sexta-feira, 12 de abril de 2024

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.6semana

 Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.6semana 
Tema: Estado: comércio (da diferença para a igualdade) e a guerra (da igualdade para a diferença)
Hoje, em 2024, não há lugar no mundo onde não haja Estado. E ,do mesmo modo, nenhum Estado se constitui sem interagir comercialmente com outro Estado. Também podemos dizer que nenhum dos Estados de hoje se constituíram se envolver em alguma guerra. Em ambos os casos o cumprimento (e também o descumprimento) é determinante nas relações entre eles. Hoje o principal órgão internacional que media a relação entre os Estado é a ONU a partir de suas instancias (com destaque para o Conselho de Segurança). Vejamos alguns destaques de alguns textos:

Boto, 2003, rev.francesa e a educação. 735. em 1792 Condorcet escreveu sobre educação para apresentar na Assembleia revolucionária francesa. Boto cita Kant para dizer o que é iluminismo: é a saída da menoridade, é ter um pensamento próprio (seguindo Kant?). 738. o conhecimento científico, partilhado por todos, substituiria a religião, o mito e a opinião. Voltaire (e outros, como Rousseau) tinha medo da pressão popular. 741. o texto foi lido porém devido a guerra foi aplicado durante o século XIX e XX na França e depois espalhado para outros lugares, inclusive o Brasil. 745. O ensino era: primário (ler, escrever e contar), secundário (aprendizado das tecnologias), institutos, liceus e Sociedade Nacional das Ciências e das Artes (história das nações, línguas, artes, química, física, política, metafísica, ciências). 746. Concurso para produção de livros elementares; instrução igual para homens e mulheres. 748. Para Bastide Conte defendia a educação para a ordem e hierarquia, já Condorcet era para promover as capacidades natais e a equidade. 751. Ensino superior deve transmitir e desenvolver os conhecimentos. 752. A Sociedade Nacional das Ciências e das Artes, apesar de ser financiada pelo Estado, deve ser autônoma a ele. 758. O relatório defende a universidade pública gratuita, “a liberdade de cátedra, defender as decisões colegiadas das instâncias decisórias”.
O texto de Guinsburg (1990) descreve a trajetória de Denis Diderot que ampliou e organizou a Enciclopédia francesa, importante texto onde as ideias iluministas circularam. 

Gabioneta, Robson. Sobre a Paz de Fiori (org.) (resenha)
1. o livro é fruto de uma pesquisa do grupo de Fiori sobre guerra, paz e ética internacional. Prefácio: contrário a Bobbio que dizia que a Guerra do Golfo era justa, para ele era ética e imposição de uma hegemonia. Nota 1: livro sobre a guerra: Fiori traz Heráclito para disputir que a guerra está na origem do poder e Sepúlveda e las Casas, Hobbes, entre outros, para discutir o termo ‘guerra justa’.
Prefácio, Fiori. A vitória dos EUA na Guerra do Golfo representou a vitória da democracia e do liberalismo; parcial com a ascensão econômica da China e a contenção militar da Rússia na Geórgia em 2008. Hipóteses: a guerra não leva a paz ou a ordem, mas expande o poder dos países, sendo a paz um período de trégua a próxima guerra em busca da hierarquia.
2. cap.1 Barreiros: as espécies competem por subsistência e reprodução (mas também cooperam).
cap.3. guerra do peloponeso, Máximo. Platão, Sócrates e Aristóteles: criticam a ambição humana.
cap.4. pax romana, Fiori. Paz entre o imperio romano e o persa entre 28 a.C a 180 d.C; surgimento da universalidade, igualdade e natureza humana. com o cristianimo o império romano adotou a ‘guerra justa’.
2.3. cap.5. Pax chinesa, Herrera. 546 a.C. primeiro tratado de desarmamento; Confúcio (551-479 a.C): como administrar os reinos; reino Qin (221 a.C): administração por meio de relatórios; unificação da língua. Dinastia Han, em 165 a.C.: ingresso ao serviço público por concurso (pensamento de Confúcio): prezar pela competência e não pela hereditariedade.
3. cap.6. guerra nas cidades italianas (Veneza/Florença, Milão, Nápoles)  sec. xv, Metri. União em prol de inimigos comum: franceses e otomanos. surgimento dos diplomatas.
cap.7. guerra dos trinta anos e a “Paz de Westfália” de 1648, Vieria. Preparação de 3 anos; regras; negociações; compensações para os vencedores.
3.4.cap.8. guerras napoleônicas e a ”Paz de Viena” de 1815, Metri. regicídio francês de 1793 causou medo nos monarcas que depois de Napoleão reconduziu os Bourbons ao poder na França. Criação de confederações para defesa mútua. imposição inglesa do fim do tráfico de escravizados na África.
4. cap.9. Guerra do Paraguai (1872), Vieira. formação do exército brasileiro e disputa regional.
cap.10. I Guerra Mundial e a “Paz de Versalhes” de 1919, Juliano Fiori. Divida (impagável da Alemanha); destruição da Europa que precisou de ajuda externa para se alimentar. 
cap.11. II Guerra Mundial e Paz Americana, Haines e Bianco. Roosevelt a parti de Wilson propoe: livre comercio. criação da ONU; Guerra Fria. Intervenção dos EUA no mundo: venda de armas; não cumprimento dos pactos; envolvimento nas guerras e eleições; bases militares.
cap.12. Guerra do Golfo de 1991, Farias. Acordo entre EUA e Arábia Saudita para que o petróleo fosse vendido em dólar (1973); a ONU passa a fiscalizar o Iraque.
cap.15. Paz no sec.XX, Padula e Pecequilo. Estado ‘tampões’ na fronteira com a  Rússia (OTAN). guerras indiretas, como nas Coreias. 
cap.16. Coerção pela moeda, Torres Filho. Boma-dólar no Irã em 2012 e 2018. 
5. Posfácio, o mito do pecado original, Fiori. A origem da guerra é a disputa entre o criador e a criatura pela distinção entre o ‘bem’ e o ‘mal’.
Comentários: Gênesis: multiplicai-vos; Mateus: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Platão: a origem da guerra é a desregulação das partes da alma que faz o homem querer mais do que o necessário; proposta educação para a moderação (como defende Confúcio, Mozi e Mêncio). Peter Demant: a guerra surge porque as cidades urbanas invadem sociedades rurais. Proposta de investigação sobre a guerra e a paz: produção de alimentos; necessidade das grandes cidades; comunidades independentes. Propostas: usar áreas públicas para plantar.

