terça-feira, 29 de abril de 2025

Ana.Maria.fil.2bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. Filosofia 1 ano 2 bimestre. Mito / História / Filosofia

Pasta com livros completos: https://drive.google.com/drive/folders/164BEnDLzOPCIMhERWy26OWINySywyZ7B?usp=sharing

O Mito é uma história que não pode ser verificada. Nos Mitos, muitas vezes, é apresentado a relação entre os humanos e seres não humanos, contando como surgiram o cosmos (universo), o planeta Terra, os elementos da natureza (sol, mar, trovão, ar, chuva, etc.), os seres humanos, os animais, as plantas. Esses Mitos são chamados de Mitos da criação. Muitos Mitos falam sobre a luta dos seres humanos para sobreviver e os problemas sociais que eles causam. Por isso eles são fonte de conhecimento das sociedades, tanto as sociedades antigas como as sociedades atuais.

A História, saber humano que estuda os fatos ocorridos, se baseia nos Mitos, mas busca se distinguir deles. Vejamos uma ilustração desta distinção:

Mito

História

Surgimento do mundo a partir de Omama contado por Davi Kopenawa

O modo de vida dos Ianomamis no Am

A humanidade é criada a partir da lama de Nanã, sendo moldada por Oxalá

O modo como os afrodescendentes cultuam seus deuses.

O modo como weõe (preá) pegou o xiãwn (fogo) de itxiateié (velha)

Como os Ofaié de TL fazem fogo

Travessia do mar vermelho do povo hebreu na saída do Egito

Migração do povo hebreu do Egito para Canãa

Descrição da guerra de Troia por Homero

Guerra real entre troianos e gregos a partir de resquícios arqueológicos

O fim do mundo para os Maias (21/12/2012)

Como os Maias se organizavam

Hesíodo, poeta grego, na Teogonia (1995), diz que as Musas o ensinaram que no inicio nasceu o Caos, depois Urano (céu) Eros e Gaia (terra). Urano e Gaia geram Oceano e Cronos. Este último tira o poder de Urano mas é destronado por seu filho Zeus. Este, para acabar a guerra, divide o poder entre seus irmãos Posidão (águas) e Hades (submundo).

Mito do surgimento do mundo para os Iorubás (contada por Prandi, 2007, um antropólogo): “[...] antes do início dos tempos, Olorum, o ser supremo, já habitava a eternidade. Ele vivia só, e tudo á sua volta era igual, sem diversidade e sem movimento. Acabou se cansando de tanto nada, de tanta mesmice, e decidiu fazer um mundo onde seu olhar pudesse pousar a cada instante numa coisa diferente [...] Olorum criou os orixás e atribuiu a cada um deles um de seus poderes [...] Olorum entregou o saco da criação para Oxalá, seu filho mais velho e disse: ‘vá e crie mas antes faça uma oferenda a Exu que ele te ajudará na criação do mundo’. Como Oxalá se esqueceu de Exu, este lhe preparou três incidentes: primeiro fez Oxalá cair e sujar as vestes na lama da estrada [...]; mais adiante Oxalá tropeçou numa cabaça de azeite de dendê, e de novo sua roupa teve que ser substituída. [...] na terceira vez, foi com carvão que Oxalá se sujou. E lá foi ele de novo se trocar [...] Odudua, outro irmão de Oxalá, resolveu tirar proveito da situação [...] e foi se aconselhar com seu irmão Ifá. [...] Ifá jogou seus dezesseis búzios mágicos no chão e disse a Odudua que suas pretensões poderiam se concretizar. Antes de mais nada deveria oferecer a Exu [...] Oxalá parou sob um dendezeiro e com seu cajado fez um furo no caule da palmeira [...] Oxalá bebeu do vinho-de-palma até matar a sede, mas a bebida lhe deu muito sono. Ali mesmo, na estrada, Oxalá adormeceu, embriagado [...] Odudua pegou o saco da Criação e foi no local adequado. Lá ele tirou do saco da Criação um punhado de terra que atirou sobre as águas [...] Em seguida soltou a galinha de pés de cinco dedos, e ela se pós a ciscar, espalhando por todos os lados a terra do montículo. Uma grande superfície sólida foi se formando sobre os pés da galinha. [...] Oxalá acordou e viu que o mundo já existia, então voltou a casa de Olorum que o repreendeu: ‘nunca mais beberá vinho-de-palma [...] ainda falta o mais importante no mundo. Eu pus na sua cabeça a semente de uma ideia que não pus no saco da Criação’. Olorum mandou Exu acompanhar Oxalá. [...] Oxalá depositara na primeira encruzilhada presentes para Exu. [...] Com as próprias mãos, Oxalá amassou o barro e com ele modelou os bonecos aos quais deu a vida com o sopro de Olorum, transformando-os em seres humanos.

Mito do surgimento do mundo para os Yanomami (contada por Davi Kopenawa, 2015, um indígena): “[...] no começo, Omama e seu irmão Yosi vieram à existência sozinhos. [...] Então, foi a vez de Omama vir a existir e recriar a floresta, pois a que havia antes era frágil. Virava outra sem parar, até que, finalmente, o céu desabou sobre eles. Seus habitantes foram arremessados para debaixo da terra [...] Por isso Omama teve de criar uma nova floresta, mais sólida, cujo nome é Hutukara. [...] Depois, para evitar que desabasse, plantou nas suas profundezas imensas peças de metal, com as quais também fixou os pés do céu. Mais tarde, com o metal que ficou, depois de fazer com que ficasse inofensivo, Omama também fabricou as primeiras ferramentas de nossos ancestrais. [...] Também desenhou o primeiro sol, para nos dar luz. Mas era por demais ardente e ele teve de rejeitá-lo, destruindo sua imagem. Então, criou aquele que vemos até hoje no céu, bem como as nuvens e a chuva, para poder interpô-los quando esquenta demais. Isso ouvi os antigos contarem. Omama criou também as árvores e as plantas, espalhando no solo, por toda parte, as sementes de seus frutos. [...] Certo dia, Omama trabalhava em sua roça com o filho, que começou a chorar de sede. Para matar-lhe a sede, ele perfurou o solo com uma barra de metal. Quando a tirou da terra, a água começou a jorrar violentamente em direção ao céu e jogou para longe o menino que se aproximara para bebê-la. [...] No início, nenhum ser humano vivia ali. Omama e seu irmão Yoasi viviam sozinhos. Nenhuma mulher existia ainda. [...] Nós saímos, mais tarde, da esposa de Omama, Thuëyoma, a mulher que ele tirou da água. [...] O sol e a lua têm imagens que só os xamãs são capazes de fazer descer e dançar. Elas têm a aparência de humanos, como nós, mas os brancos não são capazes de conhecê-las.

