segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Ana.Maria.soc.3bim.1ano

Ana.Maria.soc.3bim.1ano

Ana.Maria.fil.3bim.1ano

 Ana.Maria.fil.3bim.1ano

EE Ana Maria Prof. filosofia Robson 1 ano 3Bim. Filosofia do Brasil.

Hansen, 2010. Manuel da Nóbrega. Contextualização: 52. em 1415, os portugueses, em busca de ouro, com financiamento de italianos e alemães expulsam os mulçumanos em Ceuta e inicia a exploração da África. 53. em 1500 os portugueses compram africanos e revendem na própria África. 55. auge económico português: 1481-1521. 77. como os franceses, entre 1500-1530 os portugueses fizeram pequenas trocas com os indígenas no Br. 78. em 1549, com o governo geral, Portugal abriu três frentes: “exploração e defesa militares do território, agricultura extensiva e conquista espiritual”; no Nordeste (PE e BA) e Sudeste (São Vicente). 79. em 1537 Port. proíbe a escravização dos índios; declara a liberdade dos índios em 1570; porém os colonos escravizam e matam. 79. reis espanhóis e portugueses (depois de 1640) regularizam a escravidão pois os índios não possuem Fé, Lei e Rei (F, L e R).  61. 1517 teses de Lutero (defendia que o contato com Deus se dava pela bíblia, dispensando os ritos e o clero). 63. “Nóbrega executa as determinações teológico-políticas do Concílio de Trento (1540-1563) seguidas pela Companhia [de Jesus]”. 65. os textos eram escritos em português, castelhano, italiano, latim, língua brasílica (língua geral ou nheengatu), língua de Angola (provavelmente banto) (e não o inglês); a escrita não é informal, mas recupera autores latinos.

A Companhia de Jesus e os indígenas: 24. Os tupis do litoral eram nômades, mas Nóbrega os fixava em aldeias, criando a primeira escola. 27. os padres ensinavam ofícios manuais; inicialmente os missionários recebiam esmolas, mas depois salários; em 1553 chegou Anchieta, fluente em português, espanhol e latim, depois aprendeu tupi. 28. os índios eram batizados e levados para aldeia para não praticarem “o nomadismo, o xamanismo, a nudez, a poligamia, a guerra por vingança, a cauinagem e a antropofagia ritual”. 37.  “A lei que lhes hão-de dar é defender-lhes comer carne humana e guerrear sem licença do Governador; fazer-lhes ter uma só mulher; vestirem-se, pois têm muito algodão, ao menos depois de cristãos; tirar-lhes os feiticeiros; mantê-los em justiça entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos, sem se mudarem para outra parte senão for para entre cristãos, tendo terras repartidas que lhes bastem, e com estes Padres da Companhia para os doutrinarem” (Manuel da Nóbrega. “Carta da Bahia, 8 de maio de 1558”. In: Serafim Leite, 1977).

Alencastro, o trato dos viventes, 2000. 91. os port. aprenderam sobre as comidas indígenas (mandioca, milho e batata doce) e africana (banana). 90. Conflito entre Portugal e Holanda de 1621-1665. 234. port. expulsam os holandeses em 1648. 239. com os bandeirantes derrotaram o quilombo dos Palmares em 1694. 298. Os portugueses derrotaram o Congo na batalha de Ambuíla em julho de 1666. 344. Vieira diz que não se pode permitir os quilombos para que eles não se espalhassem, perdendo a unidade portuguesa. 346. os mulatos (filhos de negras e indígenas) trabalhavam como intermediários e na guerra.

Castro, 2002, O mármore e a murta. 126. Sermão do Espírito Santo (1657 de Antonio Vieira compara os indígenas (em especial os Tupinambá da costa) a murta, planta decorativa, pois eles são maleáveis, e os europeus ao mármore que, apesar de sólida (ou mesmo por isso) gera estátuas que duram no tempo. 128. Anchieta enumera os entraves: “Os impedimentos que ha para a conversão e perseverar na vida cristã de parte dos Índios, são seus costumes inveterados […] como o terem muitas mulheres; seus vinhos em que são muito contínuos […] Item as guerras em que pretendem vingança dos inimigos, e tomarem nomes novos, e títulos de honra; o serem naturalmente pouco constantes no começado, e sobretudo faltar-lhes temor e sujeição” […] (1584: 333).

Maxwell, 2004, Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) (1699-1782). contexto histórico: 54. domínio espanhol: 1580-1640; reconhecimento de Port. por parte da Ing, Hol e Esp; 1808 Napoleão toma Lisboa e a coroa vai para o Brasil. 54. D. João V reina Port no começo do sec. xviii com muitas riquezas vinda do Br; de 1750-1777 reina D. José I com a ajuda de Pombal; 1777-1792 D. Maria (louca); 1792 D. João; 1816 D. João VI unifica o reino do Br e Port. 56. em 1690 paulistas, mestiçados com índios, descobriram ouro de aluvião (em rochas) a 600 km do RJ, na serra da Mantiqueira, nascente do rio São Francisco, em Ouro Preto e Diamantina MG.  68. conflito entre port e esp entre 1735-1737. 1750 tratado de Madrid (substituição do tratado de Tordesilhas): fronteira é o rio Uruguai, assim as sete missões jesuítas (no RS) são de port que exigia a saída dos jesuítas e índios convertidos para lá.

Trajetória de Pombal: Em 1733 Pombal entra na Academia Real de História Portuguesa (os iluministas disputavam com os jesuítas a educação e formas de governo) (p.29); entre 1739-1743 substituiu o tio como embaixador na Inglaterra, lá conhecer a ciência inglesa (Newton, Locke, Bacon) (p.20); em 1745 vai para Viena (p.23); em 1750  morre o rei D. João V e assumi D. José I; Pombal é indicado para primeiro-ministro (p.26). 37. Propaganda de Pombal contra a Companhia de Jesus. Texto: Relação abreviada da república que os religiosos das províncias de Portugal e Espanha estabeleceram nos domínios ultramarinos das duas monarquias e da guerra que neles tem movido e sustentado contra os exércitos espanhóis e portugueses. Publicada em 1756; tradução em português, italiano, francês, alemão e inglês, com 20 mil cópias). Os jesuítas criticam a propaganda.

