segunda-feira, 22 de abril de 2024

AfonsoPena.recuperação1bim.

AfonsoPena.recuperação1bim.

EE Afonso Pena Prof. de filosofia Robson. Sobre as leis 10.639/2003 e a 11.645/2008. 


Atividade de recuperação do 1 Bimestre. Retire uma folha do seu caderno e: coloque seu nome, série, data e atividade de recuperação do 1 bimestre. Depois faça as três atividades:

1ª atividade: formule duas frases genéricas e depois junte-as

2ª atividade: formule duas questões para o profissional que você escolheu a partir do trabalho específico dele. (observação: se conseguir leve em consideração: o conceito usado por esse profissional para alterar o mundo; sua função social; seu conhecimento prático e teórico; as normas e leis que regulam sua profissão)

3ª atividade: escolha 2 questões de múltipla escolha e siga a sequência: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta

Questão 1. (Unicamp2024) “Dos pretos é tão própria e natural a união que a todos os que têm a mesma cor, chamam parentes; a todos os que servem na mesma casa, chamam parceiros; e a todos os que se embarcam no mesmo navio, chamam malungos.” (VIEIRA, 1688.) Sobre as comunidades de malungos no período da escravidão, é correto afirmar, de acordo com o texto, que são formadas 

a) nos laços entre africanos de múltiplas etnias, os quais haviam atravessado juntos o Atlântico.
b) no encontro dos africanos nas senzalas, no exercício de ofícios e no trabalho da lavoura. 
c) no Novo Mundo por pessoas de uma mesma etnia que se reconheciam como iguais. 
d) nos quilombos rurais e urbanos, formados por escravizados fugidos de muitas etnias.

Questão 2. (Unicamp2019) No Censo 2010, 817 mil pessoas se autodeclararam indígenas, o que representa um crescimento de 11,4% (84 mil pessoas) nessa população, no período de 2000 a 2010, bem menos expressivo do que o do período de 1991 a 2000, que foi de aproximadamente 150% (440 mil pessoas). O que explica o crescimento populacional indígena no período entre 1991 e 2000?
a) O aumento do número de pessoas que passaram a se identificar como indígenas, identidade que antes escondiam como estratégia de sobrevivência.
b) A diminuição da taxa de mortalidade infantil, em função da boa qualidade do atendimento à saúde indígena.
c) O aumento da quantidade de casamentos com estrangeiros, associado a altas taxas de fecundidade e natalidade.
d) A interrupção de projetos de desenvolvimento, como
estradas e hidrelétricas, que impactam diretamente a vida indígena.

Questão 3. (Unicamp2019) Leia o texto a seguir, escrito por professores Guarani de São Paulo, e assinale a alternativa correta. “Na nossa tradição tem muitas aves que não matamos porque nós respeitamos. Pois em determinadas ocasiões algumas aves trazem notícias. Essas notícias podem ser boas ou ruins. Uma destas aves é o beija-flor. Um beija-flor que entra na sua casa ou fica pairando em frente a sua porta certamente está anunciando uma visita bem interessante. O canto do bem-te-vi anuncia a vinda de uma criança, ou seja, anuncia gravidez. O tucano anuncia a chegada de chuva. Depois quando vai começando a parar a chuva, eles também cantam. Esses são alguns exemplos, mas o conhecimento guarani a respeito das aves é bem maior.” (Tekoa Sapukai, FUNAI, 2016.) De acordo com o texto, o povo Guarani acredita que

a) para que uma gravidez aconteça, tem que haver o canto do bem-te-vi.
b) muitos pássaros devem ser respeitados porque eles trazem notícias.
c) os pássaros só trazem boas notícias quando cantam perto de uma aldeia.
d) o canto do tucano provoca chuva e, quando ele canta de novo, a chuva para.

Questão 4. (Unicamp, 2023) O jesuíta José de Acosta, no final do século XVI, propôs três métodos de evangelização para o que distinguia como três tipos de bárbaros. Os povos brasis – “sem lei, sem rei, que mudam de casa ou se, a tendo fixa, elas se assemelham a covis de feras” – somente podiam ser convertidos com o auxílio da força. Incas e Astecas – que possuíam cidades, governo, magistrados e leis – podiam ser administradas por um governador cristão. Por fim, somente nas nações civilizadas da Ásia, como a China e o Japão, podiam os religiosos aplicar o mesmo método utilizado – entre os gregos e os romanos – pelos apóstolos: ou seja, a catequese pacífica e racional que não envolvia mudança de governo. (CARVALHO, 2018.) No século XVI, a percepção do jesuíta Acosta sobre como deveria ser o governo de povos não europeus
a) favorecia a autodeterminação dos povos indígenas.
b) considerava todos os povos mencionados iguais entre si.
c) fundamentava-se em julgamentos eurocêntricos.
d) estabelecia a impossibilidade de governar todos os indígenas americanos.

Criei um drive dos textos que estamos trabalhando:

Há  alguns anos, em abril, os povos indígenas criaram o 'acampamento terra livre'. Nele, no final de abril, indígenas do Brasil inteiro (e também do mundo) acampam em Brasília para discutir e pressionar o Estado. Mais informações podem ser acionadas em: https://apiboficial.org/


sexta-feira, 19 de abril de 2024

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.7semana

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.7semana
Tema Geral: Estado: disciplina e controle

Arlindo Picoli. Foucault e a Educação. YouTube, 23 de jun. de 2015 .Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=3eQgOy_5Ibg>. Acesso em: 19 de abr. de 2024.