Gabioneta, Robson. Marx. (prelo do doutorado). 391. Marx e sua família judia foi obrigada a se batizar na igreja luterana. Marx viveu em Paris (1843-45); Bruxelas (1848) e Londres (1848-1883) com o apoio de Engels. Concepção de Estado de Hegel: o direito e a polícia são manifestações da sociedade civil; para Marx eles protegem a propriedade individual. 392. Defende o Estado laico. Dialética é a lei de transformação do mundo: rev. francesa (política); rev. inglesa (modo de produção). 394. Para que haja processos revolucionários são necessários os grupamentos (classes sociais): primeiro a burguesia; depois o proletariado. Este último é o sujeito universal (para Hegel era o funcionário público), unico capaz de acabar com as classes e gerar o comunismo (fim da herança; escola pública; igualdade entre cidade e campo). 396. Capital: o modo de produção capitalista se baseia na produção de mercadorias; valor de troca (horas do trabalhador) e de uso (utilidade); equivalente universal: medida de valor, padrão de preço; fetiche do dinheiro (poderes mágicos: equivalente; autovalorização do dinheiro) e do trabalho (o trabalho humano abstrato; mais valia). Associação entre capitalista e o Estado: diminuir o custo de vida; leis para favorecer a produção e a venda. 398. cap.24. acumulação primitiva: expropriar das pessoas seu modo de subsistência, a terra (cercamento das terras comunais) (a terra, sendo aquilo que gera valor, não posso possuir valor); quem não é absorvido na cidade vira criminoso com a lei da vagabundagem: primeiro se prende, marca e avisa, depois mata-se como traidor do Estado. 399. Legislações sobre salário, jornadas de trabalho e associação dos trabalhadores, similar a escravidão (na Ing desde 1349; Fr. 1350). O trabalhador gera mais-valia pois é competente e inova e em conjunto produz mais e melhor. 400. acumulação primitiva na invasão das América, África e Oriente. Foi importante na URSS e no Partido Comunista Chines (PCC).

Bibliografia
Boto, C.. (2003). Na Revolução Francesa, os princípios democráticos da escola pública, laica e gratuita: o relatório de Condorcet. Educação & Sociedade, 24(84), 735–762.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Guerra. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Paz. Petrópolis: Editora Vozes, 2021.
Guinsburg, J. (1990). Denis Diderot. Revista USP, (4), 123-146. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i4.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é o Iluminismo? (1784). In: KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1989
KRENAK, A. A Vida Não É Útil São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

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