Mito do nascimento dos seres (contado por Platão, séc. IV a.C., 1980): “Houve um tempo em que só havia deuses, sem que ainda existissem criaturas mortais. Quando chegou o momento determinado pelo Destino, para que estas fossem criadas, os deuses as plasmaram nas entranhas da terra, utilizando-se de uma mistura de ferro e de fogo, acrescida dos elementos que o fogo e à terra se associam. Ao chegar o tempo certo de tirá-los para a luz, incumbiram Prometeu e Epimeteu de provê-los do necessário e de conferir-lhes as qualidades adequadas a cada um. Epimeteu, porém, pediu a Prometeu que deixasse a seu cargo a distribuição. Depois de concluída, disse ele, farás a revisão final. Tendo alcançado o seu assentimento, passou a executar o plano. Nessa tarefa, a alguns ele atribuiu força sem velocidade, dotando de velocidade os mais fracos, a outros deu armas; para os que deixara com natureza desarmada, imaginou diferentes meios de preservação [...] Destarte agiu com todos, aplicando sempre o critério de compensação. Tomou essas precauções, para evitar que alguma espécie viesse a desaparecer. Depois de haver providenciado para que não se destruíssem reciprocamente [...] De seguida, determinou para todos eles alimentos variados, de acordo com a constituição de cada um: a estes, erva do solo; a outros, frutos das árvores; a terceiros, raízes, e a alguns, ainda, até mesmo outros animais como alimento, limitando porém, a capacidade de reprodução daqueles, ao mesmo tempo que deixava prolíficas suas vítimas, para assegurar a conservação da espécie. [...] Prometeu para inspecionar a divisão e verificou que os animais se achavam regularmente providos de tudo; somente o homem se encontrava nu, sem calçados, nem coberturas, nem armas [...] Prometeu para assegurar ao homem a salvação, roubou de Hefesto e de Atena a sabedoria das artes juntamente como fogo e os deu ao homem. [...] o homem, em virtude de sua afinidade com os deuses, o único dentre os animais a crer na existência deles, tendo logo passado a levantar altares e a fabricar imagens dos deuses. Não demorou, e começaram a coordenar os sons e as palavras, a engenhar casas, vestes, calçados e leitos, e a procurar na terra os alimentos. [...] quando se juntavam, justamente por carecerem da arte política, causavam-se danos recíprocos, com o que voltavam a dispersar-se e a serem destruídos como antes. Preocupado Zeus com o futuro de nossa geração, não viesse ela a desaparecer de todo, mandou que Hermes levasse aos homens o pudor e a justiça, como princípio ordenador das cidades e laço de aproximação entre os homens”.

Uma história sobre o xiãwn (recontada pelos Ofaié a partir de Darcy Ribeiro, 2021): “Tinha uma itxiateié (velha). Ela era a xiãwnteié (mãe do fogo). Todos queriam o xiãwn (fogo) porque no inverno todos passavam muito frio e, também porque sabiam que o xiãwn tinha outras utilidades. Então eles se juntaram para tomar o tição da itxiateié. [...] o chefe dos tikãnhé mandou o känawra (tatu) tomar o xiãwn da itxiateié. O känawra deitou-se. Depois ele começou a coçar a itxiateié para ela dormir. [...] Aí o känawra pegou o tição e saiu correndo. Mas a itxiareié acordou, assoviou alto para seu filho que era uma ohti (onça) muito ágil. Aquela ohti pegou o rastro do känawra, saiu correndo atrás dele e, facilmente tomou o tição. [...] esta história é muito comprida, porque foi lá roubar o xiãwn, tudo quanto foi tikã: a fwitaié, o kregrai, o häto, tudo. Mas ninguém podia com a ohti. Por incrível que pareça, quem conseguiu pegar o xiãwn foi um bichinho atoa. Foi o weõe (preá). [...] quando ele chegou lá, foi diretamente ao assunto: ‘bom dia vó! Como vai por aqui? Eu já vim para levar este xiãwn’. E foi pegando o tição e foi amarrando no pescoço [...] o weõe deu uma volta, passou por trás da ohti e foi cortando o mato por outro caminho. [...] (depois de dias a ohti encontrou o weõe e então conversaram como amigos). A ohti ensinou tudo, até fazer xiãwn quando acabasse o tição. Ela falou: ‘você mesmo pode fazer xiãwn. É só pegar um pauzinho bem seco e esfrega-lo com a mão em cima de outro pau, esfrega bastante que sai xiãwn”.

Análises dos mitos:

1.    Escolha um mito e com suas palavras descreva os principais acontecimentos;

2.    Imagine e escreva, a partir do mito escolhido, o que aconteceu antes e depois do acontecimento principal;

3.    Quem é o eu lírico do mito? Quem viu ou ouviu o mito que está sendo contado?

4.    Quem são os personagens e como eles se relacionam?

5.    Que elemento da natureza é apresentado no mito? Qual a importância desse elemento hoje? Como as pessoas na nossa época se relaciona com esse elemento?

6.    Qual o princípio ou os princípios que estão por trás do mito?

7.    Quais frases genéricas podemos fazer a partir do mito?

8.    Que perguntas podemos fazer para o mito?

9.    Escolha outro mito e faça a sequencia de 1 a 7, depois compare-os.

Ana.Maria.soc.2bim.1ano

EE Ana Maria Prof. Robson. Sociologia 1 ano 2 bimestre. Sociedades Tradicionais (o conhecimento delas parte das Sociedades Modernas que se formas a partir delas, por isso importa saber quem produz o discurso ou a narrativa)

Pasta com os textos completos: https://drive.google.com/drive/folders/1faV5TMa4b9MLafCI1CTWInC4zmvstYwg?usp=sharing

Em Sociologia as sociedades Tradicionais se opõem as Sociedades Modernas a partir do seu modo de vida. As sociedades Tradicionais (povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pequenos agricultores) produzem para sobreviver e participam de maneira esporádica do comércio com outras sociedades. As Sociedades Modernas se organizam a partir das trocas que realizam com outras sociedades, por isso, muitas delas, se especializam na produção de alguma coisa. As Sociedades Modernas podem ser urbanas ou rurais. Apesar das Sociedades Modernas urbanas serem distintas das rurais, em ambas as sociedades há um continuo fluxo de informações, seja pela invenção de novos produtos, seja pelo desenvolvimento científicos, seja pela circulação de novas técnicas. Nas sociedades Tradicionais a circulação de informação ocorre numa velocidade menor e a partir de um espaço geográfico menor.

Ao longo da história as sociedades urbanas foram se tornando maiores, formando os Impérios. Para tanto, foi necessário o trabalho de muitas pessoas e uma complexa organização, tanto para alimentar essas pessoas, como para proteger esse território de invasões, ou mesmo para organizar invasões de outros Impérios e/ou Sociedades Tradicionais, seja de maneira preventiva, seja para conquistar outros territórios. Para conseguir se proteger ou mesmo invadir outros territórios, os Impérios precisaram criar um exército, bem como as armas necessárias para conseguir êxito.

Os Impérios, entre os séculos XVI e o nosso século XXI, foram se tornando Estados. Esses Estados são chamados de Estados Modernos. Modernos vem do latim modernus, aquilo que é novo, que é do tempo presente, em oposição aquilo que é antigo, medieval. Porém, os Estados Modernos ainda guardam muitas caraterísticas dos antigos Impérios, apesar de serem distintos deles. Uma distinção importante, construída ao longo dos séculos, foi o reconhecimento mútuo, ou seja, um Estado reconhece a fronteiras de outro Estado. Outra distinção importante foi o envio de pessoas para realizar comércio e solucionar os conflitos. Esses são os diplomatas. Nesse contexto, um fato importante, foi a criação da ONU em 1945 no fim da II Guerra Mundial. Na época eram 51 Estados, hoje são 193. Hoje, apesar dos Estados, como os Impérios, ainda valerem-se da força de suas armas e dos seus exércitos, há um certo equilíbrio entre eles, em especial a partir dos grupamentos (como a União Europeia, o Brics, entre outros).

