quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A maiêutica socrática (teste IF de boituva)

Aula teste do instituto Federal Boituva para vaga de professor substituto de Filosofia: Edital nº 794 de 13 de novembro de 2017.
Candidato: Robson Gabioneta
Tema escolhido: A maiêutica socrática
Objetivo:
1. Identificar dois aspectos da maiêutica socrática: o não saber de Sócrates e a união de teorias (Teeteto, Protágoras e Heráclito)
2. Aplicar a maiêutica em pesquisa sobre ciências da nossa época
Aluno: 1 ano do ensino médio técnico
Competências / Habilidades:
1.    Identificar o não saber de Sócrates
2.    Identificar como Sócrates uni teorias de Teeteto, Protágoras e Heráclito
3.    Aplicar o não saber de Sócrates em teorias da nossa época
4.    Unir teorias da nossa época
Recursos didáticos: Os recursos didáticos utilizados serão: lousa, computador, data show e texto produzido pelo concorrente disponibilizado no blog.[1]
Tempo: 15 minutos.
Conteúdo[2]
No diálogo Teeteto de Platão, na página 151e, Teeteto dá duas definições de conhecimento:
Quem sabe alguma coisa sente o que sabe
Conhecimento não é mais do que sensação
O primeiro procedimento de Sócrates (apontado no primeiro objetivo) é modificar essas definições:
Conhecimento é sensação
O segundo procedimento de Sócrates é unir a outras teorias, a primeira é de Protágoras:
O homem é a medida de todas as coisas
Assim, somando os dois:
O homem é a medida de todas as coisas + Conhecimento é sensação
= Aquilo que Sócrates e Teeteto sentem, pois são homens, como o frio do vento ou o não frio, são os conhecimentos que eles possuem.

Isso foi o primeiro objetivo, mostrar como Sócrates, não sabendo nada, mas modificando e somando a teoria de Teeteto com a de Protágoras, ajudou a Teeteto a produzir um saber que na continuidade do diálogo será investigada. O segundo objetivo é usar essa técnica para ciências de nossa época[3]:
Os alunos devem fazer grupos de 2 a 4 pessoas e fazer o seguinte:
1.    Escolher uma ciência (ou disciplina escolar);
2.    Quais as definições de conhecimento desta ciência (pode-se consultar livros, internet e/ou pessoas);
3.    Faça como Sócrates, modifique as definições e una-as.
Exemplo 1: Alunos que ao pesquisar a pedagogia poderiam chegar as seguintes definições:
O ser humano é capaz de aprender tudo + os professores ajudam no aprendizado
= só é possível aprender tudo junto com professores
Exemplo 2: Alunos que ao pesquisar a engenharia de produção poderiam chegar as seguintes definições:
As máquinas são inventadas pelo homem + as máquinas fazem coisas que o homem não consegue fazer
= os homens fazem as máquinas para substituir os homens

Avaliação:
Penso que a avaliação visa verificar o que os alunos entenderam. Assim, tanto professor quanto os alunos são avaliados. No caso a nota corresponde a quanto o grupo conseguiu, com a ajuda do professor, atingir os objetivos da aula.
Se o(a) aluno(a) não concordar peço para ele escolher outro (a) aluno(a), eu também escolho aluno(a), e então, discutimos qual a melhor nota que representa o desempenho daquele aluno(a).

Bibliografia
ARANHA, Maria Lucia Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2016
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14ª ed. São Paulo: Ática, 2010
GABIONETA, Robson. A maiêutica socrática como ‘união’ de teoria no Teeteto. Revista Clássica, v. 28, n.2, p. 35-45, 2015.



[1] http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/08/aula-teste-ifsjbv.html. As seleções dos vídeos estão indicadas na bibliografia.
[2] Parto do pressuposto de que a filosofia tem que ser apresentada e discutida a partir da nossa realidade, a partir disso, selecionamos os trechos e formulamos algumas perguntas.