Ação Política de Pombal: 39. Terremoto em Lisboa em 01/11/1755, destruindo ⅓ da cidade com cerca de 15 mil mortos. 41. Pombal assumiu a liderança: saqueadores são enforcados; cadáveres lançados no mar; alimentos e materiais de construção tiveram o preço fixado antes do evento. 42. os oficiais-engenheiros eram controlados por Pombal. 77. Os jesuítas na AM tinham uma organização comercial: gado; frutos; drogas nativas; Mendonça Furtado escreve ao irmão Pombal sugerindo a importação de escravos para a AM e tirar a influência dos jesuítas. 78. Em 1756 Pombal cria a Companhia do Gão-Pará e Maranhão, dando-lhes direitos exclusivos de comércio e navegação por 20 anos, revoga os direitos de tutela dos jesuítas de 1680, substituindo por funcionários do Estado. 93-94. houve um motim em 1557 que Pombal foi enérgico: alguns foram enforcados, outros enviados à África, outros chicoteados, outros para prisão; os bens foram confiscados; Porto viveu estado de sítio (proibido se reunir à noite ou usar arma). 96. em 1757 Pombal substitui por padres de confiança os jesuítas que eram confessores da família real. 102. se opunha a Pombal os puritanos, aqueles que não tinham origem judia ou mouro; isso era necessário para servir o exército e assumir cargos públicos a partir de 1496 (esses ligados a propriedade rural); em 1758 D José I sofreu um atentado, obrigando a rainha a assumir o governo. 103. os supostos culpados foram condenados a crime de rebelião, sendo partidos, queimados e decapitados, como se fazia em toda a Europa. 106. em 1759, dizendo que os jesuítas participaram da rebelião contra o rei, os expulsando das colônias, inclusive o Brasil; nas missões guarani, no sul, os jesuítas se opõem às decisões de Port e arma os índios. 109. em 1773 eles são suprimidos pelo Papa (voltando em 1814, em especial na Rússia). 115. em 1761 Pombal criou o Erário Régio “Com altos salários para os funcionários, técnicas modernas de contabilidade, o sistema de partidas dobradas e a publicação de balancetes regulares”. 116. ruptura de Port com Roma foi de 1760-1768. 117. a Inquisição ficou a cargo do Estado: entre 1684-1747 condenou-se 4.672 pessoas com 46 mortes na fogueira; entre 1750-1759 houve 1.107 sentenças e 18 mortos na fogueira. 122. os jesuítas tinham 34 colégios em port e 17 no Br; Pombal visava: “colocar o ensino sob a tutela do Estado, secularizar a instrução e uniformizar os programas”; rapazes aprendiam ler, contar e a doutrina cristã; as raparigas a ler, cuidar da casa; os índios eram proibidos de falar sua língua e sim falar português. 229. os cursos superiores foram reformados; em medicina pode-se dessecar cadáveres que não era permitido devido a religião; criou-se a faculdade de matemáticas e filosofia. nota 68. Pombal abole a escravidão em Port (decreto de 1761 e lei de 1773), dai os escravos das colônias terem solicitado também a abolição.

Sequência para resolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Questão 1 (Enem, 2021). “É preciso usar de violência e rebater varonilmente os apetites dos sentidos sem atender ao que a carne quer ou não quer, mas trabalhando por sujeitá-la ao espírito, ainda que se revolte. Cumpre castigá-la e curvá-la à sujeição, a tal ponto que esteja disposta para tudo, sabendo contentar-se com pouco e deleitar-se com a simplicidade, sem resmungar por qualquer incômodo” (KEMPIS, 2015). Qual característica do ascetismo medieval é destacada no texto?

a Exaltação do ritualismo litúrgico. /b Afirmação do pensamento racional. / c Desqualificação da atividade laboral.

d Desvalorização da materialidade corpórea.

Questão 2 (Cunha, 2018). Manuel da Nóbrega (1517-1570) acreditava que deveria contar com a presença de um grupo de músicos para garantir o sucesso das expedições de catequização. Dizia-se que os índios permitiriam a entrada de inimigos em suas aldeias, e até poupariam da morte os guerreiros capturados, caso soubessem cantar e tocar. Os jesuítas ensinavam os meninos índios, nos primeiros tempos de Brasil Colônia, a:

A Tocar guitarra e violão / B Compor cantos religiosos

C Cantar, tocar e fazer teatro / D Ler, escrever, contar e cantar

Questão 3 (São Camilo, 2021). “A ordem que desejamos era fazerem ajuntar ao gentio em povoações convenientes, e fazer-lhes favores em favor de sua conversão, e castigar neles os males que forem para castigar, e mantê-los em justiça e verdade entre si como vassalos de El-Rei, e sujeitos à Igreja, e fazer-lhes também justiça nos agravos e escândalos dos cristãos, o que se faria bem se a justiça secular e eclesiástica fosse mais zelosa” (Manuel da Nóbrega, 2017). O padre Manoel da Nóbrega, superior da Ordem dos Jesuítas no Brasil, escreveu de Salvador, na Bahia, uma carta para o padre Miguel de Torres, em Lisboa. A carta data de agosto de 1557 e, nesse trecho, Manoel da Nóbrega:

A revela a disputa entre Igreja e Estado na colônia e a oposição eclesiástica à exploração da mão de obra escrava.

B expõe um projeto de colonização e a necessidade de atuação eficaz das instituições instaladas na colônia.

C reconhece a importância da formação de uma sociedade colonial miscigenada e a homogeneidade da cultura indígena.

D exalta os progressos da conversão dos índios ao cristianismo e o clima de entendimento entre os diversos grupos sociais da colônia.

Questão 4 (FGV). A longa administração pombalina (1750-1777) causou controvérsias ao expulsar os jesuítas de Portugal e de todos seus domínios, em 1759. Tal expulsão, que implicava o confisco dos bens dos religiosos, pode ser atribuída:

a) ao enorme déficit do Tesouro português, provocado pelas despesas feitas com construção de Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755.

b) à antipatia que o ministro, seguidor da filosofia iluminista, nutria pelos jesuítas, responsáveis pelo atraso cultural do país.

c) ao processo de centralização administrativa que exigia a eliminação da Companhia de Jesus, acusada de formar um estado à parte.

d) à vontade de igualar-se à monarquia francesa que praticava o despotismo esclarecido.

Questão 5 (UEA). “Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos” (Alden, 1999). O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua decisão visou, entre outros objetivos:

A Afastar uma instituição relativamente independente dentro do Estado e incorporar as riquezas da Ordem em período de dificuldades financeiras.

B Diversificar as atividades econômicas no Império e suspender o monopólio comercial da Metrópole sobre as especiarias exportadas.

C Consolidar as fronteiras com os territórios espanhóis nas regiões de floresta e isolar internamente os aliados dos reis católicos de Castela.

D Favorecer a escravização dos indígenas das missões religiosas e combater o contrabando das drogas do sertão.


Ana.Maria.soc.3bim.2ano

 Ana.Maria.soc.3bim.2ano

contribuições das civilizações para com o chamado ocidente
Pepe Escobar (a partir do livro The Once and Future World Order de Amitav Acharya)
https://www.youtube.com/watch?v=wpFtBfxixeY
o próprio Amitav: https://www.youtube.com/watch?v=jCzzpdvbJKU
outros que trataram disso: Giovanni Aguirre, Emmanuel Wallerstein, Enrique Dussel
contribuições das civilizações
Egito, Mesopotâmia e Pérsia (para os gregos): astronomia, química, matemática, reinado divino
Fenícia: rudimentos da língua grega
Grécia: arte, ciência e filosofia
Roma: direito, a ideia de império, administração
Índia (para China): budismo, filosofia, numerais, exploração do algodão, aço
China (para Europa): seda, pólvora, compasso, impressão, exame para ingresso no serviço público pela meritocracia. 
Mundo Islâmico: medicina, química, fundamentos da óptica, preservação da filosofia grega.
o que o resto (não ocidente): anti-imperialismo, nacionalismo, soberania (Conferência de Bandung em 1955: Ásia e África; depois movimentos dos não-alinhados)

Ana.Maria.fil.3bim.2ano

 Ana.Maria.fil.3bim.2ano

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.