DELEUZE, Gilles. Post-Scriptum sobre as Sociedades de Controle. L’Autre Journal. Paris, p. 1-4. maio 1990. GILLES DELEUZE. POST-SCRIPTUM SOBRE AS SOCIEDADES DE CONTROLE Conversações: 1972-1990. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992, p. 219-226. Tradução de Peter Pál Pelbart 1. Foucault situou as sociedades disciplinares nos séculos VIII e XIX; atingem seu apogeu no início do século XX. Elas procedem à organização dos grandes meios de confinamento. … depois da Segunda Guerra mundial: sociedades disciplinares é o que já não éramos mais, o que deixávamos de ser. São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares. … Não cabe temer ou esperar, mas buscar novas armas. Os diferentes internatos ou meios de confinamento pelos quais passa o indivíduo são variáveis independentes: supõe-se que a cada vez ele recomece do zero, e a linguagem comum a todos esses meios existe, mas é analógica. Ao passo que os diferentes modos de controle, os controlatos, são variações inseparáveis, formando um sistema de geometria variável cuja linguagem é numérica (o que não quer dizer necessariamente binária). Os confinamentos são moldes, distintas moldagens, mas os controles são uma modulação, como uma moldagem auto-deformante que mudasse continuamente, a cada instante, ou como uma peneira cujas malhas mudassem de um ponto a outro. … mas numa sociedade de controle a empresa substituiu a fábrica … Nas sociedades de disciplina não se parava de recomeçar (da escola à caserna, da caserna à fábrica), enquanto nas sociedades de controle nunca se termina nada, a empresa, a formação, o serviço sendo os estados metaestáveis e coexistentes de uma mesma modulação, como que de um deformador universal. … são dois modos de vida jurídicos muito diferentes, e se nosso direito, ele mesmo em crise, hesita entre ambos, é porque saímos de um para entrar no outro. 2.3. Os indivíduos tornaram-se "dividuais", divisíveis, e as massas tornaram-se amostras, dados, mercados ou "bancos". É o dinheiro que talvez melhor exprima a distinção entre as duas sociedades, visto que a disciplina sempre se referiu a moedas cunhadas em ouro - que servia de medida padrão -, ao passo que o controle remete a trocas flutuantes, modulações que fazem intervir como cifra uma percentagem de diferentes amostras de moeda. 3. É fácil fazer corresponder a cada sociedade certos tipos de máquina, não porque as máquinas sejam determinantes, mas porque elas exprimem as formas sociais capazes de lhes darem nascimento e utilizá-las. As antigas sociedades de soberania manejavam máquinas simples, alavancas, roldanas, relógios; mas as sociedades disciplinares recentes tinham por equipamento máquinas energéticas, com o perigo passivo da entropia e o perigo ativo da sabotagem; as sociedades de controle operam por máquinas de uma terceira espécie, máquinas de informática e computadores, cujo perigo passivo é a interferência, e o ativo a pirataria e a introdução de vírus. Não é uma evolução tecnológica sem ser, mais profundamente, uma mutação do capitalismo. É uma mutação já bem conhecida que pode ser resumida assim: o capitalismo do século XIX é de concentração, para a produção, e de propriedade. … Quanto ao mercado, é conquistado ora por especialização, ora por colonização, ora por redução dos custos de produção. Mas atualmente o capitalismo não é mais dirigido para a produção, relegada com frequência à periferia do Terceiro Mundo, … O que ele quer vender são serviços, e o que quer comprar são ações. … A família, a escola, o exército, a fábrica não são mais espaços analógicos distintos que convergem para um proprietário, Estado ou potência privada, mas são agora figuras cifradas, deformáveis e transformáveis, de uma mesma empresa que só tem gerentes. … 3.4. O homem não é mais o homem confinado, mas o homem endividado. É verdade que o capitalismo manteve como constante a extrema miséria de três quartos da humanidade, pobres demais para a dívida, numerosos demais para o confinamento: o controle não só terá que enfrentar a dissipação das fronteiras, mas também a explosão dos guetos e favelas. Félix Guattari imaginou uma cidade onde cada um pudesse deixar seu apartamento, sua rua, seu bairro, graças a um cartão eletrônico (dividual) que abriria as barreiras; mas o cartão poderia também ser recusado em tal dia, ou entre tal e tal hora; o que conta não é a barreira, mas o computador que detecta a posição de cada um, lícita ou ilícita, e opera uma modulação universal … No regime das escolas: as formas de controle contínuo, avaliação contínua, e a ação da formação permanente sobre a escola, o abandono correspondente de qualquer pesquisa na Universidade, a introdução da "empresa" em todos os níveis de escolaridade. No regime dos hospitais: a nova medicina "sem médico nem doente", que resgata doentes potenciais e sujeitos a risco, o que de modo algum demonstra um progresso em direção à individuação, como se diz, mas substitui o corpo individual ou numérico pela cifra de uma matéria "dividual" a ser controlada. No regime da empresa: as novas maneiras de tratar o dinheiro, os produtos e os homens, que já não passam pela antiga forma-fábrica … Muitos jovens pedem estranhamente para serem "motivados", e solicitam novos estágios e formação permanente; cabe a eles descobrir a que estão sendo levados a servir, assim como seus antecessores descobriram, não sem dor, a finalidade das disciplinas. Os anéis de uma serpente são ainda mais complicados que os buracos de uma toupeira

ADORNO,   Theodor   W,   (2003).   “Educação   após   Auschwitz”.   In: Educação   e   Emancipação. 3ª Ed. São Paulo: Paz e Terra. Tradução de Wolfgang Leo Maar p. 119-138
Adorno que Auschwitz não se repita, as condições (kant) de sua existência, estudar a psicologia dos nazistas para encontrar o que eles podem fazer de útil  para a sociedade
como agir diante de criminosos.
As pessoas são frias, não amam, são indiferentes umas às outras
Qual o próximo grupo a ser exterminado? Os idosos, os opositores políticos,  os imigrantes, os palestinos, os ucranianos, os chineses, os indígenas...

Cunha, Jorge Luiz da. História e organização da educação brasileira: 4º semestre (Matemática). UFSM, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ufsm.br/handle/1/17131>. Acesso em: 18 de abr. de 2024. Cunha, hist.edu.bras.UFSM, 2013. 7. os jesuítas (Nóbrega) chegam em 1549, organizam as missões, são expulsos em 1759 (e voltam 40 anos depois). 09. 1599 publicação da Ordem de Estudos da Companhia de Jesus. (https://histedbrantigo.fe.unicamp.br/acer_fontes/acer_histedu/brcol013.htm). 10. A Companhia de Jesus foi uma reação à Reforma Protestante. 13. Em 1759 quando Marques de Pombal (iluminista) expulsou os jesuítas eles tinham 36 missões e 17 colégios e outras menores; carmelitas, beneditinos e franciscanos assumem. (https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckmk5l2prveo) 15. 1808-1818 criação da Imprensa, biblioteca, museu (criação da história do Brasil como Portugal). “Diversos cursos foram criados por Dom João entre eles a Academia de Marinha (1808), na cidade do Rio de Janeiro, a Academia Real Militar (1810), cursos de Anatomia e Cirurgia (1808), laboratórios de Química (1812), curso de Agricultura (1814), Escola Real de Ciência, Artes e Ofícios (1816). Na cidade da Bahia foi criado o curso de Cirurgia em (1808), cadeira de Economia (1808), curso de Agricultura (1812), curso de Química (1817), e o curso de Desenho Técnico em 1817” (primeiras faculdades). 16. Cursos jurídicos em SP (1827) e Recife (1854). 17. A Constituição de 1824 estabeleceu a instrução primária gratuita a todos; Em 1837 é criado o Colégio de Pedro II. 20. Ato adicional à Const. diz que as províncias devem se responsabilizar pela educação básica. (O livro não cita: Em 21 de outubro de 1838 criou-se o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o IHGB, inspirado no Institut Historique, fundado em Paris em 1834.) 24. No fim da Guerra do Paraguai, em 1870, no RJ, ocorre o Manifesto Republicano contra a Monarquia com participação do exército. (https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7758358/mod_resource/content/2/manifesto%20republicano%201870.pdf). 24. Na primeira república (1889-1930) manteve-se a educação do império: educação primária aos estados e educação superior e médio ao Governo Federal. A Constituição de 1891 declara o estado laico. 27. Anísio Teixeira Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) (https://www.histedbr.fe.unicamp.br/pf-histedbr/manifesto_1932.pdf). 32. Os imigrantes traziam ideias da Europa (como o iluminismo, republicanismo, anarquismo, socialismo). 33. Semana da Arte Moderna de 1922 (arte brasileira desvinculada dos padrões europeus: música e literatura); fundação do partido comunista brasileiro (PC do B) em 1922, a Revolta Tenentista (1922-1927). Democracia e educação, 1916, John Dewey. 35. Inspirado em Dewey e nos EUA, Anísio Teixeira propõe escola integral; funda a Escola do Parque em Salvador (1950) inspira os CIEPs no RJ em 1980; propôs também os fundos da educação. 41. Getúlio Vargas (GV) tomou o poder em 1930 e nomeou interventores; em 1932 SP queria uma constituição que ocorreu em 1933. 42. em 1934 a constituição diz que a educação é direito de todos, em 37 o artigo sai e volta em 46. em 34 é obrigatório o concurso público para magistério. 44. Francisco Campos (1930 a 1932) assinou os decretos: Decreto 19.850 (11/04/1931) que criava o Conselho Nacional de Educação; Decreto 19.851 (11/04/1931) propôs regulamentação do ensino superior; Decreto 19.852 (11/04/1931) organizou a Universidade do Rio de Janeiro; Decreto 19.890 (18/04/1931) organizou o ensino secundário; Decreto 20.158 (11/04/1931) organizou o ensino comercial; Decreto 21.241 (14/04/1931) regulamentação sobre o ensino secundário. 45. USP, primeira universidade, criada em 1934; em 38 GV, com apoio do exercito, cria o Estado Novo. 47. em 1939 inicia-se a II Guerra. 48. Gustavo Capanema com as leis orgânicas (1942-46) cria: “o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), o Instituto Nacional do Livro, do Serviço e do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)”. Ginasial: 4 anos; colégio: 3 anos (clássico e científico). 1942. insere-se história e geografia do Br. 51. no fim do Império havia uma dezena de escolas normais, em geral para homens; em 1949 havia 540. 52. o curso normal volta-se para mulheres para que elas sejam professoras. 54. Fim da II Guerra e a vitória sobre o facismo obriga GV a convocar eleições (e eleger seu sucessor Dutra). 53. 1961 a 1ª LDBEN ou LDB; 1971 a 2ª; a 3ª (e última) 1996. 56. Movimentos de educação popular. 57. MANIFESTOS DOS EDUCADORES (1959). “Esta Campanha apresentou três grupos de correntes filosóficas diferentes: o ideário liberal representado por Anísio Teixeira inspirado de Dewey; o ideário liberal conservador de Roque Spencer Maciel de Barros, João Villa Lobos inspirados em Immanuel Kant (1724-1804) e o socialismo de Florestan Fernandes inspirado em Marx.”. 62. “1969, o Decreto-lei N.º 477 proíbe professores, alunos e funcionários a se manifestarem politicamente”; “Os pressupostos teóricos destas correntes pedagógicas estão embasados nas teorias: Positivismo de Auguste Comte e behaviorismo, teoria do comportamento fundamentada na Lei de Pavlov (S-R, estímulo-resposta) e na Lei de Skinner (Sd-R-Sr, reforço)”. 63. “Taylor desenvolve uma teoria que permite a industrialização a se tornar mais rápida em produção em série. Ele separa a concepção da execução de tarefas, submetendo o empregado ao parcelamento das tarefas”. 66. Lei N. º 5.540/68 trata da reforma universitária: redução de gastos; cobrança de eficiência e produtividade; nomeação de reitores; tríplice função da universidade: ensino, pesquisa e extensão, mantida na CF art.207. 68. Lei N.º 5.692/71 o ensino do 1 e 2 grau deve qualificar para o trabalho e para cidadania (como na constituição); civismo militar; 1 grau de 8 anos (Lei nº 11.274 de 2006 9 anos). 69. Paulo Freire aplica seu método (ensino pelo contexto: palavras geradoras) em 1961 no nordeste; crítica a “educação bancária”; educação dialógica; é preso em 64 e volta em 80.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.6semana

 Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.6semana 
Tema: Estado: comércio (da diferença para a igualdade) e a guerra (da igualdade para a diferença)
Hoje, em 2024, não há lugar no mundo onde não haja Estado. E ,do mesmo modo, nenhum Estado se constitui sem interagir comercialmente com outro Estado. Também podemos dizer que nenhum dos Estados de hoje se constituíram se envolver em alguma guerra. Em ambos os casos o cumprimento (e também o descumprimento) é determinante nas relações entre eles. Hoje o principal órgão internacional que media a relação entre os Estado é a ONU a partir de suas instancias (com destaque para o Conselho de Segurança). Vejamos alguns destaques de alguns textos:

Boto, 2003, rev.francesa e a educação. 735. em 1792 Condorcet escreveu sobre educação para apresentar na Assembleia revolucionária francesa. Boto cita Kant para dizer o que é iluminismo: é a saída da menoridade, é ter um pensamento próprio (seguindo Kant?). 738. o conhecimento científico, partilhado por todos, substituiria a religião, o mito e a opinião. Voltaire (e outros, como Rousseau) tinha medo da pressão popular. 741. o texto foi lido porém devido a guerra foi aplicado durante o século XIX e XX na França e depois espalhado para outros lugares, inclusive o Brasil. 745. O ensino era: primário (ler, escrever e contar), secundário (aprendizado das tecnologias), institutos, liceus e Sociedade Nacional das Ciências e das Artes (história das nações, línguas, artes, química, física, política, metafísica, ciências). 746. Concurso para produção de livros elementares; instrução igual para homens e mulheres. 748. Para Bastide Conte defendia a educação para a ordem e hierarquia, já Condorcet era para promover as capacidades natais e a equidade. 751. Ensino superior deve transmitir e desenvolver os conhecimentos. 752. A Sociedade Nacional das Ciências e das Artes, apesar de ser financiada pelo Estado, deve ser autônoma a ele. 758. O relatório defende a universidade pública gratuita, “a liberdade de cátedra, defender as decisões colegiadas das instâncias decisórias”.
O texto de Guinsburg (1990) descreve a trajetória de Denis Diderot que ampliou e organizou a Enciclopédia francesa, importante texto onde as ideias iluministas circularam. 

Gabioneta, Robson. Sobre a Paz de Fiori (org.) (resenha)
1. o livro é fruto de uma pesquisa do grupo de Fiori sobre guerra, paz e ética internacional. Prefácio: contrário a Bobbio que dizia que a Guerra do Golfo era justa, para ele era ética e imposição de uma hegemonia. Nota 1: livro sobre a guerra: Fiori traz Heráclito para disputir que a guerra está na origem do poder e Sepúlveda e las Casas, Hobbes, entre outros, para discutir o termo ‘guerra justa’.
Prefácio, Fiori. A vitória dos EUA na Guerra do Golfo representou a vitória da democracia e do liberalismo; parcial com a ascensão econômica da China e a contenção militar da Rússia na Geórgia em 2008. Hipóteses: a guerra não leva a paz ou a ordem, mas expande o poder dos países, sendo a paz um período de trégua a próxima guerra em busca da hierarquia.
2. cap.1 Barreiros: as espécies competem por subsistência e reprodução (mas também cooperam).
cap.3. guerra do peloponeso, Máximo. Platão, Sócrates e Aristóteles: criticam a ambição humana.
cap.4. pax romana, Fiori. Paz entre o imperio romano e o persa entre 28 a.C a 180 d.C; surgimento da universalidade, igualdade e natureza humana. com o cristianimo o império romano adotou a ‘guerra justa’.
2.3. cap.5. Pax chinesa, Herrera. 546 a.C. primeiro tratado de desarmamento; Confúcio (551-479 a.C): como administrar os reinos; reino Qin (221 a.C): administração por meio de relatórios; unificação da língua. Dinastia Han, em 165 a.C.: ingresso ao serviço público por concurso (pensamento de Confúcio): prezar pela competência e não pela hereditariedade.
3. cap.6. guerra nas cidades italianas (Veneza/Florença, Milão, Nápoles)  sec. xv, Metri. União em prol de inimigos comum: franceses e otomanos. surgimento dos diplomatas.
cap.7. guerra dos trinta anos e a “Paz de Westfália” de 1648, Vieria. Preparação de 3 anos; regras; negociações; compensações para os vencedores.
3.4.cap.8. guerras napoleônicas e a ”Paz de Viena” de 1815, Metri. regicídio francês de 1793 causou medo nos monarcas que depois de Napoleão reconduziu os Bourbons ao poder na França. Criação de confederações para defesa mútua. imposição inglesa do fim do tráfico de escravizados na África.
4. cap.9. Guerra do Paraguai (1872), Vieira. formação do exército brasileiro e disputa regional.
cap.10. I Guerra Mundial e a “Paz de Versalhes” de 1919, Juliano Fiori. Divida (impagável da Alemanha); destruição da Europa que precisou de ajuda externa para se alimentar. 
cap.11. II Guerra Mundial e Paz Americana, Haines e Bianco. Roosevelt a parti de Wilson propoe: livre comercio. criação da ONU; Guerra Fria. Intervenção dos EUA no mundo: venda de armas; não cumprimento dos pactos; envolvimento nas guerras e eleições; bases militares.
cap.12. Guerra do Golfo de 1991, Farias. Acordo entre EUA e Arábia Saudita para que o petróleo fosse vendido em dólar (1973); a ONU passa a fiscalizar o Iraque.
cap.15. Paz no sec.XX, Padula e Pecequilo. Estado ‘tampões’ na fronteira com a  Rússia (OTAN). guerras indiretas, como nas Coreias. 
cap.16. Coerção pela moeda, Torres Filho. Boma-dólar no Irã em 2012 e 2018. 
5. Posfácio, o mito do pecado original, Fiori. A origem da guerra é a disputa entre o criador e a criatura pela distinção entre o ‘bem’ e o ‘mal’.
Comentários: Gênesis: multiplicai-vos; Mateus: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Platão: a origem da guerra é a desregulação das partes da alma que faz o homem querer mais do que o necessário; proposta educação para a moderação (como defende Confúcio, Mozi e Mêncio). Peter Demant: a guerra surge porque as cidades urbanas invadem sociedades rurais. Proposta de investigação sobre a guerra e a paz: produção de alimentos; necessidade das grandes cidades; comunidades independentes. Propostas: usar áreas públicas para plantar.

