Prova do 4 bimestre para as turmas do João Lourenço Rodrigues
Vou apresentar o que é fundamental para vocês lembrarem na hora de fazer o provão de filosofia do 4 Bimestre.
Questões objetivas. Estas questões precisam vir acompanhadas das justificativas. (retirei essas questões do enem e de outros exames)
Na questão 1 é importante vocês lembrarem que no livro I da República Platão critica várias concepções de justiça, uma delas, a de Trasímaco, personagem que Platão chamou de sofista por apresentar uma concepção relativista de justiça, isto é, uma concepção que seja decorrente de convenções sociais.
Na questão 2 é pedido para vocês identificarem uma importante caracterização de Platão (ainda que simplista): Platão, como também para Parmênides, diz que o objeto do conhecimento é a razão e não a sensação. Essa doutrina ficou conhecida como doutrina da ideias.
É pedido na questão 3 que vocês saibam como Platão classifica os poetas na categoria de produtores de conhecimento: 1° está as ideias; 2º está objeto produzido; 3º as imagens. O primeiro é o produtor das ideias, o filósofo que concebe a ideia de mesa por exemplo; o segundo é o produto produzido concretamente, exemplo a mesa concreta que o carpinteiro produz a partir da ideia de mesa; por fim, o terceiro, é a imagem criada pelo poeta, por exemplo o desenho de uma mesa ou uma poesia que fala sobre a mesa.
Na quarta questão vocês precisam lembrar uma importante definição de justiça: cada pessoa, de acordo com sua própria natureza, deve ocupar o seu lugar na cidade. Observação: é importante lembrar que essa concepção de justiça surge na República a partir do intuito de Glaucon de pensar uma cidade rica que, por causa da sua riqueza, provoca a inveja e posterior invasão por parte do vizinho, causando a guerra entre as cidades.
As questões 5 e 6 vou reproduzi-las integramente:
5 – Na República de Platão, entre outros, aparecem os seguintes conceitos: dívida, amizade, felicidade, inimizade, infelicidade, justiça, injustiça, educação, poesia (música), conhecimento, partes da alma, tipo de cidade, tipos de administração da cidade, bens que se desejam por si e por outro, ideias, coisa fabricada e imagem. Escolha um (1) deles e: 1. Descreve como esse conceito aparece no texto; 2. Discuta como esse conceito altera a sua (e a nossa) vida.
6 – Escolha um profissional da sua preferencia e diga: a) Qual ideia (conceito) ele consegue alterar a realidade pelo seu conhecimento? (exemplo: o médico altera a saúde com o seu trabalho) b) o que é certo sobre essa ideia, o que é verdadeiro? (pense em algo que consiga ser ensinado para alguém que não conversou com ele) c) o que é falso, o que não é verdadeiro (não escreva apenas algo contrário ao verdadeiro)? d) uma lei que regula, que organiza o trabalho dele (cite o número e um resumo da lei).
para aqueles que querem continuar estudando filosofia a partir das minhas indicações, dou aula num cursinho chamado Proceu. Este ano gravei as aulas que dei lá, as aulas estão disponíveis no link abaixo.
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
para quem quiser frequentá-lo ano que vem as inscrições começam em janeiro, fiquem atentos a página: http://www.cursinhoproceu.com/ e facebook https://www.facebook.com/cursinhoproceu/.
outros canais de filosofia que recomendo:
https://www.youtube.com/watch?v=flOJubw6SG0&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://plato.stanford.edu/contents.html
observação final: para mim o melhor jeito de estudar filosofia (e talvez também outras matérias) é caminhar e conversar. Se ajudar anote numa folha as questões fundamentais.
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Prova para as turmas do Anibal de Freitas
Prova para as turmas do Anibal de Freitas (1B, 2A, 3B e 3C)
Vou descrever rapidamente o que acho fundamental de cada questão que preparei para o provão do 4 bimestre. Antes vou lembrá-los dos conceitos que penso que vocês (e todos nós) precisamos ficar atentos na nossa vida cotidiana e que alguns autores da tradição filosófica discutem.
O primeiro e talvez o mais importante é a questão ambiental. Trabalhei com vocês esse tema em meados de abril e não retomei. (referencia texto do Luiz Marques Capitalismo e colapso ambiental, em especial o cap. 10).
Outro tema fundamental é o comercio internacional: como o Brasil entra dentro da divisão internacional do trabalho e nos acordos mundiais, entre eles a adoção dos direitos humanos. Dentro desta temática alguns conceitos discutidos são: propriedade privada e soberania popular. O segundo em especial tem haver em como se deu a disputa pelo contrato social (suposto contrato entre os governante e os governados.
Essas ideias (conceitos) atuam na nossa vida, queiramos ou não, assim é importante ficarmos atentos a eles.
Questões da prova, questões objetivas. Essas questões precisam vir acompanhadas das justificativas.
1. Na questão 1 o desafio é identificar qual a premissa menos de um silogismo dedutivo onde é dada uma premissa universal e uma conclusão. Lembrando que um silogismo dedutivo é "um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente".
2. Na questão 2 é importante que vocês lembrem em como na filosofia moderna o conhecimento não é mais procurado a partir do silogismo dedutivo, mas a partir da regularidade da experiencia. Neste momento histórico deixa-se um pouco de lado a busca pelas essências que se expressam pela linguagem e busca-se construir experiencias que podem sem controladas, repetidas e calculadas.
3. A questão 3 versa sobre o conceito de soberania popular apresentado por Rousseau. Nele Rousseau defende que a lei tem que ser expressão da vontade geral, portanto nenhuma lei pode ser imposta ao povo, portanto "é nula toda lei que o povo diretamente não ratificar".
4. Já a questão 4 peço para vocês diante de algumas afirmações identificar quais deles representam uma concepção universalista acerca dos direitos humanos e quais delas representam uma conceção relativista.
questões dissertativas: (vou reproduzi-las integralmente)
5 – Escolha um profissional da sua preferencia e diga: a) Qual ideia (conceito) ele consegue alterar a realidade pelo seu conhecimento? (exemplo: o médico altera a saúde com o seu trabalho) b) o que é certo sobre essa ideia, o que é verdadeiro? (pense em algo que consiga ser ensinado para alguém que não conversou com ele) c) o que é falso, o que não é verdadeiro (não escreva apenas algo contrário ao verdadeiro)? d) uma lei que regula, que organiza o trabalho dele (cite o número e um resumo da lei)
6 – (2,0) Na prova e nas aulas analisamos muitas frases propostas por filósofos (frases com pretensão de universalidade). Dê, para cada grande área da filosofia, dois exemplos de frases. Depois junte as frases de cada uma das áreas:
a) Comportamento (ética)
b) conhecimento (ciência)
c) sociedade (política)
d) arte (estética)
para aqueles que querem continuar estudando filosofia a partir das minhas indicações, dou aula num cursinho chamado Proceu. Este ano gravei as aulas que dei lá, as aulas estão disponíveis no link abaixo.
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
para quem quiser frequentá-lo ano que vem as inscrições começam em janeiro, fiquem atentos a página: http://www.cursinhoproceu.com/ e facebook https://www.facebook.com/cursinhoproceu/.
outros canais de filosofia que recomendo:
https://www.youtube.com/watch?v=flOJubw6SG0&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://plato.stanford.edu/contents.html
observação final: para mim o melhor jeito de estudar filosofia (e talvez também outras matérias) é caminhar e conversar. Se ajudar anote numa folha as questões fundamentais.
Vou descrever rapidamente o que acho fundamental de cada questão que preparei para o provão do 4 bimestre. Antes vou lembrá-los dos conceitos que penso que vocês (e todos nós) precisamos ficar atentos na nossa vida cotidiana e que alguns autores da tradição filosófica discutem.
O primeiro e talvez o mais importante é a questão ambiental. Trabalhei com vocês esse tema em meados de abril e não retomei. (referencia texto do Luiz Marques Capitalismo e colapso ambiental, em especial o cap. 10).
Outro tema fundamental é o comercio internacional: como o Brasil entra dentro da divisão internacional do trabalho e nos acordos mundiais, entre eles a adoção dos direitos humanos. Dentro desta temática alguns conceitos discutidos são: propriedade privada e soberania popular. O segundo em especial tem haver em como se deu a disputa pelo contrato social (suposto contrato entre os governante e os governados.
Essas ideias (conceitos) atuam na nossa vida, queiramos ou não, assim é importante ficarmos atentos a eles.
Questões da prova, questões objetivas. Essas questões precisam vir acompanhadas das justificativas.
1. Na questão 1 o desafio é identificar qual a premissa menos de um silogismo dedutivo onde é dada uma premissa universal e uma conclusão. Lembrando que um silogismo dedutivo é "um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente".
2. Na questão 2 é importante que vocês lembrem em como na filosofia moderna o conhecimento não é mais procurado a partir do silogismo dedutivo, mas a partir da regularidade da experiencia. Neste momento histórico deixa-se um pouco de lado a busca pelas essências que se expressam pela linguagem e busca-se construir experiencias que podem sem controladas, repetidas e calculadas.
3. A questão 3 versa sobre o conceito de soberania popular apresentado por Rousseau. Nele Rousseau defende que a lei tem que ser expressão da vontade geral, portanto nenhuma lei pode ser imposta ao povo, portanto "é nula toda lei que o povo diretamente não ratificar".
