sábado, 31 de maio de 2014

3 série - 2 bimestre

3 série - 2 bimestre

1 aula
apresentação
seleção dos temas interessantes que podemos estudar a partir da apostila do estado

páginas 9 e 10 - imagem de Tales de Mileto. Primeiro filósofo. Estudava os astros e por isso era distraído, ao ponto de cair numa possa de água e ser objeto de riso de uma escrava. Porém seu estudo mostrou-se últil quando ele conseguiu prever uma grande safra de olivas.
assuntos que podem ser desenvolvidos: início da filosofia / o que diziam os primeiros filósofos
link: http://www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2014/05/1-ano-do-do-barao-de-ataliba-nogueira-2.html

páginas 14 e 15 - imagem de Sócrates. Fontes: Platão, Xenofonte e Aristófanes
filme de Roberto Russelline: http://www.youtube.com/watch?v=SlJSF-V6yBA
comentário do filme: http://www.youtube.com/watch?v=9RTF3ir8nnc
assuntos que podem ser desenvolvidos: podemos ler cada um dessas imagens de Sócrates / podemos assistir o filme

páginas 19 a 21 - apologia de Sócrates. Como Sócrates conclui que "só sei que nada sei"? Conversando com supostos sabedores Sócrates verifica que ambos, ele e seu interlocutor não sabem nada, porém, ele reconhece que não sabe e portanto sabe mais que seu interlocutor.
assuntos que podem ser desenvolvidos: pesquisa de como sócrates dialogova.

2 aula
palestra do Enzo, representante comercial de uma faculdade
Exercício a partir da palestra do Enzo:
Enzo disse duas coisas que podemos conversar. Ele disse que conhece a área de comunicação, quais as perguntas que podemos fazer para ele para termos certeza de que ele de fato conhece esta área? Ele disse também que conhece o caminho e por isso pode orientar os alunos no caminho certo. Mas como ele vai fazer isso se ele não sabe aonde o aluno quer chegar?

Exercícios que podem ser feitos a partir dos temas apresentados na aula anterior:
construa com palavras a imagem de alguém da sua família. Depois mostre esta imagem para a pessoa que você descreveu.
Qual a imagem que você faz de você mesmo? Você sabe qual a imagem que as pessoas em geral tem de você?

3 aula
identificação a partir da leitura da página 14 da apostila do estado de como Sócrates entendeu que ele só sabe que nada sabe.
Exposição de algumas maneiras da dialogação de Sócrates:
Apologia de Sócrates - Só sei que nada sei - sem nenhum pressuposto, sem nenhum saber, Sócrates instigava seu interlocutor a ensiná-lo o que ele sabia.
Teeteto - Maiêutica - Sócrates se compara a sua mãe, uma parteira, ou seja, ele ao dialogar não ascrecenta nada ao saber do seu interlocutor, mas com perguntas e respostas ajuda-o a produzir o conhecimento.
República / Laques / Hípias Maior / Eutifron: Sócrates perguntava: o que é x? este x podia ser: justiça, coragem, beleza, piedade.

a partir da exposição podemos fazer os seguintes exercícios:
quem são os sabedores da nossa época? como podemos saber se eles de fato sabem o que julgam saber?
quais são as teorias que hoje são importantes? o que voce acha importante? O que é cada uma dessas coisas?

atividade de recuperação
faça um resumo de cada página do livro Iniciação à filosofia de Marilena Chauí onde aparece a figura de Sócrates (ver página 376 do índice). Siga as seguintes orientações:
1 - quais são os pressupostos do texto
2 - quais as consequências do texto
3 - qual a ideia central do texto
4 - você concorda com a tese central do texto
5 - reescreva o texto com a sua opinião

segunda-feira, 12 de maio de 2014

ver-se no olho do amigo - Alcebíades de Platão

ver-se no olho do amigo
Usando o final do diálogo Alcebíades de Platão, pedi que os alunos ficarem um de frente para o outro e olhar um no olho do outro. Nele, no olho, deveria se ver. Feita a dinâmica sentamos em roda para conversar sobre a dinâmica. A pergunta inicial foi: “onde mais podemos nos ver?” As respostas foram rápidas, no espelho. Então perguntei: “porque olhamos no espelho?” “para nos ver”, respondeu os alunos. Assim, “usamos os espelhos para ver aquilo que sem ele não conseguiríamos ver. Por exemplo, a orelha, o nariz, a boca e os próprios olhos.” Em seguida, li o texto:

Sócrates - Repara se a inscrição falasse aos olhos como fala ao homem e dissesse: conhece-te a ti mesmo, não concluiríamos que os mandava olharem para uma coisa onde pudessem ver-se?
Alcebíades - É evidente
S – Procuremos essa coisa onde pudéssemos ver-nos e vê-la.
A – os espelhos e coisas semelhantes.
S – muito bem; e não há nos olhos um pequeno local que dá o mesmo efeito de um espelho?
A – há
S – sempre que examinas um olho vês a tua imagem na pequenina parte que tem nome com o sentido de boneca, por ser a imagem de quem se vê nela.
A – assim é.
S – um olho, para se ver em outro, há de olhar para essa parte que é a mais bela e capaz de ver.
A – não há dúvida
S – se olhasse para outra parte do corpo ou para qualquer objeto, a não ser que fosse semelhante àquela parte do olho, não se veria.
A – tens razão.
S – um olho que queira ver-se tem de olhar para outro; e na parte onde reside toda a sua virtude, isto é, a visão.
A – certamente
S – e a alma, para ver-se, não terá igualmente de olhar para a alma e justamente para onde reside a virtude, que é a sabedoria? Ou olhar para outra coisa ainda mais nobre, com que a alma de certo modo se parece?
A – deve ser Sócrates.
S – e haverá na alma parte mais divina do que aquela onde residem a ciência e a sabedoria?

Como podemos ver no texto, Platão pretende que o conhecimento do individuo passe pelo conhecimento do outro, ou melhor, os indivíduos para se conhecerem devem fazer isso pelo saber que suas almas produzem juntas e a partir disso ambas podem ser conhecidas. Não foi esse nosso objetivo. Tampouco usamos Foucault que deslocou a questão do ‘conhece-te a ti mesmo’ para o ‘cuidado de si mesmo’, ainda que nas aulas seguintes usaremos o mote do filósofo francês para um exercício. O que pretendíamos mostrar para os alunos e, por isso, insistimos nas aulas seguintes, que muitas vezes as posturas dos amigos dependem das nossas atitudes, ou melhor, nossas atitudes são refletidas nas ações dos amigos. Desse modo, “quando um amigo brinca, briga, conversa com você, você participa dessa brinca-briga-conversa”.


documentário janela da alma
https://www.youtube.com/watch?v=56Lsyci_gwg

quinta-feira, 8 de maio de 2014

2 ano - 2 bimestre - Barão de Ataliba

1 aula - 17/04 assunto: moral e ética
leitura do 1 parágrafo da página 270 do livro da Marilena Chauí, a partir das seguintes categorias:
- pressupostos do texto
- consequencias
- ideia central
- você concorda ou não
- a coisa poderia ser escrita de outro modo? tente reescrever.

faça o mesmo com as frases de Epicuro que estão na página 24 da apostila do Estado.

pergunta individual:
o que pode e não pode ser feito na:
sua casa/escola/bairro/cidade/igreja/etc.

2 aula - 08/05

quais são os valores morais de nossa sociedade? o que é ser bom do ponto de vista ético?
o que é ser bom filho? o que é ser bom aluno/trabalhador/cidadão?

pesquise: ditados populares, poemas, músicas, filmes, etc, que discutam comportamentos sociais. Depois analise as sugestões de conduta contidas nelas a partir das seguintes categorias:
- qual a ideia central da frasse
- quais são os pressupostos dela
- quais as consequências das afirmações
- pense se você concorda ou não
- verifique de onde vem a sugestão, quem formulou a frase
- para quem a frase foi feita.

na atividade anterior: o que pode e não pode ser feito na sua casa, na escola, etc, pegue os elementos comuns e crie uma norma, depois a justifique.

leitura:
páginas 19 a 21 do caderno do estado
capítulo 27 do livro da Marilena Chauí. Início na página 270.

sugestão: Diálogo Protágoras de Platão. Segue link com um comentário.
http://www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2013/05/protagoras.html

