Ana.Maria.soc.3bim.1ano
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Ana.Maria.fil.3bim.1ano
Ana.Maria.fil.3bim.1ano
EE Ana Maria Prof. filosofia Robson
1 ano 3Bim. Filosofia do Brasil.
Hansen, 2010. Manuel da Nóbrega.
Contextualização: 52. em 1415, os portugueses, em busca de ouro, com
financiamento de italianos e alemães expulsam os mulçumanos em Ceuta e inicia a
exploração da África. 53. em 1500 os portugueses compram africanos e revendem
na própria África. 55. auge económico português: 1481-1521. 77. como os
franceses, entre 1500-1530 os portugueses fizeram pequenas trocas com os
indígenas no Br. 78. em 1549, com o governo geral, Portugal abriu três frentes:
“exploração e defesa militares do território, agricultura extensiva e conquista
espiritual”; no Nordeste (PE e BA) e Sudeste (São Vicente). 79. em 1537 Port.
proíbe a escravização dos índios; declara a liberdade dos índios em 1570; porém
os colonos escravizam e matam. 79. reis espanhóis e portugueses (depois de
1640) regularizam a escravidão pois os índios não possuem Fé, Lei e Rei (F, L e
R). 61. 1517 teses de Lutero (defendia
que o contato com Deus se dava pela bíblia, dispensando os ritos e o clero).
63. “Nóbrega executa as determinações teológico-políticas do Concílio de Trento
(1540-1563) seguidas pela Companhia [de Jesus]”. 65. os textos eram escritos em
português, castelhano, italiano, latim, língua brasílica (língua geral ou
nheengatu), língua de Angola (provavelmente banto) (e não o inglês); a escrita
não é informal, mas recupera autores latinos.
A Companhia de Jesus e os indígenas:
24. Os tupis do litoral eram nômades, mas Nóbrega os fixava em aldeias, criando
a primeira escola. 27. os padres ensinavam ofícios manuais; inicialmente os
missionários recebiam esmolas, mas depois salários; em 1553 chegou Anchieta,
fluente em português, espanhol e latim, depois aprendeu tupi. 28. os índios
eram batizados e levados para aldeia para não praticarem “o nomadismo, o
xamanismo, a nudez, a poligamia, a guerra por vingança, a cauinagem e a
antropofagia ritual”. 37. “A lei que
lhes hão-de dar é defender-lhes comer carne humana e guerrear sem licença do
Governador; fazer-lhes ter uma só mulher; vestirem-se, pois têm muito algodão,
ao menos depois de cristãos; tirar-lhes os feiticeiros; mantê-los em justiça
entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos, sem se mudarem para
outra parte senão for para entre cristãos, tendo terras repartidas que lhes
bastem, e com estes Padres da Companhia para os doutrinarem” (Manuel da
Nóbrega. “Carta da Bahia, 8 de maio de 1558”. In: Serafim Leite, 1977).
Alencastro, o trato dos viventes, 2000.
91. os port. aprenderam sobre as comidas indígenas (mandioca, milho e batata
doce) e africana (banana). 90. Conflito entre Portugal e Holanda de 1621-1665.
234. port. expulsam os holandeses em 1648. 239. com os bandeirantes derrotaram
o quilombo dos Palmares em 1694. 298. Os portugueses derrotaram o Congo na
batalha de Ambuíla em julho de 1666. 344. Vieira diz que não se pode permitir
os quilombos para que eles não se espalhassem, perdendo a unidade portuguesa.
346. os mulatos (filhos de negras e indígenas) trabalhavam como intermediários
e na guerra.
Castro, 2002, O mármore e a murta. 126.
Sermão do Espírito Santo (1657 de Antonio Vieira compara os indígenas (em
especial os Tupinambá da costa) a murta, planta decorativa, pois eles são
maleáveis, e os europeus ao mármore que, apesar de sólida (ou mesmo por isso)
gera estátuas que duram no tempo. 128. Anchieta enumera os entraves: “Os
impedimentos que ha para a conversão e perseverar na vida cristã de parte dos Índios,
são seus costumes inveterados […] como o terem muitas mulheres; seus vinhos em
que são muito contínuos […] Item as guerras em que pretendem vingança dos
inimigos, e tomarem nomes novos, e títulos de honra; o serem naturalmente pouco
constantes no começado, e sobretudo faltar-lhes temor e sujeição” […] (1584:
333).
Maxwell, 2004, Marquês de Pombal
(Sebastião José de Carvalho e Melo) (1699-1782). contexto histórico: 54.
domínio espanhol: 1580-1640; reconhecimento de Port. por parte da Ing, Hol e
Esp; 1808 Napoleão toma Lisboa e a coroa vai para o Brasil. 54. D. João V reina
Port no começo do sec. xviii com muitas riquezas vinda do Br; de 1750-1777
reina D. José I com a ajuda de Pombal; 1777-1792 D. Maria (louca); 1792 D.
João; 1816 D. João VI unifica o reino do Br e Port. 56. em 1690 paulistas,
mestiçados com índios, descobriram ouro de aluvião (em rochas) a 600 km do RJ,
na serra da Mantiqueira, nascente do rio São Francisco, em Ouro Preto e
Diamantina MG. 68. conflito entre port e
esp entre 1735-1737. 1750 tratado de Madrid (substituição do tratado de Tordesilhas):
fronteira é o rio Uruguai, assim as sete missões jesuítas (no RS) são de port
que exigia a saída dos jesuítas e índios convertidos para lá.
Trajetória de Pombal: Em 1733 Pombal
entra na Academia Real de História Portuguesa (os iluministas disputavam com os
jesuítas a educação e formas de governo) (p.29); entre 1739-1743 substituiu o
tio como embaixador na Inglaterra, lá conhecer a ciência inglesa (Newton,
Locke, Bacon) (p.20); em 1745 vai para Viena (p.23); em 1750 morre o rei D. João V e assumi D. José I;
Pombal é indicado para primeiro-ministro (p.26). 37. Propaganda de Pombal
contra a Companhia de Jesus. Texto: Relação abreviada da república que os
religiosos das províncias de Portugal e Espanha estabeleceram nos domínios
ultramarinos das duas monarquias e da guerra que neles tem movido e sustentado
contra os exércitos espanhóis e portugueses. Publicada em 1756; tradução em
português, italiano, francês, alemão e inglês, com 20 mil cópias). Os jesuítas
criticam a propaganda.
Ação Política de Pombal: 39. Terremoto
em Lisboa em 01/11/1755, destruindo ⅓ da cidade com cerca de 15 mil mortos. 41.