4. Já a questão 4 peço para vocês diante de algumas afirmações identificar quais deles representam uma concepção universalista acerca dos direitos humanos e quais delas representam uma conceção relativista.
questões dissertativas: (vou reproduzi-las integralmente)
5 – Escolha um profissional da sua preferencia e diga: a) Qual ideia (conceito) ele consegue alterar a realidade pelo seu conhecimento? (exemplo: o médico altera a saúde com o seu trabalho) b) o que é certo sobre essa ideia, o que é verdadeiro? (pense em algo que consiga ser ensinado para alguém que não conversou com ele) c) o que é falso, o que não é verdadeiro (não escreva apenas algo contrário ao verdadeiro)? d) uma lei que regula, que organiza o trabalho dele (cite o número e um resumo da lei)
6 – (2,0) Na prova e nas aulas analisamos muitas frases propostas por filósofos (frases com pretensão de universalidade). Dê, para cada grande área da filosofia, dois exemplos de frases. Depois junte as frases de cada uma das áreas:
a) Comportamento (ética)
b) conhecimento (ciência)
c) sociedade (política)
d) arte (estética)
para aqueles que querem continuar estudando filosofia a partir das minhas indicações, dou aula num cursinho chamado Proceu. Este ano gravei as aulas que dei lá, as aulas estão disponíveis no link abaixo.
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
para quem quiser frequentá-lo ano que vem as inscrições começam em janeiro, fiquem atentos a página: http://www.cursinhoproceu.com/ e facebook https://www.facebook.com/cursinhoproceu/.
outros canais de filosofia que recomendo:
https://www.youtube.com/watch?v=flOJubw6SG0&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://plato.stanford.edu/contents.html
observação final: para mim o melhor jeito de estudar filosofia (e talvez também outras matérias) é caminhar e conversar. Se ajudar anote numa folha as questões fundamentais.
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Resumo das atividades do Ano - Todas as turmas
Atividades de
filosofia para o Ensino Médio. Robson Gabioneta. Algumas deles estão no blog:
www.umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br e/ou no canal do youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCnC0JWETgZPd_wram69bdPA/vídeos
1 - Crie uma
história (real ou inventada) e uma generalização a partir dela. Depois escolha
uma palavra e siga a seguinte sequencia para analisa-la: 1. Observe com quais
palavras esta palavra está ligada, a partir disso escreva os possíveis sentidos
dessa palavra; 2. Faça perguntas para a palavra, para a frase e para a história
a fim de entendê-la melhor (uma para cada); 3. Que ações a frase provoca se supusermos
que ela é verdadeira; 4. Qual a opinião dos seus amigos e familiares sobre a
frase.
2 – Repita o
exercício com ditados populares e/ou com frases soltas de escritores
(filósofos, sociólogos, historiadores).
3 – Repita o
exercício da atividade 1 na análise de textos (ou imagens, ou filmes) mais
longas: poema e/ou letra de música. Ache uma frase ou crie uma que sintetize o
texto inteiro. Depois de analisar a frase, volte a ler o texto e compare a
frase sintética com todas as outras.
4 – Conversem
com seus parentes acerca das experiências da sua família: como seus pais e avós
se conheceram; houve migração; eles sempre viveram na cidade ou vieram do campo
para a cidade; como foi a adaptação; como eles aprenderam a profissão que
exercem hoje.
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
5 – Em dupla ou
trio, escolha dois profissionais (pode ser algum parente) e conversem com eles
sobre seus trabalhos. A conversa pode ser mais espontânea, mas tente saber o
seguinte: 1. Qual o saber deste profissional; 2. Como adquiriu este saber; 3.
Qual a função social dele. 4. Qual conceito ou conceitos este profissional
convive no dia a dia. Exemplo: o médico sabe medicina e adquiriu estudando e
praticando, sua função é cuidar das pessoas doentes, ele pode nos explicar
acerca da saúde.
6 – Conversem de
novo com o profissional, se possível visite o local de trabalho desse
profissional. Pergunte a ele o seguinte: 1. Com quais profissionais ele depende
para poder exercer sua profissão; quais os interesses que eles têm em comum; se
possível conversem com eles; 2. Quais são as pessoas que dependem deste profissional;
como é a relação entre eles; 3. Como este profissional se relaciona com o
Estado; como o Estado interfere na atividade profissional deste profissional;
quais são as leis que regulam sua atividade. Se for o caso, peça autorização
para gravar a conversa e/ou para anotar num caderninho.
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
7 – Conversem de
novo com o profissional e peça a ele três (3) frases acerca do conhecimento que
ele possui sobre um conceito, uma frase que valha para todos, que tenha
pretensão de universalidade. Por exemplo, os médicos falam sobre saúde, então
uma frase que ele poderia formular seria: andar em dupla ou trio 15 minutos
todos os dias conversando sobre filosofia faz bem para a saúde.
8 - Na República
de Platão, entre outros, aparecem os seguintes conceitos: dívida, amizade,
felicidade, inimizade, infelicidade, justiça, injustiça, educação, poesia
(música), conhecimento, partes da alma, tipo de cidade, tipos de administração
da cidade, bens que se desejam por si e por outro, ideias, coisa fabricada e
imagem. Escolha dois (2) deles e: 1. Descreve como esses conceitos aparecem no
texto (use as etapas de análise de uma frase do exercício 1); 2. Discuta como
esse conceito altera a sua (e a nossa) vida.
9 – Os temas
principais da República de Platão são: imagem, conhecimento, riqueza e guerra.
Leia novamente o resumo e pesquise na internet e/ou no livro didático estes
temas. Pense e escreva como esses conceitos alteram a discussão que vocês fizeram
no exercício 8. Ver: Canção do senhor da guerra. http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/turmas-de-filosofia-resumo-da-republica.html
10 – Pesquise na
internet e/ou no livro didático algumas das grandes áreas da filosofia: teoria
do conhecimento (epistemologia, ciência); ética (moral); estética (arte);
ontologia (lógica, metafísica); divino (religião); política (Estado,
sociologia, história, antropologia). Observem os principais autores de cada
período (filosofia antiga, medieval, etc) e os principais conceitos.
11 – Em dupla ou
trio voltem aos exercícios de um a sete (1 a 7) e liste as frases universais
que vocês criaram. Classifique essas frases em um das grandes áreas da
filosofia (epistemologia, arte, politica, etc). Depois observe como uma frase
de relaciona com a outra: quais são opostas, quais são complementares, o que
elas têm em comum. Junte aquelas que são complementares e confrontem aquelas
que são opostas.
Ver pag. 42 do
artigo O papel da maiêutica na luta de gigantes de nos gêneros supremos. Ele
pode ser visto em:
https://www.academia.edu/37517964/O_papel_da_mai%C3%AAutica_na_luca_de_gigantes_de_nos_g%C3%AAneros_supremos
12 – Escolham
uma música antes da aula. Depois, em círculo, cada um apresenta a sua música. A
ideia é todos tentarem acompanhar aquele que está conduzindo do seguinte modo:
escute com atenção a música e tente ouvir o som que você está fazendo. No que
tange a melodia, tente cantar baixinho junto para tentar aprender; quanto ao
ritmo tente perceber a pulsação da música. Depois cada um lê a letra da música
inteira e apresenta qual a ideia da música, o que ela diz e como. Por fim,
todos discutem quais os movimentos (dança, comportamento) a música sugere.
13 – Andem pela
sala (ou no pátio) conversando com seus amigos sobre o que estudaram durante o
ano: como é a vida das suas famílias, quais são as áreas e conceitos que a
filosofia discute que mais chamaram sua atenção e como podemos discutir sobre nossa sociedade.
Sugestão de como
vocês podem proceder para responder questões de múltipla escolha de filosofia
(mas acho que isso pode ser usado para outras disciplinas), como são as provas
do Enem:
Questão 1 –
(Enem 2015) A filosofia grega parece
começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz
de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério?
Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e
fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de
crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. O que, de acordo com
Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?
A A tentativa de
justificar a partir de elementos empíricos, o que existe no real
B O desejo de
explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
C A necessidade
de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
D A ambição de
expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
1ª justificativa:
a pergunta da questão é: Como Nietzsche caracterizava o surgimento da filosofia
entre os gregos?
Identificada a
pergunta, sugiro que vocês procurem no enunciado o que é dito sobre a pergunta.
Nietzsche dá três razões para justificar porque a proposição 'a água é a origem
e a matriz de todas as coisas': 1. pois ela enuncia algo sobre a origem; 2. ela
enuncia a origem sem imagem ou fabulação; 3. nela está contida a frase: 'tudo é
um' (de Parmênides) de maneira clara.
Com a pergunta e
o que diz o enunciado sobre a pergunta, vamos para as alternativas:
a alternativa A
está errado por causa da justificativa 1 (muitos tiverem dificuldade de
entender o empírico. Empírico vem de empiria, aquilo que é resultado da
experiência. É um conceito da filosofia moderna onde se isola um determinado
evento e a partir dele o pesquisador constrói uma teoria).
a alternativa B
está errado por causa da justificativa 2
a alternativa C
está certa por causa das justificativa 1,2 e 3
a alternativa D
está errada por causa da justificativa 3 (também aqui o examinador usou um
conceito da filosofia moderna: método)
2ª
justificativa: o examinador quer que você saiba que para Nietzsche a filosofia
grega surgiu pela tentativa de explicar a origem de tudo sem recorrer as
imagens criadas pelos poetas, mas recorrendo a razão. (para sacanear o
Nietzsche podíamos perguntar se a razão não também um tipo de imagem?)
