Vou reproduzir aqui a conversa que tivemos na semana passada onde me apresentei a partir dos cursos que fiz e iniciamos o estuda da filosofia ocidental, ainda que tentaremos problematizar algumas dessas ideias.
Meu nome é Robson Gabioneta, fiz curso de Eletricista de manutenção no Senai, Eletro-Eletrônica no Cotuca, Graduação e mestrado em Filosofia na Unicamp e agora estou terminando o curso de Sociologia também na Unicamp.
Meu desafio será coordenar: as minhas possibilidades de ensino àquilo que eu penso ser importante para vocês (ai preciso que vocês me digam quando estou certo ou errado) com o currículo de filosofia para o Ensino médio.
Para começar, vou apresentar dois textos para explicar o que entendo ser filosofia e o que acho importante discutimos no século XXI:
Como e o que estudavam os alunos de Platão na sua academia?
Eles estudavam qual era a 'lógica' de Homero, Hesíodo, Simônides, Píndaro. Estudavam como os poetas pensavam, mas não só, faziam exercícios, como se eles próprios fossem poetas, para verificar se de fato tinham aprendido a lição. Estudavam todos os matemáticos. Estudavam todas as músicas da época para acompanhar as 'tendencias'. Estudavam todas as tragédias e comédias, e também compunham para mostrar ao mestre Eurípides. Estudavam a medicina para saber como funciona o corpo humano. Estudavam todas as religiões para saber como funciona a alma humana. Estudavam todas as constituições das cidades gregas para saber como o homem se organiza politicamente. Por fim, escreviam tratados sobre: poesia, leis, justiça, beleza, piedade, temperança, amizade, alma, deuses, etc. Os mais 'adiantados' escreviam diálogos junto com Platão. E hoje? Se fossemos criar uma academia como a de Platão como faríamos?
2 texto
Luiz Marques, no seu livro Capitalismo e Colapso Ambiental (2016, p. 634-635), apresenta duas posições de grupos de cientistas distintos sobre a questão ambiental:
Grupo A: Nós, membros da comunidade científica e intelectual internacional [...] exprimimos a vontade de contribuir plenamente à preservação de nossa herança comum, a Terra. Contudo, inquietamo-nos ao assistir, na aurora do século XXI, à emergência de uma ideologia irracional que se opõe ao progresso científico e industrial e prejudica o desenvolvimento econômico e social. Afirmamos que o estado de natureza [...] não existe [...] a humanidade sempre progrediu adaptando a natureza a si própria e não o inverso.
Grupo B: Os seres humanos e o mundo natural estão em rota de colisão. As atividades humanas infligem danos, frequentemente irreversíveis, ao meio ambiente e a recursos naturais críticos. Se não forem revistas, muitas das nossas práticas atuais colocam em sério risco o futuro que desejamos para a sociedade humana e para os reinos das plantas e dos animais, e pode alterar de tal modo a biosfera que esta se tornará incapaz de sustentar a vida nos moldes em que a conhecemos.
Identifica a posição dos dois grupos e construa frases a partir dos dois pontos de vista. Depois a analise as frases do seguinte modo:
- identifique os significados dos termos (das palavras) a partir de suas relações internas (com quais palavras cada palavra está ligada);
- modifique a frase para entendê-la melhor, faça perguntas a ela, discuta as consequências, pergunte pelos possíveis sentidos de cada uma das palavras pode ter;
- coloque-se na frase, o que significa ela para você, seus amigos e seus familiares
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ResponderExcluirGrupo A: "O homem corta caminho sobre as flores tenras"
ResponderExcluirCortar caminho me refiro a evolução do homem, ele caminha sem pensar que está destruindo as frágeis flores, que me refiro a natureza. A agressão que fazemos com a natureza para realizarmos nossos objetivos.
Grupo B: "Ofereceram-nos o direito de viver e no futuro recusamos"
A natureza sempre nos providenciou tudo, e com este tudo seguimos em frente para transformá-lo em nada. Nossas ações de hoje estão criando um amanhã em que não haverá mais paz entre natureza e ser humano, e sim uma luta pela qual não haverá sentido lutar. Quando perdermos a natureza perderemos nossas vidas.