argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados
em estado de igualdade política.
b)
reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais.
c)
defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus
direitos políticos.
d)
denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens
a se submeterem a um único senhor.
Questão
15 - Unicamp 2012 QUESTÃO 35
Sobre Do
Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto afirmar que:
a)
Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, defende a necessidade de o
Estado francês substituir os impostos por contratos comerciais com os cidadãos.
b) A
obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao explicar o nascimento da
sociedade pelo contrato social e pregar a soberania do povo.
c)
Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para
assim garantir a sobrevivência da sociedade.
d) O
livro, inspirado pelos acontecimentos da Independência Americana, chegou a ser
proibido e queimado em solo francês.