[3] Essa aula pode ser vista em: http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2016/02/3-ano-porto-seguro-ciencia.html

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

7 aula – filosofia moderna sec.XVIII-XIX

7 aula – filosofia moderna sec.XVIII-XIX
Montesquieu – 1689-1755
Divisão do poderes: executivo, legislativo, judiciário.
p.328 David Hume (1711 – 1776).
Vai continuar a discussão sobre propriedade de Locke. Discute a criação das instituições: a estabilidade da posse; a transferência por consentimento; realização dos contratos.
Port. P. 355. Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Rousseau pertence a classe dos pequenos proprietários de terras rurais, também por isso irá criticar a revolução industrial e a cidade grande.
As ciências e as artes traz o vício, por isso é preciso voltar as virtudes guerreiras (como a frente defenderá Nietzsche). Diferente de Smith, a desigualdade é fruto de um processo histórico, onde alguns desfrutam do prejuízo de outros.
Critica o EN de Hobbes pois ele usa categorias da sociedade civil. O homem no EN (o selvagem americano?) é bom moralmente, quer e precisa da paz. Para acabar com o EN os homens criaram as leis.
Todo contrato é revogável e não se pode fazer contrato sobre a vida ou a liberdade, eles não podem ser possuídos. A desigualdade traz as revolução que alimentam ainda mais a desigualdade.
p.362 “o exercício da força pura não tem continuidade a longo prazo e por isso, para ser factível, “a força deve transformar-se em direito e a obediência em dever”. “quanto mais as intenções se aproximam da unanimidade, mais também a vontade geral é dominante”. Os homens fazem contrato em prol da VG e por isso criam instituições. Para tanto, deve se reunir em assembleia em busca do consenso.
Adam Smith (1723-1790)
p.346 os ricos agindo por amor próprio, promovem o bem da sociedade ampliando o mercado, assim, basta que as instituições (o Estado) regule o mercado (protegendo a propriedade e o contrato). Desse modo ocorrerá na sociedade, tal como acontece com todo corpo físico, o MUH (movimento uniformemente Harmónico). No Estado de Natureza não há: divisão do trabalho, propriedade e contrato. Ou seja, cada homem produz para si. O preço natural dos produtos vem do: salário, renda e lucro.
Para Smith o Estado deve estar a serviço da burguesia (comerciantes), além disso deve usar o exército contra as revoltas populares. É preciso acabar com a escravidão e deixar as pessoas serem responsáveis por si próprias. Os escravos são caros.
p. 369 Kant (1724-1804)
Kant e Fiche serão contrários a burguesia inglesa e seus pensadores.
Etapas da sua obra: 1. Racionalista; 2.empirista; 3. Critica; 4. Completa a anterior com a critica do juízo.
Para kant o homem procura as leis a partir de sua finalidade e ao fazer isso para si próprio, está fazendo sua moral. Sendo o homem o único animal que faz isso, ele é a finalidade do universo.
Kant justifica o sofrimento da humanidade em favor do progresso (ciência, arte). Propõe a paz perpetua pois só nela pode-se propor uma moralidade fixa, e não no EN.
Kant acredita que o comercio é feito em paz e induz a comunicação amigável, Dussel porém lembra (nota 1103) que as guerras do sec. XVIII e XIX (e também XX e XXI) são feitas justamente para manter um comercio desigual.
Metafísica em kant é a ciência do a priori, dos conceitos puros.
O EN não é um estado injusto, é um Estado sem direito, portanto sem filosofia. O Estado é a união da multidão em torno da lei que vem da vontade geral. Só é cidadão quem é independente, excluindo assim, a mulher, o servo e o trabalhador.