3 aula - 22/05
exercícios para pensar a Ética e a Moral a partir de Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates
escolha um valor da nossa sociedade e de três exemplos de momentos onde ele aparece. Depois, a partir dos exemplos crie uma definição para o valor que você escolheu. Por fim, pense em um exemplo que contradiga a definição que você deu.
 Aristóteles
Escolha um outro valor moral e procure defini-lo.  Com a definição procure pensar nos seus limites, isto é, procure pensar qual seriam os momentos onde este valor é aplicado em demasia e nos momentos onde este valor é pouco usado.
exemplo: estudo
o vício por falta seria o estudante estudar tão pouco ao ponto de não conseguir lembrar o que foi estudado.
vício por excesso seria o estudante só estudar e assim ele não consegue lembrar o que foi estudado.
Finalização
no meio entender há dois desdobramentos importantes sobre os problemas da ética: a declaração dos direitos do homem e do cidadão e o direito.
você pode pesquisar os dois, sugestões:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_romano
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=180
me parece que as questões importantes são: o que eu penso do outro? o que eu sinto com e do outro? o que eu faço com os outros? e em última instância: o que é o ser humano?
exercícios para introduzir o problema de sociedade:
pense em dois tipos de sociedade a partir da divisão do trabalho:
-  todas as tarefas sociais devem ser divididas por todos, ou seja, todos devem fazer tudo;
-  todas as tarefas sociais devem ser divididas de modo que cada um faça uma coisa específica;
pense nas vantagens e desvantagens de cada uma delas.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

1 ano - 2 Bimestre

1 ano (A,B e C) - 2 Bimestre
1 aula
Períodos da filosofia grega a partir do livro Introdução à filosofia de Marilena Chauí, páginas 40 e 41.
Exercício de análise de texto:
leia os textos das páginas 7 e 8 da apostila de filosofia do Estado e atente para os seguintes pontos:
1 - quais são os pressupostos do texto
2 - quais as consequências do texto
3 - qual a ideia central do texto
4 - você concorda com a tese central do texto
5 - reescreva o texto com a sua opinião

2 aula
texto:
Quando devemos estudar filosofia? Se é que ainda precisamos...
http://www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2014/05/1-ano-do-do-barao-de-ataliba-nogueira-2.html

questões:
o que significa ser formado? desde os 7 anos de idade você é formado, ou recebe uma educação. O que você aprendeu? o que você sabe? o que você faz sem precisar da ajuda de ninguém? o que você ainda quer aprender?

início da discussão sobre filosofia da ciência
o primeiro texto sobre este assunto chama-se Teeteto. Este texto é do filósofo Platão. Nele há 3 definições de conhecimento:
1ª: conhecimento é percepção
2ª: conhecimento é opinião verdadeira
3: conhecimento é opinião verdadeira acompanhada da explicação racional
perguntas:
quem são as pessoas que sabem alguma coisa?
como podemos comprovar que alguém sabe alguma coisa?
quais são os conhecimentos que almejamos e valorizamos?

3 aula
ver link
http://www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2014/05/1-ano-ataliba-nogueira-filosofia-da.html

4 aula
ver link
http://www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2014/05/1-ano-ataliba-nogueira-filosofia-da.html

atividade de recuperação
faça um resumo do capítulo 30 do livro Iniciação à filosofia de Marilena Chauí a partir das seguintes orientações:
1 - quais são os pressupostos do texto
2 - quais as consequências do texto
3 - qual a ideia central do texto
4 - você concorda com a tese central do texto
5 - reescreva o texto com a sua opinião