Gabioneta, Robson. Marx. (prelo do doutorado). 391. Marx e sua família judia foi obrigada a se batizar na igreja luterana. Marx viveu em Paris (1843-45); Bruxelas (1848) e Londres (1848-1883) com o apoio de Engels. Concepção de Estado de Hegel: o direito e a polícia são manifestações da sociedade civil; para Marx eles protegem a propriedade individual. 392. Defende o Estado laico. Dialética é a lei de transformação do mundo: rev. francesa (política); rev. inglesa (modo de produção). 394. Para que haja processos revolucionários são necessários os grupamentos (classes sociais): primeiro a burguesia; depois o proletariado. Este último é o sujeito universal (para Hegel era o funcionário público), unico capaz de acabar com as classes e gerar o comunismo (fim da herança; escola pública; igualdade entre cidade e campo). 396. Capital: o modo de produção capitalista se baseia na produção de mercadorias; valor de troca (horas do trabalhador) e de uso (utilidade); equivalente universal: medida de valor, padrão de preço; fetiche do dinheiro (poderes mágicos: equivalente; autovalorização do dinheiro) e do trabalho (o trabalho humano abstrato; mais valia). Associação entre capitalista e o Estado: diminuir o custo de vida; leis para favorecer a produção e a venda. 398. cap.24. acumulação primitiva: expropriar das pessoas seu modo de subsistência, a terra (cercamento das terras comunais) (a terra, sendo aquilo que gera valor, não posso possuir valor); quem não é absorvido na cidade vira criminoso com a lei da vagabundagem: primeiro se prende, marca e avisa, depois mata-se como traidor do Estado. 399. Legislações sobre salário, jornadas de trabalho e associação dos trabalhadores, similar a escravidão (na Ing desde 1349; Fr. 1350). O trabalhador gera mais-valia pois é competente e inova e em conjunto produz mais e melhor. 400. acumulação primitiva na invasão das América, África e Oriente. Foi importante na URSS e no Partido Comunista Chines (PCC).

Bibliografia
Boto, C.. (2003). Na Revolução Francesa, os princípios democráticos da escola pública, laica e gratuita: o relatório de Condorcet. Educação & Sociedade, 24(84), 735–762.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Guerra. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Paz. Petrópolis: Editora Vozes, 2021.
Guinsburg, J. (1990). Denis Diderot. Revista USP, (4), 123-146. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i4.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é o Iluminismo? (1784). In: KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1989
KRENAK, A. A Vida Não É Útil São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

AfonsoPena.1ano.2bim.1e2sem

EE Afonso Pena Prof. filosofia Robson 1 ano 2Bim
Criei um drive dos textos que estamos trabalhando:
Há  alguns anos, em abril, os povos indígenas criaram o 'acampamento terra livre'. Nele, no final de abril, indígenas do Brasil inteiro (e também do mundo) acampam em Brasília para discutir e pressionar o Estado. Mais informações podem ser acionadas em: https://apiboficial.org/

Contexto histórico da Grécia: os persas tentaram invadir a Grécia, porém foram contidos pelas cidades gregas (guerras médicas, 499-449 a.C.) (Heródoto); porém as cidades gregas se desentendem, um dos motivos é que Atenas queria cobrar impostos para organizar a proteção das outras cidades, assim, houve a guerra do Peloponeso entre a liga do Peloponeso (liderada por Esparta) e a liga de Delos (liderada por Atenas) (431-404 a.C.) (Tucídides); enfraquecida, a Grécia é conquistada pela Macedônia (359-336 a.C.); contra eles, a Grécia se associa aos romanos que a controla e difunde sua cultura (146 a.C.).
Sócrates vive nesse período (470-399 a.C) e era alguém que questionava a atitude das pessoas, fazendo-as alterar seu pensamento e seu comportamento, por isso, devido a situação de guerra foi acusado de corromper a juventude e inserir novos deuses na cidade. Ele foi julgado e condenado a beber cicuta e morrer. Platão, ao ver aquilo, sai de Atenas e volta 13 anos depois volta a Atenas. Ele então junto com os amigos de Sócrates organiza uma escola para investigar aquela cidade que havia matado seu amigo. Platão então desde desse momento até o fim da vida (428-347 a.C.) produz textos para disputar os rumos da cidade. Esses textos foram chamados Diálogos pois colocava personagens, cujo principal era Sócrates, conversando sobre os problemas da cidade. O primeiro deles foi chamado Apologia que foi a defesa de Sócrates no Tribunal.
Diálogo Apologia (21a-23b):  Sócrates explica por que gerou ódios daqueles que o perseguia. Um de seus amigos, Querofonte, foi ao oráculo para saber se há alguém mais sábio do que Sócrates em Atenas. Pítia responde negativamente. Sócrates ao ouvir isso foi procurar sábios. Achou um político que era reputado como sábio, mas percebeu que ambos, ele e o político, não sabiam nada, porém, ele, Sócrates, sabia mais pois reconhecia a sua ignorância. Ele chegou a mesma conclusão quando foi conversar com poetas e artesões, porém estes últimos de fato sabiam algo, porém percebeu que eles tentavam transpor um saber específico para outros saberes, como dizer o que é justiça. Assim Sócrates concluiu que só sabia que nada sabia, ou “só sei que nada sei”.  Sócrates também questionou aquele que o acusou de corromper a juventude, pois se ele sabia o que era corromper a juventude (pois ele o acusara disso) ele devia saber também cuidar (ensinar) a juventude.
Diálogo Eutífrone (12e-14c): Sócrates questiona o modo como os deuses são descritos pelos poetas e como os homens agem para com eles que por meio de sacrifícios tentam agradá-los.
Diálogo Laquete: para que haja ensino é preciso conhecimento (epistemi) e professor, assim é preciso investigar como os professores e seus alunos usam o conhecimento (teoria e ação) (185-186). Coragem não pode ser ficar parado no posto de batalha pois, por exemplo, há aqueles que lutam fugindo (exemplo para criticar uma definição). Buscar na definição modelos de ação (191-195).
Diálogo Líside (208; 218): Como seus pais lhes transmitem seus saberes? Só procura o saber se reconhece como nem bom nem mal.
Diálogo Alcebíades (12e-14c): as causas da guerra são as injustiças, entre elas a morte de familiares (110); três elementos que indicam o não conhecimento: respostas contraditórias; a presunção de saber o que não se sabe; a incapacidade de transmissão (117-118)
Diálogo Hípias: Há coisas que só existem quando estão juntas, por isso, o todo não possui as mesmas qualidades que as partes desse todo (296-300)
Diálogo Górgias: o professor pode ser responsabilizado pelo erro do aluno, como no caso de um pugilista atacar alguém? (456); para se identificar a injustiça, cada um deve começar a acusar-se a si mesmo, depois seus parentes e amigos e aceitar a pena estipulada (480);
Diálogo Menão: no tribunal o que importa é a disputa, entre amigos o que importa é a verdade a partir do interlocutor (75). Como procurar o que não se sabe e como saberá se o encontrar? dois não procuram o conhecimento: o que tem e o que não sabe (80).  
Diálogo Fedão: o filósofo deve se libertar do que dá prazer ao corpo (comida, bebida, sexo, luxo), pois assim a alma estaria por si, como o justo o belo e o bem, são por si (65). A alma reencarna em animais do mesmo gênero (sociáveis: formiga) (82). A terra é um grande organismo vivo (112-114).
Diálogo Protágoras: para aquisição de conhecimento de um mercador (alguém que o vende) é preciso, como fazemos com os alimentos, leva-lo até a nossa casa e consultar parentes e amigos (313). Para ser o melhor em algo é preciso: dom, exercício e prática (aprender e ensinar) (324). As coisas ou são boas, ou são más, ou não são boas nem más; as vezes o que é bom para as pessoas não é bom para uma planta ou animal; é preciso compará-las em um longo período (333; 256).
Diálogo República: Justiça é não morrer em dívidas com o homem ou com os deuses; devemos dar a cada um o que é devido; não devemos dar uma arma a um amigo que nos emprestou se ele estiver fora de si (327-331). Justiça é fazer bem ao amigo e mal ao inimigo, porém, tal como um cuidador de cavalo não pode deixá-lo em pior estado, também o justo não pode causar dano (331-335). Justiça é a vantagem do mais forte, daquele que faz leis para se beneficiar, porém se o legislador quiser de fato se beneficiar terá que legislar para o bem de todos (336-348). Há três espécies de bem: em si mesmo (alegria); por eles mesmos e suas consequências (conhecimento, saúde); só pelas vantagens (medicina) (358). Numa cidade que busca suprimir as necessidades básicas são necessários os seguintes profissionais: lavrador (alimento); pedreiro (roupa); tecelão (roupas); sapateiro (sapatos); carpinteiros e ferreiros (ferramentas); porém, se optarmos por uma cidade que produza além das necessidades básicas (uma cidade luxuosa), será necessário a invasão de terras de outras pessoas: assim se inicia a guerra. Na guerra, além dos profissionais básicos, será necessário artistas, professores, médicos e guerreiros (368-373). Os guerreiros precisam ser educados desde criança a proteger a cidade e não ter medo da morte, por isso precisa ser educado com poesia e ginástica adequadas (386-392). Na situação de guerra é preciso, por meio de testes, identificar o dom de cada um e, desde a mais tenra idade, ensina-lo a cumprir sua função dentro da cidade, assim justiça é cada um ocupar-se do que lhe é natural (427-443). Como o guerreiro é alguém que precisa mostrar o máximo de confiança ele precisa ser imune ao suborno por dinheiro, ou comida, ou por outros prazeres, assim, tendo ele sido aprovado nos testes para selecioná-lo, ele não pode ter propriedade e ser sustentado pela cidade (543-550). Só assim que pode surgir a filósofa ou o filósofo que vai ser capaz de projetar a cidade perfeita que consiga alternar a situação de guerra para a situação de paz  
Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) quem conseguir, a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Questão 1 (Enem, 2021, 2apl.). Os verdadeiros filósofos, tornados senhores da cidade, sejam eles muitos ou um só, desprezam as honras como as de hoje, por julgá-las indignas de um homem livre e sem valor algum, mas, ao contrário, têm em alta conta a retidão e as honras que dela decorrem e, julgando a justiça como algo muito importante e necessário, pondo-se a serviço dela e fazendo-a crescer, administram sua cidade. PLATÃO. A República. No contexto da filosofia platônica, o texto expressa uma perspectiva aristocrática acerca do exercício do poder, uma vez que este é legitimado pelo(a):
A riqueza do indivíduo. B consenso da elite. C decisão da maioria. D prática da virtude
 