Para sobreviver ao longo do tempo, os Impérios precisaram construir uma unidade. Para que essa unidade acontecesse foi necessário que cada um contribuísse com seu trabalho.  Assim, enquanto um produzia alimento, o outro produzia ferramentas; outro produzia animais para a lavoura, para o transporte de mercadorias ou mesmo para alimentação; outro ainda ensinava as pessoas a falar uma mesma língua; outro ajudava os imperadores a recolherem impostos e a organizar o trabalho de todos.

Foi necessário muito conhecimento sobre a organização social, tanto da sociedade que se vive, quanto de outras sociedades. Esse conhecimento foi chamado Sociologia. A Sociologia parte dos conhecimentos produzidos pela História e Filosofia. Hoje em dia, além dessas duas áreas, a Sociologia dialoga com a Geografia, Economia, Direito, entre muitos outros.

Uma área importante da Sociologia é a Antropologia. O antropólogo é aquele que a partir das Sociedades Modernas vai estudar as Sociedades Tradicionais. Para fazer isso ele deve ficar alguns anos na Sociedade Tradicional, aprender o seu idioma, entender a sua organização, os seus costumes, a sua cultura, e depois descreve-la. Com o tempo (a Antropologia se consolidou ao longo do século XX) os antropólogos perceberam uma coisa bastante óbvia: as Sociedades Modernas (SM) vieram das Sociedades Tradicionais (ST). Assim, as SM são grupamentos de ST. Outra coisa importante que o antropólogo faz é conectar as SM as ST, sendo um mediador entre elas.

No Brasil, os primeiros antropólogos estudaram os povos indígenas e os descendentes afro-brasileiros. Depois eles estudaram os imigrantes italianos, franceses, japoneses, árabes, etc. Estes são os principais grupos que constituem o Brasil. Hoje os antropólogos, com seu método próprio, estudam tudo. Vejamos alguns elementos da antropologia brasileira.

Em síntese pode-se falar que há três tipos de discursos sobre as ST: 1. de fora (onde as SM falam das ST); 2. das próprias ST falando para as SM (aqui temos o reconhecimento que as SM são formadas a partir ST); 3. Entre as ST em busca de maior força política (no Br isso geral os Ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas).

Landes, Ruth. 1947 [2002] A Cidade das Mulheres. Prefácio de Mariza Corrêa. p.9. Ruth Landes (1908-1991; filha de judeus russos) vem para o Br em 1938 com uma comitiva de antropólogos dos EUA. 12. conheceu Edson Carneiro que em 1937 organizou o II Congresso Afro-brasileiro, entre outros lideranças: Mãe Aninha e Jorge Amado. p.15. preferiu descrever as disputas em vez da integração, em especial a participação “das mulheres nos cultos nagô e dos homossexuais nos cultos afro-brasileiros”. Prólogo, p.33. “o material para este livro foi colhido durante uma pesquisa antropológica de campo na Bahia e no Rio de Janeiro, em 1938 e 1939”. Livro. 40.41. ela narra como Osvaldo Aranha, ministro de Vargas, a recebe e fala que é bom estudar os negros que são o atraso da nação, por isso querem embranquece-la. 48. A polícia a observou por uns meses pois poderia ser uma espiã russa. 49. Conhece Édison carneiro que era pardo, estudava o candomblé e se opunha a Vargas e por isso fora preso. 54. Num domingo Oliveira leva ela para um mercado onde se vende coisas da África. 56. Carneiro a leva nos terreiros e por meses ela conversa com as pessoas. 60. Édison apresentou Ruth para Martiniano, de 80 anos, que, quando moço, foi à Lagos, na Nigéria, África. 139. Édison leva Ruth para feira em Itapagipe. Eles presenciam um samba de roda. 150. Veem uma roda de capoeira. 185. O padre confirma que havia candomblé dentro da igreja e mostra São Benedito. 212. Mãe Menininha não gostava dos terreiros de caboclo, pois misturava orixás com espírito de índios e santos católicos. 247. Ruth é assediada pelo caboclo de Sabina. 249. Ruth conta o caso para Édson que explicou que a associação surgiu para evitar a charlatanice. 262. Edson fala a Ruth que antes do carnaval ritos católicos e africanos se misturam como a lavagem da igreja de nosso senhor do Bonfim (Oxalá=Jesus).

Carneiro, Edson. Religiões negras: notas de etnografia religiosa. p.14 (ou p.16). “E, assim, desmoralizado, esmagado pelo branco, o negro construiu, com as suas próprias mãos, a sociedade que o havia de oprimir”. Comentário os brancos cristãos que tentaram se aproveitar do trabalho, da energia, daqueles que eles tentaram escravizar. Falta aqui também as resistências, ou melhor as resiliências onde os escravizados, no seu ritmo, conduziam a sociedade. p.147-157. O sincretismo religioso. 152. “a fusão da mitologia negra com o catolicismo é por demais evidente”.

Munanga (2004) acredita que a contribuição de Freyre foi ter demonstrado que negros, índios e mestiços tiveram contribuições positivas na cultura brasileira: influenciaram profundamente no estilo de vida da classe senhorial em matéria de alimentos, indumentária e sexo, dando origem à mestiçagem cultural. Essa exaltação de convivência harmoniosa impediu os membros das comunidades não brancas de terem consciência dos sutis mecanismos de exclusão sociais, sem consciência de suas características culturais e de uma identidade própria são expropriados, dominados e convertidos em símbolos nacionais pelas elites dirigentes (MUNANGA, 2004, p. 88-89).” (Gomes e Bakos, 2014, p.25)

Sobre os tambores africanos segue uma oficina de Gabi Guedes. Nessa oficina Guedes destaca que a organização geral dos tambores vindos da África: há dois que fazem a marcação (um no tempo e outro no contratempo) e um outro que dialoga com esses dois, é mais livre para improvisar, para brincar. Outras duas pessoas ligadas a cultura afrobrasileira, Lucia Castro do jongo Dito Ribeiro e Tião Carvalho, em contextos distintos, disseram a mesma coisa. O instituto Tambor do mestre Caçapava apresenta diversos toques básicos. Silva (Salloma Salomão) fala das multiplicidades de instrumentos musicais encontrados na África.

No livro A queda do céu, Davi Kopenawa mostra como os Xapiri (células espirituais) se juntam para criar um ser vivo. Essa descrição é semelhante à concepção de alma das religiões de matriz africana e da descrição dos itinerários das almas feitas por Platão no Fedro. Outra coisa que Davi destaca é como aconteceu a aproximação dele com uma comunidade evangélica: primeiro eles se aproximaram, depois eles disseram que vieram para ficar. No livro História dos índios no Brasil, de 1992, p.15, na introdução, Manuela apresenta, a partir do texto do viajante francês Abbeville (1614), uma fala de um velho tupinambá semelhante a fala de Davi: “vi a chegada dos peró [portugueses] em Pernambuco e Potiú; e começaram eles como vós, franceses, fazeis agora. De início, os peró não faziam senão traficar sem pretenderem fixar residência [...] mas tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles e que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e cidades, para morarem conosco [...] mais tarde afirmaram que nem eles nem os paí [padres] podiam vivem sem escravos para os servirem e por eles trabalharem [...]

Na sua tese de doutorado, Gersem Baniwa defende que é um erro as comunidades indígenas deixarem a educação de seus filhos apenas sob a responsabilidade do Estado.

