quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Atividade para o 4 Bimestre - todas as turmas

Atividade para o 4 Bimestre - todas as turmas (indicarei as diferenciações das turmas nas aulas)

Em cumprimento a lei número 10.639/2003 e 11645/08 que obriga as escolas do Brasil a inserir discussões acerca da história e da cultura afro-brasileira e dos povos indígenas, vamos desenvolver algumas atividade.

todas as turmas
1. faça uma pesquisa livre na internet (ou em livros) sobre os povos africanos que vieram para o Brasil
2. faça uma pesquisa livre na internet (ou em livros) sobre os povos indígenas que estavam no Brasil na chegado (invasão) dos portugueses
obs: NÃO COPIE, apresente com suas palavras uma frase de cada povo do que achou mais interessante.
3. compare o que você pesquisou com a pesquisa que fiz e que está nas seguintes páginas:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-dos.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-da.html
obs: inicialmente procure elementos em comum para poder comparar, ex.: a língua, o modo de vida, o que eles pensam. Depois identifique o que é igual e o que é diferente.
4. Apresente e comente trechos músicas (Rap, samba, funk) onde haja:
a) uma descrição da realidade; b) uma crítica social.
obs: pode ser a partir dos comentários que fiz sobre o disco Sobrevivendo no inferno dos Racionais:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/10/disco-sobrevivendo-no-inferno-dos.html
5. Escolha um parente que seja significativo para você (pode ser alguém de outra família), que você admire. Tente encontrar os motivos que justifiquem suas ações. Se for o caso converse com ele. Procure uma história (se for o caso invente uma) onde possamos ver a forma dessa pessoa agir, pensar e sentir. Anote numa folha e entregue. Aqueles que preferirem, podem usar as anotações para fazer um cartaz para expor na escola (para o noturno dia 30/10, para o diurno 18 e 19/11).

Obs: cada atividade vale um ponto. Quem fizer a exposição ganha nota máxima.

Avaliação: Levarei para vocês questões de múltipla escolha (como a prova do enem). O temas serão povos africanos e indígenas. Iremos proceder assim:
1. cada dupla irá escolher uma questão para: a)identificar as palavras que não conhece;b) a pergunta
2. com cada dupla irei discutir a questão
3. cada dupla deve escolher 5 questões para: a)identificar a pergunta;b) o que é dito da pergunta; c)o que está certo e errado a partir de a e b.

questão extra (para quem está de recuperação ou com excesso de falta)
Questões sobre a vida na terra: a) quais as diferenças entre o modo como aprendemos os ciclos da natureza (água, ar, solo) e o modo como os povos indígenas entendem esses ciclos. b) pesquise quais as substancias criadas pelo homem e o tempo que elas precisam para degradar (plástico, celular, computador). c) pesquise os acordos internacionais para preservação da terra.
para ajudar nessa atividade vou colocar alguns links:
livro a queda do céu de davi kopenawa
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/10/a-queda-do-ceu-de-davi-kopenawa.html
livro capitalismo e colapso ambiental de luiz marques
https://www.youtube.com/watch?v=QmEKmYcBmE8
https://www.youtube.com/watch?v=_tuBDRmrqTs

outras atividades que valem um ponto
1. discuta a relação de um profissional com o Estado a partir de uma lei. (descreva a lei e como ela regula esse profissional
2. escolha uma história: a) tire dela uma frase; b) analise essa frase; c) faça perguntas.
3. escolha uma música: a) tire dela uma frase; b) analise essa frase; c) faça perguntas.

há muitos cursinhos na região (perto de vocês tem um no são marcus e dois em sumaré)
eu dou aula no cursinho Proceu em barão geraldo

A queda do Céu de Davi Kopenawa

A queda do céu de Davi Kopenawa
para baixar o livro
https://laboratoriodesensibilidades.wordpress.com/2018/05/09/a-queda-do-ceu-de-davi-kopenawa-o-xama-narrador-com-prefacio-de-eduardo-viveiros-de-castro-livro-em-pdf-abaixo-um-grande-xama-e-porta-voz-dos-yanomami-oferece-neste-livro-um-relato-excepcional-ao/

Davi Kopenawa, em 1989, pede para o antropólogo Francês Bruce Albert para escrever um recado aos brancos. O recado é longo e extenso, durou mais de 10 anos e virou mais de 700 páginas. Davi conta sua história. Ele nasceu na tribo Yanomami, no norte da Amazonas, fronteira do Brasil com a Venezuela. Nessa época, por volta de 1960, havia uma missão norte americana evangélica. Os missionários ensinaram ao Davi e ao seu povo o português a partir de histórias bíblicas. Porém nem sempre esses missionários faziam o que pregavam. Uma vez uma criança Yanomami quebrou o telhado de um missionário ao subir nele para pegar uma flecha. O missionário bateu na criança. Quando o pai adotivo de Davi viu aquilo se enfureceu e expulsou o missionário da região (p.263). Essa experiência marcou profundamente Davi que não conseguia entender porque sua família morria com o contato com aqueles pregadores. Nesse meio tempo Davi pega tuberculose e fica um ano no hospital de Manaus para se curar. (p.287)
p. 269. "Vocês pretendem que Teosi cuida de nós. Vocês nos deram o nome dele e, no final, são vocês que nos fazem morrer! Não queremos mais escutar suas palavras! Teosi não afastou o mal para longe de nós! Ao contrário, deixou-nos ser devorados pela epidemia de vocês!"
Na década de 70, devido a construção da transamazônica, rodovia que corta a região, Davi começa a trabalhar na Funai ajudando na comunicação com outros povos indígenas uma vez que ele entende o português.
p.282. “Eu era ajudante do cozinheiro do posto. Rachava lenha, acendia o fogo e ia buscar água no rio. Punha a carne de caça para assar. Lavava os pratos, os talheres e as panelas. E ainda pescava e caçava. Eu tinha muito trabalho mesmo e não tinha tempo para a preguiça! Apesar disso, eu gostava de viver junto com os brancos e de realizar as tarefas de que me incumbiam. Eu tinha acabado de ficar adolescente e, com eles, eu aprendia muitas coisas. Tinha muita vontade de conhecê-los melhor e de imitá-los.”
Davi Kopenawa conhece sua esposa e seu sogro. Seu sogro o transforma ele em xamã. (p.316)
74. “Nossa língua é aquela com a qual ele [Omama] nos ensinou a nomear as coisas. Foi ele que nos deu a conhecer as bananas, a mandioca e todo o alimento de nossas roças, bem como todos os frutos das árvores da floresta. Por isso queremos proteger a terra em que vivemos. Omama a criou e deu a nós para que vivêssemos nela. Mas os brancos se empenham em devastá-la, e, se não a defendermos morreremos com ela.”
p. 201. “Assim é. Sem o trabalho dos xamãs, voltaria ao caos depressa. A chuva e a escuridão, a raiva dos trovões, dos raios e do vendaval não cessariam nunca. Só os xapiri podem protegê-la e fortalecê-la. Por isso seguimos as pegadas de nossos ancestrais, virando espíritos com a yakoana (nota 15 O pó é fabricado a partir da resina tirada da parte interna da casca de uma árvore que contém 'um poderoso alcaloide alucinógeno, a dimetiltriptamina (DMT)).  Isso deixa os xapiri felizes e, assim, eles continuam cuidando de nós. Os brancos não sabem nada dessas coisas. Se contentam em pensar que somos mais ignorantes do que eles, apenas porque sabem fabricar máquinas, papel e gravadores!”
83. “Também por isso às vezes chamamos os brancos de Yoasi theri, Gente de Yoasi. Suas mercadorias, suas máquinas e suas epidemias, que não param de nos trazer a morte, também são, para nós, rastros do irmão mau de Omama.”
p.207 “As árvores da floresta e as plantas de nossas roças também não crescem sozinhas, como pensam os brancos. Nossa floresta é vasta e bela. Mas não o é à toa. É seu valor de fertilidade que a faz assim. É o que chamamos në rope. Nada cresceria sem isso. [...] É ele que faz acontecer a riqueza da floresta e que, desse modo, alimenta os humanos e a caça. É ele que faz sair da terra todas as plantas e frutos que comemos.
Discussão: há na filosofia uma distinção entre natureza e cultura. Esse pensamento leva as autoridades brasileiras a construírem um parque que impede a presença das pessoas. Como o parque nacional da chapada Diamantina ou a chapada dos Guimarães.
p.289 Por isso costumo repetir aos rapazes de nossa casa: "Talvez vocês estejam pensando em virar brancos um dia? Mas isso é pura mentira! Não fiquem achando que basta se esconder nas roupas deles e exibir algumas de suas mercadorias para se tornar um deles! Acreditar nisso só vai confundir seus pensamentos. Vocês vão acabar preferindo a cachaça às palavras da floresta. Suas mentes vão se obscurecer e, no final, vocês vão morrer por isso!”
p.357 “As coisas que os brancos extraem das profundezas da terra com tanta avidez, os minérios e o petróleo, não são alimentos. São coisas maléficas e perigosas, impregnadas de tosses e febres, que só Omama conhecia. Ele porém decidiu, no começo, escondê-las sob o chão da floresta para que não nos deixassem doentes. Quis que ninguém pudesse tirá-las da terra, para nos proteger. Por isso devem ser mantidas onde ele as deixou enterradas desde sempre. A floresta é a carne e a pele de nossa terra, que é o dorso do antigo céu Hutukara caído no primeiro tempo. O metal que Omama ocultou nela é seu esqueleto, que ela envolve de frescor úmido. São essas as palavras dos nossos espíritos, que os brancos desconhecem. Eles já possuem mercadorias mais do que suficientes. [...] O que os brancos chamam de "minério" são as lascas do céu, da lua, do sol e das estrelas que caíram no primeiro tempo. [...] Onde o solo é muito quente, é porque no mais fundo dele há pedras e metais. Onde o solo é vazio, faz muito' frio, as nuvens são baixas e quase não se vê o sol. Deve ser o caso das terras distantes de onde os ancestrais dos brancos já extraíram todo o minério. (p.360) [...] O ouro, quando ainda é como uma pedra; é um ser vivo. Só morre quando é derretido no fogo, quando seu sangue evapora nas grandes panelas das fábricas dos brancos. Aí, ao morrer, deixa escapar o perigoso calor de seu sopro [...] Ocorre o mesmo com todos os minérios, quando são queimados. (p.362)
p. 355 Todas as mercadorias dos brancos jamais serão suficientes em troca de todas as suas árvores, frutos, animais e peixes. As peles de papel de seu dinheiro nunca bastarão para compensar o valor de suas árvores queimadas, de seu solo ressequido e de suas águas emporcalhadas. É por isso que devemos nos recusar a entregar nossa floresta. Não queremos que se torne uma terra nua e árida cortada por córregos lamacentos.