p. 396. Fichte (1772-1814)
pensa que é preciso proteger os mercados internos da Alemanha contra o capitalismo Inglês, por isso é preciso organizá-lo. O livre comércio impede que países menos desenvolvidos desenvolvam sua tecnologia pois não precisa buscar o conhecimento. Ele é contra a competição desigual.
Há duas classes (de pessoas) fundamentais: 1. A que cuida da extração de produtos naturais; 2. A que manipula esses produtos. Outras classes: comerciantes, professores, militares, governo.
F.G. Schelling (1775-1854)
Schelling diz que kant e Fichte se esqueceram da natureza. Momentos políticos: 1. Revolução do povo; 2. Gênio do artista; 3. O estado deve garantir a cultura e não o comercio.
Hegel (1770-1831)
Dussel classifica Hegel como aquele que mais representa a modernidade europeia vinda da revolução industrial. Inventou a história mundial europeia com a sequencia: grecia, roma, cristianismo (sem o oriente). A vida é tema do jovem Hegel, porém ela aparece nas obras de maturidade de maneira tímida.
p.404. a morte dos progenitores é o começo do estado. O primeiro ethos é a família com o homem como chefe. Nota 1182. A identidade precisa da guerra, da luta com o outro. Na posse surge a primeira determinação, finaliza no produto, na fabricação e se aliena na venda, sendo superada pelo contrato.
Hegel diferencia as classes pelo: trabalho, consumo, cultura, ética.
Há três esferas: 1. A material, da necessidade; 2. A esfera formal, do direito; 3. A esfera estratégica.
401-411. Hegel viu a contradição do capitalismo: a riqueza traz (gera) a pobreza, com o rico ficando cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre.[1] Então Hegel identifica duas soluções: polícia contra as revoltas e colonialismo, jogando a contradição para outro lugar. Desse modo o Estado precisa convencer aqueles que são operários na metrópole a ser aristocrata na colônia (é a eterna busca do butim de guerra).
Negações de Hegel: 1. O povo é indeterminado e por isso sem razão; 2. Os ‘heróis’ fundadores do Estado estão aquém (antes) do direito por isso não precisam estar sujeitados a ele. Além disso os outros povos, por não ter Estado, são dependentes daqueles que tem.
Para Hegel, o Estado (não absolutista) precisa ter duas preocupações, interna (seu povo) e externa. O Estado é divinizado, é a estrutura política máxima, é a última, a mais acabada. Por isso, os países capitalistas são “os missionários da civilização em todo o mundo”, é o espirito universal que engloba os espíritos particulares.
419. Marx (1818-1883)
Interessa-se por política, mas suas maior contribuição foi na economia. Critica a associação entre o Estado e o Cristianismo, como se o estado fosse a manifestação de deus, por isso, marx propõe a secularização da política.
A partir da modernidade o sujeito é livre para ser individual e assim, pelo seu trabalho, pode criar a sua cultura, religião, política, sociabilidade.
A totalidade é a ordem vigente. No capitalismo há uma despolitização do povo e uma superpolitização do Estado.
Marx, no manifesto comunista, explicita rapidamente o surgimento do Estado Burguês: navegação, colonização, comercio, produção, organização administrativa.
p.429, nota 1281. Assim como marx, dussel diz que o objetivo de sua teoria é a libertação dos oprimidos, isto é, fazer justiça. Para tanto, os oprimidos precisam se organizar-se enquanto povo para assim agir politicamente.