Jerá Guarani disse que sua comunidade (ou pelo menos parte dela) levou 6 anos para ‘tornar-se selvagem’. (o termo selvagem é discutido por um antropólogo francês chamado Levi-Strauss)

Rádio Yandê (primeira rádio indígena)

Atividade: Pesquisa sobre os rituais que acontecem no Brasil a partir da plataforma: https://hibridos.cc/po/rituals/. Siga a sequência:

1.    Em dupla ou trio escolha um ritual;

2.    Selecionem as partes mais importantes do texto inicial

3.    Ouça uma das entrevistas e selecione algum trecho significativo

4.    Veja o ritual e selecione um momento para descrever

Ana.Maria.soc.2bim.2ano

EE Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Sociologia Marxismo e a sociologia

Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1Zee7ulqr64IWOXSwq2mQJwgqV0vUz_AN?usp=sharing

Atividade 1: pesquise nos meios de comunicação (jornais, revistas, etc) o que as pessoas escrevem sobre Marx, o marxismo e o comunismo. Cada um irá pesquisar um ano a partir de seu número menos o ano de 2025. Por exemplo: o número 10 irá pesquisar o ano de 2015 (2025-10); assim, no número 10 vai colocar numa plataforma de pesquisa (como o google): Marx + uma mídia (uol, cnn, g1) + 2015. A pesquisa ficaria assim: Marx + Uol + 2015. Ou, simplesmente: Marx Uol 2015. Anotem para exposição: a) título da matéria; b) autor; c) data; d) a frase completa onde aparece uma das palavras indicadas; e) uma síntese do texto inteiro com suas palavras (no máximo de 3 linhas). Obs: priorize os meios de comunicação que tem grande circulação, como G1, CNN, Uol, Isto é, etc.

Atividade 2: compare o resultado da pesquisa da atividade 1 com o marxismo real aplicado na Rússia e China (ou em outros países) e/ou com os autores que deram continuidade ao marxismo no século XX (máximo 5 linhas)

Atividade 3: A Fundação Perseu Abramo (FPA) fez em março de 2025 fez um seminário sobre a independência dos países africanos de língua portuguesas, são elas: 
1. A trajetória de Angola
2. A trajetória de São Tomé e Príncipe
3. A trajetória de Cabo Verde; 
4. Atrajetória de Moçambique; 
5. A trajetória de Guiné-Bissau.
Em grupos de 3 a 5 pessoas assistam a primeira conferência e anotem as principais ideias para exposição em sala.

Depois da morte de Marx em 1883, muitos autores deram continuidade as suas ideias, dando origem ao marxismo. O marxismo no século XX e XXI é muito amplo e variado, inclusive com muitas disputas, mas podemos unifica-los a partir da ideia de unidade da classe trabalhadora e por meio da mudança do capitalismo ( reforma ou revolução). No primeiro caso podemos destacar os sindicatos e as associações; no segundo as lutas contra o imperialismo.

Revolução Russa (1917): maior império do planeta. Absolutismo e servidão (feudalismo). Vai ser o país mais retrógrado contra a rev. Francesa e vai derrotar Napoleão (1812). Séc. XIX vai influenciar e ser influenciada pela Europa. Emancipação dos servos em 1861 depois da guerra da Criméia (1853-1856).  Revolta popular em 1905 após derrota para o Japão (1904) reprimida. Fev. 1917 Revolta popular de mulheres; renúncia do Czar Nicolau II (os Romanov estavam no poder desde 1613); governo provisório (burguês). Lênin (1870-1924) volta a Rússia em abril e organiza a tomada do poder pelos Sovietes (delegados do partido) que ocorre em outubro. 1918-1921 Guerra civil. 1921 protestos dos camponeses e negociam com o governo então a NEP (nova política econômica): parte da produção vai para o imposto e outra pode ser vendida. Bolcheviques negociam paz com a Alemanha em 1918 e Lênin sofre atentado. A URSS (criada em 1922) organiza a obra marxista. A URSS derrotou o Nazismo da Alemanha (em 09/05/1945, depois da batalha de Stalingrado), com a direção de Stalin (1878-1953) que assumiu o poder e se preparou para a guerra. Stalin estatizou as terras e combateu seus opositores, entre eles Trótski (1879-1940) que pregava a revolução permanente em todos os países do mundo. 1949 testa arma atômica se igualando aos EUA na guerra fria. O socialismo da URSS começou a perder para o capitalismo dos EUA a partir de 1970, sendo extinta em 1991. Forma em 2009 o BRICS com Brasil, China, Índia e África do Sul. Em 2022 inicia a operação contra Ucrânia.

Revolução chinesa (1945): império que durou mais tempo na história (221a.C-1911). Foi um império prospero até a invasão inglesa nas guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860). Os ingleses colonizando várias cidades, entre elas Hong Kong e Macau. Tempos depois, outras nações tentaram fazer o mesmo, com destaque para as invasões japonesas ocorridas entre 1931 e 1949 (os chineses chamam esse período de século da humilhação). A partir de 1911 o Partido Nacional do Povo (PNP) tenta destituir o imperador, iniciando uma guerra civil. Em 1921 o Partido Comunista da China (PCC) atua junto com o PNP, porém em 1927 eles rompem. Em 1949 o PCC assume o poder e o PNP se refugia na ilha de Taiwan. Com Mao Tsé-Tung (1893-1976) aproxima-se da URSS e cria-se: reforma agrária; comunas populares; estatiza as empresas; plano quinquenais. Na década de 80 entra na ONU, se aproxima do ocidente e se afasta da URSS, cria as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). Em 2009 atua na criação do Brics, órgão paralelo as instituições internacionais (FMI, BMC). Em 2013 assume Xi Jinping (1953-) e a partir da estratégia ‘ganha-ganha’ inicia-se o programa Nova Roda da Seda.

Países dirigidos por partidos comunistas (ou socialistas): China, Vietnã, Coreia do Norte, Cuba.

Escola de Frankfurt (1920): foi um instituto criado na Alemanha que visava preservar a história do socialismo e do movimento operário a partir do viés marxista. Os autores mais importantes são: Max Horkheimer (1895-1973), Adorno (1903-1969), Herbert Marcuse (1898-1979), Walter Benjamin (1892-1940). Uma das principais ideias defendidas pelo grupo é a Industria Cultural. Do mesmo modo que a indústria que produz mercadorias alienam os trabalhadores, a Indústria da Cultura impõe valores que impedem a revolução, desse modo a arte se subordina ao sistema econômico, o capitalismo. A rádio é controlada por patrocinadores que detém o poder econômico e político, e por isso agem para manter o sistema. Os artistas são cooptados para manterem o status quo, sendo invisibilizados quando o criticam. Daí nasce o conceito de Arte revolucionária que é aquela que abre a possibilidade para uma Estética da libertação.

Enrique Dussel (1934-2023): critica a história política do ocidente, mostrando que o próprio ocidente é também oriental. Usando Bartolomeu de las Casas (1484-1566), frade espanhol, defende que os indígenas tem o direito de manterem suas tradições podem declarar ‘guerra justa’ aqueles que querem modifica-las sem buscar a construção do consenso. (“a vida humana como critério de verdade”).