Questão 2 (Enem, 2019). Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição particular do filósofo. FOUCAULT, 2004. O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente em sua ação dialógica: A Debater visando a aporia. B Ironizar o seu oponente. C Sofismar com a verdade. D Examinar a própria vida.
 
Questão 3 (Enem, 2017). Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na A valorização da argumentação retórica. B sustentação do método dialético. C relativização do saber verdadeiro. D contemplação da tradição mítica
 
Questão 4 (Fac. Cultura Inglesa SP/2015) Procurei demonstrar-lhe que ele parecia sábio sem o ser. […] Então, pus-me a considerar, de mim para mim, que eu sou mais sábio do que esse homem, pois que, ao contrário, nenhum de nós sabe nada de belo e de bom, mas aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber. Parece, pois, que eu seja mais sábio do que ele, nisso – ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não sei. (Platão. Apologia de Sócrates, 1969.) A Apologia de Sócrates trata da resposta de Sócrates aos seus acusadores no tribunal da cidade de Atenas. No excerto, Sócrates, referindo-se ao diálogo que teve com um indivíduo que se considerava sábio, definiu a filosofia como:
A consciência dos limites do saber humano. B comprovação racional da existência dos deuses da cidade. C  crítica das imperfeições políticas dos regimes das cidades gregas. D definição de beleza artística e de ações virtuosas dos homens..
 
Questão 5 (ENEM 2016). “O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia”. VERNANT, 2004. Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)
a. constituição do regime democrático.
b. contato dos gregos com outros povos.
c. aparecimento de novas instituições religiosas.
d. surgimento da cidade como organização social.
 
Questão 6 (Unicamp2013). A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.

domingo, 7 de abril de 2024

AfonsoPena.2e3ano.2bim.1e2sem

AfonsoPena.2e3ano.2bim.1e2sem
EE Afonso Pena Prof. filosofia Robson 2 e 3 ano 2Bim
Criei um drive dos textos que estamos trabalhando:
Há  alguns anos, em abril, os povos indígenas criaram o 'acampamento terra livre'. Nele, no final de abril, indígenas do Brasil inteiro (e também do mundo) acampam em Brasília para discutir e pressionar o Estado. Mais informações podem ser acionadas em: https://apiboficial.org/