Pombal assumiu a liderança: saqueadores são enforcados; cadáveres lançados no
mar; alimentos e materiais de construção tiveram o preço fixado antes do
evento. 42. os oficiais-engenheiros eram controlados por Pombal. 77. Os
jesuítas na AM tinham uma organização comercial: gado; frutos; drogas nativas;
Mendonça Furtado escreve ao irmão Pombal sugerindo a importação de escravos
para a AM e tirar a influência dos jesuítas. 78. Em 1756 Pombal cria a
Companhia do Gão-Pará e Maranhão, dando-lhes direitos exclusivos de comércio e
navegação por 20 anos, revoga os direitos de tutela dos jesuítas de 1680,
substituindo por funcionários do Estado. 93-94. houve um motim em 1557 que Pombal
foi enérgico: alguns foram enforcados, outros enviados à África, outros
chicoteados, outros para prisão; os bens foram confiscados; Porto viveu estado
de sítio (proibido se reunir à noite ou usar arma). 96. em 1757 Pombal
substitui por padres de confiança os jesuítas que eram confessores da família
real. 102. se opunha a Pombal os puritanos, aqueles que não tinham origem judia
ou mouro; isso era necessário para servir o exército e assumir cargos públicos
a partir de 1496 (esses ligados a propriedade rural); em 1758 D José I sofreu
um atentado, obrigando a rainha a assumir o governo. 103. os supostos culpados
foram condenados a crime de rebelião, sendo partidos, queimados e decapitados,
como se fazia em toda a Europa. 106. em 1759, dizendo que os jesuítas
participaram da rebelião contra o rei, os expulsando das colônias, inclusive o
Brasil; nas missões guarani, no sul, os jesuítas se opõem às decisões de Port e
arma os índios. 109. em 1773 eles são suprimidos pelo Papa (voltando em 1814,
em especial na Rússia). 115. em 1761 Pombal criou o Erário Régio “Com altos
salários para os funcionários, técnicas modernas de contabilidade, o sistema de
partidas dobradas e a publicação de balancetes regulares”. 116. ruptura de Port
com Roma foi de 1760-1768. 117. a Inquisição ficou a cargo do Estado: entre
1684-1747 condenou-se 4.672 pessoas com 46 mortes na fogueira; entre 1750-1759
houve 1.107 sentenças e 18 mortos na fogueira. 122. os jesuítas tinham 34
colégios em port e 17 no Br; Pombal visava: “colocar o ensino sob a tutela do
Estado, secularizar a instrução e uniformizar os programas”; rapazes aprendiam
ler, contar e a doutrina cristã; as raparigas a ler, cuidar da casa; os índios
eram proibidos de falar sua língua e sim falar português. 229. os cursos
superiores foram reformados; em medicina pode-se dessecar cadáveres que não era
permitido devido a religião; criou-se a faculdade de matemáticas e filosofia.
nota 68. Pombal abole a escravidão em Port (decreto de 1761 e lei de 1773), dai
os escravos das colônias terem solicitado também a abolição.
Sequência para resolução de questões de
múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o
significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz
dessa pergunta / d) pesquisa palavras desconhecidas / e) a partir das etapas
anteriores, diga o que está certo e o que está errado
Questão 1 (Enem, 2021). “É preciso usar de violência e
rebater varonilmente os apetites dos sentidos sem atender ao que a carne quer
ou não quer, mas trabalhando por sujeitá-la ao espírito, ainda que se revolte.
Cumpre castigá-la e curvá-la à sujeição, a tal ponto que esteja disposta para
tudo, sabendo contentar-se com pouco e deleitar-se com a simplicidade, sem
resmungar por qualquer incômodo” (KEMPIS, 2015). Qual característica do
ascetismo medieval é destacada no texto?
a Exaltação do ritualismo
litúrgico. /b Afirmação do pensamento racional. / c Desqualificação da
atividade laboral.
d Desvalorização da materialidade
corpórea.
Questão 2 (Cunha, 2018). Manuel da Nóbrega (1517-1570)
acreditava que deveria contar com a presença de um grupo de músicos para
garantir o sucesso das expedições de catequização. Dizia-se que os índios
permitiriam a entrada de inimigos em suas aldeias, e até poupariam da morte os
guerreiros capturados, caso soubessem cantar e tocar. Os jesuítas ensinavam os meninos
índios, nos primeiros tempos de Brasil Colônia, a:
A Tocar guitarra e violão / B Compor
cantos religiosos
C Cantar, tocar e fazer teatro / D Ler,
escrever, contar e cantar
Questão 3 (São Camilo, 2021). “A ordem que desejamos era fazerem
ajuntar ao gentio em povoações convenientes, e fazer-lhes favores em favor de
sua conversão, e castigar neles os males que forem para castigar, e mantê-los
em justiça e verdade entre si como vassalos de El-Rei, e sujeitos à Igreja, e
fazer-lhes também justiça nos agravos e escândalos dos cristãos, o que se faria
bem se a justiça secular e eclesiástica fosse mais zelosa” (Manuel da Nóbrega,
2017). O padre Manoel da Nóbrega, superior da Ordem dos Jesuítas no Brasil,
escreveu de Salvador, na Bahia, uma carta para o padre Miguel de Torres, em
Lisboa. A carta data de agosto de 1557 e, nesse trecho, Manoel da Nóbrega:
A revela a disputa entre Igreja e
Estado na colônia e a oposição eclesiástica à exploração da mão de obra
escrava.
B expõe um projeto de colonização e
a necessidade de atuação eficaz das instituições instaladas na colônia.
C reconhece a importância da
formação de uma sociedade colonial miscigenada e a homogeneidade da cultura
indígena.
D exalta os progressos da conversão
dos índios ao cristianismo e o clima de entendimento entre os diversos grupos
sociais da colônia.
Questão 4 (FGV). A longa administração pombalina
(1750-1777) causou controvérsias ao expulsar os jesuítas de Portugal e de todos
seus domínios, em 1759. Tal expulsão, que implicava o confisco dos bens dos
religiosos, pode ser atribuída:
a) ao enorme déficit do Tesouro
português, provocado pelas despesas feitas com construção de Lisboa, destruída
pelo terremoto de 1755.
b) à antipatia que o ministro,
seguidor da filosofia iluminista, nutria pelos jesuítas, responsáveis pelo
atraso cultural do país.
c) ao processo de centralização
administrativa que exigia a eliminação da Companhia de Jesus, acusada de formar
um estado à parte.
d) à vontade de igualar-se à
monarquia francesa que praticava o despotismo esclarecido.
Questão 5 (UEA). “Da ilha amazônica de Marajó ao
interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e
de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os
anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e
salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A
Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em
Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos” (Alden,
1999). O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de
Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua decisão visou, entre outros
objetivos:
A Afastar uma instituição relativamente independente dentro do Estado e incorporar as riquezas da Ordem em período de dificuldades financeiras.
B Diversificar as atividades econômicas no Império e suspender o monopólio comercial da Metrópole sobre as especiarias exportadas.
C Consolidar as fronteiras com os territórios espanhóis
nas regiões de floresta e isolar internamente os aliados dos reis católicos de
Castela.
