EE Afonso Pena Prof. filosofia
Robson 1 ano 2Bim
Criei um drive dos textos que estamos trabalhando:
Há alguns anos, em abril, os povos indígenas criaram o 'acampamento terra livre'. Nele, no final de abril, indígenas do Brasil inteiro (e também do mundo) acampam em Brasília para discutir e pressionar o Estado. Mais informações podem ser acionadas em: https://apiboficial.org/
Contexto histórico da Grécia: os persas tentaram invadir a Grécia, porém foram contidos pelas cidades gregas (guerras médicas, 499-449 a.C.) (Heródoto); porém as cidades gregas se desentendem, um dos motivos é que Atenas queria cobrar impostos para organizar a proteção das outras cidades, assim, houve a guerra do Peloponeso entre a liga do Peloponeso (liderada por Esparta) e a liga de Delos (liderada por Atenas) (431-404 a.C.) (Tucídides); enfraquecida, a Grécia é conquistada pela Macedônia (359-336 a.C.); contra eles, a Grécia se associa aos romanos que a controla e difunde sua cultura (146 a.C.).
Sócrates vive nesse período (470-399 a.C) e era alguém que questionava a atitude das pessoas, fazendo-as alterar seu pensamento e seu comportamento, por isso, devido a situação de guerra foi acusado de corromper a juventude e inserir novos deuses na cidade. Ele foi julgado e condenado a beber cicuta e morrer. Platão, ao ver aquilo, sai de Atenas e volta 13 anos depois volta a Atenas. Ele então junto com os amigos de Sócrates organiza uma escola para investigar aquela cidade que havia matado seu amigo. Platão então desde desse momento até o fim da vida (428-347 a.C.) produz textos para disputar os rumos da cidade. Esses textos foram chamados Diálogos pois colocava personagens, cujo principal era Sócrates, conversando sobre os problemas da cidade. O primeiro deles foi chamado Apologia que foi a defesa de Sócrates no Tribunal.
Diálogo Eutífrone (12e-14c): Sócrates questiona o modo como os deuses são descritos pelos poetas e como os homens agem para com eles que por meio de sacrifícios tentam agradá-los.
Diálogo Laquete: para que haja ensino é preciso conhecimento (epistemi) e professor, assim é preciso investigar como os professores e seus alunos usam o conhecimento (teoria e ação) (185-186). Coragem não pode ser ficar parado no posto de batalha pois, por exemplo, há aqueles que lutam fugindo (exemplo para criticar uma definição). Buscar na definição modelos de ação (191-195).
Diálogo Líside (208; 218): Como seus pais lhes transmitem seus saberes? Só procura o saber se reconhece como nem bom nem mal.
Diálogo Alcebíades (12e-14c): as causas da guerra são as injustiças, entre elas a morte de familiares (110); três elementos que indicam o não conhecimento: respostas contraditórias; a presunção de saber o que não se sabe; a incapacidade de transmissão (117-118)
Diálogo Hípias: Há coisas que só existem quando estão juntas, por isso, o todo não possui as mesmas qualidades que as partes desse todo (296-300)
Diálogo Górgias: o professor pode ser responsabilizado pelo erro do aluno, como no caso de um pugilista atacar alguém? (456); para se identificar a injustiça, cada um deve começar a acusar-se a si mesmo, depois seus parentes e amigos e aceitar a pena estipulada (480);
Diálogo Menão: no tribunal o que importa é a disputa, entre amigos o que importa é a verdade a partir do interlocutor (75). Como procurar o que não se sabe e como saberá se o encontrar? dois não procuram o conhecimento: o que tem e o que não sabe (80).
Diálogo Protágoras: para aquisição de conhecimento de um mercador (alguém que o vende) é preciso, como fazemos com os alimentos, leva-lo até a nossa casa e consultar parentes e amigos (313). Para ser o melhor em algo é preciso: dom, exercício e prática (aprender e ensinar) (324). As coisas ou são boas, ou são más, ou não são boas nem más; as vezes o que é bom para as pessoas não é bom para uma planta ou animal; é preciso compará-las em um longo período (333; 256).
