sexta-feira, 19 de abril de 2024

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.7semana

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.7semana
Tema Geral: Estado: disciplina e controle

Arlindo Picoli. Foucault e a Educação. YouTube, 23 de jun. de 2015 .Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=3eQgOy_5Ibg>. Acesso em: 19 de abr. de 2024.

DELEUZE, Gilles. Post-Scriptum sobre as Sociedades de Controle. L’Autre Journal. Paris, p. 1-4. maio 1990. GILLES DELEUZE. POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE Conversações: 1972-1990. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992, p. 219-226. Tradução de Peter Pál Pelbart 1. Foucault situou as sociedades disciplinares nos séculos VIII e XIX; atingem seu apogeu no início do século XX. Elas procedem à organização dos grandes meios de confinamento. … depois da Segunda Guerra mundial: sociedades disciplinares é o que já não éramos mais, o que deixávamos de ser. São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares. … Não cabe temer ou esperar, mas buscar novas armas. Os diferentes internatos ou meios de confinamento pelos quais passa o indivíduo são variáveis independentes: supõe-se que a cada vez ele recomece do zero, e a linguagem comum a todos esses meios existe, mas é analógica. Ao passo que os diferentes modos de controle, os controlatos, são variações inseparáveis, formando um sistema de geometria variável cuja linguagem é numérica (o que não quer dizer necessariamente binária). Os confinamentos são moldes, distintas moldagens, mas os controles são uma modulação, como uma moldagem auto-deformante que mudasse continuamente, a cada instante, ou como uma peneira cujas malhas mudassem de um ponto a outro. … mas numa sociedade de controle a empresa substituiu a fábrica … Nas sociedades de disciplina não se parava de recomeçar (da escola à caserna, da caserna à fábrica), enquanto nas sociedades de controle nunca se termina nada, a empresa, a formação, o serviço sendo os estados metaestáveis e coexistentes de uma mesma modulação, como que de um deformador universal. … são dois modos de vida jurídicos muito diferentes, e se nosso direito, ele mesmo em crise, hesita entre ambos, é porque saímos de um para entrar no outro. 2.3. Os indivíduos tornaram-se "dividuais", divisíveis, e as massas tornaram-se amostras, dados, mercados ou "bancos". É o dinheiro que talvez melhor exprima a distinção entre as duas sociedades, visto que a disciplina sempre se referiu a moedas cunhadas em ouro - que servia de medida padrão -, ao passo que o controle remete a trocas flutuantes, modulações que fazem intervir como cifra uma percentagem de diferentes amostras de moeda. 3. É fácil fazer corresponder a cada sociedade certos tipos de máquina, não porque as máquinas sejam determinantes, mas porque elas exprimem as formas sociais capazes de lhes darem nascimento e utilizá-las. As antigas sociedades de soberania manejavam máquinas simples, alavancas, roldanas, relógios; mas as sociedades disciplinares recentes tinham por equipamento máquinas energéticas, com o perigo passivo da entropia e o perigo ativo da sabotagem; as sociedades de controle operam por máquinas de uma terceira espécie, máquinas de informática e computadores, cujo perigo passivo é a interferência, e o ativo a pirataria e a introdução de vírus. Não é uma evolução tecnológica sem ser, mais profundamente, uma mutação do capitalismo. É uma mutação já bem conhecida que pode ser resumida assim: o capitalismo do século XIX é de concentração, para a produção, e de propriedade. … Quanto ao mercado, é conquistado ora por especialização, ora por colonização, ora por redução dos custos de produção. Mas atualmente o capitalismo não é mais dirigido para a produção, relegada com frequência à periferia do Terceiro Mundo, … O que ele quer vender são serviços, e o que quer comprar são ações. … A família, a escola, o exército, a fábrica não são mais espaços analógicos distintos que convergem para um proprietário, Estado ou potência privada, mas são agora figuras cifradas, deformáveis e transformáveis, de uma mesma empresa que só tem gerentes. … 3.4. O homem não é mais o homem confinado, mas o homem endividado. É verdade que o capitalismo manteve como constante a extrema miséria de três quartos da humanidade, pobres demais para a dívida, numerosos demais para o confinamento: o controle não só terá que enfrentar a dissipação das fronteiras, mas também a explosão dos guetos e favelas. Félix Guattari imaginou uma cidade onde cada um pudesse deixar seu apartamento, sua rua, seu bairro, graças a um cartão eletrônico (dividual) que abriria as barreiras; mas o cartão poderia também ser recusado em tal dia, ou entre tal e tal hora; o que conta não é a barreira, mas o computador que detecta a posição de cada um, lícita ou ilícita, e opera uma modulação universal … No regime das escolas: as formas de controle contínuo, avaliação contínua, e a ação da formação permanente sobre a escola, o abandono correspondente de qualquer pesquisa na Universidade, a introdução da "empresa" em todos os níveis de escolaridade. No regime dos hospitais: a nova medicina "sem médico nem doente", que resgata doentes potenciais e sujeitos a risco, o que de modo algum demonstra um progresso em direção à individuação, como se diz, mas substitui o corpo individual ou numérico pela cifra de uma matéria "dividual" a ser controlada. No regime da empresa: as novas maneiras de tratar o dinheiro, os produtos e os homens, que já não passam pela antiga forma-fábrica … Muitos jovens pedem estranhamente para serem "motivados", e solicitam novos estágios e formação permanente; cabe a eles descobrir a que estão sendo levados a servir, assim como seus antecessores descobriram, não sem dor, a finalidade das disciplinas. Os anéis de uma serpente são ainda mais complicados que os buracos de uma toupeira