D Favorecer a escravização dos
indígenas das missões religiosas e combater o contrabando das drogas do sertão.
Ana.Maria.soc.3bim.2ano
Ana.Maria.soc.3bim.2ano
Pepe Escobar (a partir do livro The Once and Future World Order de Amitav Acharya)
https://www.youtube.com/watch?v=wpFtBfxixeY
outros que trataram disso: Giovanni Aguirre, Emmanuel Wallerstein, Enrique Dussel
contribuições das civilizações
Egito, Mesopotâmia e Pérsia (para os gregos): astronomia, química, matemática, reinado divino
Fenícia: rudimentos da língua grega
Grécia: arte, ciência e filosofia
Roma: direito, a ideia de império, administração
Índia (para China): budismo, filosofia, numerais, exploração do algodão, aço
China (para Europa): seda, pólvora, compasso, impressão, exame para ingresso no serviço público pela meritocracia.
Mundo Islâmico: medicina, química, fundamentos da óptica, preservação da filosofia grega.
o que o resto (não ocidente): anti-imperialismo, nacionalismo, soberania (Conferência de Bandung em 1955: Ásia e África; depois movimentos dos não-alinhados)
Ana.Maria.fil.3bim.2ano
Ana.Maria.fil.3bim.2ano
Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.
Texto da filosofia moderna (ênfase na construção do Estado)
https://drive.google.com/file/d/1l4JMy85bMK6iPnR-tqHI-rzffKgxvFhy/view?usp=drive_link
Ana.Maria.soc.3bim.3ano
Ana.Maria.soc.3bim.3ano
3 ano sociologia - Organizações da ONU
Atividade 1: interpretação de uma letra de música. Etapas: a. Escolha uma letra de música dissertativa(que não seja narrativa); b. Sintetize a ideia principal e justifique citando trechos da letra; c. Formule pelo menos 3 (três) perguntas.
Atividade 2: Estruturas da ONU. Etapas: a) em grupos de 2 a 4 pessoas escolha uma das Organizações da ONU; b) pesquise na internet (pode ser o próprio site ou IA ou Wikipédia) as informações básicas (quando surgiu, como funciona, o que faz, etc); c) escolha uma notícia ou um relatório para sintetizar; d) formule perguntas (pelo menos 3) a partir da síntese.
Assembleia geral
https://brasil.un.org/pt-br/278975-assembleia-geral-da-onu
Conselho de Segurança
https://main.un.org/securitycouncil/es
Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos (CNUDH)
Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR)
https://acnudh.org/pt-br/
https://www.ohchr.org/es/ohchr_homepage
Fundo Monetário Internacional (FMI) (IMF - International Monetary Fund)
https://www.imf.org/es/home
Banco Mundial (BM) (WBG = World Bank Group)
https://www.worldbank.org/ext/en/home
https://www.worldbank.org/pt/country/brazil
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla do inglês Food and Agriculture Organization)
https://www.fao.org/brasil/pt/
https://www.fao.org/brasil/publicacoes/pt/
Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International Labour Organization)
https://www.ilo.org/pt-pt/regions-and-countries/latin-america-and-caribbean/brasil/conheca-oit
https://www.ilo.org/es/all-publications-for-topic?cf0=3791%2B3796
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — (acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)
https://www.unesco.org/es
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF - United Nations Children's Fund)
https://www.unicef.org/brazil/
https://www.unicef.org/brazil/painel-de-dados#educacao
Ana.Maria.fil.3bim.3ano
Ana.Maria.fil.3bim.3ano
Críticas ao direito humano
https://bolivia.justia.com/nacionales/nueva-constitucion-politica-del-estado/
https://drive.google.com/file/d/1X94ETcuVSOqRmJT1CqDb9t_BXXkHfVyL/view?usp=sharing
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Ana.Maria.fil.soc.2bim.1ano.prova
c) A habilidade de modelar e dar vida aos seres humanos.
d) A sabedoria para evitar as artimanhas de Exu.
a) A floresta anterior era muito escura e Omama queria mais luz; o nome da nova floresta é Aruanã.
b) A floresta anterior era frágil e o céu desabou sobre ela; o nome da nova floresta é Hutukara.
c) A floresta anterior não produzia frutos suficientes para Omama e Yosi; o nome da nova floresta é Yãnomami.
d) Omama queria testar seus poderes de criação; o nome da nova floresta é Xapiri.
a) Eles construíram grandes cidades harmonicamente.
b) Eles se tornaram imortais e viveram como os deuses.
c) Eles causavam danos uns aos outros por falta de "arte política" e se dispersavam.
d) Eles se tornaram caçadores habilidosos e dominaram todos os outros animais.
a) A velocidade e agilidade para fugir da ohti (onça).
b) A força para lutar contra os outros tikã (bichos) e a ohti.
c) A astúcia, abordagem direta e respeitosa com a itxiateié.
d) A capacidade de hipnotizar a itxiateié para que ela adormecesse.
a) asseguram as expressões multiculturais.
b) promovem a diversidade de etnias.
c) falseiam os dogmas teológicos.
d) restringem a liberdade de credo.
a. compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b. preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
c. integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
d. possibilitar a adoração de santos católicos.
A) etnia e miscigenação racial.
B) sociedade e igualdade jurídica.
C) espaço e sobrevivência cultural.
D) progresso e educação ambiental.
E) bem-estar e modernização econômica.
a) Eles imediatamente exigiram a construção de fortalezas e escravos para se defenderem e trabalharem.
b) Eles começaram com o tráfico de bens, para depois pedirem permissão para fixar residência, construir estruturas e, por fim, exigir escravos.
c) Eles ofereceram presentes e alianças de paz duradouras antes de qualquer solicitação de terras ou trabalho.
d) Eles se limitaram ao comércio e nunca expressaram o desejo de morar ou construir cidades entre os indígenas.
A as palavras e imagens dos espíritos xapiris perderam-se com a chegada dos portugueses ao Brasil.
B a memória dos seus antepassados é gravada em imagens desenhadas em suportes de pele animal.
C os brancos e os yanomamis consideram culturalmente o passado e o presente do mesmo modo.
D a oralidade tem um papel importante na preservação da memória e na transmissão de conhecimentos aos jovens.
A a fragilidade das lutas dos povos indígenas pela demarcação de terras no Brasil.
B a necessidade de integrar os povos indígenas à sociedade nacional não indígena.