Boaventura de Sousa Santos (1940-): "...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.” (2003) Propostas: experiências de conhecimento (biodiversidade, medicina, justiça, agricultura, tecnologia); experiências de desenvolvimento, trabalho e produção (formas distintas de produção e comércio); experiências de reconhecimento; experiências de democracia (crítica ao modelo democrático representativo liberal a fim de que seja possível uma participação nas decisões da população

em geral); experiências de comunicação e informação.

Vladmir Safatle (1973-): a sociedade é um corpo por onde circula afetos, com destaque para o medo, afeto que o Estado privilegia. Para ele o Estado deve: manter a paz; ser transparente; não impedir que as pessoas serem; não deve priorizar a troca de mercadoria e o indivíduo como ‘empresário de si’ na lógica do retorno de capitais; legislar o mínimo a vida e o máximo a economia, garantindo igualdade de condições.

Valter Pomar (1996-): “O socialismo – ou seja, a transição ao comunismo – supõe a ampliação do controle da sociedade sobre o que produzir, como produzir e como distribuir.” (Debater, comemorar e estudar, 17/10/2017). Assim, marxismo, para ele, ser marxista não significa estudar a obra de Marx, mas lutar pela melhoria da vida do trabalhador. Tese 11 de Marx: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”.

Atividade 4: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa

Questão1. (UEFS). “Uma política foi sendo aos poucos colocada em prática, desde 1919, pelos países vencedores na Primeira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o bolchevismo. Formar uma ‘barragem contínua’, apoiando-se no exército polonês e no exército romeno. Era o primeiro esboço do mais tarde chamado ‘cordão sanitário’”. (Becker, 2011.) O historiador alude, implicitamente,

a) à irrelevância da revolução russa nas relações internacionais.

b) à ausência de plano no combate dos capitalistas ao socialismo soviético.

c) à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética.

d) à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no combate ao socialismo.

Questão2. “As artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na ideia e na prática do consumo de ‘produtos culturais’ fabricados em série. As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo” (Chauí). Segundo o texto, uma das características da indústria cultural é:

a) liberdade de criação artística.

b) a valorização do artista e de sua obra de arte.

c) censura a obras com conteúdo crítico.

d) exploração comercial das obras de arte

Questão3. “Os EUA conheciam Chiang Kai-Shek melhor do que ninguém: a rigor, o governo de Chongqing, durante a guerra contra o Japão, sobrevivera graças ao apoio diplomático, financeiro e militar dos norte-americanos. (...) Ao mesmo tempo, desde 1944, missões diplomáticas e militares, além de muitos jornalistas norte-americanos, visitaram Yanan e admiraram a disciplina e a combatividade dos comunistas. Em novembro de 1944, aliás, os comunistas propuseram encontros diplomáticos de alto nível com os EUA no sentido de discutir o futuro da China, mas não obtiveram respostas favoráveis. Do ponto de vista oficial, a propaganda norte-americana exaltava as virtudes da "China Livre e advertia para o "perigo vermelho". (REIS FILHO, 1981). Sobre o envolvimento dos Estados Unidos no momento final da Revolução Chinesa, é correto afirmar que:

a) Os Estados Unidos mantiveram uma firme oposição às lideranças comunistas [...]

b) A diplomacia e o governo norte-americano apoiaram ativamente o governo nacionalista.

c) A disciplina e a combatividade dos soldados liderados por Mao Tsé-Tung resultaram no apoio aberto dos norte-americanos ao Partido Comunista Chinês.

d) Os Estados Unidos limitaram-se ao apoio diplomático para Chiang Kai-Shek [...]

Ana.Maria.fil.2bim.2ano

EE Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Marx e Marxismo

Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1vAo9N_g-X1hJf16Hg5yZAVQ8aGvJ3nFi?usp=sharing

Revolução Industrial da Inglaterra. Ocorreu na Inglaterra a partir do fim do século XVIII por meio da invenção da máquina a vapor, tendo o carvão como combustível. Com ela, a fabricação de roupa começou a ser mecanizada e, portanto, mais produtiva. Para alcançar essa inovação e consolidá-la, os ingleses precisaram construir uma organização social complexa: 1. aumentar a produção de lá, para tanto, transformaram imensas florestas em pasto para ovelhas; 2. forçar a migração de pessoas que viviam no campo (onde produziam apenas para si), para as cidades; 3. produzir alimentos para a população urbana; 4. vender roupa e depois máquinas para todo o mundo. Para conseguir seu intuito a Inglaterra tinha uma frota marítima muito poderosa, ficando ainda mais poderosa com as inovações. Com essa frota ela negociava com outros reinos e impérios. Um exemplo disso foi as Guerras do ópio travadas contra a China com intuito de abrir o comércio chines para o mercado inglês (1839-1842; 1856-1860).

Revolução Francesa (1789-1815). No século XVIII a França se envolveu em muitas guerras, principalmente com as chamadas colónias na Ásia e nas Américas, contra a Inglaterra. Uma delas foi apoiar a Independência dos EUA em 1776. Isso gerou uma enorme dívida. Somado a isso, no final da década de 80 houve uma safra ruim provocando fome. O rei Luís XVI então convoca a assembleia geral que é formada por três estamentos: nobres, aristocratas e povo (burgueses, camponeses e artesões). Na assembleia o povo se revolta e propõe aos outros estamentos a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão (DDHC) (inspirou os Direitos Humanos DH) com o lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Na Assembleia nacional haviam: os progressistas de esquerda (jacobinos e girondinos); os do centro; os da direita pró-monarquistas. Os progressistas assumem a revolução e criam um comitê de segurança pública, doze mais eminentes (Danton, Robespierre). Eles então: emitem moedas, criam fábricas estatais, perdoam as dívidas dos camponeses com os nobres (reforma agrária), abolem a escravidão, criam o ateísmo de Estado (tomando os bens da Igreja). Porém aqueles que eram contrários a revolução eram reprimidos, inclusive a família real que é decapitada. A França começa a ser atacada por nobres de outros lugares, então os revolucionários sentem a necessidade de levar a revolução para outros impérios. Em alguns lugares a França consegue parceiros, em outros encontra resistência. Em 1799 Napoleão assume o puder criando um império revolucionário. Ele invade vários impérios, entre eles o espanhol e o português. Nas colónias espanholas da América Latina começou então um movimento pela libertação, com destaque para Simón Bolívar. No Haiti houve primeira revolução de escravizados do mundo. O príncipe Dom João VI transfere a corte portuguesa para o Brasil em 1808, escoltada pelos ingleses. Em 1812 Napoleão perde a batalha para Rússia e é destituído.

Paz de Viena (1815): fim das guerras napoleônicas (1803-1815); surgi a Rússia; proposta do fim da escravidão; restauração da monarquia (França com o Bourbons).

A revolução francesa vai gerar as unificações da Itália e Alemanha, vai ser inspiração para as revoluções na américa (nos EUA e na AL), na Rússia e na China.

O nome Marxismo vem de Karl Marx (1818-1883), porém marxismo é uma teoria econômica, política, histórica de muitos agentes. Um importante interlocutor (e apoiador) de Marx foi Friedrich Engels (1820-1895). Marx é filho de uma família judia e cursa direito e filosofia. Engels é filho de industrial alemão. Eles se conhecem num partido alemão chamado Partido Comunista. É encomendado a eles que façam um texto que expresse o programa e os propósitos do Partido. Eles escrevem então o ‘Manifesto do Partido Comunista’ (ou manifesto comunista) no qual finaliza com a frase: ‘trabalhadores do mundo: uni-vos’. Nesse texto eles discutem com as tendências do partido e propõem linhas de ações, entre elas: passagem da propriedade privada nas mãos dos nobres e da burguesia para as mãos do Estado comandado pela classe trabalhadora organizada em partidos e cooperativas.