[1] Eis que na américa do sul, brasil, Bahia, umas meninas dizem: https://www.letras.mus.br/as-meninas/44262/.

cont. 6 aula - Filosofia moderna – sec.XV-XVII

Filosofia moderna – sec.XV-XVII
Maquiavel (1469-1527)
Maquiavel pretende estudar as causas da instabilidade, da falta de governabilidade dos governos das cidades renascentistas italianas...
E virtu é o carisma político
Dussel p.189. se a virtù é esse fazer-se digno da admiração do povo por sua “astúcia afortunada”, não somente ser amado, mas, também, não ser odiado, o ator carismático deverá cuidar de sua “imagem mítica” diante do povo e dos grandes de dentro e diante dos inimigos de fora.
Ginès de Sepúlveda (1489-1573)
Dussel p.208. O “pai” da filosofia política moderna: Ginès de Sepúlveda (nasceu em 1489, traduziu a política de Aristóteles, apoiou a colonização na américa contra Frei Bartolomé de las Casas, falecido em 1573).
Eis o silogismo será tautológico e autorreferente: A. nos temos regras da razão; b. o outro não tem nossas regras, logo ele é bárbaro; c. o bárbaro não tem direitos e é um perigo para nossa civilização; d. o perigo deve ser eliminado.
Francisco Suárez (1548-1617) - Dussel p.233.
“eu tenho consciência de estar consciente”. A obra Disputationes Metaphysicae teve dezenove edições entre 1597 e 1751, incluenciando Descartes, Spinoza, Leibniz, Vico, Christian Wolff, kant, Shopenhauer, Heidegger, entre outros.
Por natureza, todos os seres humanos nascem livres [mas em comunidade], e por isso, ninguém tem jurisdição política sobre o outro (De legibus, III, 3, p.3)
247. em primeiro lugar o poder.... reside no povo ou comunidade, que o recebe do Criador....
Por natureza, todos os seres humanos nascem livres [mas em comunidade], e por isso, ninguém tem jurisdição política sobre o outro (De legibus, III, 3, p.3)
Dussel diz que o primeiro consenso é a noção de pertencimento a uma comunidade política.
249. nota 662. ... o segundo ato consensual de transferir o poder originário, condicionadamente, a uma autoridade particular...
Dussel apresenta a argumentação de Las Casas: 1. Os portugueses roubam quem não estava em guerra contra eles; 2. Tratam-no como mercadoria; 3. Pregam o cristianismo como se fossem cristãos
Thomas Hobbes (1588-1679)
- estado de natureza: anterior ao pecado original:
No estado de natureza, todos os homens tem o desejo e a vontade de fazer dano... no estado de natureza, o benefício [próprio] é a medida do direito. (Hobbes, 2000, de cive, cap. 1, p.4) [para conservação da própria vida].
- no EM, sem um poder, há guerra de todos contra todos
... durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum que os atemorize a todos, se encontram na condição ou estado que se denomina guerra; uma guerra tal que é a de todos contra todos. (leviatã, parte I, cap.13,8;1998, p.102)
Dussel diz que hobbes usa os conceitos da física da sua época para caracterizar o ser humano: “cada ser humano é como uma mônada (um móvel newtoniano com força que se move por inércia) que, ao mover-se, pode ser atraída por outros móveis, chocar-se contra eles ou sofrer repulsão de outros.
280-281. etapas da a sociedade civil:
1.       Cada indivíduo exerce, transfere ou renuncia ao poder
2.       Todos (menos o rei) devem tender à paz. Mas, para alcança-la, devem negar-se a si mesmos.
3.       A restrição que o indivíduo se impõe a si mesmo aparece como uma transferência, enquanto a renúncia se deposita na vontade de outro eleito, o soberano (o rei). Dussel completa dizendo que essa transferência é negativa, é um negar-se, não oferecer resistência.
Port. P.310. Looke (1632-1704)
Atuou na revolução inglesa. Foi o teórico da elite vencedora. Justificou a pirataria. Só são iguais os homens que: 1. Tem propriedade; 2. Não trabalham; 3. Não são escravos. Justifica que o trabalho deve ser vendido como propriedade. Dussel, usando Marx, critica essa formulação.
“Deus deu o mundo aos homens em comum” (Locke, 1960, §34, p.29). e, agora, a exceção: “podem, apesar de tudo, encontrar-se ainda grande extensões de terras cujos habitantes não se uniram ao resto do gênero humano [leia-se: o liberal burguês inglês] no acordo para o emprego do dinheiro comum e que permanecem incultas”. Ocupar estas terras, então, não é usurpar o direito de ninguém, já que estavam “vazias”, “não cultivadas”.
268... a Europa se impôs ... pela violência das armas. Mas, isto não se pode aceitar publicamente numa sociedade “civilizada” europeia ... era preciso dar-lhe uma “aparência” moral.
Silogismo totalitário:
1.       No estado de natureza todos são iguais e livres
2.       Quem não cumpri isso é fora da lei e inimigo. Nasce o estado de guerra
3.       O juiz só existe no estado civil e não entre as nações
4.       Só deus pode julgar a injustiça ou o ódio que uma nação tem contra outra.
5.       O vencedor tem direito de ser despótico para com o vencido e cobrar as perdas e o ressarcimento
Spinoza (1632-1677)
A peregrinação que a  família de Spinoza  sofreu por ser judia deu o mote para suas investigações. Ele iniciou algo que séculos depois Shleiermacher chamou de Hermenêutica. Defendeu que tudo é vida. Diz também que o mercado  é o que funda a sociedade e que para a sua existência é preciso que o Estado garanta os contratos.