É muito
importante que vocês fiquem atentos a esse procedimento. Temo que sem esse
cuidado vocês terão muita dificuldade em revolver uma questão de filosofia do
enem. É importante também vocês irem se apropriando dos exercícios que vocês
forem fazendo, anotem as ideias gerais das questões e as palavras que vocês não
entenderam.
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
Correção das provas - João Lourenço
Correção das provas para todas as
turmas do João Lourenço Rodrigues
Vou reproduzir e comentar a prova do
3 bimestre, na primeira questão vou sugerir como vocês podem proceder para
responder questões de múltipla escolha de filosofia (mas acho que isso pode ser
usado para outras disciplinas), como são as provas do enem.
Questão 1 – (Enem 2015) A
filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água
é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três
razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem
das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em
terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido
o pensamento: Tudo é um. O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o
surgimento da filosofia entre os gregos?
A A tentativa de justificar a
partir de elementos empíricos, o que existe no real
B O desejo de explicar, usando
metáforas, a origem dos seres e das coisas.
C A necessidade de buscar, de
forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
D A ambição de expor, de maneira
metódica, as diferenças entre as coisas.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: Como Nietzsche caracterizava o surgimento da filosofia entre os gregos?
Identificada a pergunta, sugiro que vocês procurem no enunciado o que é dito sobre a pergunta. Nietzsche dá três razões para justificar porque a proposição 'a água é a origem e a matriz de todas as coisas': 1. pois ela enuncia algo sobre a origem; 2. ela enuncia a origem sem imagem ou fabulação; 3. nela está contida a frase: 'tudo é um' (de Parmênides) de maneira clara.
Com a pergunta e o que diz o enunciado sobre a pergunta, vamos para as alternativas:
a alternativa A está errado por causa da justificativa 1 (muitos tiverem dificuldade de entender o empírico. Empírico vem de empiria, aquilo que é resultado da experiência. É um conceito da filosofia moderna onde se isola um determinado evento e a partir dele o pesquisador constrói uma teoria).
a alternativa B está errado por causa da justificativa 2
a alternativa C está certa por causa das justificativa 1,2 e 3
a alternativa D está errada por causa da justificativa 3 (também aqui o examinador usou um conceito da filosofia moderna: método)
2ª justificativa: o examinador quer que você saiba que para Nietzsche a filosofia grega surgiu pela tentativa de explicar a origem de tudo sem recorrer as imagens criadas pelos poetas, mas recorrendo a razão. (para sacanear o Nietzsche podíamos perguntar se a razão não também um tipo de imagem?)
É muito importante que vocês fiquem atentos a esse procedimento. Temo que sem esse cuidado vocês terão muita dificuldade em revolver uma questão de filosofia do enem. É importante também vocês irem se apropriando dos exercícios que vocês forem fazendo, anotem as ideias gerais das questões e as palavras que vocês não entenderam.
Questão 2 – (Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo
ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na
afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase
foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após
interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele
se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que
nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) aquele que se reconhece como ignorante
torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade
diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era
reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o
aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir
de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer
distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: O motivo que o “sei que nada sei” é um ponto de partida [para Sócrates].
2ª justificativa: o examinador quer que você saiba que para Sócrates o reconhecimento da própria ignorância, diante de um suposto sábio que não se reconhece como ignorante, torna-o sábio, permitindo a ele a busca por conhecimentos.
Questão 3 - (Enem 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios. Essa é uma narrativa de Platão cuja ideia central do ponto de vista filosófico evidencia:
2ª justificativa: o examinador quer que você saiba que para Sócrates o reconhecimento da própria ignorância, diante de um suposto sábio que não se reconhece como ignorante, torna-o sábio, permitindo a ele a busca por conhecimentos.
Questão 3 - (Enem 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios. Essa é uma narrativa de Platão cuja ideia central do ponto de vista filosófico evidencia:
A caráter antropológico, descrevendo
as origens do homem primitivo.
B sistema penal da época, criticando
o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C teoria do conhecimento, expondo a
passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
D vida cultural e artística, expressa
por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
1ª justificativa: a pergunta da
questão é: Qual a ideia central da narrativa de Platão, alegoria ou mito da
caverna?
2ª justificativa: o examinador quer
quer você saiba que a ideia central do mito da caverna é a teoria do
conhecimento, isto é, a alternativa D.
Questão 4 - (Enem 2014) No centro da imagem, o filósofo
Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o
conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a:
a) suspensão do juízo como reveladora
da verdade.
b) realidade inteligível por meio do
método dialético.
c) salvação da condição mortal pelo
poder de Deus.
d) essência das coisas sensíveis no
intelecto divino.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: o que o gesto de Platão significa ao apontar para cima acerca de como o homem (no sentido da humanidade) encontra em outra instância (diferente da instância sensível que é a apontada por Aristóteles) a possibilidade para o conhecimento.
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que o conhecimento para Platão se dá pela busca do inteligível por intermédio da dialética (dialética, em Platão e também na filosofia tem muitos sentidos, um deles é o diálogo, mas também pode ser o método de divisão e classificação das coisas)
Questão 5 – (Ufu 2010) Conforme o Dicionário de Filosofia de Nicola
Abbagnano, Platão emprega a palavra silogismo para definir o raciocínio em
geral. Aristóteles, por sua vez, o define como o tipo perfeito de raciocínio
dedutivo, “um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem
necessariamente.” Considere que a premissa “Todo atleta treina”, sentença
universal e afirmativa, é a premissa maior de um silogismo, cuja conclusão é:
“Logo, Maria treina”.De acordo com tal definição, assinale a alternativa que
indica, corretamente, a premissa menor:
a) Maria não é atleta.
b) Maria não treina.
c) Maria é atleta.
d) Maria é atleta, mas não
treina.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: tendo por base a definição acima de raciocínio dedutivo, qual a premissa menor que em conjunto com a sentença universal “Todo atleta treina” resultaria na conclusão: “Logo, Maria treina”
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que para Aristóteles a única sentença que se encaixaria na primeira justificativa é a alternativa C.
Questão 6 – Crie uma história (real ou inventada) e uma
generalização a partir dela. Depois escolha uma palavra e siga a seguinte
sequencia para analisa-la: 1. Observe com quais palavras esta palavra está
ligada, a partir disso escreva os possíveis sentidos dessa palavra; 2. Faça
perguntas para a palavra, para a frase e para a história a fim de entendê-la
melhor (uma para cada); 3. Que ações a frase provoca se supusermos que ela é
verdadeira.
ver postagem anterior
Questão 7 – No nosso mundo contemporâneo os
profissionais se relacionam de muitas formas. Escolha um profissional de sua
preferencia para dizer: 1. Qual o saber deste profissional; 2. Como adquiriu
este saber; 3. Qual a função social dele. 4. Qual conceito este profissional
tem maior condições de explicar. Exemplo: o médico sabe medicina e adquiriu
estudando e praticando, sua função é cuidar das pessoas doentes, ele pode nos
explicar acerca da saúde.
ver postagem anterior
Comentários gerais: gente, a filosofia antiga [e toda a filosofia] é muito mais
complicado do que se costuma cobrar nos vestibulares e no enem, de todo o modo
é importante que vocês saibam o 'senso comum' da filosofia, o que os
examinadores querem que vocês respondam.
correção das provas - turmas do Anibal de Freitas
Correção das provas para todas as turmas do Anibal de Freitas
Vou reproduzir e comentar a prova do 3 bimestre, na primeira questão vou sugerir como vocês podem proceder para responder questões de múltipla escolha de filosofia (mas acho que isso pode ser usado para outras disciplinas), como são a do enem
Vou reproduzir e comentar a prova do 3 bimestre, na primeira questão vou sugerir como vocês podem proceder para responder questões de múltipla escolha de filosofia (mas acho que isso pode ser usado para outras disciplinas), como são a do enem
Questão 1 – (Enem 2015) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos
presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em
seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido
ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não
passavam de invenções humanas. O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no
dialogo A República de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e
ética é resultado de:
A determinações biológicas
impregnadas na natureza humana.
B verdades objetivas com fundamento
anterior aos interesses sociais.
C mandamentos divinos inquestionáveis
legados das tradições antigas.
D convenções sociais resultantes de
interesses humanos contingentes.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: O que sustentava Trasímaco acerca da correlação entre justiça e ética?
Identificada a pergunta, sugiro que vocês procurem no enunciado o que é dito sobre Trasímaco. Três coisas são ditas: 1. Trasímaco negava que a justiça era algo real e importante como pensava Sócrates e seus amigos; 2. No entender de Trasímaco o certo e o errado provem da obediência às regras sociais; para ele essas regras eram invenções humanas.
Com a pergunta e o que diz o enunciado sobre a pergunta, vamos para as alternativas:
a alternativa A está errado por causa da justificativa 2
a alternativa B está errado por causa da justificativa 1
a alternativa C está errado por causa da justificativa 3
a alternativa D está certa por causa da justificativa 2
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que para Trasímado, sofista criado por Platão, a justiça e a ética decorrem das convenções sociais dadas de maneira contingente.
É muito importante que vocês fiquem atentos a esse procedimento. Temo que sem esse cuidado vocês terão muita dificuldade em revolver uma questão de filosofia do enem. É importante também vocês irem se apropriando dos exercícios que vocês forem fazendo, anotem as ideias gerais das questões e as palavras que vocês não entenderam.