Hoje não há um lugar no mundo onde não esteja sob a jurisdição de um Estado. 
Cuidados interpretativos: olhamos para a formação dos Estados com os olhos do presente onde não há lugar no mundo em que não há a jurisdição de um Estado, porém não podemos pensar que essa situação já estava dada. As populações, em especial as elites, se sucederam e às vezes mais conscientemente, outras vezes nem tanto, produziram o mundo que vivemos. 
Relação entre Estado e conhecimento: Controle da alimentação; relação comercial com o externo; proteção contra o externo (ou um interno que queira mudar a ‘ordem’); busca de terras (colônias); uso de áreas pequenas para experimentos sociais (formulação de paradigmas); os Estados são aqueles que guardam e difundem os conhecimentos sobre sua própria história, por isso há muitas disputas em torno deste saber (é comum arquivos serem queimados); controle jurídico sob um território (herança do direito romano, em especial o direito a propriedade). 
Relação entre os Estados: envio de ‘diplomatas’ para os países e colônias; competição, cooperação e desentendimentos (comerciais) entre os países (guerras); preparo para a guerra; acordos internacionais; negociação para trocas de tecnologias. É comum os Estados agirem ilegalmente uns com os outros, seja enviando espiões, e mercenários, ou mesmo patrocinando políticos (EUA, por exemplo, tem bases militares em diversos países). 
Filosofia que justificam as ações dos Estados (e/ou impérios): são representantes de deus e por isso podem fazer tudo em seu nome; representam o bem comum; representam a população
Formação dos Estados:  
Portugal: iniciou sua unificação em 1139 e concluiu em 1297; início da conquista da África: conquista de Ceuta (1415); aliança com os espanhóis para expulsar os muçulmanos, a Reconquista (1492); aliança com os genoveses (expert em navegação); uso de São Tomé e Príncipe como experiência para plantação e escravização dos africanos (a partir do séc.XVI); lidera o comércio do oriente com a Europa (séc.XVI); colonizar as Terras de Santa Cruz (séc.XVI-XIX); governado pelo rei da Espanha na União Ibérica (1580-1640); vence a Holanda (em PE e Luanda) e o Império do Congo (1665); guerras napoleônicas e Tratado de Viena (1815): países acordam em acabar com a escravidão; perde as colônias (séc.XIX-XX). 
Brasil: descoberto por Portugal em 1500, mas a colonização começa 50 anos depois; envio de jesuítas (e expulsão); bandeirantes paulistas matam e/ou escravizam populações indígenas, entrando em conflito com os missionários (1585-1625); foi o país que mais recebeu escravizados, 5.807.513, do total de 12.521.337 que foram trazidos para as Américas, 46% (1501-1866), 6x a população portuguesa que veio para o Brasil (Alencastro; https://www.slavevoyages.org/). O tabaco e a cachaça representam 50% das mercadorias trocadas por escravizados africanos no séc. XVI e XVII, com destaque também para a mandioca, em especial a farinha, que além de ser trocada, servia de alimentos para os escravizados que demorava no mínimo um ano e meio para iniciar o trabalho no Brasil. 20% dos escravizados morriam no percurso e 1 a cada 5 sobrevivia 4 anos de trabalho forçado.
EUA: Formação das 13 colônias (na maioria protestante) (1606-1776); Guerra Cível (1861-1865) com a vitória do norte mais industrializado, proibindo a escravidão do sul; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948); Reconstrução da Europa e política de hegemonia cultural (língua) e economia (dólar); Guerra fria com a URSS; Guerras (quentes) contra: Coreia (1950-1953); Vietnã (1955-1975); Iraque (1991); Afeganistão (2001-2021); bases militares em diversos países.
França: Iluminismo (1715-1789): separação da Igreja e Estado, crença na ciência e filosofia, criação da  Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões; Revolução Francesa (1789-1799): abolição da monarquia e dos privilégios da Igreja, criação da República, Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (DDHC, 1789); Guerra Napoleônicas (1803-1815): invasão de toda a Europa e da Rússia;  adere a rev. ind. inglesa; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948).
Inglaterra: Guerra Civil (1642-1655) e criação do parlamento; criação da Royal Society (Sociedade científica) (organiza e  discute as ciências); I Revolução Industrial (1820-1840): indústria têxtil, invenção de máquina a vapor; navio a vapor; Guerra do ópio ou guerra anglo-chinesa (1839-1842 e 1856-1860): hegemonia na China e Índia;  II Revolução Industrial (1850-70 a 1945): indústria química, elétrica, de petróleo e aço; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948).
Alemanha: reforma protestante de Lutero (1517); Guerra Franco-Prussiana, ou Guerra Franco-Germânica (1870-1871);  adere a rev. ind. inglesa; é derrotada na I e II guerra mundial (1917-1945): sua capital é dividida, contrai dívidas.
Japão: era Meiji (1868-1912): abertura ao comércio internacional, mudança econômica; primeira guerra sino-japonesa (1894-1895); segunda guerra sino-japonesa (1894-1895); China (1937-1945); perde a II guerra mundial: bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki em 1945; depois da II guerra: crescimento econômico com atuação dos EUA.
China: Guerra do ópio ou guerra anglo-chinesa (1839-1842 e 1856-1860); Guerra Civil Chinesa (1927–1937; 1946–1949): Criação da República Popular da China pelo Partido Comunista Chines (PCC), os contrários ao PCC ocupam Taiwan.  Ruptura com a URSS (dec. de 60). Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) (1982-1987): China atrai investimento estrangeiros, mas exige compartilhamento de tecnologias. Maior atuação na ONU e no Conselho de segurança (anos 2000). Forma o BRICS com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (2011); somam-se a estes Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos em 2024) (Argentina se exclui). 
Angola: portugueses negociam escravizados (início do sec. XVI-1850); independência do domínio português (1975). Guerra Civil Angolana (1975-2002). África do Sul: colonização holandesa (1652) e inglesa (1806). Independência do Reino Unido (1931). Apartheid (1948-1994). Governo de Nelson Mandela (1994-1999).
Tratados de paz (Fiori, 2021): 
Paz de Vestfália (1648): fim da guerra (religiosa) dos 30 anos (1618-1648); preparação de 3 anos com muitos representantes; reconhecimento mútuo; modelo para as próximas negociações. 
Paz de Viena (1815): fim das guerras napoleônicas (1803-1815); surgi a Rússia; proposta do fim da escravidão; restauração da monarquia (França com o Bourbons). 
Paz de Assunção (1872): fim da guerra do Paraguai (1864-1870); consolidação do exército brasileiro. Paz de Versalhes (1919): fim da I guerra mundial (1914-1918); indenização a Alemanha; Europa destruída; Revolução da URSS (1917); criação da Liga das Nações (1919). 
Tratado de Paris (1947) (Pax Americana 1945): fim da II guerra mundial (1939-1945); dívida com os EUA (hegemonia); início da guerra fria.
Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) quem conseguir, a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado
Questão 1 (Enem, 2018). Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890 Dos crimes contra a saúde pública Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar a homeopatia, a dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem estar habilitado segundo as leis e regulamentos. Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo, e sob qualquer forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou exercendo assim, o ofício denominado curandeiro. No início da Primeira República, a legislação penal vigente evidenciava o(a)
A negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
B desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
C preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
D condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura.
Questão 2 (Enem, 2018). Palestinos se agruparam em frente a aparelhos de televisão e telas montadas ao ar livre em Ramalah, na Cisjordânia, para acompanhar o voto da resolução que pedia o reconhecimento da chamada Palestina como um Estado observador não membro da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era esperar pelo nascimento, ao menos formal, de um Estado palestino. Depois da aprovação da resolução, centenas de pessoas foram à praça da cidade com bandeiras palestinas, soltaram fogos de artifício, fizeram buzinaços e dançaram pelas ruas. Aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral, a resolução eleva o status do Estado palestino perante a organização. Palestinos comemoram elevação de status na ONU com bandeiras e fogos. A mencionada resolução da ONU referendou o(a):
A delimitação institucional das fronteiras territoriais.
B aumento da qualidade de vida da população local.
C apoio da comunidade internacional à demanda nacional.
D equiparação da condição política com a dos demais países.
Questão 3 (Enem, 2018). A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra. CLASTRES, A sociedade contra o Estado. 1982 O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em:
A Imposição ideológica e normas hierárquicas.
B Intervenção consensual e autonomia comunitária.
C Mediação jurídica e regras contratualistas.
D Gestão coletiva e obrigações tributárias.
Questão 4 (Enem, 2017). A grande maioria dos países ocidentais democráticos adotou o Tribunal Constitucional como mecanismo de controle dos demais poderes. A inclusão dos Tribunais no cenário político implicou alterações no cálculo para a implementação de políticas públicas. O governo, além de negociar seu plano político com o Parlamento, teve que se preocupar em não infringir a Constituição. Essa nova arquitetura institucional propiciou o desenvolvimento de um ambiente político que viabilizou a participação do Judiciário nos processos decisórios. (Carvalho, 2004). O texto faz referência a uma importante mudança na dinâmica de funcionamento dos Estados contemporâneos que, no caso brasileiro, teve como consequência a
A adoção de eleições para a alta magistratura.
B diminuição das tensões entre os entes federativos.
C judicialização de questões próprias da esfera legislativa.
D profissionalização do quadro de funcionários da Justiça.
Questão 5 (Enem, 2023). A luta da Águia contra o Dragão na América Latina No rescaldo da crise de 2008, as instituições financeiras chinesas (Banco de Desenvolvimento da China e Banco de Exportação e Importação da China) ofereceram crédito aos países latino-americanos que encontravam dificuldade para obter empréstimos nos mercados internacionais, como a Venezuela, a Argentina e o Equador. Mais flexível que os Estados Unidos, a China ofereceu a possibilidade de ser paga em commodities. Essa fórmula permitiu ao país garantir o suprimento de recursos naturais necessário para atender ao apetite crescente de sua classe média. Essa estratégia “ganha-ganha” deu frutos (Correa, 2021). Para os países latino-americanos mencionados, a estratégia chinesa apresentada na reportagem resultou no(a)
A realinhamento da parceria militar.
B ampliação do protecionismo tarifário.
C redução da dependência tecnológica.
D redirecionamento do comércio externo. 

