EE Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Marx e Marxismo
Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1vAo9N_g-X1hJf16Hg5yZAVQ8aGvJ3nFi?usp=sharing
Revolução
Industrial da Inglaterra. Ocorreu na Inglaterra a partir
do fim do século XVIII por meio da invenção da máquina a vapor, tendo o
carvão como combustível. Com ela, a fabricação de roupa começou a ser
mecanizada e, portanto, mais produtiva. Para alcançar essa inovação e
consolidá-la, os ingleses precisaram construir uma organização social
complexa: 1. aumentar a produção de lá, para tanto, transformaram imensas
florestas em pasto para ovelhas; 2. forçar a migração de pessoas que viviam no
campo (onde produziam apenas para si), para as cidades; 3. produzir alimentos
para a população urbana; 4. vender roupa e depois máquinas para todo o mundo.
Para conseguir seu intuito a Inglaterra tinha uma frota marítima muito
poderosa, ficando ainda mais poderosa com as inovações. Com essa frota ela
negociava com outros reinos e impérios. Um exemplo disso foi as Guerras do ópio
travadas contra a China com intuito de abrir o comércio chines para o mercado
inglês (1839-1842; 1856-1860).
Revolução
Francesa (1789-1815). No século XVIII a França se envolveu em
muitas guerras, principalmente com as chamadas colónias na Ásia e nas Américas,
contra a Inglaterra. Uma delas foi apoiar a Independência dos EUA em 1776. Isso
gerou uma enorme dívida. Somado a isso, no final da década de 80 houve uma
safra ruim provocando fome. O rei Luís XVI então convoca a assembleia geral que
é formada por três estamentos: nobres, aristocratas e povo (burgueses,
camponeses e artesões). Na assembleia o povo se revolta e propõe aos outros
estamentos a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão (DDHC) (inspirou
os Direitos Humanos DH) com o lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Na
Assembleia nacional haviam: os progressistas de esquerda (jacobinos e
girondinos); os do centro; os da direita pró-monarquistas. Os progressistas
assumem a revolução e criam um comitê de segurança pública, doze mais eminentes
(Danton, Robespierre). Eles então: emitem moedas, criam fábricas estatais,
perdoam as dívidas dos camponeses com os nobres (reforma agrária), abolem a
escravidão, criam o ateísmo de Estado (tomando os bens da Igreja). Porém
aqueles que eram contrários a revolução eram reprimidos, inclusive a família
real que é decapitada. A França começa a ser atacada por nobres de outros
lugares, então os revolucionários sentem a necessidade de levar a revolução
para outros impérios. Em alguns lugares a França consegue parceiros, em
outros encontra resistência. Em 1799 Napoleão assume o puder criando um império
revolucionário. Ele invade vários impérios, entre eles o espanhol e o
português. Nas colónias espanholas da América Latina começou então um
movimento pela libertação, com destaque para Simón Bolívar. No Haiti houve
primeira revolução de escravizados do mundo. O príncipe Dom João VI transfere a
corte portuguesa para o Brasil em 1808, escoltada pelos ingleses. Em 1812
Napoleão perde a batalha para Rússia e é destituído.
Paz
de Viena (1815): fim das guerras napoleônicas (1803-1815); surgi a Rússia;
proposta do fim da escravidão; restauração da monarquia (França com o
Bourbons).
A
revolução francesa vai gerar as unificações da Itália e Alemanha, vai ser
inspiração para as revoluções na américa (nos EUA e na AL), na Rússia e na
China.
O
nome Marxismo vem de Karl Marx (1818-1883), porém marxismo é
uma teoria econômica, política, histórica de muitos agentes. Um importante
interlocutor (e apoiador) de Marx foi Friedrich Engels (1820-1895). Marx é
filho de uma família judia e cursa direito e filosofia. Engels é filho de
industrial alemão. Eles se conhecem num partido alemão chamado Partido
Comunista. É encomendado a eles que façam um texto que expresse o programa e os
propósitos do Partido. Eles escrevem então o ‘Manifesto do Partido
Comunista’ (ou manifesto comunista) no qual finaliza com a frase:
‘trabalhadores do mundo: uni-vos’. Nesse texto eles discutem com as
tendências do partido e propõem linhas de ações, entre elas: passagem da
propriedade privada nas mãos dos nobres e da burguesia para as mãos do Estado
comandado pela classe trabalhadora organizada em partidos e cooperativas.
Marx
em vários de seus livros analise a postura dos agentes de sua época
(industriais, nobres, comerciários) e para explicar suas ações os classifica a
partir de classes sociais. Entre outros, essa discussão aparece
em ‘O 18 de Brumário de Luís Bonaparte’ (1852).