Diálogo República: Justiça é não morrer em dívidas com o homem ou com os deuses; devemos dar a cada um o que é devido; não devemos dar uma arma a um amigo que nos emprestou se ele estiver fora de si (327-331). Justiça é fazer bem ao amigo e mal ao inimigo, porém, tal como um cuidador de cavalo não pode deixá-lo em pior estado, também o justo não pode causar dano (331-335). Justiça é a vantagem do mais forte, daquele que faz leis para se beneficiar, porém se o legislador quiser de fato se beneficiar terá que legislar para o bem de todos (336-348). Há três espécies de bem: em si mesmo (alegria); por eles mesmos e suas consequências (conhecimento, saúde); só pelas vantagens (medicina) (358). Numa cidade que busca suprimir as necessidades básicas são necessários os seguintes profissionais: lavrador (alimento); pedreiro (roupa); tecelão (roupas); sapateiro (sapatos); carpinteiros e ferreiros (ferramentas); porém, se optarmos por uma cidade que produza além das necessidades básicas (uma cidade luxuosa), será necessário a invasão de terras de outras pessoas: assim se inicia a guerra. Na guerra, além dos profissionais básicos, será necessário artistas, professores, médicos e guerreiros (368-373). Os guerreiros precisam ser educados desde criança a proteger a cidade e não ter medo da morte, por isso precisa ser educado com poesia e ginástica adequadas (386-392). Na situação de guerra é preciso, por meio de testes, identificar o dom de cada um e, desde a mais tenra idade, ensina-lo a cumprir sua função dentro da cidade, assim justiça é cada um ocupar-se do que lhe é natural (427-443). Como o guerreiro é alguém que precisa mostrar o máximo de confiança ele precisa ser imune ao suborno por dinheiro, ou comida, ou por outros prazeres, assim, tendo ele sido aprovado nos testes para selecioná-lo, ele não pode ter propriedade e ser sustentado pela cidade (543-550). Só assim que pode surgir a filósofa ou o filósofo que vai ser capaz de projetar a cidade perfeita que consiga alternar a situação de guerra para a situação de paz
Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) quem conseguir, a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado
Questão 1 (Enem, 2021, 2apl.). Os verdadeiros
filósofos, tornados senhores da cidade, sejam eles muitos ou um só, desprezam
as honras como as de hoje, por julgá-las indignas de um homem livre e sem valor
algum, mas, ao contrário, têm em alta conta a retidão e as honras que dela
decorrem e, julgando a justiça como algo muito importante e necessário,
pondo-se a serviço dela e fazendo-a crescer, administram sua cidade. PLATÃO. A
República. No contexto da filosofia platônica, o texto expressa uma perspectiva
aristocrática acerca do exercício do poder, uma vez que este é legitimado
pelo(a):
A riqueza do indivíduo. B consenso
da elite. C decisão da maioria. D prática da virtude
Questão 2 (Enem, 2019). Tomemos o exemplo de
Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no
ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o encarregou disso, é sua
missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte.
Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição
particular do filósofo. FOUCAULT, 2004. O fragmento evoca o seguinte princípio
moral da filosofia socrática, presente em sua ação dialógica: A Debater visando
a aporia. B Ironizar o seu oponente. C Sofismar com a verdade. D Examinar a
própria vida.
Questão 3 (Enem, 2017). Uma
conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates
paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma
direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão
junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa
influência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens,
muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BRÉHIER, E.
História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia
características do modo de vida socrático, que se baseava na A valorização da
argumentação retórica. B sustentação do método dialético. C relativização do
saber verdadeiro. D contemplação da tradição mítica
Questão 4 (Fac. Cultura Inglesa SP/2015)
Procurei demonstrar-lhe que ele parecia sábio sem o ser. […] Então, pus-me a
considerar, de mim para mim, que eu sou mais sábio do que esse homem, pois que,
ao contrário, nenhum de nós sabe nada de belo e de bom, mas aquele homem
acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada,
também estou certo de não saber. Parece, pois, que eu seja mais sábio do que
ele, nisso – ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não sei.
(Platão. Apologia de Sócrates, 1969.) A Apologia de Sócrates trata da resposta
de Sócrates aos seus acusadores no tribunal da cidade de Atenas. No excerto,
Sócrates, referindo-se ao diálogo que teve com um indivíduo que se considerava
sábio, definiu a filosofia como:
A consciência dos limites do saber
humano. B comprovação racional da existência dos deuses da cidade. C crítica das imperfeições políticas dos
regimes das cidades gregas. D definição de beleza artística e de ações
virtuosas dos homens..
Questão 5 (ENEM 2016). “O aparecimento da
pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do
pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual
como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens
tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos,
manifestando-se no surgimento da filosofia”. VERNANT, 2004. Segundo Vernant, a
filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)
a. constituição do regime
democrático.
b. contato dos gregos com outros povos.
c. aparecimento de novas instituições religiosas.
d. surgimento da cidade como organização social.
Questão 6 (Unicamp2013). A sabedoria de
Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto
de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de
Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio
dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à
conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria
ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) é uma forma de declarar
ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas
com causas abstratas.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b. contato dos gregos com outros povos.
c. aparecimento de novas instituições religiosas.
d. surgimento da cidade como organização social.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
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