Cursos USP
Disciplina História das Relações Internacionais I (2013). prof. Peter Demant 

Disciplina História das Relações Internacionais II (2013). prof. Felipe Pereira Loureiro

FLH0332 - História Contemporânea II (2023) (séc.XX)

REC2400 História Monetária e Financeira Internacional (2023)

FLH0697 - História dos Estados Unidos (2022) História do Movimento por Direitos Civis e Black Power

IAU0126 - Humanidades e Ciências Sociais (2023)

Literaturas Africanas de Língua Portuguesa I (2019)

FLH0649 - História da África

FLH0649 - História da África (2023)

História da astronomia. Observação dos astros; considerar-se em movimento; uso e desenvolvimento das matemáticas.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.5semana

Unesp-Historia.e.Filosofia.da.Educação.5semana - Estado Moderno e ciência

Hoje não há um lugar no mundo onde não esteja sob a jurisdição de um Estado. 
Cuidados interpretativos: olhamos para a formação dos Estados com os olhos do presente onde não há lugar no mundo em que não há a jurisdição de um Estado, porém não podemos pensar que essa situação já estava dada. As populações, em especial as elites, se sucederam e às vezes mais conscientemente, outras vezes nem tanto, produziram o mundo que vivemos. 
Relação entre Estado e conhecimento: Controle da alimentação; relação comercial com o externo; proteção contra o externo (ou um interno que queira mudar a ‘ordem’); busca de terras (colônias); uso de áreas pequenas para experimentos sociais (formulação de paradigmas); os Estados são aqueles que guardam e difundem os conhecimentos sobre sua própria história, por isso há muitas disputas em torno deste saber (é comum arquivos serem queimados); controle jurídico sob um território (herança do direito romano, em especial o direito a propriedade).
Relação entre os Estados: envio de ‘diplomatas’ para os países e colônias; competição, cooperação e desentendimentos (comerciais) entre os países (guerras); preparo para a guerra; acordos internacionais; negociação para trocas de tecnologias. É comum os Estados agirem ilegalmente uns com os outros, seja enviando espiões, e mercenários, ou mesmo patrocinando políticos (EUA, por exemplo, tem bases militares em diversos países)

Formação dos Estados:  Portugal; Brasil; EUA; Inglaterra; França; Alemanha; Japão; China; Angola; África do Sul
Portugal: iniciou sua unificação em 1139 e concluiu em 1297; início da conquista da África: conquista de Ceuta (1415); aliança com os espanhóis para expulsar os muçumanos, a Reconquista (1492); aliança com os genoveses (expert em navegação); uso de São Tomé e Príncipe como experiência para plantação e escravização dos africanos (a partir do séc.XVI); lidera o comércio do oriente com a Europa (séc.XVI); colonizar as Terras de Santa Cruz (séc.XVI-XIX); governado pelo rei da Espanha na União Ibérica (1580-1640); vence a Holanda (em PE e Luanda) e o Império do Congo (1665); guerras napoleonicas e Tratado de Viena (1815): países acordam em acabar com a escravidão; perde as colonias (séc.XIX-XX).
Brasil: descoberto por Portugal em 1500, mas a colonização começa 50 anos depois; envio de jesuítas (e expulsão); bandeirantes paulistas matam e/ou escravizam populações indígenas, entrando em conflito com os missionários (1585-1625); foi o país que mais recebeu escravizados, 5.807.513, do total de 12.521.337 que foram trazidos para as Américas, 46% (1501-1866), 6x a população portuguesa que veio para o Brasil (Alencastro; https://www.slavevoyages.org/). O tabaco e a cachaça representam 50% das mercadorias trocadas por escravizados africanos no séc. XVI e XVII, com destaque também para a mandioca, em especial a farinha, que além de ser trocada, servia de alimentos para os escravizados que demorava no mínimo um ano e meio para iniciar o trabalho no Brasil. 20% dos escravizados morriam no percurso e 1 a cada 5 sobrevivia 4 anos de trabalho forçado.
EUA: Formação das 13 colônias (na maioria protestante) (1606-1776); Guerra Cível (1861-1865) com a vitória do norte mais industrializado, proibindo a escravidão do sul; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948); Reconstrução da Europa e política de hegemonia cultural (língua) e economia (dolar); Guerra fria com a URSS; Guerras (quentes) contra: Coreia (1950-1953); Vietnã (1955-1975); Iraque (1991); Afeganistão (2001-2021); bases militares em diversos paises. 
França: Iluminismo (1715-1789): separação da Igreja e Estado, crença na ciencia e filosofia, criação da  Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões; Revolução Francesa (1789-1799): abolição da monarquia e dos privilégios da Igreja, criação da República, Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (DDHC, 1789); Guerra Napoleônicas (1803-1815): invasão de toda a Europa e da Rússia;  adere a rev. ind. inglesa; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948);
Inglaterra: Guerra Civil (1642-1655) e criação do parlamento; criação da Royal Society (Sociedade científica) (organiza e  discute as ciências); I Revolução Industrial (1820-1840): indústria têxtil, invenção de máquina a vapor; navio a vapor; Guerra do ópio ou guerra anglo-chinesa (1839-1842 e 1856-1860): hegemonia na China e Índia;  II Revolução Industrial (1850-70 a 1945): indústria química, elétrica, de petróleo e aço; Participação na I e II guerra mundial (1917-1945); atuação na constituição da ONU (1945) e dos direitos humanos (1948).
Alemanha: reforma protestante de Lutero (1517); Guerra Franco-Prussiana, ou Guerra Franco-Germânica (1870-1871);  adere a rev. ind. inglesa; é derrotada na I e II guerra mundial (1917-1945): sua capital é dividida, contrai dívidas.
Japão: era Meiji (1868-1912): abertura ao comércio internacional, mudança econômica; Primeira guerra sino-japonesa (1894-1895); segunda guerra sino-japonesa (1894-1895); 
China (1937-1945); perde a II guerra mundial: bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki em 1945; depois da II guerra: crescimento econômico com atuação dos EUA.
China: Guerra do ópio ou guerra anglo-chinesa (1839-1842 e 1856-1860); Guerra Civil Chinesa (1927–1937; 1946–1949): Criação da República Popular da China pelo Partido Comunista Chines (PCC), os contrários ao PCC ocupam Taiwan.  Ruptura com a URSS (dec. de 60). Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) (1982-1987): China atrai investimento estrangeiros mas exige compartilhamento de tecnologias. Maior atuação na ONU e no Conselho de segurança (anos 2000). Forma o BRICS com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (2011); somam-se a estes Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos em 2024) (Argentina se exclui).  
Angola: portugueses negociam escravizados (início do sec. XVI-1850); independência do domínio português (1975). Guerra Civil Angolana (1975-2002). 
África do Sul: colonização holandesa (1652) e inglesa (1806). Independência do Reino Unido (1931). Apartheid (1948-1994). Governo de Nelson Mandela (1994-1999).