quarta-feira, 28 de junho de 2017

6 - aula: questões sobre filosofia moderna

6 aula: 14/06/2017
olá a todos
desculpe pela demora ...
sobre a filosofia moderna duas coias são importantes: a organização política (a criação dos Estados Nacionais) e a criação da ciência experimental moderna (a física, o método)

segue as questões dos vestibulares
tentem responder as seguintes perguntas: 1) qual é a pergunta?; 2) o que o examinador acha que você precisava saber?

Questão 1 - Enem 2016 QUESTÃO 41
Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade. BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).
O texto apresenta uma interpretação da modernidade que a caracteriza como um(a)
A dinâmica social contraditória.
B interação coletiva harmônica.
C fenômeno econômico estável.
D sistema internacional decadente.
E processo histórico homogeneizador.

Questão 2 - Enem 2016 QUESTÃO 20
Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias. DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da
A investigação de natureza empírica.
B retomada da tradição intelectual.
C imposição de valores ortodoxos.
D autonomia do sujeito pensante.
E liberdade do agente moral.

Questão 3 - Enem 2015 QUESTÃO 26
A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles
A entravam em conflito.
B recorriam aos clérigos.
C consultavam os anciãos.
D apelavam aos governantes.
E exerciam a solidariedade.
Questão 5 - Enem 2013 QUESTÃO 04
TEXTO I - Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofa. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II - É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se:
A retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
B questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
C investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
D buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
E encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
Questão 6 - Enem 2013 QUESTÃO 10
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:
A munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
B possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
C guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
D naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
E sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
Questão 7 - Enem 2013 QUESTÃO 30
TEXTO I - Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II - Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume:
A defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.
B entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
C são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
D concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.
E atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.

Questão 8 - Enem 2013 QUESTÃO 31
Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:
A valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
B rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
D romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
E redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

Questão 9  - Unicamp 2016 QUESTÃO 56
Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir. (Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p.73-85.) A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:
a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da política moderna explicitadas por Maquiavel.
b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé.
c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.
d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.


Questão 10 - Unicamp 2015 QUESTÃO 50
A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato. (John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.) O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.

Questão 11 - Unicamp 2015 QUESTÃO 54
A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros. (Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.) Assinale a alternativa correta.
a) A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.
b) A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais como procedimento jurídico.
c) No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da nobreza.
d) Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros, significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.

Questão 12 - Unicamp 2014 QUESTÃO 9
A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico.
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes.
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno.