ADORNO,   Theodor   W,   (2003).   “Educação   após   Auschwitz”.   In: Educação   e   Emancipação. 3ª Ed. São Paulo: Paz e Terra. Tradução de Wolfgang Leo Maar p. 119-138
Adorno que Auschwitz não se repita, as condições (kant) de sua existência, estudar a psicologia dos nazistas para encontrar o que eles podem fazer de útil  para a sociedade
como agir diante de criminosos.
As pessoas são frias, não amam, são indiferentes umas às outras
Qual o próximo grupo a ser exterminado? Os idosos, os opositores políticos,  os imigrantes, os palestinos, os ucranianos, os chineses, os indígenas...

Cunha, Jorge Luiz da. História e organização da educação brasileira: 4º semestre (Matemática). UFSM, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ufsm.br/handle/1/17131>. Acesso em: 18 de abr. de 2024. Cunha, hist.edu.bras.UFSM, 2013. 7. os jesuítas (Nóbrega) chegam em 1549, organizam as missões, são expulsos em 1759 (e voltam 40 anos depois). 09. 1599 publicação da Ordem de Estudos da Companhia de Jesus. (https://histedbrantigo.fe.unicamp.br/acer_fontes/acer_histedu/brcol013.htm). 10. A Companhia de Jesus foi uma reação à Reforma Protestante. 13. Em 1759 quando Marques de Pombal (iluminista) expulsou os jesuítas eles tinham 36 missões e 17 colégios e outras menores; carmelitas, beneditinos e franciscanos assumem. (https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckmk5l2prveo) 15. 1808-1818 criação da Imprensa, biblioteca, museu (criação da história do Brasil como Portugal). “Diversos cursos foram criados por Dom João entre eles a Academia de Marinha (1808), na cidade do Rio de Janeiro, a Academia Real Militar (1810), cursos de Anatomia e Cirurgia (1808), laboratórios de Química (1812), curso de Agricultura (1814), Escola Real de Ciência, Artes e Ofícios (1816). Na cidade da Bahia foi criado o curso de Cirurgia em (1808), cadeira de Economia (1808), curso de Agricultura (1812), curso de Química (1817), e o curso de Desenho Técnico em 1817” (primeiras faculdades). 16. Cursos jurídicos em SP (1827) e Recife (1854). 17. A Constituição de 1824 estabeleceu a instrução primária gratuita a todos; Em 1837 é criado o Colégio de Pedro II. 20. Ato adicional à Const. diz que as províncias devem se responsabilizar pela educação básica. (O livro não cita: Em 21 de outubro de 1838 criou-se o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o IHGB, inspirado no Institut Historique, fundado em Paris em 1834.) 24. No fim da Guerra do Paraguai, em 1870, no RJ, ocorre o Manifesto Republicano contra a Monarquia com participação do exército. (https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7758358/mod_resource/content/2/manifesto%20republicano%201870.pdf). 24. Na primeira república (1889-1930) manteve-se a educação do império: educação primária aos estados e educação superior e médio ao Governo Federal. A Constituição de 1891 declara o estado laico. 27. Anísio Teixeira Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) (https://www.histedbr.fe.unicamp.br/pf-histedbr/manifesto_1932.pdf). 32. Os imigrantes traziam ideias da Europa (como o iluminismo, republicanismo, anarquismo, socialismo). 33. Semana da Arte Moderna de 1922 (arte brasileira desvinculada dos padrões europeus: música e literatura); fundação do partido comunista brasileiro (PC do B) em 1922, a Revolta Tenentista (1922-1927). Democracia e educação, 1916, John Dewey. 