quarta-feira, 31 de maio de 2017

cont. 5 aula - Agostinho e Tomas

Santo agostinho – reali
p.88
Reali diz que santo agostinho interliga de tal modo a fé e a inteligência (razão), que depois dele, um não pode existir sem o outro. Agostinho tira esse pensamento de Isaías 7,9 onde se lê: “se não tiverdes fé, [R1] não podereis entender”.
Frase de agostinho que sintetiza uma posição da igreja “ninguém pode atravessar o mar do século se não for carregado pela cruz de Cristo”. [R2] 
p.89 – “eu próprio sou um problema para mim”. Reali interpreta isso como o inicio da subjetividade moderna, a questão do indivíduo.
p.90. “não busques fora de ti; entra em ti mesmo. A verdade está no homem interior....” ... se eu duvido, precisamente por poder duvidar, existo e estou certo de pensar.... agostinho sem dúvida antecipa o cartesiano cogito, ergo, sum...
Cognição:
a)        Na sensação o corpo é passivo, ao passo que a alma é ativa
b)        A sensação é mutável, mas o julgamento da razão não (ética, estética, matemática)
c)         A verdade é superior a alma humana que também é mutável
d)        Também diz que a verdade está nas supremas realidades inteligível, como platão, porem, de maneira diferente diz que elas são os pensamentos de deus. Agostinho rejeita a reminicencia. Porém para ‘contemplar’ as ideias é preciso ser santo e puro (como o filósofo na República).
92. Provas da existência de deus:
1.         o mundo é perfeito como seu produtor
2.         “toda a espécie humana confessa que deus é o criador do mundo”
3.         Se há graus de bem, deus é o supremo bem
p.93. trindade
a)        Identidade substancial das três pessoas
b)        Elas são distintas
c)         A imagem de deus, a alma, tem três partes. Por isso, conhecer-se a si mesmo é conhecer a deus.
p.95. criação do mundo. As coisas podem ser geradas:
a)        Por geração, da mesma substancia do criador
b)        Por fabricação, de substancia diferente
c)         A partir do nada absoluto. Essa só deus pode, as outras duas o homem consegue.
p.96. “juntamente com a matéria, deus criou virtualmente todas as possibilidades de sua concretização, infundindo nela, precisamente, as razões seminais [R3] de cada coisa”.
Como a verdade é eterna, a alma é imortal.
p.97. tempo e alma: (não existe passado ou futuro)
a)        Presente do passado = memória
b)        Presente do presente = intuição
c)         Presente do futuro = espera
Problema do mal, deus criou? Não, o mal é privação de deus, do ser.
p.99. “dois amores diversos geram as duas cidades: o amor a si mesmo, levado até o desprezo por Deus, gerou a cidade terrena; o amor a deus, levado até o desprezo por si, gerou a Cidade celeste. Aquela gloria-se de si mesma, esta de deus...”
Sobre a divisão da alma a partir de nicolas Abgnano (p.210-211): “São os três aspectos do homem que se revelam nas três faculdades da alma humana, a memória, a inteligência e a vontade, as quais conjuntamente, e cada uma por si, constituem a vida, a mente e a substância da alma. "Eu, diz Agostinho (De trin., X, 18), recordo por ter memória, inteligência e vontade; entendo por compreender, querer e recordar; e quero querer, recordar e compreendem. E recordo toda a minha memória, toda a inteligência e toda a vontade e do mesmo modo compreendo e quero todas estas três coisas; as quais coincidem plenamente e, não obstante a sua distinção, constituem uma unidade, uma só vida, uma só mente e uma só essência.”






 [R1]A fé é quase um princípio (aristotélico)


 [R2]Ele só esqueceu de falar que essa cruz pertence a igreja e sem a sua autorização ninguém pode ser carregado por cristo.


 [R3]Reali diz que essa teoria foi criada pelos estoicos.

Tomás de Aquino – Reali, p.211
Nasceu em 1221 e morreu 1274
213. a diferença (entre a filosofia e a teologia) está no fato de que a primeira oferece um conhecimento imperfeito daquelas mesmas coisas que a teologia está em condições de esclarecer em seus aspectos e conotações específicas relativos à salvação eterna. A fé melhora a razão assim como a teologia melhora a filosofia[R1] .
p.216. O ente e a essência. O ente é qualquer coisa e pode ser lógico (conceitual) ou real. O universal não é real, porque somente o indivíduo é real. Deus a essência se identifica com seu ser, enquanto que o mundo pode existir ou não, então o ente mundo (e o homem) tem uma essência diferente e inferior a deus.
Dizer que o uno, o verdadeiro e o bom são transcendentais do ser significa dizer que o ser é uno, verdadeiro e bom.
p.219. há entre deus e as criaturas uma relação de semelhança e dessemelhança. Tudo que se predica as criaturas pode se predicar a deus, não do mesmo modo nem com a mesma intensidade. Por isso, sabemos mais aquilo que deus não é do que aquilo que ele é.
p.223-226. Vias ou provas para o conhecimento de deus:
1.    Movimento (alteração de tamanha, de lugar, etc). Tudo que move tem que ser movido por alguém, para que isso não se estenda ao infinito, é preciso um primeiro motor (aristotélico), deus
2.    Causalidade eficiente. Todas as coisas precisam de uma causa, também para que isso não seja infinito é preciso uma causa das causa que não seja causado por nada.
3.    Contingência. Tudo é contingente, nasce, cresce, perece e morre, exceto deus.
4.    Graus de perfeição. Cada coisa tem a sua ‘perfeição’ particular, deve haver algo que seja todo perfeito, deus.
5.    Finalismo. Tudo tende para um fim, para a sua perfeição, há um ser que dirigi isso, deus.
p.227. livre-arbítrio. O homem na terra conhece o mal que não é de deus, mas tem liberdade para querer conhecer e agir conforme deus.

Leis:
1.    A eterna. É a ordem do universo dado por deus
2.    Natural. “se deve fazer o bem e evitar o mal”.
3.    Humana. Ligada a anterior, não reprime todos os vícios, apenas os que são necessários ao bem comum.
4.    Divina. As anteriores não são suficientes para conduzir o homem à bem-aventurança eterna. É a lei revelada, a lei dos evangelhos.
p.231. deus é o ser por essência, as criaturas por participação.
O mal é a desobediência a deus, é rejeição da dependência fundamental em relação ao criador. A raiz do mal está na liberdade.

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