Texto da filosofia moderna (ênfase na construção do Estado)

https://drive.google.com/file/d/1l4JMy85bMK6iPnR-tqHI-rzffKgxvFhy/view?usp=drive_link


Ana.Maria.soc.3bim.3ano

Ana.Maria.soc.3bim.3ano
3 ano sociologia - Organizações da ONU

Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.

Atividade 2: Estruturas da ONU. Etapas: a) em grupos de 2 a 4 pessoas escolha uma das Organizações da ONU; b) pesquise na internet (pode ser o próprio site ou IA ou Wikipédia) as informações básicas (quando surgiu, como funciona, o que faz, etc); c) escolha uma notícia ou um relatório para sintetizar; d) formule perguntas (pelo menos 3) a partir da síntese.

Assembleia geral
https://brasil.un.org/pt-br/278975-assembleia-geral-da-onu

Conselho de Segurança
https://main.un.org/securitycouncil/es

Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos (CNUDH)
Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR)
https://acnudh.org/pt-br/
https://www.ohchr.org/es/ohchr_homepage

Fundo Monetário Internacional (FMI) (IMF - International Monetary Fund)
https://www.imf.org/es/home

Banco Mundial (BM) (WBG = World Bank Group)
https://www.worldbank.org/ext/en/home
https://www.worldbank.org/pt/country/brazil

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla do inglês Food and Agriculture Organization) 
https://www.fao.org/brasil/pt/
https://www.fao.org/brasil/publicacoes/pt/

Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International Labour Organization)
https://www.ilo.org/pt-pt/regions-and-countries/latin-america-and-caribbean/brasil/conheca-oit
https://www.ilo.org/es/all-publications-for-topic?cf0=3791%2B3796

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — (acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)
https://www.unesco.org/es

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF - United Nations Children's Fund)
https://www.unicef.org/brazil/
https://www.unicef.org/brazil/painel-de-dados#educacao


Ana.Maria.fil.3bim.3ano

 Ana.Maria.fil.3bim.3ano

Críticas ao direito humano

https://bolivia.justia.com/nacionales/nueva-constitucion-politica-del-estado/

https://drive.google.com/file/d/1X94ETcuVSOqRmJT1CqDb9t_BXXkHfVyL/view?usp=sharing

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Ana.Maria.fil.soc.2bim.1ano.prova

EE Ana Maria Prof. Robson. 1 ano 2 bimestre. Filosofia

Atividade 1: a partir dos mitos apresentados: a) encontre um elemento em comum em dois mitos; b) a partir do elemento em comum diga as semelhanças e as diferenças.

Atividade 2: a partir do mito que você analisou diga o que está certo e errado em cada alternativa

Questão 1. Segundo o mito Iorubá, qual foi a "semente de uma ideia" que Olorum colocou na cabeça de Oxalá e que não estava contida no saco da Criação, sendo fundamental para o mundo?
a) A capacidade de criar o mundo.
b) O conhecimento para semear as plantas.
c) A habilidade de modelar e dar vida aos seres humanos.
d) A sabedoria para evitar as artimanhas de Exu.

Questão 2. De acordo com o mito Yanomami recontado por Davi Kopenawa, qual foi a razão pela qual Omama precisou criar uma nova floresta, e qual o nome dessa floresta?
a) A floresta anterior era muito escura e Omama queria mais luz; o nome da nova floresta é Aruanã.
b) A floresta anterior era frágil e o céu desabou sobre ela; o nome da nova floresta é Hutukara.
c) A floresta anterior não produzia frutos suficientes para Omama e Yosi; o nome da nova floresta é Yãnomami.
d) Omama queria testar seus poderes de criação; o nome da nova floresta é Xapiri.

Questão 3. De acordo com o mito do nascimento dos seres contado por Platão, o que aconteceu com os homens após receberem o fogo e a sabedoria das artes, antes da intervenção de Zeus com o pudor e a justiça?
a) Eles construíram grandes cidades harmonicamente.
b) Eles se tornaram imortais e viveram como os deuses.
c) Eles causavam danos uns aos outros por falta de "arte política" e se dispersavam.
d) Eles se tornaram caçadores habilidosos e dominaram todos os outros animais.

Questão 4. De acordo com a história Ofaié sobre o xiãwn (fogo), qual característica principal permitiu ao weõe (preá) obter o fogo da itxiateié (mãe do fogo)?
a) A velocidade e agilidade para fugir da ohti (onça).
b) A força para lutar contra os outros tikã (bichos) e a ohti.
c) A astúcia, abordagem direta e respeitosa com a itxiateié.
d) A capacidade de hipnotizar a itxiateié para que ela adormecesse.

Atividade 3:  Escolha 1 (uma) questão e siga a sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) anote e pesquise as palavras desconhecidas / e) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa.

Questão 5 (Enem 2019). “A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos”. (REGO; FONSECA; GIACOMINI, 2014). As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
a) asseguram as expressões multiculturais.
b) promovem a diversidade de etnias.
c) falseiam os dogmas teológicos.
d) restringem a liberdade de credo.

Questão 6 (Enem/2016). “As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente ‘para a salvação de sua alma’ e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.” (VERGER, 1981). O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados para
a. compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b. preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
c. integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
d. possibilitar a adoração de santos católicos.

Questão 7. (Enem/2017). Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. (BRASIL, 1988). A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a vinculação histórica fundamental entre
A) etnia e miscigenação racial.
B) sociedade e igualdade jurídica.
C) espaço e sobrevivência cultural.
D) progresso e educação ambiental.
E) bem-estar e modernização econômica.

EE Ana Maria Prof. Robson. 1 ano 2 bimestre. Sociologia

Atividade 1: Escolha 2 (duas) questões e siga a sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) anote e pesquise as palavras desconhecidas / e) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa.

Questão 1. No livro História dos índios no Brasil, de 1992, p.15, na introdução, Manuela apresenta, a partir do texto do viajante francês Abbeville (1614), uma fala de um velho tupinambá: “vi a chegada dos peró [portugueses] em Pernambuco e Potiú; e começaram eles como vós, franceses, fazeis agora. De início, os peró não faziam senão traficar sem pretenderem fixar residência [...] mas tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles e que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e cidades, para morarem conosco [...] mais tarde afirmaram que nem eles nem os paí [padres] podiam vivem sem escravos para os servirem e por eles trabalharem [...]”. De acordo com a fala do velho Tupinambá qual foi a estratégia gradual dos portugueses (peró) ao se estabelecerem no Brasil?
a) Eles imediatamente exigiram a construção de fortalezas e escravos para se defenderem e trabalharem.
b) Eles começaram com o tráfico de bens, para depois pedirem permissão para fixar residência, construir estruturas e, por fim, exigir escravos.
c) Eles ofereceram presentes e alianças de paz duradouras antes de qualquer solicitação de terras ou trabalho.
d) Eles se limitaram ao comércio e nunca expressaram o desejo de morar ou construir cidades entre os indígenas.

