terça-feira, 23 de agosto de 2022

Pratica1.HG408A. historia.e.frase.filosofica

Pratica1.HG408A. historia.e.frase.filosofica

Conversei com o Prof. Rafael Garcia e combinamos para semana que vem, 29/08, a seguinte sequência: 1. Conversa inicial sobre a maiêutica; 2. Apresentação de exercício prático 1: criação ou recuperação de uma história e frase filosófica; 3. Avaliação do exercício prática 1

Antes de detalhar melhor a aula de 29/08 vou comentar aquilo que acho que não discutimos do texto do Gallo e colocar as indicações que fiz na conversa de ontem:

Texto do Gallo

No meu entender duas coisas do texto do Gallo poderíamos conversar mais: 1. Acerca da defesa da filosofia no ensino médio, Gallo argumenta que esse é talvez o único espaço onde os jovens tem acesso ao conhecimento filosófico. Eu acho que ele tem razão, mas acho que isso é um problema do nosso Estado (e de outros também) que não consegue criar espaços de convivência ‘filosófica’. Na França são os cafés, no Rio de Janeiro os bares, em Barão Geraldo os bares; 2. O que ele, a partir de Deleuze, define como conceito e filosofia, até onde entendi conceito é a nomeação de algo significativo na experiência vivida. Nas nossas próximas conversas, a partir de Platão e outros autores, gostaria de propor outras, como a intervenção consciente no mundo.

Sobre as indicações (me lembrem se esqueci de algo)

·      Sobre Astronomia e satélite:

o   o curso sobre Revolução astronômica do prof. da USP Valter Alvis Bezerra que em 2020 disponibilizou suas aulas e a bibliografia pertinente (https://bit.ly/fhcm2020https://sites.google.com/site/filosofiadacienciausp/home/fhcm-2020

o   Professor da Unicamp que trabalha com satélite: Jurandir Zullo Junior

o   sobre a relação Brasil/China nas décadas de 80 a 2000: BIATO JR, Oswaldo. A parceria estratégica sino-brasileira: origens, evolução e perspectivas (1993-2006). Brasília: Ministério das Relações Exteriores; Fundação Alexandre Gusmão, 2010. Disponível em: <http://funag.gov.br/loja/download/899-A_Parceria_Estrategica_Sino-Brasileira.pdf>.    

·      indicações de Platão:

o   texto do Fernando Santoro sobre como Platão criou o mito de Androgeno: SANTORO, Fernando . Máscaras de Dioniso no Banquete de Platão. O que nos faz pensar, [S.l.], v. 23, n. 34, p. 47-62, mar. 2014. Disponível em: http://www.oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/index.php/oqnfp/article/view/404/403

o   sobre Sócrates: MAGALHÃES-VILHENA, V. O problema de Sócrates – o Sócrates histórico e o Sócrates de Platão. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1984, 596p.

·      História das Relações Internacionais com Peter Demant: Playlist de 90 aulas: https://www.youtube.com/watch?v=VPDYz07-iJ8&list=PLxI8Can9yAHde0-EG990R6IyJAaTksojr

 

1.    Conversa inicial sobre a maiêutica

    A maiêutica socrática com ‘união’ de teorias no Teeteto. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/326

    Obstetrícia socrática (anotações de Marcelo Marques em 2014). Disponível em: http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2022/08/obstetriciasocratica-marcelomarques2014.html

·      Vou colocar o Teeteto no drive para aqueles que tem interesse. A descrição da maiêutica vai de 148e-151d

 

2.    Atividade prática 1: criação ou recuperação de uma história e frase filosófica

Vamos no dia 29 realizar três exercícios: 1: criação ou recuperação de uma história e uma análise seguinte 7 etapas; 2. Em dupla fazer o mesmo exercício com a história do(a) amigo (a); 3. avaliação da atividade. Todos os três para entregar dia 29/02. Aqueles que puder fazer o exercício 1 em casa, podem fazer.