Questão 2 – (Enem 2015) Suponha homens numa morada
subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre
todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o
pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só
podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz
de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás
deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo
do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os
manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais
exibem seus prestígios. Essa é uma narrativa de Platão cuja ideia central do
ponto de vista filosófico evidencia:
A caráter antropológico, descrevendo
as origens do homem primitivo.
B sistema penal da época, criticando
o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C teoria do conhecimento, expondo a
passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
D vida cultural e artística, expressa por dramaturgos
trágicos e cômicos gregos.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: Qual a ideia central da narrativa de Platão, alegoria ou mito da caverna?
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que a ideia central do mito da caverna é a teoria do conhecimento, isto é, a alternativa D.
Questão 3 – (Enem 2015) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que
o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas
irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. O texto faz
referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina
das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se
situa diante dessa relação?
A Estabelecendo um abismo
intransponível entre as duas.
B Afirmando que a razão é capaz de
gerar conhecimento, mas a sensação não
C Atendo-se à posição de Parmênides
de que razão e sensação são inseparáveis.
D Privilegiando os sentidos e
subordinando o conhecimento a eles.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: Como Platão formula a relação entre sensação e razão a partir da doutrina das Ideias?
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que para Platão o conhecimento está na razão e não na sensação, isto é, a alternativa B.
Questão 4 - (Uel 2011) Para esclarecer o que seja a imitação, na relação entre poesia e o Ser,
no Livro X de A República, Platão parte da hipótese das ideias, as quais
designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como
exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia
de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz é a mesa e não a sua ideia.
O poeta pertence à mesma categoria: cria um mundo de mera aparência. Com base
no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, é correto
afirmar:
a) Deus é o criador último da ideia,
e o artífice, enquanto co-participante da criação divina, alcança a verdadeira
causa das coisas a partir do reflexo da ideia ou do simulacro que produz.
b) A participação das coisas às
ideias permite admitir as realidades sensíveis como as causas verdadeiras
acessíveis à razão.
c) Os poetas são imitadores de
simulacros e por intermédio da imitação não alcançam o conhecimento das ideias
como verdadeiras causas de todas as coisas.
d) As coisas belas se explicam por
seus elementos físicos, como a cor e a figura, e na materialidade deles
encontram sua verdade: a beleza em si e por si.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: O que é correto afirmar acerca da teoria das ideias?
Essa questão é mais capciosa (que pode nos enganar). Então é preciso ir ao enunciado e ver o que é dito: primeiro é dito que para esclarecer o que seja imitação, Platão parte da teoria das ideias que busca a unidade na multiplicidade; segundo, diz que tanto o carpinteiro como o poeta imitam a ideia de mesa. Vamos as alternativas:
a alternativa A está errado porque Platão não atribui a Deus nem ao artífice (o artista) a criação das ideias. Que aliais não são criadas por ninguém, mas que pode ser conhecida pelo filósofo (isso é discutido na República)
a alternativa B está errado por aquilo que é dito na questão 3.
a alternativa C está certa pois esta de acordo com o enunciado.
a alternativa D está errado de acordo com o enunciado.
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que para Platão as obras dos poetas não permitem chegar ao conhecimento das coisas, consequentemente o poeta não é um sabedor.
Questão 5 - (Ifsp 2011) “– Mas escuta, a ver se eu digo bem.
O princípio que de entrada estabelecemos que devia observar-se em todas as
circunstâncias, quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me parece,
ou ele ou uma das suas formas, a justiça. Ora nós estabelecemos, segundo
suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve
ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza é mais
adequada.” Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção platônica de
justiça, na cidade ideal, assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, a cidade ideal é a
cidade justa, ou seja, a que respeita o princípio de igualdade natural entre
todos os seres humanos, concedendo a todos os indivíduos os mesmos direitos
perante a lei.
b) Platão defende que a democracia é
fundamento essencial para a justiça, uma vez que permite a todos os cidadãos o
exercício direto do poder.
c) Na cidade ideal platônica, a
justiça é o resultado natural das ações de cada indivíduo na perseguição de
seus interesses pessoais, desde que esses interesses também contribuam para o
bem comum.
d) Para Platão, a formação de uma cidade justa só é
possível se cada cidadão executar, da melhor maneira possível, a sua função
própria, ou seja, se cada um fizer bem aquilo que lhe compete, segundo suas
aptidões.
1ª justificativa: a pergunta da questão é: Qual a alternativa correta que se equivale a concepção platônica de justiça na cidade justa?
2ª justificativa: o examinador quer quer você saiba que para Platão a justiça na cidade justa se dá quando cada um cumpre sua função na cidade.
Comentários gerais: gente, Platão é muito mais complicado do que se costuma cobrar nos vestibulares e no enem, de todo o modo é importante que vocês saibam o 'senso comum' da filosofia, o que os examinadores querem que vocês respondam. Vejam os links anteriores e os vídeos que postei no youtube sobre Platão, mas uma coisa gostaria que vocês gravassem: antes de tudo Platão foi um investigador da sua cidade, Atenas, e ele usa o texto, a linguagem, para discutir, pensar e propor soluções para sua cidade. Sugiro que olhemos ele desse modo.
Questão 6 – Na República
de Platão, entre outros, aparecem os seguintes conceitos: dívida, amizade,
felicidade, inimizade, infelicidade, justiça, injustiça, educação, poesia
(música), conhecimento, partes da alma, tipo de cidade, tipos de administração
da cidade, bens que se desejam por si e por outro, ideias, coisa fabricada e
imagem. Escolha um (1) deles e: 1. Descreve como esse conceito aparece no
texto; 2. Discuta como esse conceito altera a sua (e a nossa) vida.
Muitos tiveram dificuldades para fazer essa questão, então para estes sugiro o seguinte exercício:
acesse o link:
1. escolha uma frase com algum conceito;
2. identifique os possíveis sentidos do conceito a partir das palavras que estão ligadas a esse conceito
3. faça perguntas para o conceito e para a frase, observando em que contexto ela aparece
4. que ações a frase provoca
5. o que seus amigos, parentes e familiares pensam dela
Questão 7 – No nosso mundo contemporâneo os
profissionais se relacionam de muitas formas. Escolha um profissional de sua
preferencia para dizer: 1. Qual a função social deste profissional; 2. Com
quais profissionais ele se relaciona; 3. Quais os principais conflitos:
A maioria conseguiu fazer essa questão.
domingo, 23 de setembro de 2018
Questões 3 bimestre João Lourenço
Questões para a prova do 3 bimestre para escola João Lourenço
vou apresentar o que é fundamental vocês saberem para responderem as primeiras 5 questões da prova do 3 bimestre, antes porém, para que vocês entendam as justificativas, a saber: 1. Qual é a pergunta da questão; 2. O que o examinador quer que o examinado saiba, vou colocar um exemplo a partir da terceira questão da prova:
Para fazer a primeira justificativa é preciso atentar para a seguinte frase: "Essa é uma narrativa de Platão cuja ideia central do ponto de vista filosófico evidencia:". Então a pergunta da questão é: qual a ideia central, do ponto de vista filosófico, da alegoria da caverna de Platão? Identificado a pergunta, é preciso ir ao enunciado e procurar nele elementos que ajudem a responder a questão. Nesse caso, em particular, é preciso lembrar que essa alegoria, apresentada no livro VII da República, pretende dar uma imagem de como o conhecimento pode ser adquirido pelo filósofo, assim, a única resposta correta seria a alternativa c. Então, a 2 justificativa seria: o examinador quer que eu saiba que a ideia central da teoria das ideias é a teoria do conhecimento e como passar da opinião da imagem para o conhecimento acerca do que possibilita saber, isto é, o sol, pois é ele que nos permite ver.
Essa é a terceira questão da prova. A primeira vocês precisam guardar que acredita-se que a filosofia surgiu da mitologia grega porém foi se afastando dela, buscando explicar o mundo não por meio de imagens mas por meio de uma certa organização da linguagem, também chamada de racionalidade, possibilitando assim, o surgimento da ciência. (obs: vamos ver que isso é mais complicado, mas é importante vocês guardarem essa informação)
segunda questão: a frase de Sócrates “sei que nada sei” é entendida pelos 'fazedores de currículo' como um momento de reconhecimento de ignorância para uma futura aquisição de conhecimentos (também iremos ver isso com calma).
Quarta questão: coloco a imagem central da famosa pintura 'escola de Atenas' de Rafael Sanzio com Platão e Aristóteles, o primeiro apontando para cima e o segundo para baixo. Também vamos discutir com calma isso, porém é importante vocês gravarem que Platão, por meio do método dialético indica o caminho para as verdades inteligíveis, verdades que não se modificam e elas não estão no sensível por isso ele aponta para cima. Aristóteles por sua vez aponta para baixo pois, contra Platão, achando que o conhecimento deve ser buscado no sensível.
Quinta questão: é apresentado o silogismo de Aristóteles: “um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente". Um exemplo dele é: Todo o homem é mortal, Sócrates é homem, logo Sócrates é mortal.