Questão 2. (Unicamp, 2025). “Os brancos se dizem inteligentes. Não o somos menos. Nossos pensamentos se expandem em todas as direções e nossas palavras são antigas e muitas. Elas vêm de nossos antepassados. Porém, não precisamos, como os brancos, de peles de imagens para impedi-las de fugir da nossa mente. Não temos de desenhá-las, como eles fazem com as suas. Nem por isso elas irão desaparecer, pois ficam gravadas dentro de nós. Por isso nossa memória é longa e forte. O mesmo ocorre com as palavras dos espíritos xapiri, que também são muito antigas. Mas voltam a ser novas sempre que eles vêm de novo dançar para um jovem xamã, e assim tem sido há muito tempo, sem fim.”  (KOPENAWA; ALBERT, 2015). De acordo com o texto, é correto afirmar sobre os yanomamis que
A as palavras e imagens dos espíritos xapiris perderam-se com a chegada dos portugueses ao Brasil.
B a memória dos seus antepassados é gravada em imagens desenhadas em suportes de pele animal.
C os brancos e os yanomamis consideram culturalmente o passado e o presente do mesmo modo.
D a oralidade tem um papel importante na preservação da memória e na transmissão de conhecimentos aos jovens.

Questão 3. (UFSCAR, 2016). “A principal contribuição dos povos indígenas para a riqueza socioeconômica do país é a megabiodiversidade existente em suas terras, que representam quase 13% do território brasileiro, a maior parte totalmente preservada. Fotos de satélites mostram que as terras indígenas são verdadeiras ilhas de florestas verdes, estando rodeadas por pastos e cultivos de monoculturas. Esta não é apenas uma riqueza dos índios, mas de todos os brasileiros e dos viventes do planeta, na medida em que são florestas que contribuem para amenizar os graves desequilíbrios ambientais da Terra nos tempos atuais”. (Gersem Baniwa, 2006). O texto tem como finalidade demonstrar
A a fragilidade das lutas dos povos indígenas pela demarcação de terras no Brasil.
B a necessidade de integrar os povos indígenas à sociedade nacional não indígena.
C a falta de estrutura para o desenvolvimento das terras indígenas demarcadas
D a importância da demarcação das terras indígenas para o Brasil como um todo.

Questão 4. (Unicamp, 2022). ‘As cotas são uma conquista histórica importante no processo de democratização do direito à educação superior no Brasil e na promoção da igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, tendo em vista a grande diversidade sociocultural, econômica e de trajetória escolar que existe no país. Mas a política de cotas, assim como todas as políticas de ações afirmativas, não pode ser considerada como um fim em si mesmo nem como uma solução única para todos os problemas de desigualdade e exclusão educacional no país. É um ponto de partida para pensar o enfrentamento mais pragmático das desigualdades associadas à exclusão e às discriminações racial, sociocultural, econômica e étnica. Neste sentido, o alcance da Lei depende de ações e estratégias a serem adotadas pelo Ministério da Educação e pelas Instituições Federais de Ensino”. (Gersem Baniwa, 2019) O autor do trecho acima considera que as políticas de ação afirmativa sejam
a) a solução para os problemas de discriminação racial, econômica, sociocultural e étnica no Brasil.
b) promotoras do preconceito e discriminação racial, e da desigualdade e exclusão educacional no país.
c) o início do processo de enfrentamento da desigualdade e exclusão educacional no país.
d) ações realizadas pelo Ministério da Educação para promover a igualdade de oportunidades para todos.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Ana.Maria.fil.2bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. Filosofia 1 ano 2 bimestre. Mito / História / Filosofia

Pasta com livros completos: https://drive.google.com/drive/folders/164BEnDLzOPCIMhERWy26OWINySywyZ7B?usp=sharing

O Mito é uma história que não pode ser verificada. Nos Mitos, muitas vezes, é apresentado a relação entre os humanos e seres não humanos, contando como surgiram o cosmos (universo), o planeta Terra, os elementos da natureza (sol, mar, trovão, ar, chuva, etc.), os seres humanos, os animais, as plantas. Esses Mitos são chamados de Mitos da criação. Muitos Mitos falam sobre a luta dos seres humanos para sobreviver e os problemas sociais que eles causam. Por isso eles são fonte de conhecimento das sociedades, tanto as sociedades antigas como as sociedades atuais.

A História, saber humano que estuda os fatos ocorridos, se baseia nos Mitos, mas busca se distinguir deles. Vejamos uma ilustração desta distinção:

Mito

História

Surgimento do mundo a partir de Omama contado por Davi Kopenawa

O modo de vida dos Ianomamis no Am

A humanidade é criada a partir da lama de Nanã, sendo moldada por Oxalá

O modo como os afrodescendentes cultuam seus deuses.

O modo como weõe (preá) pegou o xiãwn (fogo) de itxiateié (velha)

Como os Ofaié de TL fazem fogo

Travessia do mar vermelho do povo hebreu na saída do Egito

Migração do povo hebreu do Egito para Canãa

Descrição da guerra de Troia por Homero

Guerra real entre troianos e gregos a partir de resquícios arqueológicos

O fim do mundo para os Maias (21/12/2012)

Como os Maias se organizavam

Hesíodo, poeta grego, na Teogonia (1995), diz que as Musas o ensinaram que no inicio nasceu o Caos, depois Urano (céu) Eros e Gaia (terra). Urano e Gaia geram Oceano e Cronos. Este último tira o poder de Urano mas é destronado por seu filho Zeus. Este, para acabar a guerra, divide o poder entre seus irmãos Posidão (águas) e Hades (submundo).

Mito do surgimento do mundo para os Iorubás (contada por Prandi, 2007, um antropólogo): “[...] antes do início dos tempos, Olorum, o ser supremo, já habitava a eternidade. Ele vivia só, e tudo á sua volta era igual, sem diversidade e sem movimento. Acabou se cansando de tanto nada, de tanta mesmice, e decidiu fazer um mundo onde seu olhar pudesse pousar a cada instante numa coisa diferente [...] Olorum criou os orixás e atribuiu a cada um deles um de seus poderes [...] Olorum entregou o saco da criação para Oxalá, seu filho mais velho e disse: ‘vá e crie mas antes faça uma oferenda a Exu que ele te ajudará na criação do mundo’. Como Oxalá se esqueceu de Exu, este lhe preparou três incidentes: primeiro fez Oxalá cair e sujar as vestes na lama da estrada [...]; mais adiante Oxalá tropeçou numa cabaça de azeite de dendê, e de novo sua roupa teve que ser substituída. [...] na terceira vez, foi com carvão que Oxalá se sujou. E lá foi ele de novo se trocar [...] Odudua, outro irmão de Oxalá, resolveu tirar proveito da situação [...] e foi se aconselhar com seu irmão Ifá. [...] Ifá jogou seus dezesseis búzios mágicos no chão e disse a Odudua que suas pretensões poderiam se concretizar. Antes de mais nada deveria oferecer a Exu [...] Oxalá parou sob um dendezeiro e com seu cajado fez um furo no caule da palmeira [...] Oxalá bebeu do vinho-de-palma até matar a sede, mas a bebida lhe deu muito sono. Ali mesmo, na estrada, Oxalá adormeceu, embriagado [...] Odudua pegou o saco da Criação e foi no local adequado. Lá ele tirou do saco da Criação um punhado de terra que atirou sobre as águas [...] Em seguida soltou a galinha de pés de cinco dedos, e ela se pós a ciscar, espalhando por todos os lados a terra do montículo. Uma grande superfície sólida foi se formando sobre os pés da galinha. [...] Oxalá acordou e viu que o mundo já existia, então voltou a casa de Olorum que o repreendeu: ‘nunca mais beberá vinho-de-palma [...] ainda falta o mais importante no mundo. Eu pus na sua cabeça a semente de uma ideia que não pus no saco da Criação’. Olorum mandou Exu acompanhar Oxalá. [...] Oxalá depositara na primeira encruzilhada presentes para Exu. [...] Com as próprias mãos, Oxalá amassou o barro e com ele modelou os bonecos aos quais deu a vida com o sopro de Olorum, transformando-os em seres humanos.