A atividade 1 venho fazendo desde de 2018 e há várias versões, gostaria que vocês fizessem a versão de 2021 (postada no meu blog em 22/02/2021).

http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2021/02/turmas-do-1-ano-do-porphyrio-1-semana_22.html

Na primeira parte do texto: Duas propostas para ensino propedêutico da filosofia a partir de Platão apresento alguns elementos teóricos, porém ele está incompleto: https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/35264

 

3.    Avaliação do exercício prática 1

Depois de cada um realizar o exercício completo (fazer a sequencia na sua história e na do (a) amigo (a)) vamos fazer por escrito (e também oralmente) uma avaliação da atividade 1, como sugestão inicial proponho: os objetivos foram alcançados? Quais os possíveis problemas para aplicar o exercício no Ensino Médio? E em outros níveis de ensino? Quais os possíveis desdobramentos do exercício? Proponha uma atividade similar.

4. Por fim vou propor algo para vocês irem matutando: pensar em cursos livres nos quais o departamento de filosofia tem dificuldade em oferecer. Penso que o levantamento inicial deve conter: Nomes, instituição e localização de pesquisadores, temas, dias e horários com o menor número de aula e eventos para não chocar as datas, indicação bibliográfica inicial, custos, formas de financiamento.

 

Todos os textos são de minha autoria estão no meu Academia.edu: https://unicamp.academia.edu/RobsonGabioneta

Caso não encontrem me solicitem por um e-mail: robsongabioneta@yahoo.com.br

sábado, 20 de agosto de 2022

Maiêutica.socrática.como.método.de.ensino.de.filosofia

Roteiro para a aula de 22/08/2022 para a disciplina HG408 - Metodologias e Práticas de Ensino em Filosofia, Turma A

Maiêutica socrática como método de ensino de filosofia

Apresentação a partir de elementos da maiêutica: 
1. 2014 Marcelo Pimenta Marques, num curso sobre Teeteto, me corrigi: “você no seu artigo apresentou um aspecto da maiêutica”.  Maiêutica como correção, identificação do erro. Depois Marcelo foi maiêutica para eu publicar um texto sobre a maiêutica.
2. Apresentei a Marcelo uma hipótese de como Platão teria investigado. (ele não criticou...)
3. Havia apresentado no mestrado em 2013 a técnica a maiêutica platônica: unir teorias. Adriano Machado e Eliane apontaram a novidade, mas não foram maiêuticos.
4. Benoit sempre me incentivou. Maiêutica como incentivo a jovens.
5. 2009 começo a trabalhar como bolsista do CPA e me impressiono com o trabalho de Hector. Como a ler os diálogos com sua teoria. Leio Parmênides depois o Protágoras, fico apaixonado e começo uma pesquisa. Maiêutica como busca de explicações.
6. Utilizo da técnica de explicação (reprodução) e comentário (extração, comparação, hipóteses) do livro Metodologia Filosófica de Folscheid e Wunenburger na leitura do Protágoras e faço monografia.
7. Utilizo a mesma técnica (exp/com.) nos diálogos onde aparece Protágoras em conjunto com a teoria de Benoit (maiêutica: união de teorias) e proponho um projeto de mestrado no qual fui aceito.
8. Vou para o primeiro congresso em Recife em 2011 sobre Banquete com o método: uma semana de leitura e anotação (metade da folha reprodução outra metade comentários e observações). Diálogo com os especialistas. Maiêutica preliminar: estar no nível de formular perguntas e entender outras teorias.
9. Crio grupo de estudos com Andre Cressoni (depois Rodrigo e Nayara) sobre doutorado de Benoit e diálogos de Platão (lemos: Fedon, Teeteto, Sofista, Parmenides). Maiêutica grupal: formação de grupos de pesquisa.
10. Defendo mestrado em 2013
11. 2013 início estudos sobre ensino de filosofia/sociologia a partir música popular brasileira (samba): 2013 Com Thiago Amor em Vinícius de Moraes e Platão; 2014 Com T. Filosofia a partir do Mito e Doriva Caymmi; 2014 Com T. e Lucas progresso em Adoniran Barbosa e criação de personagens em Adoniran e Platão; 2015 Com T. L. e Fernando crítica ao Estado por Bezerra da Silva; 2015 Com L. F. Raul Industria Cultural e Fundo de Quinta. Em 2016 e 2017 Cursos no Programa UniversIDADE com L. F. R. e Otávio. Maiêutica na produção de textos coletivos.
12. 2020 Síntese da teoria usada no item anterior para discutir o disco Sobrevivendo no Inferno dos Racionais MC’s. Maiêutica na produção de teorias.
13. 2009-2021 Ensino de Filosofia em escolas públicas e particulares para diversas idades (de 2 anos até 70 anos).  Maiêutica na apresentação da Filosofia/Sociologia.
14. 2018 Me formo em Sociologia, reingresso em Antropologia por causa da curiosidade acerca das Humanidades construídas com amigos (Economia, Sociologia, Geografia, Música, Filosofia). Maiêutica da convivência.
15. 2019-atual Participação no grupo de Ensino de Filosofia de Rafael Garcia (Jornadas de Filosofia). Maiêutica grupal: formação de grupos de pesquisa.