A sexta e a sétima questão são atividades que apresentei em sala: criar uma história, uma frase genérica a partir dela e analisá-la e falar sobre um profissional.
bons estudos e boa prova a todos.
vou apresentar o que é fundamental vocês saberem para responderem as primeiras 5 questões da prova do 3 bimestre, antes porém, para que vocês entendam as justificativas, a saber: 1. Qual é a pergunta da questão; 2. O que o examinador quer que o examinado saiba, vou colocar um exemplo a partir da terceira questão da prova:
(Enem 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de
caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da
fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes,
de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois
os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao
longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os
prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno
muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre
eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios. Essa é uma narrativa
de Platão cuja ideia central do ponto de vista filosófico evidencia:
A caráter antropológico,
descrevendo as origens do homem primitivo.
B sistema penal da época,
criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C teoria do conhecimento, expondo
a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
D vida cultural e artística, expressa por dramaturgos
trágicos e cômicos gregos.Para fazer a primeira justificativa é preciso atentar para a seguinte frase: "Essa é uma narrativa de Platão cuja ideia central do ponto de vista filosófico evidencia:". Então a pergunta da questão é: qual a ideia central, do ponto de vista filosófico, da alegoria da caverna de Platão? Identificado a pergunta, é preciso ir ao enunciado e procurar nele elementos que ajudem a responder a questão. Nesse caso, em particular, é preciso lembrar que essa alegoria, apresentada no livro VII da República, pretende dar uma imagem de como o conhecimento pode ser adquirido pelo filósofo, assim, a única resposta correta seria a alternativa c. Então, a 2 justificativa seria: o examinador quer que eu saiba que a ideia central da teoria das ideias é a teoria do conhecimento e como passar da opinião da imagem para o conhecimento acerca do que possibilita saber, isto é, o sol, pois é ele que nos permite ver.
Essa é a terceira questão da prova. A primeira vocês precisam guardar que acredita-se que a filosofia surgiu da mitologia grega porém foi se afastando dela, buscando explicar o mundo não por meio de imagens mas por meio de uma certa organização da linguagem, também chamada de racionalidade, possibilitando assim, o surgimento da ciência. (obs: vamos ver que isso é mais complicado, mas é importante vocês guardarem essa informação)
segunda questão: a frase de Sócrates “sei que nada sei” é entendida pelos 'fazedores de currículo' como um momento de reconhecimento de ignorância para uma futura aquisição de conhecimentos (também iremos ver isso com calma).
Quarta questão: coloco a imagem central da famosa pintura 'escola de Atenas' de Rafael Sanzio com Platão e Aristóteles, o primeiro apontando para cima e o segundo para baixo. Também vamos discutir com calma isso, porém é importante vocês gravarem que Platão, por meio do método dialético indica o caminho para as verdades inteligíveis, verdades que não se modificam e elas não estão no sensível por isso ele aponta para cima. Aristóteles por sua vez aponta para baixo pois, contra Platão, achando que o conhecimento deve ser buscado no sensível.
Quinta questão: é apresentado o silogismo de Aristóteles: “um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente". Um exemplo dele é: Todo o homem é mortal, Sócrates é homem, logo Sócrates é mortal.
A sexta e a sétima questão são atividades que apresentei em sala: criar uma história, uma frase genérica a partir dela e analisá-la e falar sobre um profissional.
bons estudos e boa prova a todos.
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Para as turmas da escola prof. João Lourenço Rodrigues
para as turmas da escola prof João Lourenço Rodrigues
olá a todos
espero que eu possa ser útil ao aprendizado de filosofia de vocês. Entre os dias 17/09 e 21/09 conversamos sobre como criar uma frase genérica a partir de uma história e uma sugestão (uma técnica) de como interpretar essa frase. Descrevi isso nos links abaixo:
sobre análise de fases:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/03/3-aula-para-os-1-anos.html
esse aula é mais direta
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
essa é mais detalhada
sobre as profissões:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/06/
essa é mais direta
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
essa é mais detalhada
aula sobre Grécia (e mito)
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/03/para-1-anos-da-ee-anibal-de-freitas-e.html
sobre Sócrates
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/05/todas-as-turmas-do-anibal-e-1-anos-do.html
sobre Platão
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/3-aula-proceu-0504-platao.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/republica-resumo.html
Sobre Aristóteles
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/05/4-aula-proceu-1904-aristoteles.html
Recomendação de vídeo de filosofia
https://www.youtube.com/watch?v=flOJubw6SG0&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=1
Gravações de aulas de filosofia que dei este ano no cursinho Proceu da Moradia da Unicamp
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
olá a todos
espero que eu possa ser útil ao aprendizado de filosofia de vocês. Entre os dias 17/09 e 21/09 conversamos sobre como criar uma frase genérica a partir de uma história e uma sugestão (uma técnica) de como interpretar essa frase. Descrevi isso nos links abaixo:
sobre análise de fases:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/03/3-aula-para-os-1-anos.html
esse aula é mais direta
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
essa é mais detalhada
sobre as profissões:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/06/
essa é mais direta
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
essa é mais detalhada
aula sobre Grécia (e mito)
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/03/para-1-anos-da-ee-anibal-de-freitas-e.html
sobre Sócrates
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/05/todas-as-turmas-do-anibal-e-1-anos-do.html
sobre Platão
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/3-aula-proceu-0504-platao.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/republica-resumo.html
Sobre Aristóteles
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/05/4-aula-proceu-1904-aristoteles.html
Recomendação de vídeo de filosofia
https://www.youtube.com/watch?v=flOJubw6SG0&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=1
Gravações de aulas de filosofia que dei este ano no cursinho Proceu da Moradia da Unicamp
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Todas as turmas de Filosofia - 2 quinzena de setembro
Todas as turmas de Filosofia - 2 quinzena de setembro
Não sei se está claro para todos qual a minha concepção de ensino de filosofia. Vou tentar esclarecer. Sempre peço a vocês duas coisas: 1. transforme em linguagem sua experiencia de vida e dos seus familiares; 2. tentar entender, a partir daquilo que trabalhamos no 1 semestre (ver postagem sobre análise de uma frase), como os filósofos criam suas propostas, suas filosofias. Ainda na 2, depois de entender o que o filósofo diz, peço para vocês usarem o que ele diz para discutir nosso presente. Em outros palavras, peço para vocês confrontares o que você e sua família pensa sobre suas vidas, seus trabalhos, suas sociedades e aquilo que filósofos dizem sobre a realidade deles. Esse exercício não é fácil, mas com o tempo vocês irão se acostumar, mesmo porque vocês irão fazer isso a vida toda!!!
queria indicar para vocês outros filósofos de outras tradições (normalmente isso é chamado de filosofia não ocidental)
Não sei se está claro para todos qual a minha concepção de ensino de filosofia. Vou tentar esclarecer. Sempre peço a vocês duas coisas: 1. transforme em linguagem sua experiencia de vida e dos seus familiares; 2. tentar entender, a partir daquilo que trabalhamos no 1 semestre (ver postagem sobre análise de uma frase), como os filósofos criam suas propostas, suas filosofias. Ainda na 2, depois de entender o que o filósofo diz, peço para vocês usarem o que ele diz para discutir nosso presente. Em outros palavras, peço para vocês confrontares o que você e sua família pensa sobre suas vidas, seus trabalhos, suas sociedades e aquilo que filósofos dizem sobre a realidade deles. Esse exercício não é fácil, mas com o tempo vocês irão se acostumar, mesmo porque vocês irão fazer isso a vida toda!!!
queria indicar para vocês outros filósofos de outras tradições (normalmente isso é chamado de filosofia não ocidental)
Filosofia Africana
https://filosofia-africana.weebly.com/
religião – muniz Sodré, Reginaldo
prandi
filosofia oriental
filosofia indígena – Eduardo
viveiros de Castro, Manuela Carneiro Cunha,
Daniel Mundurucu
Davi Kopenawa e bruce albert: a
queda do céu: palavras de um xamã yanomami
filosofia sul-americana – enrique
dussel
https://enriquedussel.com/
brasil
vladmir safatle, Gabriel de santis
feltran
http://web.fflch.usp.br/centrodametropole/1110
http://filosofia.fflch.usp.br/docentes/safatle
http://hibridos.cc/po/rituals/
Exercício sobre Platão
pesquise no livro didático e/ou na internet alguns conceitos que estão associados a Platão:
teoria das ideias
amor platonico
reminicencia
maieutica
imortalidade da alma
só sei que nada sei
sofistas
filósofo
dialética
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Todas as turmas de Filosofia - setembro
Todas as turmas de Filosofia - setembro
olá a todos, nas próximas aulas (1ª e 2ª semanas de setembro) iremos fazer as seguintes atividades:
1. sobre as profissões
conversem em duplas ou trios acerca de como os profissionais que vocês escolheram se relacionam com outros profissionais. Para ajudar na converse, pensem:
a) quais profissionais cada profissão necessita
b) como se dá a divisão do saber
c) quais são os interesses individuais de cada profissional
d) quais são os conflitos
e) quais são os acordo
f) se esses profissionais fossem definir uma política pública ( forma de organizar a sociedade), qual seria?
2. sobre a República de Platão
Descreve como os conceitos e/ou as ideias abaixo aparecem na República de Platão (mínimo 2). Tente contextualizá-los em relação a temática geral do texto. Depois escreva como esses conceitos interferem na nossa vida.