377. Acontece assim. Os jovens - moradores e convidados - começam a cantar respondendo uns aos outros, aos pares, de pé um diante do outro, na praça central da casa. Quando terminam, vão sendo substituídos aos poucos pelos homens mais experientes, que vão se sucedendo sem descanso até o meio da noite. É isso que chamamos de wayamuu. As palavras desses diálogos se alongam muito. São como as notícias de rádio dos brancos. Nelas relatamos o que ouvimos em visita a outras casas. [...] Depois, no meio da noite, quando findam as palavras do wayamuu, os homens mais velhos, anfitriões e visitantes, se agacham cara a cara, muito perto um do outro.
385. Ailton Krenak e Álvaro Tukano, lideranças da União das Nações Indígenas, me convidaram a falar. 21 Disseram-me: “Você deve defender a floresta de seu povo conosco! Precisamos falar juntos contra os que querem se apossar de nossas terras! Senão, vamos acabar todos desaparecendo, como nossos antigos antes de nós!"
387. Depois de Manaus e Brasília, conheci São Paulo. Foi a primeira vez que viajei tão longe por cima da grande terra do Brasil. Compreendi então o quanto é imenso o território dos brancos para além de nossa floresta e pensei: "Eles ficam agrupados numas poucas cidades espalhadas aqui e ali! Entre elas, no meio, é tudo vazio! Então por que querem tanto tomar nossa floresta?''.
402. Nossos maiores faziam dançar esses espíritos abelha desde sempre. Foram eles que vieram falar comigo no sonho, para me comunicar sua inquietação: “Você que sabe virar espírito, fale duro com os forasteiros, eles vão escutá-lo! Os brancos não têm mesmo sabedoria nenhuma! Devem parar de maltratar as árvores da floresta! Logo já não haverá nenhuma flor perfumada para nos alimentar e fazer mel. Se continuar assim, será a nossa vez de morrermos todos!”
409. As mercadorias não morrem. É por isso que não as juntamos durante nossa vida e nunca deixamos de dá-las a quem as pede. Se não as déssemos, continuariam existindo após nossa morte, mofando sozinhas, largadas no chão de nossas casas. [...] Nunca guardamos objetos que trazem a marca dos dedos de uma pessoa morta que os possuía!
412. Os brancos são outra gente. Eles acumulam muitas mercadorias e sempre as guardam junto de si, enfileiradas em tábuas de madeira no fundo de suas casas. Deixam que envelheçam por bastante tempo antes de minguar algumas a contragosto. Quando as pedimos, ficam desconversando e fazendo promessas para não ter de entregá-las. Ou então exigem que antes trabalhemos para eles por um bom tempo.
Se um dos nossos é morto pelas flechas ou pela zarabatana de feitiçaria de um inimigo, apenas revidamos do mesmo jeito, procurando matar o culpado que se encontra em estado de homicida õnokae. É muito diferente das guerras nas quais os brancos não param de fazer sofrer uns aos outros! Eles combatem em grandes grupos, com balas e bombas que queimam todas as casas que encontram. Matam até mulheres e crianças! Movem suas guerras só poderem ouvido palavras de afronta, por terras que cobiçam ou das quais querem arrancar minério e petróleo.
472. No entanto, no primeiro tempo, todos fazíamos parte da mesma gente. As antas, os queixadas e as araras que caçamos na floresta também eram humanos.
479. Omama tem sido, desde o primeiro tempo, o centro das palavras que os brancos chamam de ecologia. ... Na floresta, a ecologia somos nós, os humanos. Mas são também, tanto quanto nós, os xapiri, os animais, as árvores, os rios, os peixes, o céu, a chuva, o vento e o sol!
481. Acho que as palavras de sabedoria de Chico Mendes não desaparecerão, pois após a sua morte elas se propagaram no pensamento de muitas outras pessoas, assim como no meu.
484. Quando falam da floresta, os brancos muitas vezes usam uma outra palavra: meio ambiente. ...  Não gosto dessa palavra meio. A terra não deve ser recortada pelo meio.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Disco Sobrevivendo no Inferno dos Racionais' Mcs

Kl Jay em seu discurso pela premiação de melhor clipe do ano, “Diário de um detento”, dedica esse prêmio ao povo que veio da África, enriqueceu a Europa e a América do Norte. Ele continua: “sobrou pra nós a favela, a cadeia, o trafico de drogas [...] esse prêmio é para meu povo que vê no rap, nos Racionais, a esperança de orgulho, de justiça e de poder”.
Há outro vídeo impressionante dos Racionais: Red Bull Entrevista RACIONAIS' Mcs 05 06 2017. Depois de 1h de entrevista eles discutem algumas coisas que eu queria chamar a atenção. Eles falam de como o disco Sobrevivendo no Inferno gerou muitas coisas ruins. Esse disco canta a sobrevivência na periferia de São Paulo. Assim eles vivenciam nas músicas histórias de drogas, polícias, religião, cadeia, morte (inclusive o massacre do Carandiru), busca pela paz.