Pensando na prática do ensino de filosofia que pretendemos trabalhar na semana que vem, dia 29/08/2022, sugiro a leitura dos seguintes textos:
DUAS PROPOSTAS PARA ENSINO PROPEDÊUTICO DA FILOSOFIA A PARTIR DE PLATÃO. Disponível: https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/35264
A maiêutica socrática com ‘união’ de teorias no Teeteto. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/326
Sobrevivendo no Inferno: disponível em: https://www.academia.edu/44457837/Racionais_sobrevivendo_no_inferno
Obstetrícia socrática (anotações de Marcelo Marques em 2014). Disponível em: http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2022/08/obstetriciasocratica-marcelomarques2014.html
Todos os textos são de minha autoria, exceto as anotações do Marcelo. Todos os textos estão no meu Academia.edu: https://unicamp.academia.edu/RobsonGabioneta
Caso não encontrem me solicitem por um e-mail: robsongabioneta@yahoo.com.br 

Observação: estou preparando para a tese de doutorado uma seção sobre Educação. Uma síntese desse discussão está na primeira postagem de 20/08/2022.

obstetricia.socratica-marcelo.marques.2014

 



Síntese.Educação


Síntese sobre Educação. Robson Gabioneta doutorando FE-Unicamp. Orientador: Silvio Gamboa.

Educação (ou transmissão) em Geral: Todo ser vivo que se reproduz transmite aos seus descendentes formas de sobrevivência. Do mesmo modo toda comunidade para existir ao longo do tempo precisa transmitir para as novas gerações seus saberes.

Educação e Impérios

Filosofia nos Impérios: Mesopotâmia, Inca, Asteca e Maia; Índia Antiga; Fenícia, Egito, Creta, Persa, Gregos, Romanos, Islã, China (Dussel 2014):. Educação guerreira asteca (Melo, 2013)

Educação e Estado (ocidente): educação como meio de inserir as pessoas no mundo urbano moderno.

Estado como aquele que garante a hegemonia de uma cidade (uma localidade) sobre a outra no qual o modelo é o Império Romano: recompensar generais com terras e administração das cidades (locais) conquistados; direito de cidadania a quem paga os impostos em dia (Tilly, 1996).

Interesse do Estado em educar sua população. Alguns exemplos: Lutero: ensinar a ler a bíblia para se comunicar com Deus, (Barbosa, 2011); Prússia sec. XIX e EUA sec. XX: educar para vencer a guerra (Martins, 2017; Calciolari Junior e Soriano, 2015). Revolução Francesa: educação como direito a partir do relatório de Condorcert em 1792: o Estado deve financiar os sábios, criar instituições e deixá-los livres (Boto, 2003). Outras ppropostas de educação: França, sec. XX, Freinet: mudança na organização da escola para que ela seja do povo; Rússia pos-rev.1917, Pistrak: aprendizagens partilhadas a partir de desafios locais (Girotto, 2016).