terça-feira, 6 de maio de 2014

1 ano - Filosofia da Ciência - Platão e Aristóteles

1 ano Ataliba Nogueira - Filosofia da Ciência - Platão e Aristóteles
Platão - Teeteto
O diálogo Teeteto de Platão é o texto mais antigo sobre filosofia da ciência. Nele há três definições de conhecimento que são apresentadas, investigadas e criticadas. Vejamos algumas questões:
1ª definição:  conhecimento é percepção e/ou percepção é conhecimento
Conhecemos as coisas a partir dos nossos sentidos. Se for assim, liste quais os possíveis conhecimentos que podem ser adquiridos com cada um dos sentidos: a visão,  olfato, paladar, audição, tato e o chamado sexto sentido.
Porém, pode acontecer de duas pessoas perceberem coisas diferentes a partir do mesmo objeto. Nesta situação, qual das duas pessoas terá conhecimento? Como podemos saber qual das duas pessoas melhor percebeu o objeto ele mesmo? É possível que uma perceba melhor que a outra? É possível que uma pessoa tenha os sentidos mais desenvolvidos do que outra?
Quando nascemos somos capazes de sentir ou precisamos aprender a usar nossos sentidos? O que nossos pais nos ensinaram sobre nossa sensibilidade, ou sobre nossa maneira de sentir as coisas? Esse histórico de sensações e orientações dos nosso pais – por exemplo, o que comer – fica registrado onde? E quando ainda não falamos, como percebemos as coisas? Como se dá nossa percepção quando não sabemos o que a coisa é? E quando sabemos, muda? Como usamos a linguagem nas sensações que temos?
Como são nossas sensações quando nossos sentidos estão alterados? Por exemplo, quando estamos com sono ou doentes?
Podemos pensar coisas sem as sensações? Por exemplo: a igualdade ou a diferença pode ser pensadas sem a sensação?
Muitas coisas, como uma planta, começa a existir, desenvolve-se e depois perece. Nossos sentidos podem nos fornecer informações sobre como ocorre este processo? E em relação as pessoas, como os sentidos podemos julgá-las? Conseguimos definir o que é uma pessoa boa ou má, justa ou injusta, feia ou bonita? E em relação a problemas éticos, como a justiça, podemos perceber o que é justo?
A alma é o órgão que capta os sentidos, guarda o histórico das sensações, aprende a usar a linguagem. A alma une essas categorias e ora manipula com uma, ora com outra e ora com as duas.
2ª definição:  conhecimento é opinião verdadeira
Uma opinião é um juízo, um pensamento, uma idéia, sobre determinado objeto, sobre as pessoas, sobre os problemas éticos, sobre o mundo e sobre os deuses. Quais são as opiniões mais comum sobre cada um deles?
Se há opinião verdadeira há opiniões falsas? Existe opiniões que são verdadeiras, falsas ou que são parte verdadeira e parte falsa?
Podemos aprender algo, por exemplo a chutar uma bola, e depois, com o tempo, esquecer o que foi aprendido? Se é possível esquecer, como fazemos para lembrar?
Vamos supor que a alma seja uma porção de cera e a medida que vamos tendo sensações vamos registrando-as. O que acontece quando estamos diante de uma sensação semelhante a outra e não igual? Corremos o risco de confundi-las, ou seja, de tomar uma pela outra. Nesta situação temos uma opinião falsa. Tente-se lembrar de situações onde você formulou opiniões falsas.
Vamos supor agora que a alma é uma gaiola e que os pássaros são conhecimentos. Para usar cada um dos conhecimentos que um dia foram presos temos que pegá-lo dentro da gaiola e usá-los. Porém como os conhecimentos (pássaros) então em movimentos corremos o risco de pegar um achando que estamos pegando o outro. Nesta situação também ocorre a opinião falsa. Tente-se lembrar de quais conhecimentos você conseguiu prender dentro de sua gaiola. Lembre-se também de quando você usou este conhecimento que está na sua alma.

3ª definição:  conhecimento é opinião verdadeira acompanhado da explicação racional
A primeira coisa que precisamos pensar é como construímos a linguagem par falar das coisas.  AL língua é formada por símbolos que pretendem corresponder aos objetos e ações. São os substantivos e os verbos. A combinação deles é o que nos permite descrever a realidade. Construa frases com verbos e substantivos que descrevam a realidade e discuta como você usou a linguagem para tanto.