35. Inspirado em Dewey e nos EUA, Anísio Teixeira propõe escola integral; funda a Escola do Parque em Salvador (1950) inspira os CIEPs no RJ em 1980; propôs também os fundos da educação. 41. Getúlio Vargas (GV) tomou o poder em 1930 e nomeou interventores; em 1932 SP queria uma constituição que ocorreu em 1933. 42. em 1934 a constituição diz que a educação é direito de todos, em 37 o artigo sai e volta em 46. em 34 é obrigatório o concurso público para magistério. 44. Francisco Campos (1930 a 1932) assinou os decretos: Decreto 19.850 (11/04/1931) que criava o Conselho Nacional de Educação; Decreto 19.851 (11/04/1931) propôs regulamentação do ensino superior; Decreto 19.852 (11/04/1931) organizou a Universidade do Rio de Janeiro; Decreto 19.890 (18/04/1931) organizou o ensino secundário; Decreto 20.158 (11/04/1931) organizou o ensino comercial; Decreto 21.241 (14/04/1931) regulamentação sobre o ensino secundário. 45. USP, primeira universidade, criada em 1934; em 38 GV, com apoio do exercito, cria o Estado Novo. 47. em 1939 inicia-se a II Guerra. 48. Gustavo Capanema com as leis orgânicas (1942-46) cria: “o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), o Instituto Nacional do Livro, do Serviço e do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)”. Ginasial: 4 anos; colégio: 3 anos (clássico e científico). 1942. insere-se história e geografia do Br. 51. no fim do Império havia uma dezena de escolas normais, em geral para homens; em 1949 havia 540. 52. o curso normal volta-se para mulheres para que elas sejam professoras. 54. Fim da II Guerra e a vitória sobre o facismo obriga GV a convocar eleições (e eleger seu sucessor Dutra). 53. 1961 a 1ª LDBEN ou LDB; 1971 a 2ª; a 3ª (e última) 1996. 56. Movimentos de educação popular. 57. MANIFESTOS DOS EDUCADORES (1959). “Esta Campanha apresentou três grupos de correntes filosóficas diferentes: o ideário liberal representado por Anísio Teixeira inspirado de Dewey; o ideário liberal conservador de Roque Spencer Maciel de Barros, João Villa Lobos inspirados em Immanuel Kant (1724-1804) e o socialismo de Florestan Fernandes inspirado em Marx.”. 62. “1969, o Decreto-lei N.º 477 proíbe professores, alunos e funcionários a se manifestarem politicamente”; “Os pressupostos teóricos destas correntes pedagógicas estão embasados nas teorias: Positivismo de Auguste Comte e behaviorismo, teoria do comportamento fundamentada na Lei de Pavlov (S-R, estímulo-resposta) e na Lei de Skinner (Sd-R-Sr, reforço)”. 63. “Taylor desenvolve uma teoria que permite a industrialização a se tornar mais rápida em produção em série. Ele separa a concepção da execução de tarefas, submetendo o empregado ao parcelamento das tarefas”. 66. Lei N. º 5.540/68 trata da reforma universitária: redução de gastos; cobrança de eficiência e produtividade; nomeação de reitores; tríplice função da universidade: ensino, pesquisa e extensão, mantida na CF art.207. 68. Lei N.º 5.692/71 o ensino do 1 e 2 grau deve qualificar para o trabalho e para cidadania (como na constituição); civismo militar; 1 grau de 8 anos (Lei nº 11.274 de 2006 9 anos). 69. Paulo Freire aplica seu método (ensino pelo contexto: palavras geradoras) em 1961 no nordeste; crítica a “educação bancária”; educação dialógica; é preso em 64 e volta em 80.

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