Marx em vários de seus livros analise a postura dos agentes de sua época (industriais, nobres, comerciários) e para explicar suas ações os classifica a partir de classes sociais. Entre outros, essa discussão aparece em ‘O 18 de Brumário de Luís Bonaparte’ (1852).

Marx, depois de doutora-se, torna-se jornalista e para escrever seus textos estuda economia, entre outros Adam Smith (divisão do trabalho), David Ricardo ( renda terra). (Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844).

Em 1964, esse partido no qual Marx e Engels participa, em conjunto com outras diversas associações e sindicatos, organizaram um encontro internacional com representantes de trabalhadores da Europa e dos EUA, a Primeira Internacional. Marx é um dos dirigentes dessa organização que entres outras coisas organizavam as greves mundiais. Parte desse grupo, em 1871, organizou o primeiro levante operário do mundo: a comuna de Paris. Eles proponham: abolição da propriedade privada; centralização dos meios de produção pelo estado; educação pública para todos; entre outros. Para eles os operários das fábricas eram a única classe social que podia dar cabo ao capitalismo.

Marx começa o livro Capital analisando a mercadoria. Para ele ela possui duas dimensões:  o valor de uso (qualidade) e o valor de troca (valor comercial). O valor de troca é dado pelo valor que algo é vendido no mercado, medido pela quantidade de trabalho em horas no qual um trabalhador médio precisa para fazer uma dada mercadoria. Com a generalização das moedas nacionais em meados do sec. XIX, os objetivos da troca deixaram de ser apenas para aquisição de uma mercadoria para o uso cotidiano (o valor de uso), e passaram a objetivar a autovalorização do dinheiro. Mas lembrem-se, ninguém sobrevive de dinheiro, mas de substancias concretas (alimentos, moradia, vestuário, etc), e, além disso, os diversos produtores (de alimentos e de mercadoria) podem simplesmente não aceitar o dinheiro de um dado país.

A autovalorização da mercadoria é transferida para o trabalho necessário para a produção dela, assim, o trabalho torna-se equivalente a outro, tornando-se Trabalho Humano Abstrato. Para tanto o capitalista precisa que as pessoas deixem de produzir para si e aluguem a sua força de trabalho para ele. Por isso, o capitalista se associa aos agentes do Estado a fim de diminuir o custo de vida do trabalhador, além, é claro, de criar leis que favoreçam sua produção e sua venda. Para as pessoas deixarem de produzir para si o Estado precisa expropriar as terras comuns que pertenciam a camponeses. Marx chama isso de Primeira Acumulação (cap.24 do Capital). Na Inglaterra, esse processo teve seu início com a reforma protestante onde as terras, antes pertencentes a Igreja católica, passou a posse do Estado inglês. Seu acabamento se deu na Revolução Glorioso quando, em 1688, Guilherme III de Orange assume o poder e decreta as leis para o cercamento da terra comunal. Estas terras passam agora a ser dadas ou vendidas a preços irrisórios, em geral, para pastagens e para produção de alimentos em grande escala (p.519-520).

Para conter essa população e proteger a propriedade privada foram criadas legislações contra vagabundagem. O procedimento jurídico e sanguinário seguia o seguinte procedimento: primeiro se prendia; no caso de reincidência se açoitava e se marcava; se o sujeito fosse julgado como incapaz de regeneração ele era executado como traidor do Estado. Para manter o preço do trabalho baixo, o Estado cria legislações sobre o salário, a jornada de trabalho e a associação dos trabalhadores. Para Marx essa dependência é similar a escravidão.

Mantendo o preço da força de trabalho num valor baixo o capitalista, consegue extrair aquilo que Marx chama de mais-valia. Isso acontece pelo menos por três motivos: 1. o trabalhador produz mais do que necessita para sobreviver; 2. o trabalhador, com sua competência, consegue, com o tempo, aumentar a produtividade; 3. concentrando muitos trabalhadores num lugar o capitalista consegue uma produção que não seria possível se esses trabalhadores estivessem isolados.

Atividade 1: use os principais conceitos de Marx (pelos menos 3) e faça perguntas ao seu profissional.

Atividade 2: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa

Questão1. (Enem, 2020) “A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre as classes sociais no capitalismo decorrem da separação entre aqueles que detêm os meios de produção e aqueles que

A vendem a força de trabalho.

B exercem a atividade comercial.

C possuem os títulos de nobreza.

D controlam a propriedade da terra.

E monopolizam o mercado financeiro.

Questão2. (Enem, 2021) “Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, em não esperar dela qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras. (ENGELS, 2010). No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que correspondem ao(s)

A conceito de luta de classes.

B alicerce da ideia de mais-valia.

C fundamentos do método científico.

D paradigmas do processo indagativo.

E domínios do fetichismo da mercadoria.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Ana.Maria.fil.soc.2bim.3ano

 E.E. Ana Maria - Selvíria

Turmas de filosofia e sociologia 3 ano 2 bimestre

Tema: Direitos Humanos (DH)

pasta com todos os arquivos: https://drive.google.com/drive/folders/1d13fHTIePpdQns5Cjja5Y5inIPT-IXfc?usp=drive_link

Texto teórico e síntese dos artigos dos DH: https://drive.google.com/file/d/1zaxqV1kkjP1mjZL7IWh6UkIc_5tmPabM/view?usp=sharing

Material de apoio: conceitos, artigo completo, bibliografia, etc: https://drive.google.com/file/d/1ddYb9NjROwaqKQjdgDsiNT6tqOuFht0j/view?usp=drive_link

Constituição Federal Brasileira de 1988: 

de 2016: https://drive.google.com/file/d/120e47cKo3gWblF7N_3izuwN48ap9eCiw/view?usp=sharing

versão da internet: https://drive.google.com/file/d/16gWc_a_l2G-TMP2-jqqOdUcuvhSzTg-e/view?usp=sharing

Atividade de Filosofia

1. Escolha um dos artigos dos Direitos Humanos (DH), aponte os principais conceitos e diga o significado deles a partir do texto completo dos DH.

2. A partir do artigo dos DH escolhido, diga o artigo aparece na Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF). Copie no caderno o trecho mais importante do artigo (e se for o caso o inciso) da CF e diga o significado dos principais conceitos.

3. Escolha uma das questões de múltipla escolha e siga a sequência: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

Atividade de Sociologia

1. A partir do artigo dos DH escolhido, procure nas mídias jornalísticas (Uol, G1, CNN, etc.) um momento onde o artigo é violado

2. A partir do artigo dos DH escolhido, procure uma política pública brasileira implantada nas últimas décadas que busquem garantir esse direito.