Iremos nos deter ao disco Sobrevivendo no Inferno, quarto disco da banda, que este ano será tema do vestibular da Unicamp, entrando como obra literária. 
O disco começa com uma música de Jorge Bem Jor, Jorge da Capadócia, um santo popular que também é cultuado dentro das religiões de matriz africana. Depois de pedir a proteção, típico das religiões afro-brasileiras, como a umbanda, os racionais atualizam o gênese: separando deus dos homens. O primeiro criou o mar, as árvores, as crianças, o amor, o segundo criou a favela, o crack, a trairagem, entre outros. Atualizando também o modo de ser profeta, Mano Brown entra em cena com a bíblia, a pistola automática e o sentimento de revolta.
Antes da música que de fato vai abrir o disco com a primeira música dos racionais, primo preto vai apresentar as estatísticas acerca da participação da população negra na sociedade, em especial no que diz respeito a violência e a exclusão social.  Mano Brown, falando em primeira pessoa, criando um profeta do fim do século XX,  fala sobre sua missão: incorporar personagens que fazem parte da vida de São Paulo, personagens que foram criados pelo sistema. Sistema esse que precisam desses personagens para existir. Entre eles estão: juiz e réu, malandro e otário, padre e sanguinário, antigo, moderno e mortal. São esses personagens, incorporados Edi Rock, Ice Blue e Mano Brown e musicados por KL Jay que contaram um parte da história da vida da cidade São Paulo e, em maior ou menor grau, a vida de outras cidades no Brasil.
A segunda parte começa com Ice Blue chamando os parceiros para uma tiração com jogos, então alguém aconselha o Brown a não colar com esses caras uma vez que eles estão envolvidos com drogas. Brown lembra que ninguém é mais que ninguém e que apesar disso eles são nossos irmãos também. Em seguida há um trecho muito interessante onde eles relatam a história de um negro que vivia bem e até era modelo para os outros, porém com a aproximação com ‘os branquinhos do shopping’ sua vida mudou. Inicialmente as baladas, drinques, mulheres, depois de nove anos ficou inofensivo: viciado, doente e fudido. A razão, mais uma vez atualizando a bíblia em tempos de comunicação em massa (também chamada de indústria cultural), é o demônio da comunicação de massa que contaminando seu caráter com suas visões de mundo, rouba a sua alma. Contra isso, é que os racionais se levantam, não só para avisar, mas também para não julgar e condenar os irmãos….
A terceira parte começa com Edi Rock apresentando os ‘personagens’ que como eles tentam sobreviver no inferno que é são paulo. Estas figuras, como já dizia Cristo, são enganadas pelo dinheiro, pela ganância de querer ser o que não se é. Ai Brown lembra o que ele é, um latino-americano apoiado por mais de cinquenta mil manos que ainda que se protegendo contra o sistema, reconhece-se como efeito colateral desse próprio sistema. 
Como é dito no site genius.com: “O jeito que o sistema funciona (de maneira errada e desigual para o povo) provocou a revolta do povo como um efeito colateral, a revolta através da música que chega nos ouvidos de todos, até do filho dos ricos. o feitiço voltando contra o feiticeiro”.
A quarta música, Tô ouvindo alguém me chamar, começa com um chamado, um tal Guina mandou um tiro para o eu lírico da música, narrador que é um dos personagens, interpretado pelo mano brown. A música é levada com mais tranquilidade que a anterior. O narrador descreve o Guina e logo em seguida como ele, o narrador, acompanha o Guina no seu primeiro assalto. Algo interessante aqui é que para o novato não é só o dinheiro que conta, mas [a ilusão] o sentimento de subverter o sistema. A segunda parte o narrador fala de um ladrão que, apesar da boa fama, num mundo de escassez e sem nenhum código de ética, acaba sendo vítima de outros ladrões. Esse trecho sussurrado, alterando o ritmo da música, oferece ao ouvinte uma imagem do acontecimento: a morte do oponente do narrador.  A segunda parte continua com o narrador falando acerca dos sentimentos do Guina diante da sua condição social, da sua admiração pelo parceiro que, pelas suas qualidades poderia ocupar um cargo de destaque. Em seguida fala de si, do que para ele era uma boa vida, da impossibilidade de sair daquela vida e de um sonho que o perturbava. Na terceira parte o narrador fala do seu irmão, dos sonhos, do sobrinho e de uma vida tranquila. Porém, do mesmo modo que ele interrompeu a carreira de um ladrão, sua carreira também foi interrompida, a desculpa, ele supostamente teria caguetado a Guina. Esse foi o destino do nosso narrador, ser morto com o revólver que deu para o amigo.
A quinta música, Rapaz comum, em tom eletrizante, é contada por alguém que está agonizando e refletindo sobre a vida. Esse história poderia ser continuação da música anterior. Há falas como se fosse um encosto, ou uma alma penada que está perseguindo alguém. Na segunda parte fala do mito do cinema: “Sinto na pele, me vejo entrando em cena Tomando tiro igual filme de cinema”. Terceira parte: “Não quero admitir que sou mais um”. “A lei da selva é uma merda e você é o herdeiro!”
A sexta música, Diário de um detendo, que contou com clipe premiado pela MTV, como a própria letra diz é um diário de alguém que sobreviveu ao massacre do Carandiru. O diário conta o dia anterior e o dia posterior ao massacre.  O detento fala do policial, do seu armamento, do seu papel no Estado e do conflito com ele. O discurso fica disperso, fala-se de deus, juiz, cuidado com o irmão, pena, tempo da cadeia, estuprador. Descrição do detento: 
“Cada detento uma mãe, uma crença
Cada crime uma sentença
Cada sentença um motivo, uma história
De lágrima, sangue, vidas e glórias
Abandono, miséria, ódio, sofrimento
Desprezo, desilusão, ação do tempo
Misture bem essa química
Pronto: eis um novo detento”
Inicio da segunda parte:
“Ratatatá, mais um metrô vai passar
Com gente de bem, apressada, católica
Lendo jornal, satisfeita, hipócrita
Com raiva por dentro, a caminho do Centro
Olhando pra cá, curiosos, é lógico
Não, não é não, não é o zoológico
Minha vida não tem tanto valor
Quanto seu celular, seu computador”
Descrição de lúcifer:
“Já ouviu falar de Lúcifer?
Que veio do Inferno com moral um dia
No Carandiru, não, ele é só mais um
Comendo rango azedo com pneumonia”
Fala de onde vem os presos e sobre a visita. Fala da fuga: “A maioria se deixou envolver
Por uns cinco ou seis que não têm nada a perder”. 
“Fleury foi almoçar, que se foda a minha mãe!
Cachorros assassinos, gás lacrimogêneo...
Quem mata mais ladrão ganha medalha de prêmio!
O ser humano é descartável no Brasil
Como modess usado ou bombril”
No min. 6:55 no clip eles mostram os mortos e depois cenas de segunda guerra, suponho que seja Auschwitz.
A sétima música, Periferia é periferia (em qualquer lugar), fala sobre a periferia de São Paulo. Crianças na escola, os manos na farinha. A mãe que cuida sozinha dos filhos, pois o marido trabalha sem parar, por causa de um patrão que o escraviza: 
“Se a escravidão acabar pra você
Vai viver de quem? Vai viver de quê?
O sistema manipula sem ninguém saber
A lavagem cerebral te fez esquecer que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir
Nas ruas áridas da selva
Eu já vi lágrimas demais, o bastante pra um filme de guerra”
Na segunda parte ele fala dos relatos dos moradores. Depois de contar a história de um nordestino que foi assaltado e por isso comprou uma arma, e o assaltante tentou roubar suas roupas no varal, ele matou o menino e fez deus chorar: “É foda, essa noite chove muito porque Deus chora”
(Muita pobreza, estoura a violência)
(Nossa raça está morrendo mais cedo)
(Não me diga que está tudo bem)
Eu não vou ficar do lado de ninguém por quê?
Quem vende droga pra quem?

Fico triste por saber e ver
Que quem morre no dia a dia é igual a eu e a você
No final, com o refrão: periferia é periferia o DJ vai colocando vários trechos de outras músicas que falam sobre a periferia.
Na oitava música, Qual mentira vou acreditar?, o narrador, o próprio cantor Edi Rock, fala sobre o role de sexta feira e os enquadros da polícia. Ai alguém que alguém falou que racismo não existe, a resposta: é o título da música. Na segunda parte, machistamente, eles, Edi Rock e Ice Blue, falam da mulherada. Na terceira Edi e Ice conversam sobre um ‘pastor’ sem vergonha.
Mágico de Oz
Começa falando de um menino de rua. Fala do uso de pedra e, talvez traduzindo o desejo do menino: transformar aqui num mundo mágico de Oz. No minuto 4:20 do clip, os racionais colocam os personagens da história. Acho que umas das questões é fazer um pedido para que o mágico (no caso da música, deus) atenda.
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1gico_de_Oz
Na segunda parte fala do menino no início da vida adulta, como traficante.
Crítica social (filosófica): “Dizem que quem quer segue o caminho certo
Ele se espelha em quem tá mais perto”.
Crítica ao mundo das drogas semelhante a critica do Bezerra da Silva: “Ah, das duas uma eu não quero desandar/Por aqueles mano que trouxeram essa porra pra cá/Matando os outros, em troca de dinheiro e fama/Grana suja como vem vai, não me engana”.
https://www.youtube.com/watch?v=fSs0X1RPLuU
Na terceira parte volta a falar (filosoficamente) do menino e da esmola que ele deu: 
Pra mim não faz falta, uma moeda não neguei
E não quero saber, o quê que pega se eu errei
Independente a minha parte eu fiz
Tirei um sorriso ingênuo, fiquei um terço feliz
Se diz que moleque de rua rouba
O governo, a polícia no Brasil, quem não rouba?
Ele só não têm diploma pra roubar
Ele não se esconde atrás de uma farda suja
É tudo uma questão de reflexão, irmão
É uma questão de pensar
E depois uma crítica mais contundente a polícia:
Ah! A polícia sempre dá o mal exemplo
Lava minha rua de sangue
Leva o ódio pra dentro
Pra dentro de cada canto da cidade
Pra cima dos quatro extremos da simplicidade
A minha liberdade foi roubada
Minha dignidade violentada, que nada!
Por fim aconselha os manos a não fazer o mesmo: nem usar drogas, nem matar como a polícia. No final, falando os nomes dos bairros da sua quebrada, explica seus conselhos.
“Às vezes eu fico pensando se Deus existe mesmo, morô?”, aqui como Davi Kopenawa que duvida dos missionários que falam acerca da volta de Jesus.