Questão 13 - Unicamp 2012 QUESTÃO 32
De uma forma inteiramente inédita, os humanistas, entre os séculos XV e XVI, criaram uma nova forma de entender a realidade. Magia e ciência, poesia e filosofia misturavam-se e auxiliavam-se, numa sociedade atravessada por inquietações religiosas e por exigências práticas de todo gênero. (Adaptado de Eugenio Garin, Ciência e vida civil no Renascimento italiano. São Paulo: Ed. Unesp, 1994, p. 11.) Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) O pensamento humanista implicava a total recusa da existência de Deus nas artes e na ciência, o que libertava o homem para conhecer a natureza e a sociedade.
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes origens - como a magia e a ciência - levou a uma instabilidade imprevisível, que lançou a Europa numa onda de obscurantismo que apenas o Iluminismo pôde reverter.
c) As transformações artísticas e políticas do Renascimento incluíram a inspiração nos ideais da Antiguidade Clássica na pintura, na arquitetura e na escultura.
d) As inquietações religiosas vividas principalmente ao longo do século XVI culminaram nas Reformas Calvinista, Luterana, Anglicana e finalmente no movimento da Contrarreforma, que defendeu a fé protestante contra seus inimigos.

TEXTO PARA AS QUESTÕES 34 E 35
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.” (Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)

Questão 14 - Unicamp 2012 QUESTÃO 34
No trecho apresentado, o autor:
a) argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados em estado de igualdade política.
b) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais.
c) defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus direitos políticos.
d) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens a se submeterem a um único senhor.

Questão 15 - Unicamp 2012 QUESTÃO 35
Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto afirmar que:
a) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, defende a necessidade de o Estado francês substituir os impostos por contratos comerciais com os cidadãos.
b) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao explicar o nascimento da sociedade pelo contrato social e pregar a soberania do povo.
c) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para assim garantir a sobrevivência da sociedade.

d) O livro, inspirado pelos acontecimentos da Independência Americana, chegou a ser proibido e queimado em solo francês.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

cont. 5 aula - Agostinho e Tomas

Santo agostinho – reali
p.88
Reali diz que santo agostinho interliga de tal modo a fé e a inteligência (razão), que depois dele, um não pode existir sem o outro. Agostinho tira esse pensamento de Isaías 7,9 onde se lê: “se não tiverdes fé, [R1] não podereis entender”.
Frase de agostinho que sintetiza uma posição da igreja “ninguém pode atravessar o mar do século se não for carregado pela cruz de Cristo”. [R2] 
p.89 – “eu próprio sou um problema para mim”. Reali interpreta isso como o inicio da subjetividade moderna, a questão do indivíduo.
p.90. “não busques fora de ti; entra em ti mesmo. A verdade está no homem interior....” ... se eu duvido, precisamente por poder duvidar, existo e estou certo de pensar.... agostinho sem dúvida antecipa o cartesiano cogito, ergo, sum...
Cognição:
a)        Na sensação o corpo é passivo, ao passo que a alma é ativa
b)        A sensação é mutável, mas o julgamento da razão não (ética, estética, matemática)
c)         A verdade é superior a alma humana que também é mutável
d)        Também diz que a verdade está nas supremas realidades inteligível, como platão, porem, de maneira diferente diz que elas são os pensamentos de deus. Agostinho rejeita a reminicencia. Porém para ‘contemplar’ as ideias é preciso ser santo e puro (como o filósofo na República).
92. Provas da existência de deus:
1.         o mundo é perfeito como seu produtor
2.         “toda a espécie humana confessa que deus é o criador do mundo”
3.         Se há graus de bem, deus é o supremo bem
p.93. trindade
a)        Identidade substancial das três pessoas
b)        Elas são distintas
c)         A imagem de deus, a alma, tem três partes. Por isso, conhecer-se a si mesmo é conhecer a deus.
p.95. criação do mundo. As coisas podem ser geradas:
a)        Por geração, da mesma substancia do criador
b)        Por fabricação, de substancia diferente
c)         A partir do nada absoluto. Essa só deus pode, as outras duas o homem consegue.
p.96. “juntamente com a matéria, deus criou virtualmente todas as possibilidades de sua concretização, infundindo nela, precisamente, as razões seminais [R3] de cada coisa”.
Como a verdade é eterna, a alma é imortal.
p.97. tempo e alma: (não existe passado ou futuro)
a)        Presente do passado = memória
b)        Presente do presente = intuição
c)         Presente do futuro = espera
Problema do mal, deus criou? Não, o mal é privação de deus, do ser.
p.99. “dois amores diversos geram as duas cidades: o amor a si mesmo, levado até o desprezo por Deus, gerou a cidade terrena; o amor a deus, levado até o desprezo por si, gerou a Cidade celeste. Aquela gloria-se de si mesma, esta de deus...”
Sobre a divisão da alma a partir de nicolas Abgnano (p.210-211): “São os três aspectos do homem que se revelam nas três faculdades da alma humana, a memória, a inteligência e a vontade, as quais conjuntamente, e cada uma por si, constituem a vida, a mente e a substância da alma. "Eu, diz Agostinho (De trin., X, 18), recordo por ter memória, inteligência e vontade; entendo por compreender, querer e recordar; e quero querer, recordar e compreendem. E recordo toda a minha memória, toda a inteligência e toda a vontade e do mesmo modo compreendo e quero todas estas três coisas; as quais coincidem plenamente e, não obstante a sua distinção, constituem uma unidade, uma só vida, uma só mente e uma só essência.”