Mito do surgimento do mundo para os Yanomami (contada por Davi Kopenawa, 2015, um indígena): “[...] no começo, Omama e seu irmão Yosi vieram à existência sozinhos. [...] Então, foi a vez de Omama vir a existir e recriar a floresta, pois a que havia antes era frágil. Virava outra sem parar, até que, finalmente, o céu desabou sobre eles. Seus habitantes foram arremessados para debaixo da terra [...] Por isso Omama teve de criar uma nova floresta, mais sólida, cujo nome é Hutukara. [...] Depois, para evitar que desabasse, plantou nas suas profundezas imensas peças de metal, com as quais também fixou os pés do céu. Mais tarde, com o metal que ficou, depois de fazer com que ficasse inofensivo, Omama também fabricou as primeiras ferramentas de nossos ancestrais. [...] Também desenhou o primeiro sol, para nos dar luz. Mas era por demais ardente e ele teve de rejeitá-lo, destruindo sua imagem. Então, criou aquele que vemos até hoje no céu, bem como as nuvens e a chuva, para poder interpô-los quando esquenta demais. Isso ouvi os antigos contarem. Omama criou também as árvores e as plantas, espalhando no solo, por toda parte, as sementes de seus frutos. [...] Certo dia, Omama trabalhava em sua roça com o filho, que começou a chorar de sede. Para matar-lhe a sede, ele perfurou o solo com uma barra de metal. Quando a tirou da terra, a água começou a jorrar violentamente em direção ao céu e jogou para longe o menino que se aproximara para bebê-la. [...] No início, nenhum ser humano vivia ali. Omama e seu irmão Yoasi viviam sozinhos. Nenhuma mulher existia ainda. [...] Nós saímos, mais tarde, da esposa de Omama, Thuëyoma, a mulher que ele tirou da água. [...] O sol e a lua têm imagens que só os xamãs são capazes de fazer descer e dançar. Elas têm a aparência de humanos, como nós, mas os brancos não são capazes de conhecê-las.

Mito do nascimento dos seres (contado por Platão, séc. IV a.C., 1980): “Houve um tempo em que só havia deuses, sem que ainda existissem criaturas mortais. Quando chegou o momento determinado pelo Destino, para que estas fossem criadas, os deuses as plasmaram nas entranhas da terra, utilizando-se de uma mistura de ferro e de fogo, acrescida dos elementos que o fogo e à terra se associam. Ao chegar o tempo certo de tirá-los para a luz, incumbiram Prometeu e Epimeteu de provê-los do necessário e de conferir-lhes as qualidades adequadas a cada um. Epimeteu, porém, pediu a Prometeu que deixasse a seu cargo a distribuição. Depois de concluída, disse ele, farás a revisão final. Tendo alcançado o seu assentimento, passou a executar o plano. Nessa tarefa, a alguns ele atribuiu força sem velocidade, dotando de velocidade os mais fracos, a outros deu armas; para os que deixara com natureza desarmada, imaginou diferentes meios de preservação [...] Destarte agiu com todos, aplicando sempre o critério de compensação. Tomou essas precauções, para evitar que alguma espécie viesse a desaparecer. Depois de haver providenciado para que não se destruíssem reciprocamente [...] De seguida, determinou para todos eles alimentos variados, de acordo com a constituição de cada um: a estes, erva do solo; a outros, frutos das árvores; a terceiros, raízes, e a alguns, ainda, até mesmo outros animais como alimento, limitando porém, a capacidade de reprodução daqueles, ao mesmo tempo que deixava prolíficas suas vítimas, para assegurar a conservação da espécie. [...] Prometeu para inspecionar a divisão e verificou que os animais se achavam regularmente providos de tudo; somente o homem se encontrava nu, sem calçados, nem coberturas, nem armas [...] Prometeu para assegurar ao homem a salvação, roubou de Hefesto e de Atena a sabedoria das artes juntamente como fogo e os deu ao homem. [...] o homem, em virtude de sua afinidade com os deuses, o único dentre os animais a crer na existência deles, tendo logo passado a levantar altares e a fabricar imagens dos deuses. Não demorou, e começaram a coordenar os sons e as palavras, a engenhar casas, vestes, calçados e leitos, e a procurar na terra os alimentos. [...] quando se juntavam, justamente por carecerem da arte política, causavam-se danos recíprocos, com o que voltavam a dispersar-se e a serem destruídos como antes. Preocupado Zeus com o futuro de nossa geração, não viesse ela a desaparecer de todo, mandou que Hermes levasse aos homens o pudor e a justiça, como princípio ordenador das cidades e laço de aproximação entre os homens”.

Uma história sobre o xiãwn (recontada pelos Ofaié a partir de Darcy Ribeiro, 2021): “Tinha uma itxiateié (velha). Ela era a xiãwnteié (mãe do fogo). Todos queriam o xiãwn (fogo) porque no inverno todos passavam muito frio e, também porque sabiam que o xiãwn tinha outras utilidades. Então eles se juntaram para tomar o tição da itxiateié. [...] o chefe dos tikãnhé mandou o känawra (tatu) tomar o xiãwn da itxiateié. O känawra deitou-se. Depois ele começou a coçar a itxiateié para ela dormir. [...] Aí o känawra pegou o tição e saiu correndo. Mas a itxiareié acordou, assoviou alto para seu filho que era uma ohti (onça) muito ágil. Aquela ohti pegou o rastro do känawra, saiu correndo atrás dele e, facilmente tomou o tição. [...] esta história é muito comprida, porque foi lá roubar o xiãwn, tudo quanto foi tikã: a fwitaié, o kregrai, o häto, tudo. Mas ninguém podia com a ohti. Por incrível que pareça, quem conseguiu pegar o xiãwn foi um bichinho atoa. Foi o weõe (preá). [...] quando ele chegou lá, foi diretamente ao assunto: ‘bom dia vó! Como vai por aqui? Eu já vim para levar este xiãwn’. E foi pegando o tição e foi amarrando no pescoço [...] o weõe deu uma volta, passou por trás da ohti e foi cortando o mato por outro caminho. [...] (depois de dias a ohti encontrou o weõe e então conversaram como amigos). A ohti ensinou tudo, até fazer xiãwn quando acabasse o tição. Ela falou: ‘você mesmo pode fazer xiãwn. É só pegar um pauzinho bem seco e esfrega-lo com a mão em cima de outro pau, esfrega bastante que sai xiãwn”.