Áreas que atuam na educação: Física do XVIII (em especial Newton): quantificação e a criação de leis. O idealismo alemão (Kant, Fichte, Goethe, Humboldt) criticam a concepção mecanicista que pensa a terra como uma máquina e propõem ver a terra como um organismo vivo (Vitte, 2010, 2011). Biologia: Darwin ao defender a teoria da seleção natural foi criticado pelo cristianismo que defendia(e) a criação do mundo por um ser supremo e a imutabilidade dos seres vivos; Debate da época: abiogênese (a vida não vem da vida) e a biogênese (a vida vem da vida) (Rosa e Terra, 2018); Psicogenia foi a ciência que estudo o conceito de idade mental, justificativa da escola seriada (Teoria evolucionista que dialoga com a Antropologia de Tylor, sociologia de Spencer, Positivismo de Comte, História Stuart Mill); Primeiro Quetelet, depois Taine, Darwin e Preyer, propõem uso de estatística para aferir o desenvolvimento fisiológico e estabelecer o ‘normal’; posteriormente os testes de QI de Binet e Simon (1911) (Gouvêa, 2008). Filosofia: Foucault: não se pode falar de relações de saber sem considerar as relações de poder; Proyer: o ser humano herda comportamentos hereditários, Locke: o ser humano é uma tábula rasa (Golveia, 2008) Psicologia: sec. XIX: aptidão é fixa e identificável; Piaget, 1970, criticou: a inteligência é construída. Carrol e Bloom: todas aprendem com velocidade diferente (Crahay, 2013, p.19-21). Linguística: comparação entre as línguas; origem comum; ensino da língua ‘pátria’: padronização ou universalização a partir de uma região (Leite, 2010).

ONU: DUDH de 1948: direito à educação (textos explicativos em 2018); relatório de Coombs: defende que a escola forma é ineficiente e mapeia o ensino não formal (no Br corresponde a educação popular); relatório de Katarina Tomaševski de 1990: com dados sem fonte propõem a meta: educação básica (leitura, escrita, cálculo, solução de problemas) para todos com vistas ao progresso social, econômico e cultural; criação do um plano de ação com sugestão de implantação e controle (modelo para os planos nacionais); devem cumprir o plano países pobres (América Latina, África e Ásia) (http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/educar/todos.htm). ONU em 2011 acesso à internet é um direito humano (Adrião, 2021)

Outras perspectivas mundiais: Marcel Krahay: acesso, tratamento, resultado (Crahay, 2013). Direito a igualdade e a diferença (Boaventura Santos).

Globalização e educação: educação para o trabalho, softwares educativos, reformas similares em vários lugares do mundo, comercialização da educação (educação como serviço) (Oliveira, 2009). Indústria Global da Educação (GEI): Pearson, Microsoft, Dell; algocracia: o poder dos algoritmos, implicando num controle feito pelas máquinas (Bryan, 2010). É preciso privatizar o Estado devido a sua ineficiência (Adrião, 2016; 2018). Atuação da Google: identificar padrões e moldar hábitos (Adrião, 2021).

Educação e América Latina

Alguns nomes: Bartolomé de Las Casas (1474-1566), Suarez (1548-1617); eventos na américa latina: Revolução Cubana de 1959, a Unidade Popular ocorrida no Chile de Salvador Allende entre os anos de 1970 e 1973, a Revolução Sandinista ocorrida entre 1979 e 1990 e a Revolução Zapatista em desenvolvimento desde 1994 (Dussel, 2014):. Privatização da educação na américa latina (Croso e Magalhães, 2016)

Educação e Estado Português na colônia de Santa Cruz (futuro Brasil).

Jesuítas. Vinda da família real em 1808: organização da burocracia do Estado

Educação e Estado Brasileiro: garantir a continuidade da colonização: transferência de riqueza daqui para lá e da ‘nobreza’ de lá para cá

Marcos históricos: Na colônia, império e I república seleção era pessoal, as vezes se vendia ou alugava cargos, outros a transmissão era hereditária (Maia, 2021). Dom Pedro I e constituição de 1824 institui instrução primária gratuita a todos os cidadãos; Antônio Alvares Pereira Coruja: Compêndio Grammatica da Lingua Nacional e Lições da História do Brasil (Dias, 2019). Em 1882 Rui Barbosa: instrução popular; manifesto dos Pioneiros da Educação Nova 1932, entre outros Anísio Teixeira, escola gratuita e laica (Siqueira, 2012). Manifesto 1870: pela educação se desenvolver como a Europa (Pereira e França, 2012).  ‘Revolução Paulista’ de 1932: criação da USP 1934. Constituição de 1934 vinculou uma porcentagem de impostos destinadas a educação (Rezende Pinto, 2018; 2022).