Exemplo: o conceito de dívida aparece no livro I, o velho Céfalo preocupa-se em morrer em dívida com os deuses e/ou com os homens. Você tem dívidas com seus familiares? E com o Estado.
os outros conceitos são:
justiça, amigo, inimigo, felicidade, infelicidade, perfeição, bem em si, bem para si e para o outro, bem para o outro, cidade simples (comida, casa e roupa), cidade rica, classes sociais: agricultores, artesões, guardiões, filósofos, propriedade privada, virtudes: temperança, coragem, sabedoria, tipos de governo: aristocracia, timocracia, oligarquia, democracia e tirania, alegoria da caverna, teoria da linha, níveis de realidade: ideias, objetos sensíveis e as imagens (pintura), educação do dialético.
olá a todos, nas próximas aulas (1ª e 2ª semanas de setembro) iremos fazer as seguintes atividades:
1. sobre as profissões
conversem em duplas ou trios acerca de como os profissionais que vocês escolheram se relacionam com outros profissionais. Para ajudar na converse, pensem:
a) quais profissionais cada profissão necessita
b) como se dá a divisão do saber
c) quais são os interesses individuais de cada profissional
d) quais são os conflitos
e) quais são os acordo
f) se esses profissionais fossem definir uma política pública ( forma de organizar a sociedade), qual seria?
2. sobre a República de Platão
Descreve como os conceitos e/ou as ideias abaixo aparecem na República de Platão (mínimo 2). Tente contextualizá-los em relação a temática geral do texto. Depois escreva como esses conceitos interferem na nossa vida.
Exemplo: o conceito de dívida aparece no livro I, o velho Céfalo preocupa-se em morrer em dívida com os deuses e/ou com os homens. Você tem dívidas com seus familiares? E com o Estado.
os outros conceitos são:
justiça, amigo, inimigo, felicidade, infelicidade, perfeição, bem em si, bem para si e para o outro, bem para o outro, cidade simples (comida, casa e roupa), cidade rica, classes sociais: agricultores, artesões, guardiões, filósofos, propriedade privada, virtudes: temperança, coragem, sabedoria, tipos de governo: aristocracia, timocracia, oligarquia, democracia e tirania, alegoria da caverna, teoria da linha, níveis de realidade: ideias, objetos sensíveis e as imagens (pintura), educação do dialético.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Cursinho Proceu - Filosofia medieval e moderna
olá a todos
a aula passada, filosofia medieval, está no link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/05/6-aula-agostinho-e-tomas.html
para a próxima aula, filosofia moderna, ver link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/06/
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/cont-6-aula-filosofia-moderna-secxv-xvii.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/7-aula-filosofia-moderna-secxviii-xix.html
vídeos introdutórios
https://www.youtube.com/watch?v=VY2osqEbvfY&index=15&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://www.youtube.com/watch?v=vjNZfQrOOZw&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=16
https://www.youtube.com/watch?v=iTiPc1cv9OA&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=17
as aulas estão gravadas no google drive
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
a aula passada, filosofia medieval, está no link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/05/6-aula-agostinho-e-tomas.html
para a próxima aula, filosofia moderna, ver link
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/06/
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/cont-6-aula-filosofia-moderna-secxv-xvii.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/7-aula-filosofia-moderna-secxviii-xix.html
vídeos introdutórios
https://www.youtube.com/watch?v=VY2osqEbvfY&index=15&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://www.youtube.com/watch?v=vjNZfQrOOZw&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=16
https://www.youtube.com/watch?v=iTiPc1cv9OA&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp&index=17
as aulas estão gravadas no google drive
https://drive.google.com/drive/folders/1s36zLXjpNq30hScJqDSMnbLrxIGUOQVn
domingo, 19 de agosto de 2018
Turmas de filosofia - Resumo da República de Platão
República – Resumo – Robson Gabioneta. República
de Platão a partir da introdução à República de Platão de Giovanni Casertano:
Livro I - O velho Céfalo conversa com
Sócrates sobre as vantagens e desvantagens da velhice. Eles discutem como a
riqueza pode ajudar ou atrapalhar a vida justa.
Céfalo diz que não se deve ficar em
dívida com os deuses e com os homens. Sócrates o contrapõe dando um exemplo do
louco para mostrar que nem sempre deve-se pagar uma dívida: um louco que te
emprestou uma arma não deve tê-la de volta. Polemarco entra na conversa e diz
que justiça é “fazer bem ao amigo e mal ao inimigo (327a-332b)”. Sócrates diz
que é preciso discutir quem de fato é amigo, daquele que apenas se parece.
Trasímaco defini justiça como “’o útil
do mais forte’, e por mais forte entende-se o governo que detém o poder numa
cidade (332b-339b). Sócrates: o mais forte também pode enganar-se, por isso,
obedecer-lhe pode significar prejuízo para ambos de modo a não fazer aquilo que
lhe é útil.”
Trasímaco diz que como um artesão não
erra também o governador não erra. Assim, cada técnica não visa a satisfação do
executor, mas a perfeição daquilo que é executado. O I livro termina com
Sócrates defendendo que o homem justo é feliz e o injusto é infeliz.
Livro II - É preciso discutir o que é
justiça. Gláucon diz que há três espécies de bens: “os que se desejam por si
mesmos, como, por exemplo, a alegria e os prazeres que dão só alegria; os que
se desejam quer por si mesmos, quer pelas vantagens que nos dão, como, por
exemplo, a saúde e a inteligência; os que se desejam não por si mesmos, mas
pelas vantagens que nos dão, como, por
exemplo, ser curados em caso de doença e exercer as atividades que dão riqueza
material.” (p.15) A justiça está onde? Sócrates acha que é na segunda, Gláucon
na terceira.
Adimanto diz que a maioria e os poetas
pensam que ser justo é difícil e cansativo e por outro lado a injustiça é fácil
e agradável, assim é melhor a injustiça mascarada do que a justiça. Sócrates
pede para parar com a abstração e dizer qual o efeito da justiça e da
injustiça.
Sócrates propõe que examinem a justiça
num quadro maior: em vez de procurar a justiça no individuo, eles devem
procurá-la na cidade. Nenhum homem basta-se a si mesmo. Suas necessidades são:
comida, habitação e vestimenta. Cada cidadão pode (deve) fazer uma atividade.
Gláucon quer uma cidade mais rica, isso
implica que teve haver outros tipos de pessoas. Sócrates diz que é preciso que
haja guerreiros para guardar a cidade. Eles devem ser educados e entre eles, o
melhor, deve ser filósofo e ter uma excelente educação. Este que será o melhor
deverá aprender poesia, música, ginástica, retórica, enfim tudo.
Para educar esses homens é preciso que
os poetas não falem mentiras e que os heróis não tenham vícios, apenas virtudes
para que os melhores dos homens possam imitá-los.
Livro III - Para educar os guardiões na
coragem é preciso eliminar da poesia aquilo que causa o medo da morte, bem como
as representações dos heróis que choram, sofrem e mentem. Só os médicos e os
governantes podem mentir, porém só deve fazer isso para o bem dos pacientes ou
dos governados.
Há três formas de narrativas: o simples,
a imitativa e a mista. Exemplos: 1ª poesia lírica; 2ª tragédias e comédias; 3ª
poemas homéricos (também os próprios diálogos de Platão). Os guardiões só devem
imitar homens virtuosos. “em suma, todos os artistas e os poetas devem imitar
só o bem e o belo, e toda a educação se deverá adequar a um ideal de beleza,
honestidade, harmonia e elegância, porque o fim último da educação musical é
precisamente o amor pelo belo (396e-403c)” (p.18). Assim o poeta que não se
adequar a essa exigência deve ser expulso da cidade.
Mito dos nascidos da terra: “a mãe terra
deu à luz todos os homens de uma cidade, e que portanto são todos irmãos, mas
os deuses misturaram ouro junto com a terra para a geração dos que têm
disposição para defender a cidade, ou misturaram ferro e bronze para os agricultores
e os artesões.” (p.19) aqueles que tem ouro ou prata são os guardiões da cidade
e não devem ter propriedade privada. “a propriedade privada é causa de
submissão, cria senhores e súditos, em vez de irmãos e aliados” (414b-417b)
Livro IV - Depois de Adimanto perguntar
se aqueles que não possuem nada não serão infelizes, Sócrates diz que “o
problema não é garantir a felicidade de uma só classe ou de um grupo de
cidadãos, mas garantir a felicidade de toda a cidade no seu conjunto, e,
portanto, de todos os cidadãos.” (p.20) Na cidade não deve ter os muitos ricos
nem os muito pobres: “a sabedoria é a virtude típica dos guardiões que têm o
dever de governar; a coragem é a virtude típica dos guardiões que têm o dever
de defender a cidade dos perigos externos e internos...; a temperança é a
virtude típica dos agricultores e dos artesãos, mas deve pertencer também às
outras duas classes.” (p.20) Enfim, a justiça “consiste em ‘fazer aquilo que
lhe é próprio’, que significa cumprir o seu próprio dever específico na cidade.”
(p.20) Volta-se para o indivíduo. Como a cidade, também o indivíduo tem três
partes: uma parte racional, uma parte impulsiva e uma parte desiderativa. A
partir dos 5 tipos de almas, há 5 tipos de constituição: o primeiro é a
aristocracia.
Livro V - Sobre a comunidade dos amigos,
Sócrates explica através de três ondas: “a primeira onda diz respeito à
identidade de tarefas e de educação para o homem e para a mulher... a segunda
onda diz respeito à comunhão de mulher e de filhos... a terceira onda diz
respeito à possibilidade de os filósofos governarem a cidade, ou então de os
governantes se tornarem verdadeiros filósofos” (p.22) o filósofo é o único que
ama a verdade na sua totalidade e que é capaz de alcançar o verdadeiro
conhecimento.