Análises dos mitos:

1.    Escolha um mito e com suas palavras descreva os principais acontecimentos;

2.    Imagine e escreva, a partir do mito escolhido, o que aconteceu antes e depois do acontecimento principal;

3.    Quem é o eu lírico do mito? Quem viu ou ouviu o mito que está sendo contado?

4.    Quem são os personagens e como eles se relacionam?

5.    Que elemento da natureza é apresentado no mito? Qual a importância desse elemento hoje? Como as pessoas na nossa época se relaciona com esse elemento?

6.    Qual o princípio ou os princípios que estão por trás do mito?

7.    Quais frases genéricas podemos fazer a partir do mito?

8.    Que perguntas podemos fazer para o mito?

9.    Escolha outro mito e faça a sequencia de 1 a 7, depois compare-os.

Ana.Maria.soc.2bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. Sociologia 1 ano 2 bimestre. Sociedades Tradicionais (o conhecimento delas parte das Sociedades Modernas que se formas a partir delas, por isso importa saber quem produz o discurso ou a narrativa)

Pasta com os textos completos: https://drive.google.com/drive/folders/1faV5TMa4b9MLafCI1CTWInC4zmvstYwg?usp=sharing

Em Sociologia as sociedades Tradicionais se opõem as Sociedades Modernas a partir do seu modo de vida. As sociedades Tradicionais (povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pequenos agricultores) produzem para sobreviver e participam de maneira esporádica do comércio com outras sociedades. As Sociedades Modernas se organizam a partir das trocas que realizam com outras sociedades, por isso, muitas delas, se especializam na produção de alguma coisa. As Sociedades Modernas podem ser urbanas ou rurais. Apesar das Sociedades Modernas urbanas serem distintas das rurais, em ambas as sociedades há um continuo fluxo de informações, seja pela invenção de novos produtos, seja pelo desenvolvimento científicos, seja pela circulação de novas técnicas. Nas sociedades Tradicionais a circulação de informação ocorre numa velocidade menor e a partir de um espaço geográfico menor.

Ao longo da história as sociedades urbanas foram se tornando maiores, formando os Impérios. Para tanto, foi necessário o trabalho de muitas pessoas e uma complexa organização, tanto para alimentar essas pessoas, como para proteger esse território de invasões, ou mesmo para organizar invasões de outros Impérios e/ou Sociedades Tradicionais, seja de maneira preventiva, seja para conquistar outros territórios. Para conseguir se proteger ou mesmo invadir outros territórios, os Impérios precisaram criar um exército, bem como as armas necessárias para conseguir êxito.

Os Impérios, entre os séculos XVI e o nosso século XXI, foram se tornando Estados. Esses Estados são chamados de Estados Modernos. Modernos vem do latim modernus, aquilo que é novo, que é do tempo presente, em oposição aquilo que é antigo, medieval. Porém, os Estados Modernos ainda guardam muitas caraterísticas dos antigos Impérios, apesar de serem distintos deles. Uma distinção importante, construída ao longo dos séculos, foi o reconhecimento mútuo, ou seja, um Estado reconhece a fronteiras de outro Estado. Outra distinção importante foi o envio de pessoas para realizar comércio e solucionar os conflitos. Esses são os diplomatas. Nesse contexto, um fato importante, foi a criação da ONU em 1945 no fim da II Guerra Mundial. Na época eram 51 Estados, hoje são 193. Hoje, apesar dos Estados, como os Impérios, ainda valerem-se da força de suas armas e dos seus exércitos, há um certo equilíbrio entre eles, em especial a partir dos grupamentos (como a União Europeia, o Brics, entre outros).

Para sobreviver ao longo do tempo, os Impérios precisaram construir uma unidade. Para que essa unidade acontecesse foi necessário que cada um contribuísse com seu trabalho.  Assim, enquanto um produzia alimento, o outro produzia ferramentas; outro produzia animais para a lavoura, para o transporte de mercadorias ou mesmo para alimentação; outro ainda ensinava as pessoas a falar uma mesma língua; outro ajudava os imperadores a recolherem impostos e a organizar o trabalho de todos.

Foi necessário muito conhecimento sobre a organização social, tanto da sociedade que se vive, quanto de outras sociedades. Esse conhecimento foi chamado Sociologia. A Sociologia parte dos conhecimentos produzidos pela História e Filosofia. Hoje em dia, além dessas duas áreas, a Sociologia dialoga com a Geografia, Economia, Direito, entre muitos outros.

Uma área importante da Sociologia é a Antropologia. O antropólogo é aquele que a partir das Sociedades Modernas vai estudar as Sociedades Tradicionais. Para fazer isso ele deve ficar alguns anos na Sociedade Tradicional, aprender o seu idioma, entender a sua organização, os seus costumes, a sua cultura, e depois descreve-la. Com o tempo (a Antropologia se consolidou ao longo do século XX) os antropólogos perceberam uma coisa bastante óbvia: as Sociedades Modernas (SM) vieram das Sociedades Tradicionais (ST). Assim, as SM são grupamentos de ST. Outra coisa importante que o antropólogo faz é conectar as SM as ST, sendo um mediador entre elas.

No Brasil, os primeiros antropólogos estudaram os povos indígenas e os descendentes afro-brasileiros. Depois eles estudaram os imigrantes italianos, franceses, japoneses, árabes, etc. Estes são os principais grupos que constituem o Brasil. Hoje os antropólogos, com seu método próprio, estudam tudo. Vejamos alguns elementos da antropologia brasileira.

Em síntese pode-se falar que há três tipos de discursos sobre as ST: 1. de fora (onde as SM falam das ST); 2. das próprias ST falando para as SM (aqui temos o reconhecimento que as SM são formadas a partir ST); 3. Entre as ST em busca de maior força política (no Br isso geral os Ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas).

Landes, Ruth. 1947 [2002] A Cidade das Mulheres. Prefácio de Mariza Corrêa. p.9. Ruth Landes (1908-1991; filha de judeus russos) vem para o Br em 1938 com uma comitiva de antropólogos dos EUA. 12. conheceu Edson Carneiro que em 1937 organizou o II Congresso Afro-brasileiro, entre outros lideranças: Mãe Aninha e Jorge Amado. p.15. preferiu descrever as disputas em vez da integração, em especial a participação “das mulheres nos cultos nagô e dos homossexuais nos cultos afro-brasileiros”. Prólogo, p.33. “o material para este livro foi colhido durante uma pesquisa antropológica de campo na Bahia e no Rio de Janeiro, em 1938 e 1939”. Livro. 40.41. ela narra como Osvaldo Aranha, ministro de Vargas, a recebe e fala que é bom estudar os negros que são o atraso da nação, por isso querem embranquece-la. 48. A polícia a observou por uns meses pois poderia ser uma espiã russa. 49. Conhece Édison carneiro que era pardo, estudava o candomblé e se opunha a Vargas e por isso fora preso. 54. Num domingo Oliveira leva ela para um mercado onde se vende coisas da África. 56. Carneiro a leva nos terreiros e por meses ela conversa com as pessoas. 60. Édison apresentou Ruth para Martiniano, de 80 anos, que, quando moço, foi à Lagos, na Nigéria, África. 139. Édison leva Ruth para feira em Itapagipe. Eles presenciam um samba de roda. 150. Veem uma roda de capoeira. 185. O padre confirma que havia candomblé dentro da igreja e mostra São Benedito. 212. Mãe Menininha não gostava dos terreiros de caboclo, pois misturava orixás com espírito de índios e santos católicos. 247. Ruth é assediada pelo caboclo de Sabina. 249. Ruth conta o caso para Édson que explicou que a associação surgiu para evitar a charlatanice. 262. Edson fala a Ruth que antes do carnaval ritos católicos e africanos se misturam como a lavagem da igreja de nosso senhor do Bonfim (Oxalá=Jesus).