C a falta de estrutura para o desenvolvimento das terras indígenas demarcadas
D a importância da demarcação das terras indígenas para o Brasil como um todo.
a) a solução para os problemas de discriminação racial, econômica, sociocultural e étnica no Brasil.
b) promotoras do preconceito e discriminação racial, e da desigualdade e exclusão educacional no país.
c) o início do processo de enfrentamento da desigualdade e exclusão educacional no país.
d) ações realizadas pelo Ministério da Educação para promover a igualdade de oportunidades para todos.
terça-feira, 29 de abril de 2025
Ana.Maria.fil.2bim.1ano
EE Ana Maria Prof. Robson. Filosofia 1 ano 2 bimestre. Mito / História / Filosofia
Pasta com livros completos: https://drive.google.com/drive/folders/164BEnDLzOPCIMhERWy26OWINySywyZ7B?usp=sharing
O
Mito é uma história que não pode ser verificada. Nos Mitos, muitas vezes, é
apresentado a relação entre os humanos e seres não humanos, contando como
surgiram o cosmos (universo), o planeta Terra, os elementos da natureza (sol,
mar, trovão, ar, chuva, etc.), os seres humanos, os animais, as plantas. Esses Mitos
são chamados de Mitos da criação. Muitos Mitos falam sobre a luta dos seres
humanos para sobreviver e os problemas sociais que eles causam. Por isso eles
são fonte de conhecimento das sociedades, tanto as sociedades antigas como as
sociedades atuais.
A
História, saber humano que estuda os fatos ocorridos, se baseia nos Mitos, mas
busca se distinguir deles. Vejamos uma ilustração desta distinção:
Mito |
História |
Surgimento
do mundo a partir de Omama contado por Davi Kopenawa |
O
modo de vida dos Ianomamis no Am |
A
humanidade é criada a partir da lama de Nanã, sendo moldada por Oxalá |
O
modo como os afrodescendentes cultuam seus deuses. |
O
modo como weõe (preá) pegou o xiãwn (fogo) de itxiateié (velha) |
Como
os Ofaié de TL fazem fogo |
Travessia
do mar vermelho do povo hebreu na saída do Egito |
Migração
do povo hebreu do Egito para Canãa |
Descrição
da guerra de Troia por Homero |
Guerra
real entre troianos e gregos a partir de resquícios arqueológicos |
O
fim do mundo para os Maias (21/12/2012) |
Como
os Maias se organizavam |
Hesíodo,
poeta grego, na Teogonia (1995), diz que as Musas o ensinaram que no inicio
nasceu o Caos, depois Urano (céu) Eros e Gaia (terra). Urano e Gaia geram
Oceano e Cronos. Este último tira o poder de Urano mas é destronado por seu
filho Zeus. Este, para acabar a guerra, divide o poder entre seus irmãos
Posidão (águas) e Hades (submundo).
Mito
do surgimento do mundo para os Iorubás (contada por
Prandi, 2007, um antropólogo): “[...] antes do início dos tempos, Olorum, o ser
supremo, já habitava a eternidade. Ele vivia só, e tudo á sua volta era igual,
sem diversidade e sem movimento. Acabou se cansando de tanto nada, de tanta
mesmice, e decidiu fazer um mundo onde seu olhar pudesse pousar a cada instante
numa coisa diferente [...] Olorum criou os orixás e atribuiu a cada um deles um
de seus poderes [...] Olorum entregou o saco da criação para Oxalá, seu filho
mais velho e disse: ‘vá e crie mas antes faça uma oferenda a Exu que ele te
ajudará na criação do mundo’. Como Oxalá se esqueceu de Exu, este lhe preparou
três incidentes: primeiro fez Oxalá cair e sujar as vestes na lama da estrada
[...]; mais adiante Oxalá tropeçou numa cabaça de azeite de dendê, e de novo
sua roupa teve que ser substituída. [...] na terceira vez, foi com carvão que
Oxalá se sujou. E lá foi ele de novo se trocar [...] Odudua, outro irmão de
Oxalá, resolveu tirar proveito da situação [...] e foi se aconselhar com seu
irmão Ifá. [...] Ifá jogou seus dezesseis búzios mágicos no chão e disse a
Odudua que suas pretensões poderiam se concretizar. Antes de mais nada deveria
oferecer a Exu [...] Oxalá parou sob um dendezeiro e com seu cajado fez um furo
no caule da palmeira [...] Oxalá bebeu do vinho-de-palma até matar a sede, mas
a bebida lhe deu muito sono. Ali mesmo, na estrada, Oxalá adormeceu, embriagado
[...] Odudua pegou o saco da Criação e foi no local adequado. Lá ele tirou do
saco da Criação um punhado de terra que atirou sobre as águas [...] Em seguida
soltou a galinha de pés de cinco dedos, e ela se pós a ciscar, espalhando por todos
os lados a terra do montículo. Uma grande superfície sólida foi se formando
sobre os pés da galinha. [...] Oxalá acordou e viu que o mundo já existia,
então voltou a casa de Olorum que o repreendeu: ‘nunca mais beberá
vinho-de-palma [...] ainda falta o mais importante no mundo. Eu pus na sua
cabeça a semente de uma ideia que não pus no saco da Criação’. Olorum mandou
Exu acompanhar Oxalá. [...] Oxalá depositara na primeira encruzilhada presentes
para Exu. [...] Com as próprias mãos, Oxalá amassou o barro e com ele modelou
os bonecos aos quais deu a vida com o sopro de Olorum, transformando-os em
seres humanos.
Mito
do surgimento do mundo para os Yanomami (contada por Davi
Kopenawa, 2015, um indígena): “[...] no começo, Omama e seu irmão Yosi vieram à
existência sozinhos. [...] Então, foi a vez de Omama vir a existir e recriar a
floresta, pois a que havia antes era frágil. Virava outra sem parar, até que,
finalmente, o céu desabou sobre eles. Seus habitantes foram arremessados para
debaixo da terra [...] Por isso Omama teve de criar uma nova floresta, mais
sólida, cujo nome é Hutukara. [...] Depois, para evitar que desabasse, plantou
nas suas profundezas imensas peças de metal, com as quais também fixou os pés
do céu. Mais tarde, com o metal que ficou, depois de fazer com que ficasse
inofensivo, Omama também fabricou as primeiras ferramentas de nossos
ancestrais. [...] Também desenhou o primeiro sol, para nos dar luz. Mas era por
demais ardente e ele teve de rejeitá-lo, destruindo sua imagem. Então, criou
aquele que vemos até hoje no céu, bem como as nuvens e a chuva, para poder
interpô-los quando esquenta demais. Isso ouvi os antigos contarem. Omama criou
também as árvores e as plantas, espalhando no solo, por toda parte, as sementes
de seus frutos. [...] Certo dia, Omama trabalhava em sua roça com o filho, que
começou a chorar de sede. Para matar-lhe a sede, ele perfurou o solo com uma
barra de metal. Quando a tirou da terra, a água começou a jorrar violentamente
em direção ao céu e jogou para longe o menino que se aproximara para bebê-la.
[...] No início, nenhum ser humano vivia ali. Omama e seu irmão Yoasi viviam
sozinhos. Nenhuma mulher existia ainda. [...] Nós saímos, mais tarde, da esposa
de Omama, Thuëyoma, a mulher que ele tirou da água. [...] O sol e a lua têm
imagens que só os xamãs são capazes de fazer descer e dançar. Elas têm a
aparência de humanos, como nós, mas os brancos não são capazes de conhecê-las.