Aristóteles
Aristóteles na Metafísica e nos Segundos Analíticos apresenta os princípios do que para ele deve ser a ciência. Antes porém, de falarmos disso, é importante salientar que para Aristóteles, o conhecimento científico é um saber certo, é um saber que não pode ser de outro modo. O conhecimento científico de um determinado objeto precisa ser tal que descreva o objeto exatamente como ele é, nem mais nem menos, o ser descrito precisa ser idêntico a ele próprio.
Então na busca de princípios para o conhecimento científico, Aristóteles formulo o mais elementar de todos: o Princípio da não Contradição (PNC). Ele diz o seguinte: “o mesmo atributo não pode, ao mesmo tempo pertencer e não pertencer ao mesmo sujeito com relação à mesma coisa”. Este princípio gera outros dois: o princípio do terceiro excluído e o princípio da identidade. O primeiro diz que uma coisa só pode ser algo ou o contrário deste algo; o segundo diz que uma coisa é sempre igual a ela mesma.
Como o conhecimento é da substancia, é do indivíduo, é preciso entender o que Aristóteles entende por isto. Um recurso usado por ele para reconhecer a substancia é a distinção entre ela e os atributos ou categorias que ela recebe. Atributo ou categoria é algo que se atribui a substancia. São elas: tempo, qualidade, quantidade, relação, ação, passividade, lugar, posse, posição.
Outro recurso que Aristóteles cria para entender e conhecer o que ele chama de substancia são os conceitos: ato e potência. Um exemplo pode nos ajudar: uma semente é arvore em potência; quando ela torna-se árvore, ela será árvore em ato. Assim, com os cuidados necessários, a semente torna-se aquilo que ele é, passa da potência para o ato. Identificar isso nas substancias é tarefa do cientista. Ele deve identificar o que cada coisa é no mundo, qual é a potencia e o ato de cada ser.
Aristóteles criou outra teoria para nos ajudar a conhecer as causas da origem do ser: a teoria das quatro causas: material, formal (essência), final e eficiente (origem da mudança).
Com esses conceitos em mente pode-se agora construir conhecimentos científicos, ou seja, construir frases que digam como as coisas são ou como as coisas não são. Para ele, isso é feito por meio de silogismo, isto é, por um conjunto de frases que descrevam a realidade. Essas frases são do tipo S é P. O silogismo mais adequado é: A é B / C é A / C é A. Exemplo: Todos os homens são mortais, Sócrates é homem, logo Sócrates é mortal. Aristóteles chama este silogismo de silogismo dedutivo. Se nesta construção usamos corretamente o conceito de substancia, então, para Aristóteles, temos o conhecimento científico certo e imutável.

Quando devemos estudar filosofia? Se é que ainda precisamos...


Quando devemos estudar filosofia? Se é que ainda precisamos...
Na Grécia Antiga, os alunos das primeiras 'academias' de filosofia estudavam filosofia só depois de já 'dominarem' as 'disciplinas' básicas da formação de um cidadão ateniense. Essas disciplinas eram: geometria, aritmética, música, astronomia, ginástica e poesia. Principalmente poesia, pois sem ela os helênicos não falariam grego. Depois que esse alunos ficavam 'cansados' de tanto estudar essas disciplinas (ref. Diálogo Protágoras) a ponto de não mais aguentarem mais estudá-las, eles procuravam os sofistas para aprender: a interpretar os poemas (ref. Hípias Maior e Protágoras), construir discursos para ser pronunciados na Ágora (ref. Alcebíades), a administrar sua casa e a cidade (ref. Protágoras). Depois de terem aulas com os sofistas, os jovens atenienses poderiam almejar uma vaga na 'academia' filosófica.
Mas o que eles estudavam na academia? (vou supor a partir dos diálogos de Platão que li)
estudavam qual era a 'lógica' de Homero, Hesíodo, Simônides, Píndaro. Estudavam como os poetas pensavam, mas não só, faziam exercícios, como se eles próprios fossem poetas, para verificar se de fato tinham aprendido a lição (ref. Apêndice do meu mestrado). Estudavam todos os matemáticos. Estudavam todas as músicas da época para acompanhar as 'tendencias'. Estudavam todas as tragédias e comédias, e também compunham para mostrar ao mestre Eurípides. Estudavam a medicina para saber como funciona o corpo humano. Estudavam todas as religiões para saber como funciona a alma humana. Estudavam todas as constituições das cidades gregas para saber como o homem se organiza politicamente. Por fim, escreviam tratados sobre: poesia, leis, justiça, beleza, piedade, temperança, amizade, alma, deuses, etc. Os mais 'adiantados' escreviam diálogos junto com Platão.

E hoje?

Vamos fazer um paralelo. Se nosso primário fosse tal como o dos gregos aprenderíamos a ler poemas e os textos em geral em português, para aprendermos português. Aprenderíamos música, dança e teatro do Brasil. Aprenderíamos a matemática. No secundário, correspondendo ao ensino dos sofistas, aprenderíamos a interpretar os poemas e todo tipo de texto em português. Aprenderíamos a administrar nossa vida particular e pública. Estudaríamos nossa história, nossos espaços geográficos. Finalmente no curso superior de filosofia estudaríamos: quais as lógicas dos nosso poetas, e logo aplicaríamos esse estudo escrevendo como eles. Estudaríamos toda a história da matemática, da lógica e da estatística, do mesmo modo com a física e química. Estudaríamos toda história da medicina. Estudaríamos toda a história das religiões. Depois de estudar tudo e conversar com os melhores praticantes de cada uma dessas áreas, faríamos tratados de: Educação, legislação, habitação, alimentação, ecologia, relações internacionais, etc.