Livro VI - “portanto, é o filósofo que
deve governar, porque é o único a conhecer as ideias, isto é, as realidades
externas e sempre semelhantes a si mesmas; além disso deve amar a verdade, ser
sincero, temperante, magnânimo, afável, ter facilidade para estudar e ter harmonia
interior.” Adimanto discorda de Sócrates, os filósofos são inúteis a cidade e
não participam dela. No final do diálogo “é dado o exemplo da linha: há duas
espécies de entes, os do mundo visível, sensível, e os do mundo inteligível,
que constituem os dois segmentos em que se divide esta linha... portanto há
quatro tipos de objetos aos quais correspondem quatro atividades cognitivas: a
imaginação, a crença, o pensamento dianoético e a intelecção. Os primeiros dois
constituem o mundo da opinião, os outros dois, o mundo da ciência e da verdade
(509c-511e)
Livro VII - Alegoria da caverna. Dentro
de uma caverna há pessoas acorrentadas que ficam olhando para a parede de fundo
e conversando sobre as imagens que são projetadas nessa parede. A projeção
ocorre pois na entrada da caverna há fogueira que algumas pessoas usam para
projetar objetos. De repente alguém é solto e sobe em direção a entrada da
caverna, ele vê a fogueira e os objetos que são projetados, já fora da caverna
vê os objetos a partir das suas projeções nos lagos, rios e espelhos. Depois
olha os próprios objetos e depois olha o próprio sol. Depois esta pessoa volta
a caverna e tenta explicar para os que ficaram lá o que ela viu. Há uma
discussão pois quem saiu da caverna não consegue convencer quem está lá dentro
de que eles discutem a partir das imagens.
O dialético é escolhido a partir das
suas qualidades: firmeza, coragem, beleza, nobreza da alma, agudeza e
facilidade na aprendizagem, tenacidade, boa memória, amor pelo trabalho.
Educação do dialético: “até os vinte anos, irão aos cursos propedêuticos,
sobretudo à base de ginástica; depois das ciências, por dez anos. Aos trinta
anos, os melhores serão direcionados cuidadosamente para o estudo da
dialética... dos trinta e cinco aos cinqüenta anos eles ‘voltarão à caverna’ e
farão a experiência prática do governo da cidade. Aos cinqüenta anos, os
melhores, governarão a cidade, dedicando o resto do tempo à filosofia.” (p.25)
Livro VIII - Volta-se a discussão sobre
as outras 4 formas de governo: timocracia, oligarquia, democracia e tirania. “A
timocracia é dominada por homens nos quais prevalece a parte impulsiva da sua
alma. Quando o amor pelo dinheiro prevalece sobre todas as coisas, a cidade
timocrática transforma-se em cidade oligárquica. Da cidade oligárquica passa-se
para a cidade democrática, em geral, graças a uma revolta das classes mais
pobres. O homem democrático caracteriza-se pelo prevalecer do elemento
desiderativo da sua alma. A liberdade torna-se anarquia: prevalecem os desejos
mais diversificados, não só aqueles ligados à necessidade da vida, mas também
os mais supérfluos, e há a tendência geral em satisfazer por qualquer meio. Por
conseguinte, domina a liberdade mais desenfreada e anárquica e esta é a causa
da cidade democrática ser a cidade em que os homens são servos das próprias
paixões... passa-se então para a cidade tirânica. Esta cidade nasce porque o
povo escolhe um protetor contra os ricos sempre mais prepotentes... o tirano
faz muitas promessas... para manter o povo sob controle, tem de conservar
continuamente a cidade em estado de guerra... a conseqüência é que o povo, para
se libertar da escravidão de outros homens livres, cai na pior escravidão: ser
escravo de escravos.” (p.26-27)
Livro IX - “Em cada homem há uma espécie
de desejos tremendos, desenfreados e contrários à lei, mas no homem sábio estes
desejos são controlados pelas leis e pelos desejos melhores ajudados pela
razão, enquanto que no tirano aqueles se impõem sem qualquer lei.... às três
partes da alma correspondem três espécies diversas de prazeres: superioridade
do filósofo e dos prazeres da parte racional, quando esta prevalece sobre as
outras duas – há prazeres ligados à purificação das dores e prazeres que não
purificam; prazeres puros e prazeres misturados às dores; superiores a todos os
tipos de prazer são os prazeres do conhecimento próprios dos filósofos.” (p.28)
Livro X - “volta-se a discorrer sobre a
poesia e a imitação, distinguindo três níveis de realidade: o das ideias, o dos
objetos sensíveis e o das imitações. E dá-se o exemplo da cama: há a ideia de
cama, há a cama sensível que é obra do carpinteiro e há a representação da cama
feita pelo artista. O poeta e o pintor, portanto, são os imitadores da cama
sensível: em geral a arte não imita as coisas que são como são, isto é, em si
mesmas, as ideias das coisas, mas imita as coisas que são tal como aparecem ao
artista, ou seja, as representações dos objetos. Logo, a arte é imitação da
aparência e não da verdade e, por isso, está três vezes longe da verdadeira realidade.”
(p.28) por isso a arte deve ser banida da cidade.
Mito do Er: “ele era um valoroso herói
morto em batalha que, no 12° dia após a sua morte, ressuscitou e contou o que
vira no Hades, isto é, no além. Contou que as almas, depois da morte, são submetidas
a um julgamento e recebem, consoante o tipo de vida que tiveram, prêmios ou
punições; penas particularmente graves estão previstas para os tiranos.
Para uma introdução a Platão e a filosofia grega vocês podem ouvir algumas das aulas que ofereci este ano no cursinho da Moradia da Unicamp (Proceu):
https://soundcloud.com/robson-gabioneta
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
Turmas de Filosofia do Núcleo e do Anibal - Agosto
Turmas de Filosofia do Núcleo e do Anibal - Agosto
bom retorno a todos
antes de iniciamos o segundo semestre vou pedir para vocês verificarem se ficou claro duas atividades que propus semestre passado: 1. análise de uma frase e 2. conversa com profissionais. Para ficar claro o que apresentei, escrevi a sequencia da atividade nas postagens anteriores:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
leiam com calma e verifiquem se não há nenhuma dúvida. Esse semestre vamos dar continuidade a essas atividades a partir de dois momentos: 1. da nossa vida ou melhor, como os conceitos (saúde, justiça, educação, etc) alteram nossa vida; 2. como o filósofo grego Platão, a partir dos seus textos, em especial da República.
o link de uma introdução que fiz da República é:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/republica-resumo.html
Para uma introdução a Platão e a filosofia grega vocês podem ouvir algumas das aulas que ofereci este ano no cursinho da Moradia da Unicamp (Proceu):
https://soundcloud.com/robson-gabioneta
bom retorno a todos
antes de iniciamos o segundo semestre vou pedir para vocês verificarem se ficou claro duas atividades que propus semestre passado: 1. análise de uma frase e 2. conversa com profissionais. Para ficar claro o que apresentei, escrevi a sequencia da atividade nas postagens anteriores:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
leiam com calma e verifiquem se não há nenhuma dúvida. Esse semestre vamos dar continuidade a essas atividades a partir de dois momentos: 1. da nossa vida ou melhor, como os conceitos (saúde, justiça, educação, etc) alteram nossa vida; 2. como o filósofo grego Platão, a partir dos seus textos, em especial da República.
o link de uma introdução que fiz da República é:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com.br/2017/04/republica-resumo.html
Para uma introdução a Platão e a filosofia grega vocês podem ouvir algumas das aulas que ofereci este ano no cursinho da Moradia da Unicamp (Proceu):
https://soundcloud.com/robson-gabioneta
3 ano do Núcleo - Sociologia - Agosto
bom retorno a todos
queria chamar a atenção de vocês para dois temas que trabalhamos semestre passado e que acho fundamental vocês ficarem atentos: 1. a análise de uma frase; 2. conversa com profissionais.
postei nesse blog uma descrição detalhada de cada uma dessas propostas para ficar claro o que estou propondo:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
sobre esse semestre iremos discutir o Estado Moderno. Dia 06/08 apresentei para vocês o tema a partir de duas entradas
queria chamar a atenção de vocês para dois temas que trabalhamos semestre passado e que acho fundamental vocês ficarem atentos: 1. a análise de uma frase; 2. conversa com profissionais.
postei nesse blog uma descrição detalhada de cada uma dessas propostas para ficar claro o que estou propondo:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/analise-de-uma-frase-qualquer-em.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2018/08/conversa-com-profissionais.html
sobre esse semestre iremos discutir o Estado Moderno. Dia 06/08 apresentei para vocês o tema a partir de duas entradas
- a partir dos Impérios (Chines, Atenas, Roma, entre outros). O que é importante aqui é que os Estados Modernos devem aos Impérios alguns de seus procedimentos e de seus conceitos. Entre eles, de Atenas herdou o conceito de democracia, dos romanos a burocracia jurídica.
- Teóricos do Estado Moderno. É interessante discutirmos alguns teóricos pois podemos saber de onde vem as justificativas para a organização dos Estados atuais, em especial, o Estado Brasileiro.