Documentos: CF 1988, LDB 1996, BNCC 2018, PNE 2014

Constituição de 1988: art.6: educação é um direito; art.23 divisão entre os entes: União: ensino superior, Estados médio e Fundamental, Municípios: Infantil e Fundamental; art.40 aposentadoria especial (5 anos a menos); art. 41: servidor público: concurso e estabilidade (problema futuro para a previdência); art.205 educação é um dever de todos; art.206 princípios (igualdade de acesso, liberdade de pensamento, pluralismo, gratuidade) e valorização do professor (plano de carreira, ingresso por concurso público, piso salarial).  Art.211 divisão entre os entes: União: ensino superior, Estados médio e fundamental, Municípios: Infantil e Fundamental. Art.214 PNE: acabar com analfabetismo, universalizar a educação, formar para o trabalho.

LDB 1996: Art.1 educação como processo formativo de convivência. Art.2 finalidade: escola prepara para cidadania e mercado de trabalho. Art.3 princípios (igualdade no acesso, liberdade, pluralismo, tolerância). Art. 4 a educação básica é dever do Estado (4-17anos) (o ensino superior não é educação básica?). Art.8 Organização: divisões entre os entes, PNE, Conselho Tutelar, CNE, SEB, CEB. Art.21 Níveis e Modalidades. Art. 24 ano letivo de 800h em 200 dias letivos; novo ensino médio 3000 horas no total (1800 comum+1200 itinerários formativos) Art.32. alteração no EF de 8 para 9 anos, começando com 6 (Lei nº 11.274/2006); Progressão continuada: reprova-se apenas no fim dos ciclos (3, 6, 9 ano EF e 3 anos EM). Art.35 EM, finalidade: aprofundar o EF; preparação para o trabalho e cidadania; fundamentos de cada disciplina. Art.35

BNCC: propostas preliminares: 1997, 1998, 2000, 2015, 2016; proposta final em 2018. EM: integração das disciplinas de humanidades (Fil.,Geo, His.Soc.) por meio de conceitos: Tempo e Espaço; Territórios e Fronteiras; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética; e Política e Trabalho.

PNC:

Críticas: 1. Estado como Deus ex machina que revolve tudo; 2. Definição dos termos; 3. Normas para a vida urbana; 4. Subordina a todos; 5. Não apresenta modos de existência (alimentos); 6. não fala na educação como modo de assimilar o conhecimento produzido pela humanidade. 7. A BNCC: descaracterização da história em detrimento do tempo presente: menos História e Filosofia e mais Sociologia e Geografia.

Governos: criam estrutura para modernizar o Br e permitir a entrada das algumas empresas. Problema geral da educação: analfabetismo, repetência, evasão (Castro e Menezes, 2003)

Militar (1964-1984). geral: endividamento público; repressão de posições diferentes (esquerda, comunismo) Milagre brasileiro 1968. Educação: 1971: ampliação da escola 4 para 8 anos e 2º grau profissionalizante. Eliminação de teste para 2º grau. 33. A Lei nº 5.692, de 1971: 1º grau: 8 anos, 720 horas anuais (4h por dia), 2º grau, com 3 ou 4 anos 2.200 h totais (733,33 por ano), núcleo comum e núcleo diversificado, inserção de matérias: Educação Física, Educação Moral e Cívica, Educação Artística e Programas de Saúde (De Assis, 2013)

Sarney (1985-1990). geral: Clientelismo no Norte e Nordeste; criou seguro desemprego, vale transporte, SUS; constituinte 1988 (maioria do governo PMDB e PFL). Edu: televisão educativa Toledo (Padilha, 2014).

Collor (1990-1992). geral: redução do Estado; Clientelismo apesar do discurso moderno (Jacomeli, 2017). Edu: Manteve os programas: Pnae (merenda), PNME e PNLD (livro didático) (Castro e Menezes, 2003)

Itamar (1992-1994): geral: plano Real (estabilização da moeda) Edu: 1994 municipalização da merenda escolar; descentralização do material didático e transporte escolar; fóruns e seminários sobre educação nacional (UNDIME, CONSED) (Jacomeli, 2017).