Tratados de paz (Fiori, 2021):
Paz de Vestfália (1648): fim da guerra (religiosa) dos 30 anos (1618-1648); preparação de 3 anos com muitos representantes; reconhecimento mútuo; modelo para as próximas negociações. 
Paz de Viena (1815): fim das guerras napoleônicas (1803-1815); surgi a Rússia; proposta do fim da escravidão; restauração da monarquia (França com o Bourbons). 
Paz de Assunção (1872): fim da guerra do Paraguai (1864-1870); consolidação do exercito brasileiro.
Paz de Versalhes(1919): fim da I guerra mundial (1914-1918); indenização a Alemanha; europa destruída; Revolução da URSS (1917); criação da Liga das Nações (1919).
Tratado de Paris (1947) (Pax Americana 1945): fim da II guerra mundial (1939-1945); dívida com os EUA (hegemonia); início da guerra fria.

Destaques dos artigos de leitura obrigatória:
BARBOSA, L. M. R. Estado e educação em Martinho Lutero: a origem do direito à educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 144, p. 866–885, 2011. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/79. Acesso em: 1 abr. 2024.
868. Barbosa diz que se atribui o direito a educação como advento da rev. francesa, porém, para ele, alguns elementos estão em movimentos anteriores, em particular, a ref. protestante.
869. Características da modernidade: estado moderno, capitalismo, etc. Lutero critica as cobranças indulgências (perdão pela pena) e defende o livre acesso às escrituras.
670. textos de Lutero sobre a educação: “‘À nobreza cristã da nação alemã, acerca da melhoria do estamento cristão’, de 1520; ‘Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas cristãs’, de 1524, e ‘Uma prédica para que se mandem os filhos à escola’, de 1530 (Lutero, 1995,v.5)”.
Para Lutero propõe que a escola seja obrigatória para todos, sob responsabilidade do Estado.
871. A Alemanha adota a educação e passa a influenciar toda europa (dados?)
871-873. Concepções de Estado de Lutero: bom governo; obediência ao papel de cada um (como na República?); o Estado tem origem divina e deve lutar contra aqueles que são contrários a ele, por isso, não há secularização (que por exemplo se buscará na rev.F.), porém defende a autonomia do Estado (onde?)
874. A Alemanha tinha cerca de 350 entidades autônomas, subordinadas a um imperador comum (?). Por isso Lutero negociava diretamente com as autoridades locais. Guerra dos Camponeses em 1525, Lutero foi contrário a elas, pois eram contrários à ordem. 
876. Resultam da reforma: “a valorização do trabalho e legitimação dos seus resultados” (Camargo, 2004); existência de vários protestantismo.
877. Para Lutero todos devem participar do governo; os pregadores devem lembrar os governantes de suas funções (vigiar?); o Estado deve proteger a Igreja, preservar sua santidade (vigiando-a?); Melanchthon atuou com Lutero.
880. Algumas regiões adotaram o luteranismo, impondo a seus ‘súditos’ (habitantes) as suas práticas (como a família de Marx).
881. No séc. XVI. das 85 cidades livres da Alemanha, 50 se tornaram protestantes. Criação de estatutos escolares seguidos de supervisões. 
883. As ideia de Lutero foram destruídas na Guerra dos Trinta Anos (?).
Concepções de Estado: Maquiavel: o príncipe precisa criar uma unidade, seja ela como for. Hobbes: cada um deve doar ao Estado o seu direito de agir com violência contra alguém que lhe é injusto. Locke: o estado deve garantir o direito natural de sobrevivência, assim o comercio deve ser universalizado, a quem for contra, justifica-se a guerra justa. Rousseau: o Estado deve buscar a vontade geral. 
História da Interpretação da Bíblia (primeiro judaica e depois Cristã) - comparação das línguas: criação de correspondências; criação de gramáticas; estudos sobre as semelhanças e diferenças entre elas
MARICONDA, P. R.. Galileu e a ciência moderna. Especiaria (UESC), v. 9, p. 26, 2006.
267. 4 características da modernidade científica: “centralidade da ação prática e instrumental; confluência e união da ciência e da técnica; matematização e mecanização da natureza; liberdade de pensamento ancorada no método.” 
268. Descobertas de Galileu: “a descoberta da lei de queda dos corpos, a formulação da teoria do movimento uniformemente acelerado e a descoberta da trajetória parabólica dos projéteis”; rotação terrestre; conservação de energia; dinâmica das marés.
269-273. Destaques: leis da natureza por meio de experimentos; invenção da  balança hidrostática (medição dos pesos específicos dos materiais); do compasso geométrico-militar (e sua utilização); aplicação do telescópio (observação sistemática dos astros); precursor do microscópio, do termômetro, barômetro, pêndulo do relógio.
273-277. relação entre ciência e técnica: as universidades medievais eram contemplativas (teóricas, linguísticas); as técnicas eram ensinadas nas escolas de artesãos. A crítica às concepções de mundo perfeito (Ptolomeu) era uma crítica a Bíblia e a Igreja. “Galileu desenvolveu pesquisas mecânicas em duas direções: (1) atenção para aspectos da estática no sentido de uma teoria da resistência dos materiais; (2) estudos dos elementos e composição das máquinas.” Pretensões: formulação de leis naturais; previsões, regras práticas com vista a ações; controle da experiência. 
277-278. Discorsi e dimostrazioni matematiche intorno a due nuove scienze: ciência da resistências dos materiais (engenharia civil); movimento dos projéteis. Ciclo: conceituação teórica ⇄ instrumento ⇄ elaboração experimental. 
279. Copérnico, Kepler, Galileu, Descartes: matematização e a mecanização da natureza. Da Terra como imóvel no centro do universo para a ideia de que a Terra gira em torno do Sol. 
280. Diálogo sobre os dois máximos sistemas: “as marés são causadas pela combinação do
duplo movimento de rotação e translação da Terra”. 
281. Crítica a separação antiga entre física celeste (perfeita, circular) e física terrestre. 
282. bases para a dinâmica de Newton. Il saggiatori: “distinção entre qualidades primárias – forma, figura, número, movimento e contato – e qualidades secundárias – cor, odor, sabor, som”, estas últimas não estão no objeto, mas no observador (como Platão apresentou no Teeteto); assim, é preciso se concentrar em quantificar as primeiras. 
283-284. Condenação de Copérnico 1816 e Galileu em 1633: ao rejeitar a autoridade de Aristóteles e das Sagradas Escrituras, ou melhor, eles precisavam ser reinterpretados. Autonomia da ciência: “suficiência do método científico para decidir acerca das questões naturais”

Bibliografia
História dos Estados Unidos : das origens ao século XXI / – Leandro Karnal ... [et al.]. – São
Paulo : Contexto, 2007.
TILLY, Charles (1996). Coerção, capital e estados europeus(990-1992). São Paulo: EDUSP.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Guerra. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.
FIORI, José Luís (org). Sobre a Paz. Petrópolis: Editora Vozes, 2021.
sobre a china: 
https://www.academia.edu/107523070/Brasil_e_China_uma_rela%C3%A7%C3%A3o_desconhecida

Cursos USP
Disciplina História das Relações Internacionais II (2013). prof. Felipe Pereira Loureiro
https://www.youtube.com/playlist?list=PLAudUnJeNg4tFC5LUTrhnHQbHo08pgRfj
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=112856

FLH0332 - História Contemporânea II (2023) (séc.XX)
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=113792

REC2400 História Monetária e Financeira Internacional (2023)
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=108525

FLH0697 - História dos Estados Unidos (2022) História do Movimento por Direitos Civis e Black Power
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=96551

IAU0126 - Humanidades e Ciências Sociais (2023)
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=109610

Literaturas Africanas de Língua Portuguesa I (2019)
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=67524

FLH0649 - História da África (2023)
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=112371

História da astronomia. Observação dos astros; considerar-se em movimento; uso e desenvolvimento das matemáticas.
https://filosofiadacienciausp.wordpress.com/