Carneiro, Edson. Religiões negras: notas de etnografia religiosa. p.14 (ou p.16). “E, assim, desmoralizado, esmagado pelo branco, o negro construiu, com as suas próprias mãos, a sociedade que o havia de oprimir”. Comentário os brancos cristãos que tentaram se aproveitar do trabalho, da energia, daqueles que eles tentaram escravizar. Falta aqui também as resistências, ou melhor as resiliências onde os escravizados, no seu ritmo, conduziam a sociedade. p.147-157. O sincretismo religioso. 152. “a fusão da mitologia negra com o catolicismo é por demais evidente”.

Munanga (2004) acredita que a contribuição de Freyre foi ter demonstrado que negros, índios e mestiços tiveram contribuições positivas na cultura brasileira: influenciaram profundamente no estilo de vida da classe senhorial em matéria de alimentos, indumentária e sexo, dando origem à mestiçagem cultural. Essa exaltação de convivência harmoniosa impediu os membros das comunidades não brancas de terem consciência dos sutis mecanismos de exclusão sociais, sem consciência de suas características culturais e de uma identidade própria são expropriados, dominados e convertidos em símbolos nacionais pelas elites dirigentes (MUNANGA, 2004, p. 88-89).” (Gomes e Bakos, 2014, p.25)

Sobre os tambores africanos segue uma oficina de Gabi Guedes. Nessa oficina Guedes destaca que a organização geral dos tambores vindos da África: há dois que fazem a marcação (um no tempo e outro no contratempo) e um outro que dialoga com esses dois, é mais livre para improvisar, para brincar. Outras duas pessoas ligadas a cultura afrobrasileira, Lucia Castro do jongo Dito Ribeiro e Tião Carvalho, em contextos distintos, disseram a mesma coisa. O instituto Tambor do mestre Caçapava apresenta diversos toques básicos. Silva (Salloma Salomão) fala das multiplicidades de instrumentos musicais encontrados na África.

No livro A queda do céu, Davi Kopenawa mostra como os Xapiri (células espirituais) se juntam para criar um ser vivo. Essa descrição é semelhante à concepção de alma das religiões de matriz africana e da descrição dos itinerários das almas feitas por Platão no Fedro. Outra coisa que Davi destaca é como aconteceu a aproximação dele com uma comunidade evangélica: primeiro eles se aproximaram, depois eles disseram que vieram para ficar. No livro História dos índios no Brasil, de 1992, p.15, na introdução, Manuela apresenta, a partir do texto do viajante francês Abbeville (1614), uma fala de um velho tupinambá semelhante a fala de Davi: “vi a chegada dos peró [portugueses] em Pernambuco e Potiú; e começaram eles como vós, franceses, fazeis agora. De início, os peró não faziam senão traficar sem pretenderem fixar residência [...] mas tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles e que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e cidades, para morarem conosco [...] mais tarde afirmaram que nem eles nem os paí [padres] podiam vivem sem escravos para os servirem e por eles trabalharem [...]

Na sua tese de doutorado, Gersem Baniwa defende que é um erro as comunidades indígenas deixarem a educação de seus filhos apenas sob a responsabilidade do Estado.

Jerá Guarani disse que sua comunidade (ou pelo menos parte dela) levou 6 anos para ‘tornar-se selvagem’. (o termo selvagem é discutido por um antropólogo francês chamado Levi-Strauss)

Rádio Yandê (primeira rádio indígena)

Atividade: Pesquisa sobre os rituais que acontecem no Brasil a partir da plataforma: https://hibridos.cc/po/rituals/. Siga a sequência:

1.    Em dupla ou trio escolha um ritual;

2.    Selecionem as partes mais importantes do texto inicial

3.    Ouça uma das entrevistas e selecione algum trecho significativo

4.    Veja o ritual e selecione um momento para descrever

Ana.Maria.soc.2bim.2ano

EE Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Sociologia Marxismo e a sociologia

Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1Zee7ulqr64IWOXSwq2mQJwgqV0vUz_AN?usp=sharing

Atividade 1: pesquise nos meios de comunicação (jornais, revistas, etc) o que as pessoas escrevem sobre Marx, o marxismo e o comunismo. Cada um irá pesquisar um ano a partir de seu número menos o ano de 2025. Por exemplo: o número 10 irá pesquisar o ano de 2015 (2025-10); assim, no número 10 vai colocar numa plataforma de pesquisa (como o google): Marx + uma mídia (uol, cnn, g1) + 2015. A pesquisa ficaria assim: Marx + Uol + 2015. Ou, simplesmente: Marx Uol 2015. Anotem para exposição: a) título da matéria; b) autor; c) data; d) a frase completa onde aparece uma das palavras indicadas; e) uma síntese do texto inteiro com suas palavras (no máximo de 3 linhas). Obs: priorize os meios de comunicação que tem grande circulação, como G1, CNN, Uol, Isto é, etc.

Atividade 2: compare o resultado da pesquisa da atividade 1 com o marxismo real aplicado na Rússia e China (ou em outros países) e/ou com os autores que deram continuidade ao marxismo no século XX (máximo 5 linhas)

Atividade 3: A Fundação Perseu Abramo (FPA) fez em março de 2025 fez um seminário sobre a independência dos países africanos de língua portuguesas, são elas: 
1. A trajetória de Angola
2. A trajetória de São Tomé e Príncipe
3. A trajetória de Cabo Verde; 
4. Atrajetória de Moçambique; 
5. A trajetória de Guiné-Bissau.
Em grupos de 3 a 5 pessoas assistam a primeira conferência e anotem as principais ideias para exposição em sala.

Depois da morte de Marx em 1883, muitos autores deram continuidade as suas ideias, dando origem ao marxismo. O marxismo no século XX e XXI é muito amplo e variado, inclusive com muitas disputas, mas podemos unifica-los a partir da ideia de unidade da classe trabalhadora e por meio da mudança do capitalismo ( reforma ou revolução). No primeiro caso podemos destacar os sindicatos e as associações; no segundo as lutas contra o imperialismo.