Marx,
depois de doutora-se, torna-se jornalista e para escrever seus textos estuda
economia, entre outros Adam Smith (divisão do trabalho), David Ricardo ( renda
terra). (Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844).
Em
1964, esse partido no qual Marx e Engels participa, em conjunto com outras
diversas associações e sindicatos, organizaram um encontro internacional com
representantes de trabalhadores da Europa e dos EUA, a Primeira Internacional.
Marx é um dos dirigentes dessa organização que entres outras coisas organizavam
as greves mundiais. Parte desse grupo, em 1871, organizou o primeiro levante
operário do mundo: a comuna de Paris. Eles proponham: abolição da
propriedade privada; centralização dos meios de produção pelo estado; educação
pública para todos; entre outros. Para eles os operários das fábricas eram
a única classe social que podia dar cabo ao capitalismo.
Marx
começa o livro Capital analisando a mercadoria. Para ele ela possui duas
dimensões: o valor de uso (qualidade) e
o valor de troca (valor comercial). O valor de troca é dado pelo valor que algo
é vendido no mercado, medido pela quantidade de trabalho em horas no qual um
trabalhador médio precisa para fazer uma dada mercadoria. Com a generalização
das moedas nacionais em meados do sec. XIX, os objetivos da troca deixaram
de ser apenas para aquisição de uma mercadoria para o uso cotidiano (o valor de
uso), e passaram a objetivar a autovalorização do dinheiro. Mas lembrem-se,
ninguém sobrevive de dinheiro, mas de substancias concretas (alimentos,
moradia, vestuário, etc), e, além disso, os diversos produtores (de alimentos e
de mercadoria) podem simplesmente não aceitar o dinheiro de um dado país.
A
autovalorização da mercadoria é transferida para o trabalho necessário para a
produção dela, assim, o trabalho torna-se equivalente a outro, tornando-se Trabalho
Humano Abstrato. Para tanto o capitalista precisa que as pessoas deixem de
produzir para si e aluguem a sua força de trabalho para ele. Por isso, o
capitalista se associa aos agentes do Estado a fim de diminuir o custo de vida
do trabalhador, além, é claro, de criar leis que favoreçam sua produção e sua
venda. Para as pessoas deixarem de produzir para si o Estado precisa expropriar
as terras comuns que pertenciam a camponeses. Marx chama isso de Primeira
Acumulação (cap.24 do Capital). Na Inglaterra, esse processo teve seu
início com a reforma protestante onde as terras, antes pertencentes a Igreja
católica, passou a posse do Estado inglês. Seu acabamento se deu na Revolução
Glorioso quando, em 1688, Guilherme III de Orange assume o poder e decreta as
leis para o cercamento da terra comunal. Estas terras passam agora a ser dadas
ou vendidas a preços irrisórios, em geral, para pastagens e para produção de
alimentos em grande escala (p.519-520).
Para
conter essa população e proteger a propriedade privada foram criadas legislações
contra vagabundagem. O procedimento jurídico e sanguinário seguia o
seguinte procedimento: primeiro se prendia; no caso de reincidência se
açoitava e se marcava; se o sujeito fosse julgado como incapaz de regeneração
ele era executado como traidor do Estado. Para manter o preço do trabalho
baixo, o Estado cria legislações sobre o salário, a jornada de trabalho e a
associação dos trabalhadores. Para Marx essa dependência é similar a
escravidão.
Mantendo
o preço da força de trabalho num valor baixo o capitalista, consegue extrair
aquilo que Marx chama de mais-valia. Isso acontece pelo menos por três
motivos: 1. o trabalhador produz mais do que necessita para sobreviver; 2. o
trabalhador, com sua competência, consegue, com o tempo, aumentar a
produtividade; 3. concentrando muitos trabalhadores num lugar o capitalista
consegue uma produção que não seria possível se esses trabalhadores estivessem
isolados.
Atividade 1: use os principais conceitos de Marx (pelos menos 3) e faça perguntas ao seu profissional.
Atividade 2: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa
Questão1. (Enem, 2020) “A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre as classes sociais no capitalismo decorrem da separação entre aqueles que detêm os meios de produção e aqueles que
A
vendem a força de trabalho.
B
exercem a atividade comercial.
C
possuem os títulos de nobreza.
D
controlam a propriedade da terra.
E
monopolizam o mercado financeiro.
Questão2. (Enem, 2021) “Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, em não esperar dela qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras. (ENGELS, 2010). No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que correspondem ao(s)
A
conceito de luta de classes.
B
alicerce da ideia de mais-valia.
C
fundamentos do método científico.
D
paradigmas do processo indagativo.
E
domínios do fetichismo da mercadoria.
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