Fórmula Mágica da Paz (algumas versões ao vivo Brown dá conselhos)
Essa múcica completa a anterior, porém para um adulto que conseguiu sobreviver aos problemas na música anterior. A primeira coisa que se coloca é sair dali e ir para um lugar melhor: não, diz o narrador Mano Brown. Como Sócrates na prisão relatada no diálogo Críton. “Cada lugar um lugar, cada lugar uma lei/Cada lei uma razão e eu sempre respeitei”
Então Brown fala dos problemas da periferia: casa, roupa, cadeia, carro, emprego, mulher, dinheiro.
De novo brown iguala todos: “Ninguém é mais que ninguém, absolutamente”.
Outra frase (filosoficamente) acerca da observação do mundo ao redor em busca da sobrevivência:
“Mas se liga, olhe ao seu redor e me diga:
O que melhorou? da função quem sobrou?
Sei lá, muito velório rolou de lá pra cá
Qual a próxima mãe que vai chorar?”
Frase que representa a religiosidade do Brown: “Agradeço a Deus e aos Orixás”
Na segunda parte Brown faz críticas aos manos e a polícia.
A terceira parte começa de maneira dramática, num feriado o narrador leva um amigo baleado no hospital. Nesse momento o narrador sente suas limitações (e talvez sua dependencia do sistema). Ele fala sobre o rapaz comum, título de uma música cantada pelo Edi Rock. Diante da morte do amigo, quase um mes depois, 2 de novembro, o narrador vai até o cimitério São Luís e de novo observa a cena: 
E durante uma meia hora olhei um por um
E o que todas as senhoras tinham em comum:
A roupa humilde, a pele escura
O rosto abatido pela vida dura
Colocando flores sobre a sepultura
(Podia ser a minha mãe) Que loucura
Por fim ele dá o recado para a quebrada (para o PCC?):
Cada lugar uma lei, eu tô ligado
No extremo sul da Zona Sul tá tudo errado
Aqui vale muito pouco a sua vida
A nossa lei é falha, violenta e suicida
Se diz que, me diz que, não se revela:
Parágrafo primeiro na lei da favela
Legal, assustador é quando se descobre
Que tudo deu em nada e que só morre o pobre
A gente vive se matando irmão, por quê?
Não me olha assim, eu sou igual a você
Descanse o seu gatilho, descanse o seu gatilho
Entre no trem da malandragem (algumas versões aparece humildade), meu rap é o trilho

Salve
Com a batida da primeira música Mano Brown e Ice Blue dão um salve para os bairros de são paulo.

há muitos textos e vídeos sendo produzidos acerca deste disco, vou me deter em alguns: 
vídeos: Djamila Ribeiro, Mário Medeiros, Emicia, Acauam Oliveira, Bianca Santana.
Sobre anjos e irmãos de Gabriel S. Feltran
http://www.scielo.br/pdf/rieb/n56/03.pdf
tese de doutorado: de Tiarajú Pablo D'Andrea, A formação dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo, 2013, USP, SP.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-18062013-095304/pt-br.php
tese sobre os racionais: Tiarajú Pablo D'Andrea - A formação dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-18062013-095304/pt-br.php

Há muitos outros grupos de Rap: Face da morte, Sistema Negro, Facção Central (com Eduardo Taddeo, ver seminário dele sobre literatura periférica), Djonga, Baco Exu do Blues, BK, Rincon Sapiência e Mariana Mello. Escolha um deles para pesquisar e comparar com os Racionais.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Turmas do 1 ano (A,B) e 2 G Sociologia Wadih

Para as turmas do 1 ano do Wadih (A,B). Sociologia

Atividades para o 3 Bimestre
1. pesquise na internet, livro didáticos, músicas, filmes sobre o que é normal e o que é anormal, o que é saúde e o que é doença.
2. apresente uma das questões de vestibular sobre Foucault e temas semelhantes (questões dadas em sala)
3. em dupla ou trio estregue um texto de uma página sobre sua pesquisa sobre povos indígenas e/ou povos que vieram da África. Depois compare sua pesquisa com a pesquisa feita pelo prof Robson que está nas páginas anteriores a essa. Segue o link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-dos.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-da.html
4. Escolha um música de sua preferencia, apresente-a para turma e retire dela uma frase universal. Pode ser um trecho, o resumo dela. Depois compare essa frase com outros trechos da música.
5. Retomando o exercício do bimestre passado, volte a conversar com o profissional sobre sua relação com o Estado Brasileiro, em especial as normas e as regulações. Pesquise na internet quais são essas regulações e essas normas.
6. Prova feita em dupla a partir de questões de vestibular: 06/08 e 13/08

Conteúdo do 3 Bimestre
Contextualização histórica: Foucault escreve seus textos na segunda metade do século XX. Este período é marcado pelo impacto das duas guerras mundiais (para aprofundamento ver http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/03/sugestoes-de-aulas-de-historia-todas-as.html). Essas guerras geraram uma desconfiança acerca da razão europeia e o Iluminismo, em especial o conhecimento científico e a estrutura do Estado Moderno. Isso porque tudo aquilo que de mais interessante foi produzido pela ciência ocidental, foi usado para a morte. Assim, uma das questões colocadas é que o desenvolvimento científico e político teria levado a Europa a barbárie, isto é, a Europa seria irracional, pré-moderna, pagã, contrária ao cristianismo. Nesse contexto surgiu a ONU, Organização das Nações Unidas.
Foucault entra nesse processo de crítica a estrutura do Estado. Sua crítica é complexa uma vez que apesar de apresentar essa racionalidade nefasta, Foucault vê nela alguns saberes fundamental para a vida social.
No livro que estamos usando, Tempos Modernos, Tempos de Sociologia, o Foucault aparece no capítulo 10, entre as páginas 149 a 156. Lemos essas páginas com destaque

segue sugestões de vídeos, cursos, etc. para aprofundamento deste tema.
História da filosofia em espanhol - Foucault
https://www.youtube.com/watch?v=94HrovuxWGg&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=29
Foucault e a Educação (vídeo curto)
https://www.youtube.com/watch?v=QVtrGCigO_4
Foucault e a Educação (vídeo curto)
https://www.youtube.com/watch?v=3eQgOy_5Ibg
Margareth Rago: Foucault - Para uma vida não-fascista
https://www.youtube.com/watch?v=XVpR_6VRBls
curso de Vladimir Safatle sobre Foucault
https://www.academia.edu/5854771/Curso_Integral_-_Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_experi%C3%AAncia_intelectual_de_Michel_Foucault_2011_

Turmas do 3 anos Filosofia - Wadih

Para as turmas do 3 ano do Wadih. Filosofia

Atividades para o 3 Bimestre
1. apresente um dos capítulos do livro sobre o filósofo Michel Foucault (indicações de página abaixo)
2. apresente uma das questões de vestibular sobre Foucault e temas semelhantes (questões dadas em sala)
3. em dupla ou trio estregue um texto de uma página sobre sua pesquisa sobre povos indígenas e/ou povos que vieram da África. Depois compare sua pesquisa com a pesquisa feita pelo prof Robson que está nas páginas anteriores a essa. Segue o link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-dos.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/08/todas-as-turmas-historia-preliminar-da.html
4. Escolha um música de sua preferencia, apresente-a para turma e retire dela uma frase universal. Pode ser um trecho, o resumo dela. Depois compare essa frase com outros trechos da música.
5. Retomando o exercício do bimestre passado, volte a conversar com o profissional sobre sua relação com o Estado Brasileiro, em especial as normas e as regulações. Pesquise na internet quais são essas regulações e essas normas.
6. Prova feita em dupla a partir de questões de vestibular: 11/09