Thomas Hobbes (1588-1679)
Foi um importante teórico inglês. Resumidamente, para eles os homens são egoístas e iguais por natureza, assim, um deseja aquilo que o outro tem, gerando conflitos entre eles. Para Hobbes, por causa dessas caracteristicas, os homens vivem em estado de guerra de todos contra todos. Ele chamou isso de Estado de Natureza. Para ele só há um meio para sair da guerra: cada indivíduo dá seu poder de violencia para uma pessoa que pode exercer a violência em seu nome. Esse individuo ele chamou de Leviatã. Esse Leviatã é o Estado.
Max Weber (1864-1920)
Foi um importante teórico alemão do Estado Moderno. Disse que o Estado é aquele que possui o monopólio do poder da violência, assim, nenhum outro agente pode ser violento, apenas ele. Disse também que a organização da burocracia é fundamental para o Estado. Burocracia são os sistemas necessários para organizar o Estado a fim de garantir a sua existência. Alguns exemplos: o posto de saúde, a escola, os guardas de transito, são instituições organizadas para administrar (cuidar) a população.
Adam Smith
John Locke (1632-1704).
Também inglês, esse teórico propôs algumas coisas importantes. Disse que o comercio internacional é necessário e que para ocorrer é preciso duas coisas:
- a propriedade privada
- e a proteção da propriedade privada
Assim, para eles, o Estado deve organizar a existência da propriedade privada bem como garantir a sua proteção.
outros autores modernos:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/cont-6-aula-filosofia-moderna-secxv-xvii.html
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2017/08/7-aula-filosofia-moderna-secxviii-xix.html
No final do semestre passado pedi para vocês lerem o texto A sociedade contra o Estado de Pierre Clastres. Esse texto está no livro Tempos Modernos, Tempos de Sociologia e está na página 46.
muitas coisas são interessantes, vou citar alguns trechos e comentar:
no primeiro parágrafo ele diz que muitos viajantes e pesquisadores de grupos indígenas pensavam que esses povos (ou não europeus e não modernos) eram povos sem Estado. Assim, com o tempo, esses povos foram caracterizados pela negativa. Além de Estado, a esses povos faltavam a escrita e a história. Com o desenvolvimento dos estudos em Antropologia percebeu-se que as técnicas desenvolvidas por esses povos em prol da sua sobrevivência eram sofisticados. Ao ponto de não poderem ser chamados de primitivos quando comparados com a 'moderna' sociedade europeia industrial.
No livro de vocês não é apresentado a conclusão dele, porém se vocês consultarem esses livro irão perceber que Clastres defende que esses povos possui um mecanismo para impedir que o Estado surja. Interessante né!!!
Lembram que eu pedi para vocês pensarem e escreverem como o Estado interfere na vida de vocês, agora vou pedir para vocês pensarem em quais coisas o Estado não interfere, o que você pode fazer que o Estado permite.
Iremos na próxima ler o cap. 4 do livro Tempos Modernos, Tempos de Sociologia a partir da pag. 54.
links e vídeos interessantes sobre este assunto:
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/thomas-hobbes/
https://www.youtube.com/watch?v=VZllFKMCHMw
https://www.youtube.com/watch?v=AH5zYB3MJHs&index=21&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://plato.stanford.edu/entries/hobbes/
esta última está em inglês, quem não lê em inglês pode colocar o texto no Google tradutor.
aulas sobre filosofia antiga, em especial, sobre a República do Platão:
https://soundcloud.com/robson-gabioneta
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/thomas-hobbes/
https://www.youtube.com/watch?v=VZllFKMCHMw
https://www.youtube.com/watch?v=AH5zYB3MJHs&index=21&list=PL8PEFpPr13IjdUUstP-VgS84q_chQwCcp
https://plato.stanford.edu/entries/hobbes/
esta última está em inglês, quem não lê em inglês pode colocar o texto no Google tradutor.
aulas sobre filosofia antiga, em especial, sobre a República do Platão:
https://soundcloud.com/robson-gabioneta
Conversa com profissionais
Conversa com profissionais com vistas a discussão sobre a função social de cada um deles e sobre como nossa vida é regulada por esses saberes
Em dupla ou trio,[1]
escolha pessoas que se julgam sabedoras de algo ou são reputadas como alguém
que sabe algo, de preferencia, inicialmente, sugerimos que eles escolham alguém
que possui um saber fazer, um saber prático (como cozinhar, costurar, construir
casas, limpar casas, fazer instalações elétricas, fazer peças, arrumar carros,
organizar uma escola, organizar o transito, organizar uma cidade, etc).[2] Conversem livremente e, se for o caso, gravem ou anotem a
conversa. Algumas perguntas podem ajudar, como por exemplo: como você adquiriu
este saber? Para adquirirmos este saber o que precisamos fazer? Qual a função
social que este saber lhe proporciona? Você aprendeu espontaneamente este saber
ou foi por causa do lugar onde você vive? Como ‘a vida’ te levou a aprender
este saber?[3]
Para ajudar na produção de textos e na
organização das informações, sugerimos que os alunos montem o seguinte quadro:
Profissão
|
Saber?
|
Como adquiriu?
|
Qual a função social deste
profissional?
|
Que perguntas conceituais podemos
fazer a ele?
|
Médico
|
Medicina
|
Estudando e o praticando junto com
outros médicos
|
Cuidar das pessoas doentes e ajudar no
estabelecimento da saúde.
|
O que é saúde? O que é doença?
|
Cozinheiro
|
Cozinhar
|
Escutando e cozinhando junto com os mais
velhos
|
Alimentar as pessoas, dando-lhes
saúde.
|
O que é saúde? Como mantê-la? O que é
uma boa alimentação?
|
Os exemplos são para ajudar no
desenvolvimento da atividade e não para limitá-la. Assim, outras questões podem
surgir, como por exemplo: como treinar os órgãos sensoriais para exercer bem
esta profissão? Quais são as exigências intelectuais para o trabalho deste
profissional? E os sentimentos, como eles atuam na profissão? Que políticas
públicas você propõe para as pessoas viverem bem? E assim por diante...
Com a tabela em mãos (ou na cabeça) construa um diálogo entre dois ou três profissionais. A
conversa pode ser livre ou seguir as seguintes sugestões:
1.
Um profissional tenta convencer o outro
acerca do seu papel social, sem reconhecer o papel do outro;
2.
Um tenta convencer o outro de que o
valor do seu trabalho é maior que o do outro;
3.
Um apresenta para o outro seus motivos
para a necessidade de entrar em greve.
Com essa atividade, construir um diálogo
entre os profissionais, pretendemos iniciar a discussão conceitual a partir do
contexto em que o aluno vive. Assim, conceitos como saúde, doença, boa
alimentação, bem viver, justiça, ética profissional,[4]
podem ser inseridos no universo escolar. Além disso, podemos trabalhar a noção
de ‘persona social’ ou papel social como preferem os sociólogos.[5]
Com essa categoria os alunos podem investigar como um indivíduo é obrigado em
determinados contextos a incorporar um personagem social, mesmo que isso gera
contradição no seu modo de ver o mundo. Assim, por exemplo, uma pessoa que
critica a forma que a lei é construída se for funcionaria pública, como um
diretor escolar, precisa necessariamente cumprir a lei independente da sua
opinião enquanto indivíduo. Do mesmo modo um músico quando contratado por uma
grande empresa não pode fazer músicas que critiquem a empresa que trabalha.
[1]
Nos diálogos de Platão a investigação é sempre feita conjuntamente. Os números
são variados, em alguns diálogos a investigação é feita em dupla, como no Fedro; outras vezes é em trio, como no Menon; outras vez são quatro personagens
que conversam, como no Teeteto e Sofista; outras vezes muitos estão
investigando o mesmo tema, como no Banquete
e no Protágoras.
[2] Pensamos ser importante começar
pelo saber prático, pois o saber teórico é trabalhado nas escolas desde os
primeiros anos. Assim, a construção da linguagem no fazer prático pode ajuda-lo
a entrar na teoria propriamente dita, isto é, no conhecimento científico. Quando
fizemos a atividade em Campinas e Paulínia, respectivamente, na E.E. Anibal de
Freitas e E.E. Núcleo Habitacional José Paulino Nogueira, os alunos, na sua
maioria escolheram fazer com seus familiares mais próximos e/ou seus parentes.
Achamos que de fato devem começar com eles, porém não precisam fazer apenas com
eles. Um modo de eles fazerem com outras pessoas é sugerir que ‘troquem’ de parentes,
um faz com os parentes dos outros.
[3] Agradeço Hellen Fonseca,
coordenadora da E.E. Núcleo Habitacional José Paulino Nogueira, lugar onde atuo
como professor de Sociologia, que, ao ouvir a proposta, sugeriu as duas últimas
perguntas.
[4] Sobre ética profissional pode-se
feito do seguinte modo: casa profissional tem alguns benefícios e se relaciona
com o mundo de determinadas formas. Assim quatro aspectos podem ser levantados
para um possível código de ética (ou juramento): 1. Consigo próprio: quais os
benefícios que este profissional oferece para si próprio e para sua família ao
exercer sua profissão?; 2. Com os outros: com quais profissionais ele atua?
Como eles se relacionam?; 3. Sociedade: qual o sua função social? 4. Divindade:
como é a relação deste profissional com a (s) divindade (s)?. Para uma
descrição maior ver:
http://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2016/05/2-ano-1-de-junho.html,
consultado em 19/07/2018.
[5] Preferimos o primeiro para
iniciarmos a discussão sobre representação.
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