terça-feira, 29 de abril de 2025

Ana.Maria.fil.2bim.2ano

EE Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Marx e Marxismo

Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1vAo9N_g-X1hJf16Hg5yZAVQ8aGvJ3nFi?usp=sharing

Revolução Industrial da Inglaterra. Ocorreu na Inglaterra a partir do fim do século XVIII por meio da invenção da máquina a vapor, tendo o carvão como combustível. Com ela, a fabricação de roupa começou a ser mecanizada e, portanto, mais produtiva. Para alcançar essa inovação e consolidá-la, os ingleses precisaram construir uma organização social complexa: 1. aumentar a produção de lá, para tanto, transformaram imensas florestas em pasto para ovelhas; 2. forçar a migração de pessoas que viviam no campo (onde produziam apenas para si), para as cidades; 3. produzir alimentos para a população urbana; 4. vender roupa e depois máquinas para todo o mundo. Para conseguir seu intuito a Inglaterra tinha uma frota marítima muito poderosa, ficando ainda mais poderosa com as inovações. Com essa frota ela negociava com outros reinos e impérios. Um exemplo disso foi as Guerras do ópio travadas contra a China com intuito de abrir o comércio chines para o mercado inglês (1839-1842; 1856-1860).

Revolução Francesa (1789-1815). No século XVIII a França se envolveu em muitas guerras, principalmente com as chamadas colónias na Ásia e nas Américas, contra a Inglaterra. Uma delas foi apoiar a Independência dos EUA em 1776. Isso gerou uma enorme dívida. Somado a isso, no final da década de 80 houve uma safra ruim provocando fome. O rei Luís XVI então convoca a assembleia geral que é formada por três estamentos: nobres, aristocratas e povo (burgueses, camponeses e artesões). Na assembleia o povo se revolta e propõe aos outros estamentos a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão (DDHC) (inspirou os Direitos Humanos DH) com o lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Na Assembleia nacional haviam: os progressistas de esquerda (jacobinos e girondinos); os do centro; os da direita pró-monarquistas. Os progressistas assumem a revolução e criam um comitê de segurança pública, doze mais eminentes (Danton, Robespierre). Eles então: emitem moedas, criam fábricas estatais, perdoam as dívidas dos camponeses com os nobres (reforma agrária), abolem a escravidão, criam o ateísmo de Estado (tomando os bens da Igreja). Porém aqueles que eram contrários a revolução eram reprimidos, inclusive a família real que é decapitada. A França começa a ser atacada por nobres de outros lugares, então os revolucionários sentem a necessidade de levar a revolução para outros impérios. Em alguns lugares a França consegue parceiros, em outros encontra resistência. Em 1799 Napoleão assume o puder criando um império revolucionário. Ele invade vários impérios, entre eles o espanhol e o português. Nas colónias espanholas da América Latina começou então um movimento pela libertação, com destaque para Simón Bolívar. No Haiti houve primeira revolução de escravizados do mundo. O príncipe Dom João VI transfere a corte portuguesa para o Brasil em 1808, escoltada pelos ingleses. Em 1812 Napoleão perde a batalha para Rússia e é destituído.

Paz de Viena (1815): fim das guerras napoleônicas (1803-1815); surgi a Rússia; proposta do fim da escravidão; restauração da monarquia (França com o Bourbons).

A revolução francesa vai gerar as unificações da Itália e Alemanha, vai ser inspiração para as revoluções na américa (nos EUA e na AL), na Rússia e na China.

O nome Marxismo vem de Karl Marx (1818-1883), porém marxismo é uma teoria econômica, política, histórica de muitos agentes. Um importante interlocutor (e apoiador) de Marx foi Friedrich Engels (1820-1895). Marx é filho de uma família judia e cursa direito e filosofia. Engels é filho de industrial alemão. Eles se conhecem num partido alemão chamado Partido Comunista. É encomendado a eles que façam um texto que expresse o programa e os propósitos do Partido. Eles escrevem então o ‘Manifesto do Partido Comunista’ (ou manifesto comunista) no qual finaliza com a frase: ‘trabalhadores do mundo: uni-vos’. Nesse texto eles discutem com as tendências do partido e propõem linhas de ações, entre elas: passagem da propriedade privada nas mãos dos nobres e da burguesia para as mãos do Estado comandado pela classe trabalhadora organizada em partidos e cooperativas.

Marx em vários de seus livros analise a postura dos agentes de sua época (industriais, nobres, comerciários) e para explicar suas ações os classifica a partir de classes sociais. Entre outros, essa discussão aparece em ‘O 18 de Brumário de Luís Bonaparte’ (1852).