Conteúdo do 3 Bimestre
Contextualização histórica: Foucault escreve seus textos na segunda metade do século XX. Este período é marcado pelo impacto das duas guerras mundiais (para aprofundamento ver http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/03/sugestoes-de-aulas-de-historia-todas-as.html). Essas guerras geraram uma desconfiança acerca da razão europeia e o Iluminismo, em especial o conhecimento científico e a estrutura do Estado Moderno. Isso porque tudo aquilo que de mais interessante foi produzido pela ciência ocidental, foi usado para a morte. Assim, uma das questões colocadas é que o desenvolvimento científico e político teria levado a Europa a barbárie, isto é, a Europa seria irracional, pré-moderna, pagã, contrária ao cristianismo. Nesse contexto surgiu a ONU, Organização das Nações Unidas.
Foucault entra nesse processo de crítica a estrutura do Estado. Sua crítica é complexa uma vez que apesar de apresentar essa racionalidade nefasta, Foucault vê nela alguns saberes fundamental para a vida social.
No livro que estamos usando, Filosofia experiência do pensamento de Sílvio Gallo, o Foucault aparece nas seguintes páginas:
12-13. apresentação de Foucault e a distinção entre filosofias externas e internas
111-113. o poder sobre o corpo, sexualidade, questões de gênero. Continuação Simone de Beauvoir.
231-234. microfísica do poder
xx-xx. genealogia das ciências humanas.

segue sugestões de vídeos, cursos, etc. para aprofundamento deste tema.
História da filosofia em espanhol - Foucault
https://www.youtube.com/watch?v=94HrovuxWGg&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=29
Foucault e a Educação (vídeo curto)
https://www.youtube.com/watch?v=QVtrGCigO_4
Foucault e a Educação (vídeo curto)
https://www.youtube.com/watch?v=3eQgOy_5Ibg
Margareth Rago: Foucault - Para uma vida não-fascista
https://www.youtube.com/watch?v=XVpR_6VRBls
curso de Vladimir Safatle sobre Foucault
https://www.academia.edu/5854771/Curso_Integral_-_Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_experi%C3%AAncia_intelectual_de_Michel_Foucault_2011_

DOCUMENTÁRIO Clitóris, prazer proibido Completo e Legendado
https://www.youtube.com/watch?v=yYXKE1iCam8
página da ONU
https://nacoesunidas.org/

terça-feira, 20 de agosto de 2019

discussões iniciais povos Indígenas - Todas as turmas

Todas as turmas do Wadih Jorge Maluf - discussões iniciais dos povos Indígenas
As leis 10.639/03 e 11.645/08 tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígenas. Muitas coisas são importantes acerca dessas leis, vamos discutir algumas delas. Primeiro porque essas duas histórias não apareciam no currículo escolar? Pois nosso currículo privilegia a história europeia. Uma outra questão que acho importante salientar é que esses povos, os africanos e os indígenas, são autossuficientes, ou seja, não precisam entrar no mundo moderno da circulação de mercadorias. Me parece que esse é um dos motivos do apagamento da sua história.
Vou colocar alguns links para nos ajudar na pesquisa sobre eles:

http://www.etnolinguistica.org/historia
Nesse link há um livro com fontes documentais para contar a história dos povos indígenas no Brasil

Intérpretes do Brasil - 02 - Saberes, por Manuela Carneiro da Cunha
https://www.youtube.com/watch?v=-PZWDWupnWQ
No vídeo Intérpretes do Brasil feito por Manuela Carneiro da Cunha diz que a floresta brasileira não é fruto do acaso, mas resultado da interação dos povos indígenas com essa natureza. Assim, é preciso reconhecer que os povos indígenas não só conhecem, mas produzem biodiversidade. Por isso ele defende que os povos indígenas possuem uma curiosidade epistêmica própria. Nos últimos anos ela tem trabalhado para garantir os direitos desses povos tradicionais.

outros vídeos da Manuela Carneiro
http://escoladacidade.org/bau/manuela-carneiro-da-cunha-cotidiano-dos-povos-indigenas-no-brasil-atual/
https://tvcultura.com.br/videos/34875_seminarios-cebrap-2014-manuela-carneiro-da-cunha.html

Outros Antropólogos: Viveiros de Castro
Introdução:
https://www.youtube.com/watch?v=cdYpyou8Tpg
https://www.youtube.com/watch?v=sd4qKJKUcF4
No texto Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio, Eduardo Viveiros de Castro, importante antropólogo brasileiro, explica o perspectivismo ameríndio:
“Tipicamente, os humanos, em condições normais, vêem os humanos como humanos, os animais como animais e os espíritos (se os vêem) como espíritos; já os animais (predadores) e os espíritos vêem os humanos como animais (de presa), ao passo que os animais (de presa) vêem os humanos como espíritos ou como animais (predadores). [...] Em suma, os animais são gente, ou se vêem como pessoas. Tal concepção está quase sempre associada à idéia de que a forma manifesta de cada espécie é um mero envelope (uma "roupa") a esconder uma forma interna humana, normalmente visível apenas aos olhos da própria espécie ou de certos seres transespecíficos, como os xamãs.”

O Instituto Socioambiental (ISA) é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para propor soluções de forma integrada a questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.
https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa


Próprios Indígenas
Primeira Universidade Indígena do Brasil - UNIVERSIDADE PAITER A SOEITXAWE
https://www.youtube.com/watch?v=AKJvNJlWi74&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0g8RNhdt6iqgBubq6qbMDeE9gDUDaz5cK5VhsEiTbMmChbxSPwEMQzUHI

Ailton Krenak
Ainton Krenak, liderança indígena e prof. da UFJF, na palestra que deu na abertura do III Simpósio Internacional Repensando Mitos Contemporâneos (a partir do min. 28) fala algumas coisas acerca da arte:
31min. Com a arte (dança e canto) o povo indígena suspende o céu. 35min. quando dançamos chamamos nossos antepassados para estar conosco.  47min. vivemos num tempo de guerra de narrativas, por isso é preciso ouvir e criticar as histórias e os mitos que nos contam. Um deles (dito do início) é que as fronteiras são naturais. Para ele não deve haver fronteiras e um dos papeis da arte é acabar com as fronteiras. Outro mito, contado ao Levi-Strauss, é que os índios foram instintos. 1h 03min. ele conta a história da inquisição no Brasil, quando líderes indígenas foram presos e mortos na Europa.

outros vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=urjJJwpGMJQ
https://www.youtube.com/watch?v=OzV5xFWZdy0

Davi Kopenawa


https://www.youtube.com/watch?v=3JeZQBGwvoo
https://laboratoriodesensibilidades.wordpress.com/2018/05/09/a-queda-do-ceu-de-davi-kopenawa-o-xama-narrador-com-prefacio-de-eduardo-viveiros-de-castro-livro-em-pdf-abaixo-um-grande-xama-e-porta-voz-dos-yanomami-oferece-neste-livro-um-relato-excepcional-ao/
Daniel Munduruku
https://www.youtube.com/watch?v=KwAxLtqnkmg

Portal sobre as religiões populares no Brasil
https://hibridos.cc/po/

Proposta de aproximação antropológica
https://www.academia.edu/40114600/Antropologia_novos_mundos_poss%C3%ADveis

História das Relações Internacionais - Aula 18 / Parte 3: O Imperialismo e a Questão Oriental
https://www.youtube.com/watch?v=2KDgq1cE4A0

discussões iniciais de povos trazidos da África - Todas as turmas

Todas as turmas do Wadih Jorge Maluf - discussões preliminares de povos Africanos foram trazidos forçosamente para o Brasil
As leis 10.639/03 e 11.645/08 tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígenas. Muitas coisas são importantes acerca dessas leis, vamos discutir algumas delas. Primeiro porque essas duas histórias não apareciam no currículo escolar? Pois nosso currículo privilegia a história europeia. Uma outra questão que acho importante salientar é que esses povos, os africanos e os indígenas, são autossuficientes, ou seja, não precisam entrar no mundo moderno da circulação de mercadorias. Me parece que esse é um dos motivos do apagamento da sua história. Vou colocar alguns links para nos ajudar na pesquisa sobre eles:

Livros sobre populações africanas e afrodiaspóricas
https://www.youtube.com/watch?v=FPp_jInNMfk

Filme: Pele Negra, Máscara Branca
Gênero: Documentário
Direção e roteiro: Conrado Krainer
Ano: 2006
Duração: 19 min
Sinopse
“Pele Negra Máscara Branca” se trata de um documentário que aborda o racismo no Brasil, o problema da ideologia do branqueamento. Esta abordagem é feita através de uma ousada proposta de edição cujo objetivo é o de traduzir os conceitos herméticos das ciências sociais para o público leigo.
https://vimeo.com/25032163
No início do vídeo o prof. Kabengela comenta o livro de Frantz Fanon, um africano que era contra a teoria do branqueamento. Essa teoria diz que o branco é melhor que as outras ‘raças’, desse modo sua cultura, sua filosofia, sua ciências são melhores que a dos outros povos. Assim também suas características (olhos claros, cabelos lisos) são mais bonitas do que a de outros, por isso, para ser aceito o negro precisaria imitar as características dos brancos, desse modo, seria um negro de máscara branca. Por esse motivo uma das formas de resistência do povo africano foi resgatar a sua própria identidade.
Discussões: quais são as identidades dos grupos que compõem seu bairro? Quais são seus comportamentos? Como eles se distinguem? Há conflitos? Há algum movimento negro na região?