Mito
do nascimento dos seres (contado por Platão, séc. IV a.C., 1980): “Houve
um tempo em que só havia deuses, sem que ainda existissem criaturas mortais.
Quando chegou o momento determinado pelo Destino, para que estas fossem
criadas, os deuses as plasmaram nas entranhas da terra, utilizando-se de uma
mistura de ferro e de fogo, acrescida dos elementos que o fogo e à terra se
associam. Ao chegar o tempo certo de tirá-los para a luz, incumbiram Prometeu e
Epimeteu de provê-los do necessário e de conferir-lhes as qualidades adequadas
a cada um. Epimeteu, porém, pediu a Prometeu que deixasse a seu cargo a
distribuição. Depois de concluída, disse ele, farás a revisão final. Tendo
alcançado o seu assentimento, passou a executar o plano. Nessa tarefa, a alguns
ele atribuiu força sem velocidade, dotando de velocidade os mais fracos, a
outros deu armas; para os que deixara com natureza desarmada, imaginou
diferentes meios de preservação [...] Destarte agiu com todos, aplicando sempre
o critério de compensação. Tomou essas precauções, para evitar que alguma
espécie viesse a desaparecer. Depois de haver providenciado para que não se
destruíssem reciprocamente [...] De seguida, determinou para todos eles
alimentos variados, de acordo com a constituição de cada um: a estes, erva do
solo; a outros, frutos das árvores; a terceiros, raízes, e a alguns, ainda, até
mesmo outros animais como alimento, limitando porém, a capacidade de reprodução
daqueles, ao mesmo tempo que deixava prolíficas suas vítimas, para assegurar a
conservação da espécie. [...] Prometeu para inspecionar a divisão e verificou
que os animais se achavam regularmente providos de tudo; somente o homem se
encontrava nu, sem calçados, nem coberturas, nem armas [...] Prometeu para
assegurar ao homem a salvação, roubou de Hefesto e de Atena a sabedoria das
artes juntamente como fogo e os deu ao homem. [...] o homem, em virtude de sua
afinidade com os deuses, o único dentre os animais a crer na existência deles,
tendo logo passado a levantar altares e a fabricar imagens dos deuses. Não
demorou, e começaram a coordenar os sons e as palavras, a engenhar casas,
vestes, calçados e leitos, e a procurar na terra os alimentos. [...] quando se
juntavam, justamente por carecerem da arte política, causavam-se danos
recíprocos, com o que voltavam a dispersar-se e a serem destruídos como antes.
Preocupado Zeus com o futuro de nossa geração, não viesse ela a desaparecer de
todo, mandou que Hermes levasse aos homens o pudor e a justiça, como princípio
ordenador das cidades e laço de aproximação entre os homens”.
Uma
história sobre o xiãwn (recontada pelos Ofaié a partir de Darcy Ribeiro, 2021):
“Tinha uma itxiateié (velha). Ela era a xiãwnteié (mãe do fogo). Todos queriam
o xiãwn (fogo) porque no inverno todos passavam muito frio e, também porque
sabiam que o xiãwn tinha outras utilidades. Então eles se juntaram para tomar o
tição da itxiateié. [...] o chefe dos tikãnhé mandou o känawra (tatu) tomar o
xiãwn da itxiateié. O känawra deitou-se. Depois ele começou a coçar a itxiateié
para ela dormir. [...] Aí o känawra pegou o tição e saiu correndo. Mas a
itxiareié acordou, assoviou alto para seu filho que era uma ohti (onça) muito
ágil. Aquela ohti pegou o rastro do känawra, saiu correndo atrás dele e,
facilmente tomou o tição. [...] esta história é muito comprida, porque foi lá
roubar o xiãwn, tudo quanto foi tikã: a fwitaié, o kregrai, o häto, tudo. Mas
ninguém podia com a ohti. Por incrível que pareça, quem conseguiu pegar o xiãwn
foi um bichinho atoa. Foi o weõe (preá). [...] quando ele chegou lá, foi
diretamente ao assunto: ‘bom dia vó! Como vai por aqui? Eu já vim para levar
este xiãwn’. E foi pegando o tição e foi amarrando no pescoço [...] o weõe deu
uma volta, passou por trás da ohti e foi cortando o mato por outro caminho.
[...] (depois de dias a ohti encontrou o weõe e então conversaram como amigos).
A ohti ensinou tudo, até fazer xiãwn quando acabasse o tição. Ela falou: ‘você
mesmo pode fazer xiãwn. É só pegar um pauzinho bem seco e esfrega-lo com a mão
em cima de outro pau, esfrega bastante que sai xiãwn”.
Análises
dos mitos:
1. Escolha
um mito e com suas palavras descreva os principais acontecimentos;
2. Imagine
e escreva, a partir do mito escolhido, o que aconteceu antes e depois do
acontecimento principal;
3. Quem
é o eu lírico do mito? Quem viu ou ouviu o mito que está sendo contado?
4. Quem
são os personagens e como eles se relacionam?
5. Que
elemento da natureza é apresentado no mito? Qual a importância desse elemento
hoje? Como as pessoas na nossa época se relaciona com esse elemento?
6. Qual
o princípio ou os princípios que estão por trás do mito?
7. Quais
frases genéricas podemos fazer a partir do mito?
8. Que
perguntas podemos fazer para o mito?
9. Escolha
outro mito e faça a sequencia de 1 a 7, depois compare-os.
Ana.Maria.soc.2bim.1ano
EE Ana Maria Prof. Robson. Sociologia 1 ano 2 bimestre. Sociedades Tradicionais (o conhecimento delas parte das Sociedades Modernas que se formas a partir delas, por isso importa saber quem produz o discurso ou a narrativa)
Pasta com os textos completos: https://drive.google.com/drive/folders/1faV5TMa4b9MLafCI1CTWInC4zmvstYwg?usp=sharing
Em
Sociologia as sociedades Tradicionais se opõem as Sociedades Modernas a partir
do seu modo de vida. As sociedades Tradicionais (povos indígenas,
quilombolas, ribeirinhos, pequenos agricultores) produzem para sobreviver e
participam de maneira esporádica do comércio com outras sociedades. As Sociedades
Modernas se organizam a partir das trocas que realizam com outras sociedades,
por isso, muitas delas, se especializam na produção de alguma coisa. As Sociedades
Modernas podem ser urbanas ou rurais. Apesar das Sociedades Modernas urbanas
serem distintas das rurais, em ambas as sociedades há um continuo fluxo de
informações, seja pela invenção de novos produtos, seja pelo desenvolvimento
científicos, seja pela circulação de novas técnicas. Nas sociedades Tradicionais
a circulação de informação ocorre numa velocidade menor e a partir de um espaço
geográfico menor.