Revolução Russa (1917): maior império do planeta. Absolutismo e servidão (feudalismo). Vai ser o país mais retrógrado contra a rev. Francesa e vai derrotar Napoleão (1812). Séc. XIX vai influenciar e ser influenciada pela Europa. Emancipação dos servos em 1861 depois da guerra da Criméia (1853-1856).  Revolta popular em 1905 após derrota para o Japão (1904) reprimida. Fev. 1917 Revolta popular de mulheres; renúncia do Czar Nicolau II (os Romanov estavam no poder desde 1613); governo provisório (burguês). Lênin (1870-1924) volta a Rússia em abril e organiza a tomada do poder pelos Sovietes (delegados do partido) que ocorre em outubro. 1918-1921 Guerra civil. 1921 protestos dos camponeses e negociam com o governo então a NEP (nova política econômica): parte da produção vai para o imposto e outra pode ser vendida. Bolcheviques negociam paz com a Alemanha em 1918 e Lênin sofre atentado. A URSS (criada em 1922) organiza a obra marxista. A URSS derrotou o Nazismo da Alemanha (em 09/05/1945, depois da batalha de Stalingrado), com a direção de Stalin (1878-1953) que assumiu o poder e se preparou para a guerra. Stalin estatizou as terras e combateu seus opositores, entre eles Trótski (1879-1940) que pregava a revolução permanente em todos os países do mundo. 1949 testa arma atômica se igualando aos EUA na guerra fria. O socialismo da URSS começou a perder para o capitalismo dos EUA a partir de 1970, sendo extinta em 1991. Forma em 2009 o BRICS com Brasil, China, Índia e África do Sul. Em 2022 inicia a operação contra Ucrânia.

Revolução chinesa (1945): império que durou mais tempo na história (221a.C-1911). Foi um império prospero até a invasão inglesa nas guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860). Os ingleses colonizando várias cidades, entre elas Hong Kong e Macau. Tempos depois, outras nações tentaram fazer o mesmo, com destaque para as invasões japonesas ocorridas entre 1931 e 1949 (os chineses chamam esse período de século da humilhação). A partir de 1911 o Partido Nacional do Povo (PNP) tenta destituir o imperador, iniciando uma guerra civil. Em 1921 o Partido Comunista da China (PCC) atua junto com o PNP, porém em 1927 eles rompem. Em 1949 o PCC assume o poder e o PNP se refugia na ilha de Taiwan. Com Mao Tsé-Tung (1893-1976) aproxima-se da URSS e cria-se: reforma agrária; comunas populares; estatiza as empresas; plano quinquenais. Na década de 80 entra na ONU, se aproxima do ocidente e se afasta da URSS, cria as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). Em 2009 atua na criação do Brics, órgão paralelo as instituições internacionais (FMI, BMC). Em 2013 assume Xi Jinping (1953-) e a partir da estratégia ‘ganha-ganha’ inicia-se o programa Nova Roda da Seda.

Países dirigidos por partidos comunistas (ou socialistas): China, Vietnã, Coreia do Norte, Cuba.

Escola de Frankfurt (1920): foi um instituto criado na Alemanha que visava preservar a história do socialismo e do movimento operário a partir do viés marxista. Os autores mais importantes são: Max Horkheimer (1895-1973), Adorno (1903-1969), Herbert Marcuse (1898-1979), Walter Benjamin (1892-1940). Uma das principais ideias defendidas pelo grupo é a Industria Cultural. Do mesmo modo que a indústria que produz mercadorias alienam os trabalhadores, a Indústria da Cultura impõe valores que impedem a revolução, desse modo a arte se subordina ao sistema econômico, o capitalismo. A rádio é controlada por patrocinadores que detém o poder econômico e político, e por isso agem para manter o sistema. Os artistas são cooptados para manterem o status quo, sendo invisibilizados quando o criticam. Daí nasce o conceito de Arte revolucionária que é aquela que abre a possibilidade para uma Estética da libertação.

Enrique Dussel (1934-2023): critica a história política do ocidente, mostrando que o próprio ocidente é também oriental. Usando Bartolomeu de las Casas (1484-1566), frade espanhol, defende que os indígenas tem o direito de manterem suas tradições podem declarar ‘guerra justa’ aqueles que querem modifica-las sem buscar a construção do consenso. (“a vida humana como critério de verdade”).

Boaventura de Sousa Santos (1940-): "...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.” (2003) Propostas: experiências de conhecimento (biodiversidade, medicina, justiça, agricultura, tecnologia); experiências de desenvolvimento, trabalho e produção (formas distintas de produção e comércio); experiências de reconhecimento; experiências de democracia (crítica ao modelo democrático representativo liberal a fim de que seja possível uma participação nas decisões da população

em geral); experiências de comunicação e informação.

Vladmir Safatle (1973-): a sociedade é um corpo por onde circula afetos, com destaque para o medo, afeto que o Estado privilegia. Para ele o Estado deve: manter a paz; ser transparente; não impedir que as pessoas serem; não deve priorizar a troca de mercadoria e o indivíduo como ‘empresário de si’ na lógica do retorno de capitais; legislar o mínimo a vida e o máximo a economia, garantindo igualdade de condições.

Valter Pomar (1996-): “O socialismo – ou seja, a transição ao comunismo – supõe a ampliação do controle da sociedade sobre o que produzir, como produzir e como distribuir.” (Debater, comemorar e estudar, 17/10/2017). Assim, marxismo, para ele, ser marxista não significa estudar a obra de Marx, mas lutar pela melhoria da vida do trabalhador. Tese 11 de Marx: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”.

Atividade 4: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa

Questão1. (UEFS). “Uma política foi sendo aos poucos colocada em prática, desde 1919, pelos países vencedores na Primeira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o bolchevismo. Formar uma ‘barragem contínua’, apoiando-se no exército polonês e no exército romeno. Era o primeiro esboço do mais tarde chamado ‘cordão sanitário’”. (Becker, 2011.) O historiador alude, implicitamente,

a) à irrelevância da revolução russa nas relações internacionais.

b) à ausência de plano no combate dos capitalistas ao socialismo soviético.

c) à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética.

d) à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no combate ao socialismo.

Questão2. “As artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na ideia e na prática do consumo de ‘produtos culturais’ fabricados em série. As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo” (Chauí). Segundo o texto, uma das características da indústria cultural é:

a) liberdade de criação artística.

b) a valorização do artista e de sua obra de arte.

c) censura a obras com conteúdo crítico.

d) exploração comercial das obras de arte

Questão3. “Os EUA conheciam Chiang Kai-Shek melhor do que ninguém: a rigor, o governo de Chongqing, durante a guerra contra o Japão, sobrevivera graças ao apoio diplomático, financeiro e militar dos norte-americanos. (...) Ao mesmo tempo, desde 1944, missões diplomáticas e militares, além de muitos jornalistas norte-americanos, visitaram Yanan e admiraram a disciplina e a combatividade dos comunistas. Em novembro de 1944, aliás, os comunistas propuseram encontros diplomáticos de alto nível com os EUA no sentido de discutir o futuro da China, mas não obtiveram respostas favoráveis. Do ponto de vista oficial, a propaganda norte-americana exaltava as virtudes da "China Livre e advertia para o "perigo vermelho". (REIS FILHO, 1981). Sobre o envolvimento dos Estados Unidos no momento final da Revolução Chinesa, é correto afirmar que:

a) Os Estados Unidos mantiveram uma firme oposição às lideranças comunistas [...]

b) A diplomacia e o governo norte-americano apoiaram ativamente o governo nacionalista.

c) A disciplina e a combatividade dos soldados liderados por Mao Tsé-Tung resultaram no apoio aberto dos norte-americanos ao Partido Comunista Chinês.

d) Os Estados Unidos limitaram-se ao apoio diplomático para Chiang Kai-Shek [...]