FHC (1995-2002). geral: Nova Gestão Pública (NGP): funções do Estado: justiça, segurança pública, arrecadação e fiscalização, regulação, diplomacia; serviços sócias para o segundo setor; mercado para terceiro setor (Maia, 2021). Consequências da NGP: parcerias público-privadas; privatização de empresas estatais; flexibilização do trabalho no setor público (Venco, 2021a).  Empréstimos com o BM: dinheiro vinculado ao cumprimento planos e metas (Figueiredo, 2009). Edu: 1995 FNDE; 1996 LDB; 1996 Fundef; 1998 PDDE; 1999 Programa de Garantia de Renda Mínima: R$ 37,47 mensais por filho matriculado para famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo.

Antecedentes do governo do PT: a história do PT: 1. antes de 1980 antecedentes; 2. 1980-89 formalização; 3. 1989-2002 luta contra governo neoliberal; 4. 2003-14 governo; 5. 2015-2021 luta contra golpismo; formação: Igreja (CEBs); comunistas, acadêmicos; agiam contra a ditadura; formação na luta, escolas, não depender da formação do Estado; Luciano (2011) diz o mesmo sobre os povos indígenas; dizemos o mesmo para o ensino de filosofia a partir da familia; PT começa elege em várias cidades; carta aos Brasileiros (Pomar, 2020). Balanço geral: diversificação econômica; BRIC; energia; inclusão social.

Lula (2003-2010). geral: problemas dívida externa com FMI feita por FHC; crise energética; inflação; rejeição a esquerda; resolução: carta aos brasileiros, Dilma e equipe energética: estatização do controle, Luz para todos; investimento: Petrobrás, descobrimento do pré-sal 2006 Dr. Estrela, modelo de partilha da Noruega (TV247, 13/01/2022); indústria naval; frotas; aeronáutica; agroindústria; programas de auxilio social; aumento do comercio externo: Sul Sul; Brics, África, Oriente médio; crises: “mensalão” 2005 (sem provas); quebra do banco dos EUA 2008 (Pomar, 2020; Dilma, 2022). Edu: Ministro Tarso Genro (2003-2005), Haddad (2005-2012); lei 10.639/2003 ensino de cultura afro-brasileira, depois, a lei 11.645/08 incluiu-se os povos indígenas; aumento das IES tanto pub. como priv.: continuidade do FIES de 1999, PROUNI 2004; 2006 expansão do ensino fundamental de 8 para 9 anos, com inicio com 6 anos; 2009 obrigatoriedade da escola dos 4 aos 17 anos; 2007 Ideb avaliação escolar (modelo Pisa; OCDE); 2008 piso salarial para professor (PSPN); 2010 Canae.

Balanço de 10 anos do governo PT. Barbosa (2013): 1. Cenário externo favorável (alta no preço de commodities, crescimento da China); 2. Ganhos de 1 foi para redução da vulnerabilidade e aumento do crescimento (acumulação de reservas, diminuição da dívida pública); 3. Ganhos de 2 distribuição de renda gerando emprego e consumo (diminuição da população ativa); 4. Inclusão social, redução do desemprego, aumento de salário e acesso a crédito (crescimento do PIB: 1993-2002 1,3% ao ano; 2003-2012 2,5% ao ano); 5. Apreciação cambial comprometeu a competitividade da indústria (em especial depois da crise de 2008). BBC Brasil com dados do FMI (2016): avançou no ranking das maiores economias do mundo, combateu a pobreza com um programa bolsa família que é modelo. Gonçalves (2013): desempenho melhor que FHC mas abaixo da média mundial. Barbosa-Filho (2018): O brasil cresceu menos que os países do BRICS entre 1994-2017, sofreu com a crise de 2008. Fonseca, Arend e Guerrero (2020): a queda da taxa de lucro e a continuidade de política de redistribuição de renda inviabilizaram o governo PT.

Dilma (2011-2016). geral: continuidade com o governo Lula: diversificação energética; diminuição na conta de luz. Participação do PMDB; crises: manifestação de 2013 (resposta difusa); golpe institucional 2016 (agentes: setores da imprensa, do aparelho do estado ligados ao judiciário, polícia, políticos e indiretamente as forças armadas); operação lava-jato. Edu: 2012 cotas na UF e IF de 50% a alunos de escola pública com renda família de 1,5 salário-mínimo. Ministro Aluízio Mercadante.