Marx, depois de doutora-se, torna-se jornalista e para escrever seus textos estuda economia, entre outros Adam Smith (divisão do trabalho), David Ricardo ( renda terra). (Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844).

Em 1964, esse partido no qual Marx e Engels participa, em conjunto com outras diversas associações e sindicatos, organizaram um encontro internacional com representantes de trabalhadores da Europa e dos EUA, a Primeira Internacional. Marx é um dos dirigentes dessa organização que entres outras coisas organizavam as greves mundiais. Parte desse grupo, em 1871, organizou o primeiro levante operário do mundo: a comuna de Paris. Eles proponham: abolição da propriedade privada; centralização dos meios de produção pelo estado; educação pública para todos; entre outros. Para eles os operários das fábricas eram a única classe social que podia dar cabo ao capitalismo.

Marx começa o livro Capital analisando a mercadoria. Para ele ela possui duas dimensões:  o valor de uso (qualidade) e o valor de troca (valor comercial). O valor de troca é dado pelo valor que algo é vendido no mercado, medido pela quantidade de trabalho em horas no qual um trabalhador médio precisa para fazer uma dada mercadoria. Com a generalização das moedas nacionais em meados do sec. XIX, os objetivos da troca deixaram de ser apenas para aquisição de uma mercadoria para o uso cotidiano (o valor de uso), e passaram a objetivar a autovalorização do dinheiro. Mas lembrem-se, ninguém sobrevive de dinheiro, mas de substancias concretas (alimentos, moradia, vestuário, etc), e, além disso, os diversos produtores (de alimentos e de mercadoria) podem simplesmente não aceitar o dinheiro de um dado país.

A autovalorização da mercadoria é transferida para o trabalho necessário para a produção dela, assim, o trabalho torna-se equivalente a outro, tornando-se Trabalho Humano Abstrato. Para tanto o capitalista precisa que as pessoas deixem de produzir para si e aluguem a sua força de trabalho para ele. Por isso, o capitalista se associa aos agentes do Estado a fim de diminuir o custo de vida do trabalhador, além, é claro, de criar leis que favoreçam sua produção e sua venda. Para as pessoas deixarem de produzir para si o Estado precisa expropriar as terras comuns que pertenciam a camponeses. Marx chama isso de Primeira Acumulação (cap.24 do Capital). Na Inglaterra, esse processo teve seu início com a reforma protestante onde as terras, antes pertencentes a Igreja católica, passou a posse do Estado inglês. Seu acabamento se deu na Revolução Glorioso quando, em 1688, Guilherme III de Orange assume o poder e decreta as leis para o cercamento da terra comunal. Estas terras passam agora a ser dadas ou vendidas a preços irrisórios, em geral, para pastagens e para produção de alimentos em grande escala (p.519-520).

Para conter essa população e proteger a propriedade privada foram criadas legislações contra vagabundagem. O procedimento jurídico e sanguinário seguia o seguinte procedimento: primeiro se prendia; no caso de reincidência se açoitava e se marcava; se o sujeito fosse julgado como incapaz de regeneração ele era executado como traidor do Estado. Para manter o preço do trabalho baixo, o Estado cria legislações sobre o salário, a jornada de trabalho e a associação dos trabalhadores. Para Marx essa dependência é similar a escravidão.

Mantendo o preço da força de trabalho num valor baixo o capitalista, consegue extrair aquilo que Marx chama de mais-valia. Isso acontece pelo menos por três motivos: 1. o trabalhador produz mais do que necessita para sobreviver; 2. o trabalhador, com sua competência, consegue, com o tempo, aumentar a produtividade; 3. concentrando muitos trabalhadores num lugar o capitalista consegue uma produção que não seria possível se esses trabalhadores estivessem isolados.

Atividade 1: use os principais conceitos de Marx (pelos menos 3) e faça perguntas ao seu profissional.

Atividade 2: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa

Questão1. (Enem, 2020) “A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre as classes sociais no capitalismo decorrem da separação entre aqueles que detêm os meios de produção e aqueles que

A vendem a força de trabalho.

B exercem a atividade comercial.

C possuem os títulos de nobreza.

D controlam a propriedade da terra.

E monopolizam o mercado financeiro.

Questão2. (Enem, 2021) “Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, em não esperar dela qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras. (ENGELS, 2010). No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que correspondem ao(s)

A conceito de luta de classes.

B alicerce da ideia de mais-valia.

C fundamentos do método científico.

D paradigmas do processo indagativo.

E domínios do fetichismo da mercadoria.

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