Introdução ao pensamento de Frantz Fanon - Deivison Nkosi (CyberQuilombo)
https://www.youtube.com/watch?v=mVFWJPXscm0

Site que tenta fornecer ao professor de filosofia material para discutir a filosofia africana.
https://pibidfilosofiaufmt.wixsite.com/pibidfilosofiaufmt/filosofia-e-conscincia-negra

Na Íntegra - Sidney Chalhoub - História do Brasil – Abolição
vídeo onde o professor da unicamp Sidney Chalhoub fala da abolição da escravidão.
https://www.youtube.com/watch?v=HasU6yOmsQs

Museu Afro Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=dbCn2C_n7aM
http://www.museuafrobrasil.org.br/
Há um museu no Ibirapuera em São Paulo que guarda a memória dos povos que foram trazidos forçados da África. Há um vídeo feito pela unescoPortuguese chamado Afro Brasil onde esse museu é apresentado. No início desse vídeo o diretor do museu Emanoel Araujo fala a partir dos relatos de viajante e de imagens provavelmente dos séculos XVI que os negros escravizados ocupavam todos os postos de trabalho na cidade. Isso significa que eles trouxeram muitos conhecimentos, movimentando toda a economia.
Discussão: porque os descendentes de portugueses, os primeiros a construir uma história do Brasil, não quiseram contar essa história? Isso que foi construído por todos (portugueses e africanos) é de propriedade de quem? Quem pode usufruir de tudo que foi construído?
Resposta inicial: todos possuem o direito de usar aquilo que todos produziram. Porém como garantir esse direito no presente e para as futuras gerações? Como registrar e mapear o que foi produzido por todos e por cada um?

Sociólogos
Reginaldo Prandi
https://www.youtube.com/watch?v=UchgKiiCeq4
Moniz Sodré
https://www.youtube.com/watch?v=rbYFs5KwlmM

Portais
portal sobre filosofia africana
https://filosofia-africana.weebly.com/
portal sobre a mulher negra
https://www.geledes.org.br/

Mulher com a Palavra | Djamila Ribeiro, Carla Akotirene, Joice Berth e Lívia Natália. Feministas negras
https://www.youtube.com/watch?v=Jnfk0pCP3pg

Tarde de Palestras: Ciência, tecnologia e inovação afrodescendente (Carlos Machado). Palestra de Carlos Machado sobre os cientistas negros.
https://www.youtube.com/watch?v=jvuo4VgGqMM

Terras das chacinas – 3 documentários (exceção permanente, inimigo interno, o massacre do Carandiru)
https://www.youtube.com/watch?v=enZISbyxgGU
https://www.youtube.com/watch?v=RUBx6_qQh1M
https://www.youtube.com/watch?v=FdmG2M9x4RY

Coleção História Geral da África feita pelo UNESCO
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese_pdf_only/ https://www.youtube.com/watch?v=e8AhCd6-VVE

Mbokolo  sobe o projeto HGA: 
A história em quadrinhos da Rainha Jinga é também muito interessante: 

Vídeos do curso Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania da Unicamp

1. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania
https://www.youtube.com/watch?v=gHUe42vjaGk&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3mk9TicYE82wJ6fAPiOt_NFgMrXpYyf8vjHgUqcbgF9Dk9ZdRfG0tH_0s
Resumo: os negros, descendentes do povo que foi sequestrado da África, apenas em 1988, com a constituição federal, tiveram uma política que os consideraram cidadãos. Ainda assim, há muitas falhas nessa integração, uma delas é a preferência pela cultura europeia que é ensinada nas escolas, enquanto que a cultura africana (e indígena) não é ensinada. Por isso, foi feita a Lei 10.639/03 e 11.645/08 tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira.
Aprofundamento: Dussel (2014) lembra que o Estado Moderno europeu tenta apagar rastros de outros povos, afim de não identificarmos o quanto na história mundial há conexões entre os diversos povos. Ver vídeo: enrique dussel politica da libertacao cap 1 em:
https://www.youtube.com/watch?v=rm3JnXCKIYk.

2. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania. EIXO I: Ações Afirmativas
Resumo: sendo negado até 1988 a cidadania aos descendentes do povo africano (e aos povos originários), é preciso criar ações para contrapor essa tradição, é preciso ações afirmativas para devolver-lhes a cidadania.
Aprofundamento:
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/educacao_acoes_afirmativas.pdf?fbclid=IwAR2DbTwFm7ZRXLDDT1bkBwVhWCszfVwPkiSWfq4gc8mGCj-MguOq7MuOvIk
Gomes: “As ações afirmativas podem ser entendidas como um conjunto de políticas, ações e orientações públicas ou privadas, de caráter compulsório, facultativo ou voluntário que têm como objetivo corrigir as desigualdades historicamente impostas a determinados grupos sociais e/ou étnico/raciais com um histórico comprovado de discriminação e exclusão. Elas possuem um caráter emergencial e transitório. Nesse sentido, as políticas de ação afirmativa têm como perspectiva a relação entre passado, presente e futuro, pois visam corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada no passado, tendo por fim a concretização do ideal de efetiva igualdade e a construção de uma sociedade mais democrática para as gerações futuras.” (p.222)

3. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania. Política para diversidade
https://www.youtube.com/watch?v=kv9BYU4yDkY&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2Yi1oj5Vrm1BJRaJs2H7lY0pGZjPGLd1vLcV3fQuZu888gb9iDlFjU9TI
Resumo: ações do governo brasileiro entre 2003 e 2016 acerca do seu passado escravista. Defesa do direito à diversidade.
Aprofundamento: Nilma Lino Gomes - Parte 1, 2 e 3.
https://www.youtube.com/watch?v=wyw39D4ueJM&fbclid=IwAR2-P_qWai-0nEmsKcZAexaZ6haJ4qOI7bEzlsow32KEM5qm-LzBicqd7ow

4. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania. Cosmovisão africana
https://www.youtube.com/watch?v=_S05aYqceOg&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2sMvmsa8jfnDDaF8fFThYlho1Ebf_UMt7mVmxtsccGjvbmNtQHCcTJxTY
Resumo: tendo sido trazido a força, o povo africano buscou formas de sobrevivência, entre elas a tentativa de reprodução de costumes que traziam da África.
Aprofundamentos: Muniz Sodré – Interpretações da Cultura.
http://www.nostransatlanticos.com/video/muniz-sodre-interpretacoes-da-cultura/?fbclid=IwAR2q2Fh5PLAXtv0Ldbwo2PQO-OednE0swdpEQv-vJbdjTjt5pPLRAQLKpwM

5. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania. Conceito de Africanidades
https://www.youtube.com/watch?v=4xYIReWkudE&feature=youtu.be
Resumo: o que significa africano? há múltiplas identidades

6. Educação Para as Africanidades: formação para a Cidadania. Corpo e Estética
Resumo: a identidade se constrói pela relação com o outro, porém na relação entre povos da África e os povos Europeus, entre elas o povo negro e o povo branco, houve uma valorização de qualidades de pessoas brancas em detrimento as negras, em especial o tipo de cabelo. Assim, processos de identidade se faz fundamental.
Projeto Naturalmente Cacheados
https://2019.febrace.org.br/virtual/2019/HUM/194/
https://www.facebook.com/NaturalmentesCacheadas/

Proposta de texto para pensar uma Ética a partir do Candomblé
https://www.academia.edu/40114601/%C3%89tica_e_Candombl%C3%A9
Texto “Ética e Candomblé”. Nesse texto tento propor duas éticas a partir de uma certa idealização do Candomblé. 1. Todos precisam, ao mesmo tempo, por um lado reconhecer as qualidades do outro, por outro lado limitar as suas qualidades (isso vale para tudo, pessoas, animais, plantas, coisas, etc). 2. Todos precisamos ouvir todos e tocar com todos, para tanto é preciso em alguns momentos se deixar levar pela música do outro e em outros momentos conduzir os outros com suas músicas.