PT (2016-2022): tornou-se oposição; distancia da base (Mano Brow); diminuiu o número de políticos no congresso; 2018: prisão de Lula, derrota de Haddad para Bolsonaro. 

Temer (2017-2018). geral: PEC241: limitação dos gastos públicos; reforma trabalhista 2017;. Edu:

Bolsonaro (2019-2022). geral: reforma da previdência 2019. Reunião ministerial de 22/04/2020. Edu:

Financiamento da educação é assunto do dia a dia: 25 vídeos organizados por José Marcelino de Rezende Pinto: categorias de medição e vinculação da educação: PIB. Carga tributária do Br. CAQi (livro). Qualidade da educação, referência escola técnica. Qualidades são os insumos: salas, biblioteca, parque infantil, refeitório, laboratório, sala para atividades culturais, banheiros. Professor: carreira, salário, aposentadoria, aluno/turma. Comparação entre países a partir do PISA. As notas (ENEM e PISA) dependem: renda e da família.

Dados da educação: No Br quase se universalizou o ensino de 4-17, porem dos 0-3 anos e ensino superior, os mais caros, apenas 37% da população tem acesso (Pinto, 2022).

Financiamento: Proposta de vinculação na constituição de 1934; atuação de Anísio Teixeira; CF 1988, art. 212: União 18%, estados e municípios 25% dos impostos para MDE; aumento de gasto público com educação entre 205-2010 por causa do desempenho econômico. (Pinto, 2018 textos e vídeos).

Privatização como transferência do público para o privado (Adrião, 2021). Servidores garantidores da efetivação dos direitos socias; a reforma administrativa quer igualar servidores e restante de trabalhadores, exceto poder judiciário, executivo, ministério público, militar (Venco, Aschieri e Seki, 2021).

Grandes corporações que atuam no ensino no Brasil: Kroton/Cogna, Estácio de Sá, Ser Educacional, Unip, Ânima, Laureate e Cruzeiro do Sul; em 2017 cinco delas tinham mais estudantes que a universidade pública (Seki, 2021).

Documentos do Banco Mundial (BM): 1993: Diagnostico: gestão ineficiente, cultura da repetencia (Figueiredo, 2009). 1995: recomendação para que o Br. Compre livros didáticos do setor privado (Jacomeli, 2017). “Brasil: atingindo a Educação Classe Mundial” de 2012 (o custo dos professores) e “Professores Excelentes: como melhorar a aprendizagem dos estudantes na América Latina” de 2014 (medição a partir de testes padronizados); agentes nacionais em consonância com BM: “Todos pela Educação” e “Fundação Lehman” (empresários da educação) (Girotto, 2016).

Economia brasileira: exportação de petróleo e carburantes, minérios, carboidratos e proteínas animais (Venco, Aschieri e Seki, 2021).

Plano Nacional da Educação (PNE) 2001-2010, const.1988 e LDB não deixam claro, mas PNE 2014 diz que estados e municípios devem fazer seus planos, porém vários estados não fizeram, como o estado de SP.

Programa de Ensino Integral (PEI) criado em 2012 em SP para melhorar o resultado dos alunos nos testes de avaliação internacional; avaliação empresarial 360º: todos avaliam todos (Girotto, Oliveira e Graton, 2020)

Bases pedagógicas dos Industriais (CNI, SESI, SENAI, IEL) no Br.: sociedade do conhecimento, teoria do capital humano e pedagogia toyotista; Industriais mudam de foco: de privatizar para criação de uma instituição paralela (Seki e Evangelista, 2016).

Atual: Romualdo Oliveira: No brasil os problemas principais são acesso (não houve universalização) e qualidade (estamos 4 anos de atraso).

Proposição geral: a educação deve apresentar aos alunos como ter acesso ao conhecimento produzido por toda humanidade de todos os lugares de modo a garantir condições de existência do indivíduo e de sua família. Para que isso seja possível é precisa criarmos um Estado que permite uma comunicação efetiva, um diálogo entre os diversos membros da sociedade.


Para os interessados na bibliografia me solicitem por um e-mail: robsongabioneta@yahoo.com.br