3. Escolha uma das questões de múltipla escolha e siga a sequência (diferente da questão escolhida em filosofia): a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas anteriores, diga o que está certo e o que está errado

segunda-feira, 10 de março de 2025

Ana.Maria.fil.soc-avaliação.diagnostica

E.E. Ana Maria de Souza - Selvíria MS
Avaliação diagnóstica - Filosofia e Sociologia (todas as turmas)

Filosofia
Atividade 1: 
  • a) crie ou pegue uma história pronta com algum acontecimento
  • b) tire dessa história uma frase universal (uma ideia tenha independência em relação a história)
  • c) tire da frase universal a palavra mais importante. Esta palavra é o conceito. Diga o significado dele a partir da história
  • d) a partir do conceito, faça perguntas a história: uma que a história explica e uma que a história não explica
Atividade 2
  • a) diga o nome da profissão do profissional que você escolheu para conversar
  • b) diga o conceito que ele atua na realidade a partir de sua função social (por exemplo: o médico lida com a saúde, com a doença; o caminhoneiro lida com o transporte, com o tempo)
  • c) cite ao menos uma lei que regula o trabalho do profissional que você escolheu 
  • d) diga se o profissional que você conversou acha a lei justa ou injusta


Sociologia

Atividade 1: Escolha três questões de múltipla e siga a sequência: 

  • a) com suas palavras escreva a pergunta da questão
  • b) escreva o significado da principal palavra da pergunta
  • c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta
As questões estão baseadas nas leis 10.639/2003 (cultura e história da diáspora africana) e a 11.645/2008 (cultura e história indígena). O texto teórico está no link: https://umaconversasobrefilosofia.blogspot.com/2024/03/filosofiaafonsopena-4semana.html

1. (Unicamp2019) O texto a seguir foi retirado de um cartaz da campanha promovida pela FUNAI, em 2017, para combater o preconceito contra os povos indígenas. Leia-o e responda à pergunta: “Não há desenvolvimento que se perpetue sem meio ambiente preservado. Os saberes ecológicos indígenas, desenvolvidos geração a geração, são tecnologias essenciais para a proteção das matas, dos animais silvestres, dos mananciais de água, do solo e do subsolo. O índio não atrapalha o desenvolvimento. Como guardião da biodiversidade, gera condições para que ele aconteça. A um só tempo, o índio torna possível a preservação e o desenvolvimento.” Qual das ideias preconceituosas abaixo o texto procura combater?

2. (Unicamp2019) (1) Invasão de propriedade: Projetos de lei que tramitam no Congresso pretendem endurecer as regras contra as invasões de propriedades rurais no Brasil. Pelas propostas, as invasões vão ser classificadas como terrorismo, com pena de até 30 anos de prisão e uso imediato da força policial.
(2)


Considerando o que se afirma no texto (1), as perguntas feitas pela menina indígena no texto (2) revelam

3. (Enem 2012) Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. (TINHORÃO. As festas no Brasil Colonial. 2000). O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela

4. (Unicamp, 2024) “Dos pretos é tão própria e natural a união que a todos os que têm a mesma cor, chamam parentes; a todos os que servem na mesma casa, chamam parceiros; e a todos os que se embarcam no mesmo navio, chamam malungos.” (VIEIRA, 1688.) Sobre as comunidades de malungos no período da escravidão, é correto afirmar, de acordo com o texto, que são formadas 

5. (Unicamp, 2023) “[O STF] tem que votar contra. Estão desrespeitando o que está escrito na Constituição Federal. Não é hora do marco temporal sair como cobra grande para acabar com a gente. Os garimpeiros estão doidos para o Congresso Nacional aprovar essa lei do marco temporal, para eles continuarem a garimpar e botar máquina em terra indígena. [...] [O] marco temporal significa continuar a roubar a terra”. Considerando seus conhecimentos e as informações apresentadas, assinale a alternativa correta.

Exemplo de resolução a partir da questão 2

  • a) com suas palavras escreva a pergunta da questão: 
    • o que a pergunta da indígena revela acerca do projeto de lei sobre invasão de propriedade
  • b) escreva o significado da principal palavra da pergunta
    • revelar significar mostrar algo que estava oculto
  • c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta
    • a pergunta da menina indígena reveja que aquele que faz a lei de invasão de propriedade, invadiu as terras dos povos indígenas.
Atividade 2: a partir das três questões escolhidas na atividade 1, formule, para cada uma delas, 2 perguntas: 
  • a) uma que o texto responde
  • b) uma que o texto não responde

Exemplo de resolução a partir da questão 2

  • a) uma que o texto responde
    • o que diz o projeto de lei sobre invasão de propriedade?
    • O que a fala da menina indígena revela?
  • b) uma que o texto não responde
    • como aconteceram e como acontece as invasões de terra?
    • Por que as pessoas invadem terra?
    • Quanto tempo os invasores de terras indígenas levaram para propor uma lei sobre invasão de terra?

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Ana.Maria.fil.soc.1semana

Turmas de filosofia e sociologia do Ana Maria
Sou Robson Gabioneta, fiz graduação em filosofia e sociologia na Unicamp em Campinas SP. Fiz mestrado em filosofia antiga e faço doutorado na Faculdade de Educação da Unicamp. Estudaremos filosofia este ano. Antes de entramos propriamente na disciplina filosofia algumas coisas são importantes:
  • Estamos vivendo um momento de mudanças climáticas, por isso, tomem cuidado quando a temperatura foi superior a 37º que é a temperatura do corpo humano, pois, nessa situação, nosso corpo tem dificuldade de se esfriar. Assim, cuidem-se e cuidem de seus parentes, principalmente os mais frágeis (os mais velhos e os mais novos).
  • Lembrem-se que as sociedades e as pessoas, ao longo dos últimos milênios, produziram muitos conhecimentos (o modo de produzir alimentos, o modo de construir as cidades, as construções, as usinas, etc). A escola básica é uma das instituições que tem a função de organizar e transmitir esses conhecimentos. Uma outra instituição é a Universidade. Um desses conhecimentos é a história da filosofia. Na educação básica temos pouco tempo e poucos recursos para estudar tudo, por isso, sejam persistentes e retomem sempre o que vocês forem estudando.
Vamos a filosofia...
Quando eu preparo as aulas de vocês eu tenho que coordenar as seguintes orientações:
  • Constituição Federal de 1988, principal documento do Brasil;
  • a BNCC (Base Nacional Comum Curricular);
  • o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio);
  • o currículo do Ensino Médio do MS;
  • o que eu estudei na Unicamp.
Tudo isso a partir do que eu acho que é fundamental para a formação de vocês, mas vocês precisam, o tempo todo, julgar se o que estou apresentado de fato é importante para vocês e sua família.

O começo da filosofia 'ocidental':
Sócrates, nos século V a.C., era alguém capaz de mudar o pensamento e o comportamento das pessoas. Naquela época Atenas vivia em guerra, por isso, Sócrates começou a incomodar os generais e políticos. Um deles o acusou de corromper a juventude. Sócrates foi julgado, condenado a tomar veneno e morreu. Platão que era amigo de Sócrates, junto com outros amigos, acharam que Sócrates foi injustiçado e organizou uma escola, a academia de Platão, para estudar aquela cidade. Eles começaram a estudar a justiça, as leis, a guerra e a política daquele lugar. Eles fizeram isso conversando e anotando o que as pessoas diziam sobre esses assuntos. Assim, Platão e seus amigos estudaram toda a cidade, além daquilo que já falamos, a medicina, a matemática, a poesia, os esportes, as histórias antigas, entre outros.

