Avaliação diagnóstica de Sociologia para turmas do 1 ano do Porphyrio. Conteúdo principal: projeto colonial (escravismo e formação dos Estados Nacionais), Revolução Francesa (mudança política) e Revolução Industrial (mudança no modo de produção). Exercício para análise de questões do tipo de múltipla escolha. Sigam a seguinte sequência:
a) com suas palavras escreva a pergunta da questão
b) escreva o significado da principal palavra da pergunta
c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta
d) pesquisa no dicionário e na internet os possíveis sentidos das palavras que vocês não conhecem. Caso tenham dúvidas anotem
e) aqueles que conseguirem, em cada uma das alternativas, a partir das etapas anteriores, diga o porquê de uma questão estar certa e uma outra estar errada
O vídeo que fiz para explicar essa atividade chama-se: Sugestão de resolução de questões de enem - sociologia - https://www.youtube.com/watch?v=zOaGLG6ntoM
FGV 2012. Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali. Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa (...). Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV:África do século XII ao XVI. No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois
a. encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
b. descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
c. reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
d. identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
FUVEST 2012. Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado. Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,
a. os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b. os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c. o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.
d. o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
FUVEST 2014. Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio[...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos. P. Antônio Vieira, Sermão décimo quarto. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.).Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73-75. A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente, que, nas terras portuguesas da América,
a. a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar.
b. as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia.
c. a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justificá-la com base na Bíblia.
d. clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão.
UFU 2012. As mães, as filhas, as irmãs, representantes da Nação, pedem ser constituídas em Assembleia Nacional. Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em coragem nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã: Art. 1 - A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a utilidade comum; Art. 2 - A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão. (Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791). O documento acima foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anteriormente. A proposta de Marie Gouze expressa
a. o descontentamento feminino ante as desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.
b. o reconhecimento da fragilidade feminina, devendo a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.
c. a participação das mulheres no processo revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de gênero na França.
d. a disputa política entre os Jacobinos e Girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez maior das conquistas sociais no processo revolucionário.
UFABC 2015. Os últimos anos da década de 1780 tinham sido, por uma complexidade de razões, um período de grandes dificuldades praticamente para todos os ramos da economia francesa. Uma má safra em 1788 e 1789 e um inverno muito difícil tornaram aguda a crise. As más safras faziam sofrer o campesinato, pois significavam que, enquanto os grandes produtores podiam vender cereais a preços de fome, a maioria dos homens em suas insuficientes propriedades tinha provavelmente que se alimentar do trigo reservado para o plantio ou comprar alimentos àqueles preços, especialmente nos meses imediatamente anteriores à nova safra (maio-julho). Obviamente, as más safras faziam sofrer também os pobres das cidades, cujo custo de vida – o pão era o principal alimento – podia duplicar. HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções: 1789-1848. 25. ed. rev. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009. O texto refere-se a fatores de uma conjuntura econômica francesa que contribuíram para
a. a união de camponeses e “camadas urbanas” contra uma ordem política e social imposta pela nobreza e pelo clero.
b. a promoção de uma aliança entre camponeses e grandes proprietários de terra contra o poder político da alta burguesia.
c. a ascensão de um governo absolutista que assumiu o poder político visando a abolir as principais obrigações feudais.
d. o surgimento de grupos que pregavam o ideal anarquista de construção de uma sociedade sem Estado.
UNESP 2013. “Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução lndustrial, mas sim o próprio trabalho.” (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial
a. provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
b. representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção.
c. piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
d. preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.
UNESP 2010. Este considerável aumento de produção que, devido a divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, a economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos. (Adam Smith. 'Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)'. In: Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.) O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial:
a. o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra.
b. a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador.
c. o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias.
d. a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.
a) com suas palavras escreva a pergunta da questão
b) escreva o significado da principal palavra da pergunta
c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta
d) pesquisa no dicionário e na internet os possíveis sentidos das palavras que vocês não conhecem. Caso tenham dúvidas anotem
e) aqueles que conseguirem, em cada uma das alternativas, a partir das etapas anteriores, diga o porquê de uma questão estar certa e uma outra estar errada
O vídeo que fiz para explicar essa atividade chama-se: Sugestão de resolução de questões de enem - sociologia - https://www.youtube.com/watch?v=zOaGLG6ntoM
FGV 2012. Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali. Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa (...). Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV:África do século XII ao XVI. No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois
a. encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
b. descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
c. reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
d. identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
FUVEST 2012. Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado. Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,
a. os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b. os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c. o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.
d. o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
FUVEST 2014. Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio[...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos. P. Antônio Vieira, Sermão décimo quarto. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.).Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73-75. A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente, que, nas terras portuguesas da América,
a. a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar.
b. as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia.
c. a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justificá-la com base na Bíblia.
d. clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão.
UFU 2012. As mães, as filhas, as irmãs, representantes da Nação, pedem ser constituídas em Assembleia Nacional. Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em coragem nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã: Art. 1 - A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a utilidade comum; Art. 2 - A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão. (Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791). O documento acima foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anteriormente. A proposta de Marie Gouze expressa
a. o descontentamento feminino ante as desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.
b. o reconhecimento da fragilidade feminina, devendo a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.
c. a participação das mulheres no processo revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de gênero na França.
d. a disputa política entre os Jacobinos e Girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez maior das conquistas sociais no processo revolucionário.
UFABC 2015. Os últimos anos da década de 1780 tinham sido, por uma complexidade de razões, um período de grandes dificuldades praticamente para todos os ramos da economia francesa. Uma má safra em 1788 e 1789 e um inverno muito difícil tornaram aguda a crise. As más safras faziam sofrer o campesinato, pois significavam que, enquanto os grandes produtores podiam vender cereais a preços de fome, a maioria dos homens em suas insuficientes propriedades tinha provavelmente que se alimentar do trigo reservado para o plantio ou comprar alimentos àqueles preços, especialmente nos meses imediatamente anteriores à nova safra (maio-julho). Obviamente, as más safras faziam sofrer também os pobres das cidades, cujo custo de vida – o pão era o principal alimento – podia duplicar. HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções: 1789-1848. 25. ed. rev. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009. O texto refere-se a fatores de uma conjuntura econômica francesa que contribuíram para
a. a união de camponeses e “camadas urbanas” contra uma ordem política e social imposta pela nobreza e pelo clero.
b. a promoção de uma aliança entre camponeses e grandes proprietários de terra contra o poder político da alta burguesia.
c. a ascensão de um governo absolutista que assumiu o poder político visando a abolir as principais obrigações feudais.
d. o surgimento de grupos que pregavam o ideal anarquista de construção de uma sociedade sem Estado.
UNESP 2013. “Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução lndustrial, mas sim o próprio trabalho.” (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial
a. provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
b. representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção.
c. piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
d. preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.
UNESP 2010. Este considerável aumento de produção que, devido a divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, a economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos. (Adam Smith. 'Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)'. In: Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.) O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial:
a. o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra.
b. a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador.
c. o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias.
d. a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.
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