 [R1]A fé é quase um princípio (aristotélico)


 [R2]Ele só esqueceu de falar que essa cruz pertence a igreja e sem a sua autorização ninguém pode ser carregado por cristo.


 [R3]Reali diz que essa teoria foi criada pelos estoicos.

Tomás de Aquino – Reali, p.211
Nasceu em 1221 e morreu 1274
213. a diferença (entre a filosofia e a teologia) está no fato de que a primeira oferece um conhecimento imperfeito daquelas mesmas coisas que a teologia está em condições de esclarecer em seus aspectos e conotações específicas relativos à salvação eterna. A fé melhora a razão assim como a teologia melhora a filosofia[R1] .
p.216. O ente e a essência. O ente é qualquer coisa e pode ser lógico (conceitual) ou real. O universal não é real, porque somente o indivíduo é real. Deus a essência se identifica com seu ser, enquanto que o mundo pode existir ou não, então o ente mundo (e o homem) tem uma essência diferente e inferior a deus.
Dizer que o uno, o verdadeiro e o bom são transcendentais do ser significa dizer que o ser é uno, verdadeiro e bom.
p.219. há entre deus e as criaturas uma relação de semelhança e dessemelhança. Tudo que se predica as criaturas pode se predicar a deus, não do mesmo modo nem com a mesma intensidade. Por isso, sabemos mais aquilo que deus não é do que aquilo que ele é.
p.223-226. Vias ou provas para o conhecimento de deus:
1.    Movimento (alteração de tamanha, de lugar, etc). Tudo que move tem que ser movido por alguém, para que isso não se estenda ao infinito, é preciso um primeiro motor (aristotélico), deus
2.    Causalidade eficiente. Todas as coisas precisam de uma causa, também para que isso não seja infinito é preciso uma causa das causa que não seja causado por nada.
3.    Contingência. Tudo é contingente, nasce, cresce, perece e morre, exceto deus.
4.    Graus de perfeição. Cada coisa tem a sua ‘perfeição’ particular, deve haver algo que seja todo perfeito, deus.
5.    Finalismo. Tudo tende para um fim, para a sua perfeição, há um ser que dirigi isso, deus.
p.227. livre-arbítrio. O homem na terra conhece o mal que não é de deus, mas tem liberdade para querer conhecer e agir conforme deus.

Leis:
1.    A eterna. É a ordem do universo dado por deus
2.    Natural. “se deve fazer o bem e evitar o mal”.
3.    Humana. Ligada a anterior, não reprime todos os vícios, apenas os que são necessários ao bem comum.
4.    Divina. As anteriores não são suficientes para conduzir o homem à bem-aventurança eterna. É a lei revelada, a lei dos evangelhos.
p.231. deus é o ser por essência, as criaturas por participação.
O mal é a desobediência a deus, é rejeição da dependência fundamental em relação ao criador. A raiz do mal está na liberdade.