Ao
longo da história as sociedades urbanas foram se tornando maiores, formando os
Impérios. Para tanto, foi necessário o trabalho de muitas pessoas e uma
complexa organização, tanto para alimentar essas pessoas, como para proteger
esse território de invasões, ou mesmo para organizar invasões de outros
Impérios e/ou Sociedades Tradicionais, seja de maneira preventiva, seja para
conquistar outros territórios. Para conseguir se proteger ou mesmo invadir
outros territórios, os Impérios precisaram criar um exército, bem como as armas
necessárias para conseguir êxito.
Os
Impérios, entre os séculos XVI e o nosso século XXI, foram se tornando Estados.
Esses Estados são chamados de Estados Modernos. Modernos vem do latim modernus,
aquilo que é novo, que é do tempo presente, em oposição aquilo que é antigo,
medieval. Porém, os Estados Modernos ainda guardam muitas caraterísticas dos
antigos Impérios, apesar de serem distintos deles. Uma distinção importante,
construída ao longo dos séculos, foi o reconhecimento mútuo, ou seja, um Estado
reconhece a fronteiras de outro Estado. Outra distinção importante foi o envio
de pessoas para realizar comércio e solucionar os conflitos. Esses são os
diplomatas. Nesse contexto, um fato importante, foi a criação da ONU em 1945 no
fim da II Guerra Mundial. Na época eram 51 Estados, hoje são 193. Hoje, apesar
dos Estados, como os Impérios, ainda valerem-se da força de suas armas e dos
seus exércitos, há um certo equilíbrio entre eles, em especial a partir dos
grupamentos (como a União Europeia, o Brics, entre outros).
Para
sobreviver ao longo do tempo, os Impérios precisaram construir uma unidade.
Para que essa unidade acontecesse foi necessário que cada um contribuísse com
seu trabalho. Assim, enquanto um
produzia alimento, o outro produzia ferramentas; outro produzia animais para a
lavoura, para o transporte de mercadorias ou mesmo para alimentação; outro
ainda ensinava as pessoas a falar uma mesma língua; outro ajudava os
imperadores a recolherem impostos e a organizar o trabalho de todos.
Foi
necessário muito conhecimento sobre a organização social, tanto da sociedade
que se vive, quanto de outras sociedades. Esse conhecimento foi chamado
Sociologia. A Sociologia parte dos conhecimentos
produzidos pela História e Filosofia. Hoje em dia, além dessas duas áreas, a
Sociologia dialoga com a Geografia, Economia, Direito, entre muitos outros.
Uma
área importante da Sociologia é a Antropologia. O antropólogo é aquele que a
partir das Sociedades Modernas vai estudar as Sociedades Tradicionais.
Para fazer isso ele deve ficar alguns anos na Sociedade Tradicional, aprender o
seu idioma, entender a sua organização, os seus costumes, a sua cultura, e
depois descreve-la. Com o tempo (a Antropologia se consolidou ao longo do
século XX) os antropólogos perceberam uma coisa bastante óbvia: as
Sociedades Modernas (SM) vieram das Sociedades Tradicionais (ST). Assim, as
SM são grupamentos de ST. Outra coisa importante que o antropólogo faz é
conectar as SM as ST, sendo um mediador entre elas.
No
Brasil, os primeiros antropólogos estudaram os povos indígenas e os
descendentes afro-brasileiros. Depois eles estudaram os
imigrantes italianos, franceses, japoneses, árabes, etc. Estes são os
principais grupos que constituem o Brasil. Hoje os antropólogos, com seu método
próprio, estudam tudo. Vejamos alguns elementos da antropologia brasileira.
Em
síntese pode-se falar que há três tipos de discursos sobre as ST: 1. de fora
(onde as SM falam das ST); 2. das próprias ST falando para as SM (aqui temos o
reconhecimento que as SM são formadas a partir ST); 3. Entre as ST em busca de
maior força política (no Br isso geral os Ministérios da Igualdade Racial e dos
Povos Indígenas).
Landes,
Ruth. 1947 [2002] A Cidade das Mulheres. Prefácio de
Mariza Corrêa. p.9. Ruth Landes (1908-1991; filha de judeus russos) vem para o
Br em 1938 com uma comitiva de antropólogos dos EUA. 12. conheceu Edson
Carneiro que em 1937 organizou o II Congresso Afro-brasileiro, entre outros
lideranças: Mãe Aninha e Jorge Amado. p.15. preferiu descrever as disputas em
vez da integração, em especial a participação “das mulheres nos cultos nagô e
dos homossexuais nos cultos afro-brasileiros”. Prólogo, p.33. “o
material para este livro foi colhido durante uma pesquisa antropológica de
campo na Bahia e no Rio de Janeiro, em 1938 e 1939”. Livro. 40.41. ela
narra como Osvaldo Aranha, ministro de Vargas, a recebe e fala que é bom estudar
os negros que são o atraso da nação, por isso querem embranquece-la. 48. A
polícia a observou por uns meses pois poderia ser uma espiã russa. 49. Conhece
Édison carneiro que era pardo, estudava o candomblé e se opunha a Vargas e por
isso fora preso. 54. Num domingo Oliveira leva ela para um mercado onde se
vende coisas da África. 56. Carneiro a leva nos terreiros e por meses ela
conversa com as pessoas. 60. Édison apresentou Ruth para Martiniano, de 80
anos, que, quando moço, foi à Lagos, na Nigéria, África. 139. Édison leva Ruth
para feira em Itapagipe. Eles presenciam um samba de roda. 150. Veem uma roda
de capoeira. 185. O padre confirma que havia candomblé dentro da igreja e
mostra São Benedito. 212. Mãe Menininha não gostava dos terreiros de caboclo,
pois misturava orixás com espírito de índios e santos católicos. 247. Ruth é
assediada pelo caboclo de Sabina. 249. Ruth conta o caso para Édson que
explicou que a associação surgiu para evitar a charlatanice. 262. Edson fala a
Ruth que antes do carnaval ritos católicos e africanos se misturam como a
lavagem da igreja de nosso senhor do Bonfim (Oxalá=Jesus).
Carneiro,
Edson. Religiões negras: notas de etnografia religiosa. p.14
(ou p.16). “E, assim, desmoralizado, esmagado pelo branco, o negro construiu,
com as suas próprias mãos, a sociedade que o havia de oprimir”. Comentário os
brancos cristãos que tentaram se aproveitar do trabalho, da energia, daqueles
que eles tentaram escravizar. Falta aqui também as resistências, ou melhor as
resiliências onde os escravizados, no seu ritmo, conduziam a sociedade. p.147-157.
O sincretismo religioso. 152. “a fusão da mitologia negra com o catolicismo é
por demais evidente”.