Atividade 1: vamos praticar aquilo que Platão fez:
  • escolha dois ou três profissionais que você possa conversar (procure um parente e/ou amigo)
  • escolha dois ou três amigos que te ajude na conversa com os profissionais (pelo menos um que seja da sua sala)
Agora iremos usar o que a gente estudou para conversar com o profissional. Tentem conversar de maneira solta. O que é mais importante, nesse momento, é você e seus amigos serem aceitos pelos profissionais, por isso, tenham calma, lembrem-se que todo profissional, em geral, trabalha muito e não tem muito tempo para conversar com vocês.
Vocês podem perguntar a seu profissional se há justiça no seu trabalho, se ele recebe o justo, se as leis que regulam seu trabalho são boas, justas, etc. Observem os profissionais que vocês escolheram e não tenham pressa para saber tudo (lembrem-se, isso é impossível). Converse você e seus amigos sobre essa profissão, pesquise na internet sobre esse trabalho e como ela é importante para nossa sociedade.

Atividade 2: frase filosófica, conceito e perguntas a partir de histórias
Exemplo: história dos três porquinhos
três porquinhos saem da casa dos pais e constroem suas casas. A 1ª de palha, a 2ª de madeira e a 3ª de alvenaria. Veio um lobo e derrubou as duas primeiras, porém a segunda, como ele não conseguiu derrubar ele tenta entrar na chaminé. Os porquinhos percebem e colocam fogo, fazendo o logo fugir.
  • Frase filosófica (frase universal que independe da história): Casas frágeis podem ser derrubadas
  • Conceito (palavra mais importante): frágil que aqui é uma qualidade da casa por ação de um agente externo.
  • Perguntas que o texto responde (de preferência usando o conceito): porque as casas são frágeis? o que fazer para a casa não ser frágil?
  • Perguntas que a história não responde: a casa dos pais dos porquinhos eram frágeis? porque eles não se juntaram para construir uma casa forte (conceito oposto ao frágil)?
Faça o mesmo com uma outra história. Esse história pode ser real ou inventada. Vocês podem criar ou pegar uma já pronta. Pode ser de filme, de música. A importante que tenha algum fato significativo, que na história aconteça alguma coisa.

Turmas de sociologia
Sobre as leis 10.639/2003 e a 11.645/2008. Há 5 tipos de discursos sobre a diáspora africana e povos indígenas: 1. Viajantes; 2. Missionários; 3. Agentes do império; 4. Antropólogos (semelhante ao anterior); 5. Dos próprios povos.
ver postagem:

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Jomap.filosofia.1semana

Turmas de filosofia para o Jomap (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f, 1i; 2e, 2f, 2g, 2j; 3f)
Sou Robson Gabioneta, fiz graduação em filosofia e sociologia na Unicamp em Campinas SP. Fiz mestrado em filosofia antiga e faço doutorado na Faculdade de Educação da Unicamp. Estudaremos filosofia este ano. Antes de entramos propriamente na disciplina filosofia algumas coisas são importantes:
  • Estamos vivendo um momento de mudanças climáticas, por isso, tomem cuidado quando a temperatura foi superior a 37º que é a temperatura do corpo humano, pois, nessa situação, nosso corpo tem dificuldade de se esfriar. Assim, cuidem-se e cuidem de seus parentes, principalmente os mais frágeis (os mais velhos e os mais novos).
  • Lembrem-se que as sociedades e as pessoas, ao longo dos últimos milênios, produziram muitos conhecimentos (o modo de produzir alimentos, o modo de construir as cidades, as construções, as usinas, etc). A escola básica é uma das instituições que tem a função de organizar e transmitir esses conhecimentos. Uma outra instituição é a Universidade. Um desses conhecimentos é a história da filosofia. Na educação básica temos pouco tempo e poucos recursos para estudar tudo, por isso, sejam persistentes e retomem sempre o que vocês forem estudando.
Vamos a filosofia...
Quando eu preparo as aulas de vocês eu tenho que coordenar as seguintes orientações:
  • Constituição Federal de 1988, principal documento do Brasil;
  • a BNCC (Base Nacional Comum Curricular);
  • o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio);
  • o currículo do Ensino Médio do MS;
  • o que eu estudei na Unicamp.
Tudo isso a partir do que eu acho que é fundamental para a formação de vocês, mas vocês precisam, o tempo todo, julgar se o que estou apresentado de fato é importante para vocês e sua família.

O começo da filosofia 'ocidental':
Sócrates, nos século V a.C., era alguém capaz de mudar o pensamento e o comportamento das pessoas. Naquela época Atenas vivia em guerra, por isso, Sócrates começou a incomodar os generais e políticos. Um deles o acusou de corromper a juventude. Sócrates foi julgado, condenado a tomar veneno e morreu. Platão que era amigo de Sócrates, junto com outros amigos, acharam que Sócrates foi injustiçado e organizou uma escola, a academia de Platão, para estudar aquela cidade. Eles começaram a estudar a justiça, as leis, a guerra e a política daquele lugar. Eles fizeram isso conversando e anotando o que as pessoas diziam sobre esses assuntos. Assim, Platão e seus amigos estudaram toda a cidade, além daquilo que já falamos, a medicina, a matemática, a poesia, os esportes, as histórias antigas, entre outros.

Atividade 1: vamos praticar aquilo que Platão fez:
  • escolha dois ou três profissionais que você possa conversar (procure um parente e/ou amigo)
  • escolha dois ou três amigos que te ajude na conversa com os profissionais (pelo menos um que seja da sua sala)
Agora iremos usar o que a gente estudou para conversar com o profissional. Tentem conversar de maneira solta. O que é mais importante, nesse momento, é você e seus amigos serem aceitos pelos profissionais, por isso, tenham calma, lembrem-se que todo profissional, em geral, trabalha muito e não tem muito tempo para conversar com vocês.
Vocês podem perguntar a seu profissional se há justiça no seu trabalho, se ele recebe o justo, se as leis que regulam seu trabalho são boas, justas, etc. Observem os profissionais que vocês escolheram e não tenham pressa para saber tudo (lembrem-se, isso é impossível). Converse você e seus amigos sobre essa profissão, pesquise na internet sobre esse trabalho e como ela é importante para nossa sociedade.

Atividade 2: frase filosófica, conceito e perguntas a partir de histórias
Exemplo: história dos três porquinhos
três porquinhos saem da casa dos pais e constroem suas casas. A 1ª de palha, a 2ª de madeira e a 3ª de alvenaria. Veio um lobo e derrubou as duas primeiras, porém a segunda, como ele não conseguiu derrubar ele tenta entrar na chaminé. Os porquinhos percebem e colocam fogo, fazendo o logo fugir.
Frase filosófica (frase universal que independe da história): Casas frágeis podem ser derrubadas
Conceito (palavra mais importante): frágil que aqui é uma qualidade da casa por ação de um agente externo.
Perguntas que o texto responde (de preferência usando o conceito): porque as casas são frágeis? o que fazer para a casa não ser frágil?
Perguntas que a história não responde: a casa dos pais dos porquinhos eram frágeis? porque eles não se juntaram para construir uma casa forte (conceito oposto ao frágil)?
Faça o mesmo com uma outra história. Esse história pode ser real ou inventada. Vocês podem criar ou pegar uma já pronta. Pode ser de filme, de música. A importante que tenha algum fato significativo, que na história aconteça alguma coisa.

Documentos citados estão disponíveis no drive:

Falei para algumas turmas que pedi transferência para a escola Ana Maria de Selvíria, pois ela fica mais perto da minha casa. Agradeço a todos vocês pela companhia dessa semana.