História das Relações Internacionais - Aula 18 / Parte 3: O Imperialismo e a Questão Oriental
https://www.youtube.com/watch?v=2KDgq1cE4A0

Cultura negra no Brasil
A cultura feita pelos negros que foram escravizados e pelos seus descendentes é enorme, para falar de alguns: o candomblé, a capoeira, a comida, o hip hop, o samba. Vamos apresentar abaixo algumas letras de músicas do grupo de Rap Racionais e de alguns sambas:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2019/10/disco-sobrevivendo-no-inferno-dos.html
Há muitos outros grupos de Rap: Face da morte, Sistema Negro, Facção Central (com Eduardo Taddeo, ver seminário dele sobre literatura periférica), Djonga, Baco Exu do Blues, BK, Rincon Sapiência e Mariana Mello. Escolha um deles para pesquisar e comparar.

O samba
No livro “Não tá sopa” Maria C. P. Cunha  (2015) diz o seguinte: “pode-se dizer que o samba – na forma como o conhecemos hoje – nasceu da conjunção destes dois fatores: a rivalidade entre grupos carnavalescos, que estimulou a busca de inovação, e a adequação das performances nos certames de rua, criando um padrão rítmico mais dançante tanto para os desfiles como para os salões, por um lado; e o desenvolvimento do mercado fonográfico, com suas regras e mecanismos, por outro.” Somado a isso está o elevação do gênero como ritmo nacional por excelência que representa miscigenação do povo brasileiro.
Carlos Sandroni em seus livros e vídeos também discuti isso: o samba nasce da mistura entre música europeia (que privilegia uma certa harmonia instrumental) e a música Africana (que privilegia a percussão).
Pesquise acerca da história do samba, como ele se tornou referencia da música brasileira. Pesquise outros elementos que fazem parte da identidade brasileira
Grupo Sensação; música: Canto Nacional: [...]Não da pra ser feliz quando o problema e social/A infelicidade gera crise nacional
Grupo Fundo de Quintal; música: A batucada dos nossos tantãs: [...] Este samba é pra você/Que vive a falar, a criticar/Querendo esnobar, querendo acabar/Com a nossa cultura popular
Jorge Aragão; música: Identidade.
Sandra de sá: Olhos coloridos.
Homenagens a cantores e cantoras negras: Nossa escola Undergound Samba Lapa.
Aquarela brasileira de Silas de Oliveira
Vídeos: Bia Ferreira - Cota Não é Esmola | Sofar Curitiba; Paraíso do Tuiuti 2018 - Samba na voz de Grazzi Brasil

Turmas de Sociologia do EJA - Marx e Weber

Turmas de Sociologia do EJA do Wadih Jorge Maluf - Marx e Weber

Estudos dois capítulos do livro de Sociologia. Nele estudamos dois autores importantes: Marx e Weber. Vou colocar abaixo os conceitos principais de cada um e algumas indicações para aqueles que quiserem se aprofundar.

Marx:
a história é a luta de classe, antes do capitalismo, no feudalismo, a luta era entre os monarcas e burgueses, no capitalismo a luta é entre burgueses e proletariado. A partir dessa luta constante as sociedades mudam. Para Marx o capitalismo é a continuação do feudalismo e o comunismo é a continuação do capitalismo. Antes do comunismo que nada mais é do que a abolição da propriedade privada dos meus de produção haveria o socialismo que é o comunismo em um só país.
o capitalismo é o regime onde a maior característica é a circulação da mercadoria. Ela, a mercadoria, é formada pelo valor de uso e pelo valor de troca.
Marx trabalha com o método dialético materialista.

Indicações na internet:
História da Filosofia em espanhol - Marx
https://www.youtube.com/watch?v=41Y02E_41kM&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=25

Marx na íntegra - Antônio Mazzeo

Curso do Vladimir Safatle Reler Marx hoje

Aula do Rafael Padial

III Curso Livre de Marx-Engels realizado pelo Sindicato dos Bancários e organizado pela Boitempo

A VERDADE SOBRE MARX de Sabrina Fernandes
Max Weber
No livro que usamos na escola, Tempos Modernos e Tempos de Sociologia, Weber está no cap. 6, a partir da pag. 90. A questão principal do capítulo é que para Weber o cristianismo não permitia o desenvolvimento do capitalismo que só conseguiu isso a partir da reforma protestante. Essa reforma faz com que as pessoas identificasse seus dons como uma dádiva divina que precisa ser praticada em glória a deus. Assim, os teóricos protestantes justificaram em passagens bíblicas que justificavam como o trabalho e o sucesso como marca da glória divina. Além disso o não uso dos frutos do trabalho, isto é, o ser ascético, para Weber é um dos motores do capitalismo.

Indicações na internet:
D-09 - Clássicos da Sociologia: Max Weber
https://www.youtube.com/watch?v=ea-sXQ5rwZ4

Café Filosófico: A Sociologia de Weber - Gabriel Cohn
https://www.youtube.com/watch?v=qU_zUBTsILQ
https://www.youtube.com/watch?v=-LaFaoERNGs

cursos de história
História das Relações Internacionais I
História das Relações Internacionais II

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Filosofia Wadih Jorge Maluf - primeira semana de agosto

Para as turmas de Filosofia da escola Wadih Jorge Maluf - primeira semana de agosto

Quando estudamos filosofia contemporânea temos que estar atentos com os acontecimentos históricos, em especial com os eventos dos séculos XVIII e XIX. Dois eventos são importantes desse período: A Revolução Francesa (do ponto de vista político: a criação de um novo tipo de Estado) e a Revolução Industrial na Inglaterra (do ponto de vista econômico, pois a partir desse evento a produção e a circulação de mercadorias foram alteradas).
Quem puder, vejam os vídeos abaixo:
1789-1814: A Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas (Aula 11, parte 1)
https://www.youtube.com/watch?v=l3FmFXE1Ki8
História das Relações Internacionais - Aula 15 - 1750-1914 - A Revolução Industrial:
https://www.youtube.com/watch?v=gK133K1pLu0

Inicialmente vou me concentrar no segundo evento: na revolução industrial da Inglaterra. As pessoas que moravam na Inglaterra, graças as viagens que faziam por todo o mundo (inclusive ao oriente), conseguiu desenvolver uma tecnologia para aproveitar o vapor produzido pela queima de carvão vegetal para produzir melhor roupas. Com o aumento de produção, o povo inglês precisou encontrar meios para conseguir mais matéria prima (o algodão) e vender o que era produzido. Eles se organizaram para controlar a produção e a circulação dessa mercadoria. Na produção os ingleses precisam organizar o conhecimento acerca das máquinas e na circulação eles precisavam organizar as trocas e as formas desse produto circular. Para comercializar com outras civilizações, os ingleses precisaram deixar pessoas de sua confiança nos portos das cidades onde eles poderiam realizar esse comercio. Assim essas pessoas poderiam conhecer essas outras civilizações e assim comercializar com elas. Para conhecer esses povos, essas pessoas (engenheiros, políticos, médicos, missionários) inventaram algumas categorias que tornaram-se conceitos usados pela sociologia (e depois pela Antropologia). São eles:
  • Linguagem
  • Cultura
  • Tipo de alimentação
  • Tipo de vestimenta
  • Religião
  • Modo de Produção
  • Como guerreavam
  • Como se organizavam politicamente
Esta relação comercial gerou mudanças nos dois povos, tanto os ingleses quanto aqueles que realizavam comercio com eles. Por exemplo, se um inglês vai vender roupa para alguém, como um indigna ou um africano, que não usa roupa há um problema. Uma das táticas comerciais da Inglaterra foi criticar os modos de vida desses povos e seus costumes, chamando-os de primitivos. Assim, aqueles que abandonavam suas tradições, se integraram ao mundo moderno, ao mundo das trocas de mercadorias.
Atividades:

  1. pesquise na internet, em livros e na sua família sobre os povos viviam na Africa e aqui nas Américas. Procure saber como foi a relação deles com os europeus
  2. Os profissionais que vieram da Europa para conhecer os povos que pretendiam comercializar, engenheiros, políticos, médicos, advogados, professores universitários, missionários, de um certo modo, continuam com destaque na administração do Brasil. Volte aos profissionais que vocês conversaram e pergunte a eles como é sua relação com esses profissionais. Pergunte e pesquise na internet como o Estado Brasileiro regula o trabalho dele (quais são as normas, as regulamentações)
  3. traga uma música na próxima aula. Tente aprende-la para apresentar aos colegas.


quarta-feira, 10 de julho de 2019

Sociologia do Wadih Maluf - 1 sem. agosto - início da Socilogia

Para as turmas de Sociologia da escola Wadih Jorge Maluf - primeira semana de agosto - início da Sociologia

olá a todos
Vou retomar um exercício do final do segundo semestre. Assim, aqueles que não fizeram por favor façam. Antes só uma introdução teórica a partir do livro Tempos Modernos, Tempos de Sociologia, cap. 3, pag. 40.
Quando estudamos Sociologia temos que estar atentos com os acontecimentos históricos, em especial com os eventos dos séculos XVIII e XIX. Dois eventos são importantes desse período: A Revolução Francesa (do ponto de vista político: a criação de um novo tipo de Estado) e a Revolução Industrial na Inglaterra (do ponto de vista econômico, pois a partir desse evento a produção e a circulação de mercadorias foram alteradas).
Quem puder, vejam os vídeos abaixo:
1789-1814: A Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas (Aula 11, parte 1)
https://www.youtube.com/watch?v=l3FmFXE1Ki8
História das Relações Internacionais - Aula 15 - 1750-1914 - A Revolução Industrial:
https://www.youtube.com/watch?v=gK133K1pLu0

Inicialmente vou me concentrar no segundo evento: na revolução industrial da Inglaterra. As pessoas que moravam na Inglaterra, graças as viagens que faziam por todo o mundo (inclusive ao oriente), conseguiu desenvolver uma tecnologia para aproveitar o vapor produzido pela queima de carvão vegetal para produzir melhor roupas. Com o aumento de produção, o povo inglês precisou encontrar meios para conseguir mais matéria prima (o algodão) e vender o que era produzido. Eles se organizaram para controlar a produção e a circulação dessa mercadoria. Na produção os ingleses precisam organizar o conhecimento acerca das máquinas e na circulação eles precisavam organizar as trocas e as formas desse produto circular. Para comercializar com outras civilizações, os ingleses precisaram deixar pessoas de sua confiança nos portos das cidades onde eles poderiam realizar esse comercio. Assim essas pessoas poderiam conhecer essas outras civilizações e assim comercializar com elas. Para conhecer esses povos, essas pessoas (engenheiros, políticos, médicos, missionários) inventaram algumas categorias que tornaram-se conceitos usados pela sociologia (e depois pela Antropologia). São eles:
  • Linguagem
  • Cultura
  • Tipo de alimentação
  • Tipo de vestimenta
  • Religião
  • Modo de Produção
  • Como guerreavam
  • Como se organizavam politicamente
Esta relação comercial gerou mudanças nos dois povos, tanto os ingleses quanto aqueles que realizavam comercio com eles. Por exemplo, se um inglês vai vender roupa para alguém, como um indigna ou um africano, que não usa roupa há um problema. Uma das táticas comerciais da Inglaterra foi criticar os modos de vida desses povos e seus costumes, chamando-os de primitivos. Assim, aqueles que abandonavam suas tradições, se integraram ao mundo moderno, ao mundo das trocas de mercadorias.
Atividades:

  1. pesquise na internet, em livros e na sua família sobre os povos viviam na Africa e aqui nas Américas. Procure saber como foi a relação deles com os europeus
  2. Os profissionais que vieram da Europa para conhecer os povos que pretendiam comercializar, engenheiros, políticos, médicos, advogados, professores universitários, missionários, de um certo modo, continuam com destaque na administração do Brasil. Volte aos profissionais que vocês conversaram e pergunte a eles como é sua relação com esses profissionais. Pergunte e pesquise na internet como o Estado Brasileiro regula o trabalho dele (quais são as normas, as regulamentações)
  3. traga uma música na próxima aula. Tente aprende-la para apresentar aos colegas.

Exercício do semestre passado (para o 1A e 1B) (quem não fez faça)
peguem novamente a história que vocês criaram e a conversa com o profissional. Quem tem alguma dúvida volte a aula da 1 semana:
A partir das categorias acima, compare a história que vocês escolheram e o profissional:
No caso da história:
como e com quem os personagens se comunicam? eles conversam para quê? quais são os hábitos deles? como eles se alimentam, trabalham, se relacionam com os outros? quem manda em quem? quem obedece?
no caso do profissional
Como e com quem ele conversa? ele conversa sobre o quê? quais são os hábitos e os costumes? com quais ferramentas ele trabalha? da onde vem essas ferramentas? ele trabalha para quem? o que as pessoas fazem com o trabalho dele? como o Estado organiza o trabalho dele? quais são as normas? como o Estado participa do trabalho deste profissional?




Cursinho Proceu - Filosofia medieval e moderna

Cursinho Proceu - Filosofia medieval e moderna

olá a todos


a aula passada, filosofia medieval, está no link

http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/05/6-aula-agostinho-e-tomas.html


para a próxima aula, filosofia moderna, ver link

http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/06/

http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/cont-6-aula-filosofia-moderna-secxv-xvii.html

http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/7-aula-filosofia-moderna-secxviii-xix.html


vídeos introdutórios

https://www.youtube.com/watch?v=VY2osqEbvfY&index=15&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp

https://www.youtube.com/watch?v=vjNZfQrOOZw&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=16

https://www.youtube.com/watch?v=iTiPc1cv9OA&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=17


as aulas estão gravadas no google drive

https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn


terça-feira, 19 de março de 2019

Turmas de Filosofia - Estado Moderno

Turmas de Filosofia 1ª e 2ª semana de março - Estado Moderno
Estamos, a partir do livro de Filosofia Experiência do Pensamento de Sílvio Gallo, estudando os filósofos que discutiram a formação do Estado Moderno, páginas 210 a 215. A partir dos conceitos apresentados abaixo iremos escrever frases para discutir:
- nossa história e nossa frase genérica
- texto sobre a conversa com o profissional
os conceitos são:
- Hobbes: Estado de Natureza, Contrato Social, egoismo, guerra.
- Loocke: Estado de Natureza, Contrato Social, propriedade privada, soberania do povo.
- Rousseau: Estado de Natureza, Contrato Social, propriedade privada, vontade geral.

Explicando
Para Hobbes o ser humano antes de viver no estado civil vive num em guerra de todos contra todos, pois o homem é egoísta por natureza e quer aquilo que o outro tem. Como os homens não possuem recursos para se proteger do egoismo do outro, cada ser humano vai se antecipar e atacar o outro antes de ser atacado. Isto seria para ele o estado de natureza. Esse estado só seria superado se cada indivíduo desse sua violência para um ser que conseguisse acumular a violência de todos, esse indivíduo ele chamou de Leviatã, que nada mais é do que o Estado.
Já Loocke acha que no Estado de Natureza os homens vivem buscam preservar suas vidas, por isso não se agrediriam gratuitamente. Para ele todo homem nasce livre e proprietário do seu corpo e da sua capacidade de trabalhar, porém precisa estabelecer um contrato com outros homens para garantir esse direito, é o contrato social. Então, os homens em conjunto indicam pessoas para administrar aquele lugar onde eles vivem, porém isso não significa que este governo tem poder ilimitado como em Hobbes. O poder continua pertencendo ao povo que empresta ao soberano enquanto ele realizar a vontade do povo. Como o homem é proprietário das coisas que altera com seu trabalho, inclusive a terra que é de todos, ele pode vender o resultado do seu trabalho.
Para Rousseau o homem no Estado de Natureza vive bem isoladamente e sendo autossuficiente, porém a sociedade civil o corrompe. Para ele também a propriedade privada é a origem de toda desigualdade entre os homens, assim, no contrato social, os homens precisariam organizar uma sociedade onde uma pessoa não explorasse a outra. Para tanto, é preciso que as pessoas entrem num acordo e determinem a vontade geral, isto é, as ideias comuns e partilhadas por todos.