Munanga
(2004) acredita que a contribuição de Freyre foi ter demonstrado que negros,
índios e mestiços tiveram contribuições positivas na cultura brasileira:
influenciaram profundamente no estilo de vida da classe senhorial em matéria de
alimentos, indumentária e sexo, dando origem à mestiçagem cultural. Essa
exaltação de convivência harmoniosa impediu os membros das comunidades não
brancas de terem consciência dos sutis mecanismos de exclusão sociais, sem
consciência de suas características culturais e de uma identidade própria são
expropriados, dominados e convertidos em símbolos nacionais pelas elites
dirigentes (MUNANGA, 2004, p. 88-89).” (Gomes e Bakos, 2014, p.25)
Sobre os tambores africanos segue uma oficina de Gabi Guedes. Nessa oficina Guedes destaca que a organização geral dos tambores vindos da África: há dois que fazem a marcação (um no tempo e outro no contratempo) e um outro que dialoga com esses dois, é mais livre para improvisar, para brincar. Outras duas pessoas ligadas a cultura afrobrasileira, Lucia Castro do jongo Dito Ribeiro e Tião Carvalho, em contextos distintos, disseram a mesma coisa. O instituto Tambor do mestre Caçapava apresenta diversos toques básicos. Silva (Salloma Salomão) fala das multiplicidades de instrumentos musicais encontrados na África.
No
livro A queda do céu, Davi Kopenawa mostra como os Xapiri (células
espirituais) se juntam para criar um ser vivo. Essa descrição é semelhante à
concepção de alma das religiões de matriz africana e da descrição dos
itinerários das almas feitas por Platão no Fedro. Outra coisa que Davi
destaca é como aconteceu a aproximação dele com uma comunidade evangélica:
primeiro eles se aproximaram, depois eles disseram que vieram para ficar. No
livro História dos índios no Brasil, de 1992, p.15, na introdução, Manuela
apresenta, a partir do texto do viajante francês Abbeville (1614), uma fala de
um velho tupinambá semelhante a fala de Davi: “vi a chegada dos peró
[portugueses] em Pernambuco e Potiú; e começaram eles como vós, franceses,
fazeis agora. De início, os peró não faziam senão traficar sem pretenderem
fixar residência [...] mas tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles e
que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e cidades, para
morarem conosco [...] mais tarde afirmaram que nem eles nem os paí [padres]
podiam vivem sem escravos para os servirem e por eles trabalharem [...]
Na
sua tese de doutorado, Gersem Baniwa defende que é um erro as comunidades
indígenas deixarem a educação de seus filhos apenas sob a responsabilidade do
Estado.
Jerá
Guarani disse que sua comunidade (ou pelo menos parte dela) levou 6 anos para
‘tornar-se selvagem’. (o termo selvagem é discutido por um antropólogo francês
chamado Levi-Strauss)
Rádio
Yandê (primeira rádio indígena)
Atividade:
Pesquisa sobre os rituais que acontecem no Brasil a partir da plataforma:
https://hibridos.cc/po/rituals/. Siga a sequência:
1. Em
dupla ou trio escolha um ritual;
2. Selecionem
as partes mais importantes do texto inicial
3. Ouça
uma das entrevistas e selecione algum trecho significativo
4. Veja
o ritual e selecione um momento para descrever
Ana.Maria.soc.2bim.2ano
EE
Ana Maria Prof. Robson. 2 ano 2 bimestre. Sociologia Marxismo e a sociologia
Pasta (drive) com os textos: https://drive.google.com/drive/folders/1Zee7ulqr64IWOXSwq2mQJwgqV0vUz_AN?usp=sharing
Atividade
1:
pesquise nos meios de comunicação (jornais, revistas, etc) o que as pessoas
escrevem sobre Marx, o marxismo e o comunismo. Cada um irá pesquisar um
ano a partir de seu número menos o ano de 2025. Por exemplo: o número 10 irá
pesquisar o ano de 2015 (2025-10); assim, no número 10 vai colocar numa
plataforma de pesquisa (como o google): Marx + uma mídia (uol, cnn, g1) + 2015.
A pesquisa ficaria assim: Marx + Uol + 2015. Ou, simplesmente: Marx Uol 2015.
Anotem para exposição: a) título da matéria; b) autor; c) data; d) a frase
completa onde aparece uma das palavras indicadas; e) uma síntese do texto
inteiro com suas palavras (no máximo de 3 linhas). Obs: priorize os meios de
comunicação que tem grande circulação, como G1, CNN, Uol, Isto é, etc.
Atividade 2: compare o resultado da pesquisa da atividade 1 com o marxismo real aplicado na Rússia e China (ou em outros países) e/ou com os autores que deram continuidade ao marxismo no século XX (máximo 5 linhas)
1. A trajetória de Angola
2. A trajetória de São Tomé e Príncipe;
3. A trajetória de Cabo Verde;
5. A trajetória de Guiné-Bissau.
Em grupos de 3 a 5 pessoas assistam a primeira conferência e anotem as principais ideias para exposição em sala.
Depois da morte de Marx em 1883, muitos autores deram continuidade as suas ideias, dando origem ao marxismo. O marxismo no século XX e XXI é muito amplo e variado, inclusive com muitas disputas, mas podemos unifica-los a partir da ideia de unidade da classe trabalhadora e por meio da mudança do capitalismo ( reforma ou revolução). No primeiro caso podemos destacar os sindicatos e as associações; no segundo as lutas contra o imperialismo.
Revolução
Russa (1917): maior império do planeta. Absolutismo
e servidão (feudalismo). Vai ser o país mais retrógrado contra a rev.
Francesa e vai derrotar Napoleão (1812). Séc. XIX vai influenciar e ser
influenciada pela Europa. Emancipação dos servos em 1861 depois da guerra da
Criméia (1853-1856). Revolta popular em
1905 após derrota para o Japão (1904) reprimida. Fev. 1917 Revolta popular de
mulheres; renúncia do Czar Nicolau II (os Romanov estavam no poder desde 1613);
governo provisório (burguês). Lênin (1870-1924) volta a Rússia
em abril e organiza a tomada do poder pelos Sovietes (delegados do partido) que
ocorre em outubro. 1918-1921 Guerra civil. 1921 protestos dos camponeses e
negociam com o governo então a NEP (nova política econômica): parte da produção
vai para o imposto e outra pode ser vendida. Bolcheviques negociam paz com a
Alemanha em 1918 e Lênin sofre atentado. A URSS (criada em 1922) organiza a
obra marxista. A URSS derrotou o Nazismo da Alemanha (em 09/05/1945,
depois da batalha de Stalingrado), com a direção de Stalin
(1878-1953) que assumiu o poder e se preparou para a guerra. Stalin
estatizou as terras e combateu seus opositores, entre eles Trótski (1879-1940)
que pregava a revolução permanente em todos os países do mundo. 1949 testa arma
atômica se igualando aos EUA na guerra fria. O socialismo da URSS começou a
perder para o capitalismo dos EUA a partir de 1970, sendo extinta em 1991.
Forma em 2009 o BRICS com Brasil, China, Índia e África do Sul. Em 2022 inicia
a operação contra Ucrânia.
Revolução
chinesa (1945): império que durou mais tempo na
história (221a.C-1911). Foi um império prospero até a invasão inglesa
nas guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860). Os ingleses colonizando várias
cidades, entre elas Hong Kong e Macau. Tempos depois, outras nações tentaram fazer
o mesmo, com destaque para as invasões japonesas ocorridas entre 1931 e 1949
(os chineses chamam esse período de século da humilhação). A partir de
1911 o Partido Nacional do Povo (PNP) tenta destituir o imperador, iniciando
uma guerra civil. Em 1921 o Partido Comunista da China (PCC) atua junto com o
PNP, porém em 1927 eles rompem. Em 1949 o PCC assume o poder e o PNP se
refugia na ilha de Taiwan. Com Mao Tsé-Tung
(1893-1976) aproxima-se da URSS e cria-se: reforma agrária; comunas populares;
estatiza as empresas; plano quinquenais. Na década de 80 entra
na ONU, se aproxima do ocidente e se afasta da URSS, cria as Zonas Econômicas
Especiais (ZEEs). Em 2009 atua na criação do Brics, órgão paralelo as
instituições internacionais (FMI, BMC). Em 2013 assume Xi Jinping (1953-) e a
partir da estratégia ‘ganha-ganha’ inicia-se o programa Nova Roda da Seda.
Países
dirigidos por partidos comunistas (ou socialistas): China, Vietnã, Coreia do
Norte, Cuba.
Escola
de Frankfurt (1920): foi um instituto criado na Alemanha que
visava preservar a história do socialismo e do movimento operário a partir do
viés marxista. Os autores mais importantes são: Max Horkheimer (1895-1973),
Adorno (1903-1969), Herbert Marcuse (1898-1979), Walter Benjamin (1892-1940). Uma
das principais ideias defendidas pelo grupo é a Industria Cultural. Do mesmo
modo que a indústria que produz mercadorias alienam os trabalhadores, a Indústria
da Cultura impõe valores que impedem a revolução, desse modo a arte se
subordina ao sistema econômico, o capitalismo. A rádio é controlada por
patrocinadores que detém o poder econômico e político, e por isso agem para
manter o sistema. Os artistas são cooptados para manterem o status quo, sendo
invisibilizados quando o criticam. Daí nasce o conceito de Arte revolucionária
que é aquela que abre a possibilidade para uma Estética da libertação.
Enrique
Dussel (1934-2023): critica a história política do ocidente,
mostrando que o próprio ocidente é também oriental. Usando Bartolomeu de las
Casas (1484-1566), frade espanhol, defende que os indígenas tem o direito de
manterem suas tradições podem declarar ‘guerra justa’ aqueles que querem
modifica-las sem buscar a construção do consenso. (“a vida humana como critério
de verdade”).
Boaventura
de Sousa Santos (1940-): "...temos o direito a ser
iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser
diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.” (2003) Propostas: experiências
de conhecimento (biodiversidade, medicina, justiça, agricultura, tecnologia);
experiências de desenvolvimento, trabalho e produção (formas distintas de
produção e comércio); experiências de reconhecimento; experiências de democracia
(crítica ao modelo democrático representativo liberal a fim de que seja
possível uma participação nas decisões da população
em
geral); experiências de comunicação e informação.
Vladmir
Safatle (1973-): a sociedade é um corpo por onde circula
afetos, com destaque para o medo, afeto que o Estado privilegia. Para ele o
Estado deve: manter a paz; ser transparente; não impedir que as pessoas serem;
não deve priorizar a troca de mercadoria e o indivíduo como ‘empresário de si’
na lógica do retorno de capitais; legislar o mínimo a vida e o máximo a
economia, garantindo igualdade de condições.
Valter
Pomar (1996-): “O socialismo – ou seja, a transição ao
comunismo – supõe a ampliação do controle da sociedade sobre o que produzir,
como produzir e como distribuir.” (Debater, comemorar e estudar, 17/10/2017).
Assim, marxismo, para ele, ser marxista não significa estudar a obra de Marx,
mas lutar pela melhoria da vida do trabalhador. Tese 11 de Marx: “Os filósofos
têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é
transformá-lo.”.
Atividade 4: Sequência para revolução de questões de múltipla: a) com suas palavras escreva a pergunta da questão / b) escreva o significado da principal palavra da pergunta /c) escreva o que o enunciado diz dessa pergunta d) explique a partir das etapas anteriores o que está certo e errado em cada alternativa
Questão1. (UEFS). “Uma política foi sendo aos poucos colocada em prática, desde 1919, pelos países vencedores na Primeira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o bolchevismo. Formar uma ‘barragem contínua’, apoiando-se no exército polonês e no exército romeno. Era o primeiro esboço do mais tarde chamado ‘cordão sanitário’”. (Becker, 2011.) O historiador alude, implicitamente,
a)
à irrelevância da revolução russa nas relações internacionais.
b)
à ausência de plano no combate dos capitalistas ao socialismo soviético.
c)
à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética.
d)
à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no combate ao
socialismo.
Questão2.
“As artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado
capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na ideia e na prática
do consumo de ‘produtos culturais’ fabricados em série. As obras de arte são
mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo” (Chauí). Segundo o texto,
uma das características da indústria cultural é:
a)
liberdade de criação artística.
b)
a valorização do artista e de sua obra de arte.
c)
censura a obras com conteúdo crítico.
d)
exploração comercial das obras de arte
Questão3. “Os
EUA conheciam Chiang Kai-Shek melhor do que ninguém: a rigor, o governo de
Chongqing, durante a guerra contra o Japão, sobrevivera graças ao apoio
diplomático, financeiro e militar dos norte-americanos. (...) Ao mesmo tempo,
desde 1944, missões diplomáticas e militares, além de muitos jornalistas
norte-americanos, visitaram Yanan e admiraram a disciplina e a combatividade
dos comunistas. Em novembro de 1944, aliás, os comunistas propuseram encontros
diplomáticos de alto nível com os EUA no sentido de discutir o futuro da China,
mas não obtiveram respostas favoráveis. Do ponto de vista oficial, a propaganda
norte-americana exaltava as virtudes da "China Livre e advertia para o
"perigo vermelho". (REIS FILHO, 1981). Sobre o envolvimento dos
Estados Unidos no momento final da Revolução Chinesa, é correto afirmar que:
a)
Os Estados Unidos mantiveram uma firme oposição às lideranças comunistas [...]
b)
A diplomacia e o governo norte-americano apoiaram ativamente o governo
nacionalista.
c)
A disciplina e a combatividade dos soldados liderados por Mao Tsé-Tung
resultaram no apoio aberto dos norte-americanos ao Partido Comunista Chinês.
d)
Os Estados Unidos limitaram-se ao apoio diplomático para Chiang Kai-Shek [...]